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CONCURSO DO ITEP-RN (PRÉ-EDITAL)

DIREITO PROCESSUAL PENAL – PROF. ERIVELTON NUNES

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Olá! Eu sou o Professor Erivelton Almeida, Especialista em Direito Penal, atuante na área
criminal há 18 anos. Preparei esse material para você que está focado no concurso do
ITEP/RN. Atualmente sou Policial Civil e Professor do @concursseiromossoroense.
Contato: @proferivelton

SUMÁRIO

1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 03

2. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO, NO ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS 03

3. INQUÉRITO POLICIAL 04

Questões: Inquérito Policial 07

4. AÇÃO PENAL 10

Questões: Ação Penal 13

5. COMPETÊNCIA 15

6. PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA E PRISÃO TEMPORÁRIA 15

Questões: Prisões 22

7. PROVAS: EXAME DE CORPO DE DELITO E PERÍCIAS EM GERAL E INTERCEPTAÇÃO


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TELEFÔNICA

Questões: Provas 30

8. PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS


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PÚBLICOS

QUESTÕES: REVISÃO 33

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com
os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial;
V - os processos por crimes de imprensa.
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da
lei anterior.
A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos
princípios gerais de direito.

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO, NO ESPAÇO E EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

O estudo da aplicabilidade da Lei Processual Penal está relacionado à sua aptidão para produzir efeitos. Essa
aptidão para produzir efeitos está ligada a dois fatores: espacial e temporal.

Assim, a norma processual penal (como qualquer outra) vigora em determinado lugar e em determinado tempo.
Nesse sentido, devemos analisar onde e quando a lei processual penal se aplica.

Portanto, não se admite a existência de Códigos Processuais estaduais, até porque compete
privativamente à União legislar sobre direito processual, nos termos da Constituição Federal:
Como disse a vocês, esta é a regra! Mas toda regra possui exceções. São elas:

A) Tratados, convenções e regras de Direito Internacional


B) Prerrogativas constitucionais do Presidente da República,dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os
do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
C) Processos de competência da Justiça Militar
D) Processos de Competência de Tribunal Especial
E) Processos relativos a crimes de imprensa

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência
da lei anterior

Por este artigo podemos extrair o princípio do tempus regit actum, também conhecido como princípio do efeito
imediato ou aplicação imediata da lei processual. Este princípio significa que a lei processual regulará os
atos processuais praticados a partir de sua vigência, não se aplicando aos atos já praticados.

Esta é a regra de aplicação temporal de toda e qualquer lei, meus caros, ou seja, produção de efeitos somente
para o futuro. Caso contrário, o caos seria instalado!Assim, vocês devem ter muito cuidado!

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Ainda que o processo tenha se iniciado sob a vigência de uma lei, sobrevindo outra norma, alterando o CPP (ainda
que mais gravosa ao réu), esta será aplicada aos atos futuros. Ou seja, a lei nova não pode retroagir para
alcançar atos processuais já praticados, MAS SE APLICA AOS PROCESSOS EMCURSO!

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS


O assunto será visto no tema: Competência por prerrogativa de função.

INQUÉRTIO POLICIAL

“Inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração
penal e sua autoria, afim de que o titular da ação penal (MP) possa ingressar em juízo”.

POLÍCIA JUDICIÁRIA: POLÍCIA ADMINISTRATIVA

POLÍCIA CIVIL e PF: PM, BM, PRF, PFF e “GM”

CARACTRÍSTICAS

A) O IP é administrativo - O Inquérito Policial, por ser instaurado e conduzido por uma autoridade policial,
possui nítido caráter administrativo. NÃO HÁ PROCESSO, NEM CONTRADITÓRIO.
PERSECUÇÃO PENAL
Inquérito Policial + Ação Penal + Execução Penal

B) O IP é inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua natureza pré-


processual. No Processo temos autor (MP ou vítima), acusado e Juiz.

Obs1: No Inquérito não há acusação, logo, não há nem autor, nem acusado;
Obs2: O exame de corpo de delito não pode ser negado;
Obs3: O que o Juiz NÃO PODE fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o IP;
Obs4: tem valor probatório mínimo - O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo,
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada exclusivamente em elementos
informativos colhidos na investigação. CORRETO
Obs5: Não cabe suspeição do DPC

C) Oficiosidade - Salvo na hipótese de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada,
a autoridade policial deve instaurar o Inquérito Policial sempre que tiver notícia da prática de um crime.

D) Procedimento escrito;

E) Indisponibilidade - Uma vez instaurado o IP,não pode a autoridade policial arquivá-lo, pois esta
atribuição é exclusiva do titular da ação penal;

F) Dispensabilidade - O Inquérito Policial é dispensável, ou seja, não é obrigatório. Dado seu caráter
informativo (busca reunir informações), caso o titular daação penal já possua todos os elementos necessários ao
oferecimento daação penal, o Inquérito será dispensável.

G) Discricionariedade na sua condução - A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que
entender mais frutífera, sem necessidade de seguir um padrão pré-estabelecido.
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INSTAURAÇÃO
Ação Penal:

I) Pública incondicionada: Não depende da vontade da vítima


II) Pública Condicionada à representação: Depende da manifestação da vítima
III) Privada: É de responsabilidade da vítima

OBS: no caso de se tratar de uma denúncia anônima.? Nesse caso, estamos diante da delatio criminis
inqualificada, que abrange, inclusive, a chamada disque-denúncia, muito utilizada nos dias de hoje. O Delegado,
quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia anônima, não deverá instaurar o IP de
imediato, mas determinar que seja verificada a procedência da denúncia e, caso realmente se tenha notícia do
crime, instaurar o IP.

TRAMITAÇÃO DO IP

Diligências Investigatórias
Após a instauração do IP algumas diligências devem ser adotadas pela autoridade policial. Estas diligências estão
previstas no art. 6° do CPP.

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;

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IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública.

PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO IP

A regra é a de que o IP deva ser concluído no prazo de 10 dias, caso o indiciado esteja preso e em 30 dias caso
esteja solto.

Crimes de competência da Justiça Federal – 15 dias para réu preso e 30 dias para réu solto.
Crimes da lei de Drogas – 30 dias para réu preso e 90 dias para réu solto. Podem ser duplicados em ambos os
casos.
Crimes contra a economia popular – 10 dias tanto para réu preso quanto para réu solto.
Crimes militares – 20 dias pra réu preso e 40 dias para réu solto.

CONCLUSÃO DO IP

RELATÓRIO (INDICIAMENTO) - somente Delegado de Polícia - A conclusão do inquérito policial é precedida de


relatório final, no qual é descrito todo o procedimento adotado no curso da investigação para esclarecer a autoria e
a materialidade.

A ausência desse relatório e de indiciamento formal do investigado não resulta em prejuízos para persecução
penal, não podendo o juiz ou órgão do Ministério Público determinar o retorno da investigação à autoridade para
concretizá-los, já que constitui mera irregularidade funcional a ser apurada na esfera disciplinar. CORRETO

ARQUIVAMENTO - Juiz a pedido do MP. Nunca Delegado

Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.

O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

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INCUMBIRÁ AINDA À AUTORIDADE POLICIAL

I- fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;


II- realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
II- cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV- representar acerca da prisão preventiva.

Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e
do Adolescente), o membro do MP ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder
público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.

Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério
Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados –
como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

RESUMO ESQUEMATIZADO

QUESTÕES: INQUÉRITO POLICIAL

01 – A respeito do IP, assinale a opção correta.


a) O delegado de polícia, se estiver convencido da ausência de elementos suficientes para imputar autoria a
determinada pessoa, deverá mandar arquivar o IP, podendo desarquivá-lo se surgir prova nova.
b) O IP é presidido pelo delegado de polícia sob a supervisão direta do MP, que poderá intervir a qualquer
tempo para determinar a realização de perícias ou diligências.
c) A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia judiciária, podendo ser eventualmente
presidida por outras autoridades, conforme dispuser a lei especial.
d) O IP é indispensável para o oferecimento da denúncia; o promotor de justiça não poderá denunciar o réu
sem esse procedimento investigatório prévio.
e) O IP é peça indispensável à propositura da ação penal pública incondicionada, sob pena de nulidade, e deve
assegurar as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
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02 – A respeito do IP e da instrução criminal, assinale a opção correta.


a) O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua convicção íntima, poderá basear a condenação
do réu exclusivamente nos elementos informativos colhidos no IP.
b) Como a perícia é considerada a prova mais importante, o juiz não proferirá sentença que contrarie
conclusões da perícia, devendo a prova técnica prevalecer sobre os outros meios probatórios.
c) Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
tiver notícia de uma nova prova.
d) O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no curso do IP.
e) O IP, peça informativa do processo, oferece o suporte probatório mínimo para a denúncia e, por isso, é
indispensável à propositura da ação penal.

03 – Acerca de aspectos diversos pertinentes ao IP, assinale a opção correta.


a) O IP, em razão da complexidade ou gravidade do delito a ser apurado, poderá ser presidido por
representante do MP, mediante prévia determinação judicial nesse sentido.
b) A notitia criminis é denominada direta quando a própria vítima provoca a atuação da polícia judiciária,
comunicando a ocorrência de fato delituoso diretamente à autoridade policial.
c) O indiciamento é ato próprio da autoridade policial a ser adotado na fase inquisitorial.
d) O prazo legal para o encerramento do IP é relevante independentemente de o indiciado estar solto ou preso,
visto que a superação dos prazos de investigação tem o efeito de encerrar a persecução penal na esfera
policial.
e) Do despacho da autoridade policial que indeferir requerimento de abertura de IP feito pelo ofendido ou seu
representante legal é cabível, como único remédio jurídico, recurso ao juiz criminal da comarca onde, em
tese, ocorreu o fato delituoso.

04 – A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta, tendo como referência a doutrina
majoritária e o entendimento dos tribunais superiores.
a) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela
autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a
quo.
b) O acesso aos autos do inquérito policial por advogado do indiciado se estende, sem restrição, a todos os
documentos da investigação.
c) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração
de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o
corpo de delito.
d) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a reabertura
das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material.
e) De acordo com a Lei de Drogas, estando o indiciado preso por crime de tráfico de drogas, o prazo de
conclusão do inquérito policial é de noventa dias, prorrogável por igual período desde que imprescindível
para as investigações

05 – Acerca do inquérito policial (IP), assinale a opção correta.


a) Concluída a perícia do local do crime, o delegado deve restituir ao respectivo proprietário os instrumentos do
crime e os demais objetos apreendidos.
b) O IP, um procedimento administrativo preparatório que tem por finalidade apurar os indícios de autoria e
materialidade, é indispensável para o início da ação penal pelo Ministério Público.
c) Em razão do interesse da sociedade pelo esclarecimento dos fatos criminosos, as investigações policiais são
sempre públicas.
d) Por ser o IP um procedimento extrajudicial, anterior ao início da ação penal, não há previsão legal de se
observarem os princípios do contraditório e da ampla defesa nessa fase investigativa.
e) O relatório de IP que concluir pela ausência de justa causa para o prosseguimento das investigações deverá
ser arquivado pelo delegado.

 No que tange ao Inquérito Policial, julgue o item que se segue, à luz do Código de Processo Penal
(CPP).

01 – Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve ser garantido ainda no curso do
inquérito policial, não obstante a sua natureza administrativa e pré-processual.

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02 – A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento implícito, que consiste no


fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por apenas alguns dos crimes imputados ao
indiciado impedir que os demais sejam objeto de futura ação penal.

03 – Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi
indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento.
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial.
O Ministério Público pode requerer ao juiz a devolução do inquérito à autoridade policial, se necessária a
realização de nova diligência imprescindível ao oferecimento da denúncia, como, por exemplo, de laudo pericial
do local arrombado.

 Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi
indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. (4
e 5)

04 – Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, embora fosse possível a instauração do inquérito
mediante requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indiciar Marcos como o autor do delito.

05 – Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, o prazo legal para que o delegado de polícia termine
o inquérito policial é de trinta dias, se Marcos estiver solto, ou de dez dias, se preso preventivamente pelo juiz,
contado esse prazo, em ambos os casos, da data da portaria de instauração.

06 – Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial deverá determinar, se for
caso, a realização das perícias que se mostrarem necessárias e proceder a acareações.

07 – Conforme o STF, viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato que
responda a inquérito policial ou a ação penal sem trânsito em julgado de sentença condenatória.

08 – Comprovada, durante as diligências para a apuração de infração penal, a existência de excludente de ilicitude
que beneficie o investigado, o delegado de polícia deverá determinar o arquivamento do inquérito policial.

09 – Poderá ser dispensado o inquérito policial referente ao caso se a apuração feita pela polícia legislativa reunir
informações suficientes e idôneas para o oferecimento da denúncia.

10 – O indiciamento no inquérito policial, por ser uma indicação de culpa do agente, poderá ser anotado em
atestado de antecedentes criminais. A partir do indiciamento, poderá ser divulgado o andamento das
investigações, com a identificação do provável autor do fato.

GABARITO: INQUÉRITO POLICIAL

Questão Resposta
1 E
Questão Resposta 2 E
1 C 3 C
2 C 4 C
3 C 5 E
4 C 6 C
5 D 7 C
8 E
9 C
10 E

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AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA


(DENUNCIA MP)

É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua titularidade pertence ao Ministério Público.

PRINCÍPIOS

Obrigatoriedade – Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o membro do MP


deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-lo, pois não pode dispor da ação penal

Indisponibilidade – Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela desistir ou transigir.

Oficialidade – A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial, no caso, o MP. Entretanto, pode
ocorrer de,transcorrido o prazo legal para que o MP ofereça a denúncia,este não o faça nem promova o
arquivamento do IP, ou seja,fique inerte.

Divisibilidade – A regra é a indivisibilidade, porém havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP
ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento
em momento posterior, de forma a conseguir mais tempo para reunir elementos de prova.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA


(DENUNCIA MP)

1. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO

Trata-se de condição imprescindível;

A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia.cuidado! Costumam


colocar em provas de concurso que a retratação pode ocorrer até o recebimento da denúncia.

Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual pode ser sanada posteriormente, caso
a vítima a apresente em Juízo (desde que realizada dentro do prazo de seis meses que a vítima possui para
representar;;

Não se exige forma específica para a representação, bastando que descreva claramente a intenção de ver o
infrator ser processado. Pode ser escrita ou oral (neste último caso, deverá ser reduzida a termo, ou seja, ser
“passada para o papel”). A jurisprudência admite que o simples registro de ocorrência em sede

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policial,desde que conste informação de que a vítima pretende ver o infrator punido, PODE ser
considerado como representação.

A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se representa em face de
todos eles, ou não há representação, pois esta não se refere propriamente aos agentes que praticaram o
delito, mas ao fato. Quando a vítima representa,está manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de ação
penal para que sejam punidos os responsáveis. Entretanto, embora não possa haver fracionamento da
representação, isso não impede que o MP denuncie apenas um ou alguns dos infratores, pois um dos
princípios da ação penal pública é a divisibilidade;
A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz;

Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, § 1° do CP: § 1o No caso de
morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (CADE)

O prazo decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art.

São exemplos de crimes dos quais se requer Ação Penal Pública Condicionada por representação: Perigo de
contágio venéreo (art. 130, CP), ameaça (art. 147, CP), violação de correspondência comercial (art. 152, CP),
divulgação de segredo (art. 153, CP), furto de coisa comum (art. 156, CP).

2. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MJ

Trata-se de crimes nos quais existe um juízo político acerca da conveniência em vê-los apurados ou não. São
poucas as hipóteses, citando, como exemplo, o crime cometido contra a honra do Presidente da República;

Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo decadencial para o oferecimento da
requisição, podendo esta ocorrer enquanto não estiver extinta a punibilidade do crime;

A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição, ao contrário do que ocorre
com a representação do ofendido, por não haver previsão legal e por se tratar a requisição, de um ato
administrativo.

O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação penal. 29, do dia em que se esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia;

AÇÃO PRIVADA
(QUEIXA CRIME OFENDIDO OU REPRESENTANTE LEGAL)

Oportunidade – Diferentemente do que ocorre com relação à ação penal pública, que é obrigatória para o MP,
na ação penal privada compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder à análise da conveniência do
ajuizamento da ação.

Disponibilidade – Também de maneira diversa do que ocorre na ação penal pública, aqui o titular da ação
penal (ofendido) pode desistir da ação penal proposta;

Indivisibilidade – Outra característica diversa é a impossibilidade de se fracionar o exercício da ação


penal em relação aos infratores. O ofendido não é obrigado a ajuizar a queixa, mas se o fizer, deve ajuizar a
queixa em face de todos os agentes que cometeram o crime, sob pena de se caracterizar a RENÚNCIA em
relação àqueles que não foram incluídos no pólo passivo da ação. Assim, considerando que houve a
renúncia ao direito de queixa em relação a alguns dos criminosos, o benefício se estende também aos agentes que
foram acionados judicialmente. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade;

O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de seis meses, e começa a fluir da
data em que o ofendido tomou ciência de quem foi o autor do delito.

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O ofendido pode ainda, renunciar ao direito de ajuizar a ação (queixa), e se o fizer somente a um dos
infratores, a todos se estenderá,
A renúncia só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda e pode ser expressa ou tácita. Após o
ajuizamento da demanda o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido.

O perdão, à semelhança do que ocorre com a renúncia ao direito de queixa, também pode ser expresso ou tácito.
No primeiro caso, é simples, decorre de manifestação expressa do querelante no sentido de que perdoa o infrator.
No segundo caso, decorre da prática de algum ato incompatível com a intenção de processar o infrator (ex.: Casar-
se com o infrator).

Na ação penal privada pode ocorrer, ainda, a perempção da ação penal, que é a perda do direito de prosseguir
na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no processo. As hipóteses estão previstas no art.
60 do CPP:

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerarse-á perempta a ação penal:

I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

Trata-se de hipótese na qual a ação penal é, na verdade, pública, ou seja, o seu titular é o MP. No entanto, em
razão da inércia do MP em oferecer a denúncia no prazo legal (em regra, 15 dias se réu solto, ou 05 dias se réu
preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar uma ação penal privada (queixa) que substitui a ação penal
pública. Esta previsão está contida no art. 29 do CPP:

Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.

Por fim, não é admissível o perdão do ofendido na ação penal privada subsidiária da pública, pois se
trata de ação originariamente pública, na qual só se admitiu o manejo da ação privada em razão de uma
circunstância temporal. Tanto é assim que o art. 105 do CP estabelece que:

Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao
prosseguimento da ação.

AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA

Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta hipótese, somente o
ofendido (mais ninguém,em hipótese nenhuma!) poderá ajuizar ação. Assim, se o ofendido falecer, nada mais
haverá a ser feito, estando extinta a punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como
acontece nos demais crimes de ação privada. A única hipótese ainda existente no nosso ordenamento é o
crime previsto Art. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior
O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que
o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
solto ou afiançado.
O oferecimento da denúncia fora do prazo legal constitui mera irregularidade sem consequências
para o processo.

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QUESTÕES: AÇÃO PENAL

01 – Conforme o Código de Processo Penal (CPP), pode ocorrer a decadência na:


a) ação penal pública condicionada a representação do ofendido ou de seu representante legal.
b) ação penal privada subsidiária da pública em que o Ministério Público retome a ação como parte principal.
c) ação penal pública incondicionada.
d) ação penal pública condicionada a requisição do ministro da Justiça.
e) E ação penal por crime praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União.

02 – Considerando o que dispõe o CPP relativamente à ação penal, assinale a opção correta.
a) Nos crimes que se processem mediante ação penal que exija representação, esta será retratável mesmo
após o recebimento da denúncia.
b) Cônjuge, ascendente, descendente ou irmã(o) tem o direito de oferecer a queixa e prosseguir na ação penal
privada em caso de morte do ofendido.
c) Tanto a renúncia quanto o perdão, institutos que se estendem aos corréus e extinguem a punibilidade,
independentemente de aceite, são atos unilaterais de desistência do ofendido em relação à ação penal
privada.
d) Admite-se ação penal privada subsidiária da pública no caso de o Ministério Público manifestar-se pelo
arquivamento do IP ou deixar de oferecer denúncia no prazo legal.
e) Em se tratando de ação penal pública condicionada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público para a propositura da ação penal, fornecendo-lhe informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

03) Considerando os dispositivos legais a respeito da ação penal, assinale a opção correta.
a) Havendo vários ofensores querelados, qualquer um deles poderá pedir perdão ao querelante. Nesse caso,
sendo o perdão extensível a todos os querelados, extingue-se a punibilidade, independentemente da
aceitação do querelante.
b) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o
arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial.
c) Tratando-se de crime de ação privada, a titularidade da acusação é da própria vítima ofendida; sendo vários
os ofensores, caberá à vítima escolher contra quem proporá a queixa.
d) A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, se o Ministério Público ficar
inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual.
e) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima, tendo
assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento ao
processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo.

04 – No que se refere aos princípios da ação penal pública incondicionada, assinale a opção correta.
a) O princípio da obrigatoriedade impõe ao MP o dever de promover a ação penal pública incondicionada
quando este considerá-la conveniente para a sociedade.
b) O princípio da indivisibilidade determina que a ação penal pública incondicionada abranja todos os crimes
praticados em concurso formal.
c) O princípio da intranscendência determina que a ação penal incondicionada seja sempre promovida apenas
contra as pessoas a quem se impute a prática de uma infração.
d) O princípio da oficialidade determina que a ação penal pública incondicionada seja intentada
preferencialmente pelo MP, órgão oficial do Estado.
e) O princípio da indisponibilidade determina que o MP pode desistir da ação penal pública incondicionada até a
edição da sentença.

 No que tange à Ação Penal, julgue o item que se segue, à luz do Código de Processo Penal (CPP).

01 – João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola de
roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. João foi
perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e
concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer
ato no prazo legal.
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir.
Em razão da omissão do Ministério Público, a vítima poderá oferecer ação privada subsidiária da pública.

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02 – Julgue os itens subsequentes, a respeito da participação do MP no curso das investigações


criminais, na instrução processual e na fase recursal.
Nos termos da legislação processual vigente, o MP não está limitado à prévia instauração de inquéritos policiais
para promover ações penais públicas, ainda que a apuração dos crimes seja complexa

03 – Acerca da ação penal e suas espécies, julgue o item seguinte.


Em se tratando de crime que se apura mediante ação penal pública incondicionada, havendo manifestação
tempestiva do Ministério Público pelo arquivamento do inquérito policial, faculta-se ao ofendido ou ao seu
representante legal a oportunidade para a ação penal privada subsidiária da pública.

04 – Após regular instrução processual, mesmo que se convença da falta de prova de autoria do crime que
inicialmente atribuíra ao acusado, não poderá o Ministério Público desistir da ação penal.

05 – Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.
Segundo o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, para a persecução penal relativa a crime de
lesão corporal praticado no contexto de violência doméstica contra a mulher, é necessária a representação da
ofendida.

06 – A ação penal pública condicionada à representação da vítima inicia-se mediante o recebimento


da queixa pelo juiz competente.

07 – Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência do corpo da vítima em


suposto crime de homicídio impede o ajuizamento da ação penal, haja vista a impossibilidade da
realização de exame de corpo de delito, não sendo admitidos, nessa situação, outros meios de
provas.

08 – A vítima que representa perante a autoridade policial queixa de crime de ação penal privada
pode retratar-se até a prolação da sentença condenatória pelo juiz.

09 – Uma vez apresentada, a representação de crime de ação penal pública somente pode ser
retirada antes do oferecimento da denúncia, não se admitindo retratação da retratação.

10 – Em ação penal privada que envolva vários agentes do ato delituoso, é permitido ao querelante,
em razão do princípio da disponibilidade, escolher contra quem proporá a queixa-crime, sem que
esse fato acarrete a extinção da punibilidade dos demais agentes conhecidos e nela não incluídos.

GABARITO: AÇÃO PENAL

Questão Resposta
1 E
Questão Resposta
1 A 2 C
2 B 3 E
3 D
4 C 4 C
5 E
6 E
7 E
8 E
9 E
10 E

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COMPETÊNCIA

Determinará a competência jurisdicional

I -lugar da infração - competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

II - domicílio ou residência do réu - Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo
domicílio ou residência do réu.

III - natureza da infração - A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização
judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.

IV - distribuição - A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária,


houver mais de um juiz igualmente competente.

V - conexão ou continência:

A competência será determinada pela conexão: Se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas,
ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;

A competência será determinada pela continência quando:


I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir
impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas

VI - prevenção - Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum
ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa

VII - prerrogativa de função- A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade.

PRISÃO

PRISÃO EM FLAGRANTE; PREVENTIVA; TEMPORÁRIA

Prisão pena – É uma punição que decorre da aplicação da lei penal através de uma sentença penal
condenatória irrecorrível (imodificável);

Prisão não-pena – Trata-se não de uma punição (pois ainda não há condenação irrecorrível), mas de uma
medida de NATUREZACAUTELAR

PRISÃO EM FLAGRANTE

A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar que tem como fundamento a prática de um
fato com aparência de fato típico. Assim, quando a autoridade realiza a prisão em flagrante do suspeito, não
deve verificar se ele praticou o fato em legítima defesa, estado de necessidade, etc.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.

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A Doutrina distingue estas situações em:


1) Flagrante próprio (art. 302, I e II do CPP) – Será considerado flagrante próprio, ou propriamente dito, a
situação do indivíduo que está cometendo o fato criminoso ou que acaba de cometer este fato. Nesse último caso,
é necessário que entendamos a expressão “acaba de cometer”, como a situação daquele que está “com a boca na
botija”, ou seja, acabou de cometer o crime e é surpreendido no cenário do fato;

2) Flagrante impróprio (art. 302, III do CPP) – Aqui, embora o agente não tenha sido encontrado pelas
autoridades no local do fato, é necessário que haja uma perseguição, uma busca pelo indivíduo, ao final da qual,
ele acaba preso. Imaginem que a polícia recebe a notícia de um homicídio. Desloca-se até o local e
imediatamente começa a vascular o bairro e acaba por encontrar aquele que seria o infrator. Nesse caso, temos
o flagrante impróprio;

3) Flagrante presumido (art. 302, IV do CPP) – No flagrante presumido temos as mesmas características do
flagrante impróprio, com a diferença que a Doutrina não exige que tenha havida qualquer perseguição ao suposto
infrator, desde que ele seja surpreendido, logo depois do crime, com objetos (armas, papéis, etc....) que façam
presumir que ele foi o autor do delito. As expressões “acaba de cometê-la”, “logo após”, “logo depois” são
expressões cujo significado é dado pela Doutrina, mas há alguma divergência entre os Doutrinadores. Entretanto,
a maioria entende que sequência temporal é: Acaba de cometer o crime, Logo após e Logo depois

NÃO PODEM SER PRESOS EM FLAGRANTE DE DELITO

MENORES DE 18 ANOS Menores de 12 anos (crianças) não podem sofrer privação da


liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar.
Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem ser
apreendidos, mas não presos.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO ESTÁ SUJEITO À PRISÃO EM
FLAGRANTE, pois só pode ser preso pela prática de crime
comum após sentença condenatória.
JUÍZES E MEMBROS DO MP Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime
INAFIANÇÁVEL.
PARLAMENTARES DO CONGRESSO Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL.
NACIONAL Aplica-se o mesmo aos Deputados Estaduais e Distritais.
DIPLOMATAS ESTRANGEIROS E Não podem ser presos em flagrante
CHEFES DE ESTADOS ESTRANGEIROS
INFRATOR QUE ESPONTANEAMENTE SE Não pode ser preso em flagrante, pois a sua apresentação
APRESENTA espontânea à autoridade impede a caracterização do flagrante
(nos termos do art. 304 do CPP).
AUTOR DE INFRAÇÃO DE MENOR Em regra, não está sujeito à determinação de prisão em
POTENCIAL OFENSIVO (JECRIM) flagrante. No entanto, o art. 69, § único da Lei 9.099/95
estabelece que se aquele que pratica infração de menor potencial
ofensivo (IMPO) se recusar à comparecer ao Juizado ou se negar
a assumir compromisso de comparecer ao Juizado após a
lavratura do Termo Circunstanciado (TC), poderá ser decretada
sua prisão em flagrante.
PESSOA FLAGRADA NA POSSE DE Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, § 2°
ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU NÃO, à
comparecer ao Juizado.

Isso não impede, entretanto, que qualquer destas pessoas, sendo surpreendida em situação de
flagrante, seja conduzida à Delegacia para o registro do ocorrido e, posteriormente, seja liberada.
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Esta condução de quem se encontra em situação de flagrante é chamada de PRISÃO-CONDUÇÃO pela maioria
da Doutrina.
MODALIDADES ESPECIAIS DE FLAGRANTE

Flagrante esperado – A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se
desloca para o local onde o crime acontecerá. Iniciados os atos executórios, ou até mesmo havendo a
consumação, a autoridade procede à prisão em flagrante. TRATA-SE DEMODALIDADE VÁLIDA DE PRISÃO
EM FLAGRANTE;

Flagrante provocado ou preparado – Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a
situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante. É o famoso “a ocasião faz o ladrão”. NÃO É
VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do delito, tratando-
se, portanto, de crime impossível. O STF possui a súmula n° 145 a respeito do tema: NÃO HÁ CRIME,QUANDO
A PREPARAÇÃO DO FLAGRANTE PELA POLÍCIATORNA IMPOSSÍVEL A SUA CONSUMAÇÃO. A Doutrina e
a Jurisprudência, no entanto, vêm admitindo a validade de flagrante preparado quando o agente provocador
instiga o infrator a praticar um crime apenas para prendê-lo por crime diverso. Exemplo: Imagine o policial que
sobe o morro para prender um vendedor de drogas. Ele pede a droga e o traficante o fornece. Nesse o momento o
policial efetua a prisão, mas não pela venda de droga, que seria crime impossível, mas pelo crime anterior a este,
que é o crime de “ter consigo para venda” substância entorpecente. Nesse caso, o flagrante preparado vem sendo
admitido, pois não há hipótese de crime impossível, eis que o crime já havia ocorrido, sendo a preparação e
instigação meros meios para que o crime consumado fosse descoberto;

Flagrante forjado – Aqui o fato típico não ocorreu, sendo simulado pela autoridade policial para incriminar
falsamente alguém. É ABSOLUTAMENTE ILEGAL. Se quem realiza esse flagrante é autoridade, trata-se de crime
de abuso de autoridade. Se quem pratica é pessoa comum, poderemos estar diante do crime de denunciação
caluniosa. Sabemos que coisas como estas não existem no Brasil, mas já ouvi dizer que na Finlândia isto é muito
comum...

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

O Auto de Prisão em Flagrante – APF geralmente é lavrado pela autoridade policial do local em que ocorreu a
PRISÃO, ou, se não houver neste local, a autoridade do local mais próximo, pois é a ela que o preso deve ser
apresentado (art. 308 do CPP). No entanto, nada impede que um Juiz possa lavrar o Auto de Prisão em Flagrante
nos crimes cometidos em sua presença.

PROCEDIMENTO DA LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Após ser apresentado o preso em flagrante delito à autoridade policial, esta deverá adotar o seguinte
procedimento:
a) Ouvir o condutor
b) Ouvir as testemunhas
c) Ouvir a vítima, se for possível
d) Ouvir o preso (Interrogatório)

E se não houver testemunhas do fato? Nesse caso, não está impossibilitada a prisão em flagrante, mas
deverão assinar com o condutor, duas pessoas que tenham presenciado a apresentação do preso (e não sua
prisão!).

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

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§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria
Pública.

E quando o Juiz receber o Auto de Prisão em Flagrante, o que deve fazer? Ao Juiz são facultadas três
opções:

Relaxar a prisão ilegal;


Converter a prisão em prisão preventiva, desde que presentes os requisitos para tal, bem como se mostrarem
inadequadas ou insuficientes as outras medidas cautelares;
Conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança, a depender do caso

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PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva será decretada em que situações? As situações que autorizam a decretação da prisão
preventiva estão elencadas no art. 312 do CPP, e revelam circunstâncias nas quais há fundados indícios de
autoria e prova da materialidade do delito (fumus comissi delicti ou fumus boni iuris), bem como há receio
concreto de que a liberdade do indivíduo possa prejudicar o processo.

Garantia da ordem pública – Muito criticada por boa parte da Doutrina, em razão de seu alto grau de abstração
(qualquer coisa pode ser considerada como garantia da ordem pública), o que violaria inúmeros direitos
fundamentais do réu. No entanto, continua em vigor e é válida, para a maior parte da Doutrina e para os Tribunais
Superiores. A perturbação da ordem pública pode ser conceituada como o abalo provocado na sociedade em razão
da prática de um delito de consequências graves. Assim, a prisão preventiva se justificaria para restabelecer a
tranquilidade social, a sensação de paz em um determinado local (um bairro, uma cidade, um estado, ou até
mesmo no país inteiro);

Garantia da Ordem Econômica – Esta hipótese é direcionada aos crimes do colarinho branco, àquelas
hipóteses em que o agente pratica delitos contra instituições financeiras e entidades públicas, causando sérios
prejuízos financeiros. Atualmente, com a possibilidade de decretação de medida cautelar de suspensão do exercício
de função pública, este fundamento (que já era pouco utilizado), perdeu ainda mais sua razão, eis que se o
fundamento for a proximidade do indivíduo com a função pública, na maioria dos casos o afastamento da função
irá bastar para que a ordem econômica não sofra prejuízos;

Conveniência da Instrução Criminal – Tem a finalidade de evitar que o indivíduo ameace testemunhas, tente
destruir provas, etc. Em resumo, busca evitar que a instrução do processo seja prejudicada em razão da liberdade
do réu. O STJ entende que, se a prisão foi decretada por este motivo, terminando a fase instrutória, deve o réu ser
posto em liberdade, pois não permanece mais o perigo;

Segurança na aplicação da Lei penal – Busca evitar que o indivíduo fuja, de forma a se furtar à aplicação da
pena que possivelmente lhe será imposta. Assim, quando houver indícios de que o indivíduo pretende fugir, estará
presente esta hipótese autorizadora

Entretanto, a este art. 312 foi acrescentado um § único, que estabelece outra hipótese de decretação da prisão
preventiva, que é o descumprimento de alguma das obrigações impostas pelo Juiz como medida
cautelar diversa da prisão:

Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).

O art. 314 do CPP traz uma vedação expressa à possibilidade de decretação da preventiva: Quando o
agente praticar o fato acobertado por alguma excludente de ilicitude. Vejamos:

Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos
ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei Nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº12.403, de 2011).

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PRISÃO TEMPORÁRIA

A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar que não se encontra no CPP, estando
regulamentada na Lei 7.960/89. Esta Lei não sofreu alteração pela Lei 12.403/11.

A prisão temporária é uma espécie bem peculiar de prisão cautelar, pois possui prazo certo e só pode ser
determinada DURANTE AINVESTIGAÇÃO POLICIAL. Assim, após o recebimento da denúncia ou queixa,
não poderá ser decretada NEM MANTIDA a prisão temporária.

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Além disso, a prisão temporária só pode ser decretada nas hipóteses de crimes previstos no art. 1°, III da Lei
7.960/89, a saber:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade;

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único)2;
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único)3;
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput,
combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal4; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de
outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976)5;
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

Só é cabível quando estivermos diante de um dos crimes do art. 1°, III da Lei 7.960/89 e que esteja
presente uma das duas situações previstas nos incisos I e II do art. 1° da Lei 7.960/89 – É a posição
que predomina na Doutrina e Jurisprudência. Exige, apenas, dois requisitos:
a) Trate-se de crime previsto na lista do inciso III;
b) Esteja presente um dos outros dois requisitos previstos nos incisos I e II.

Assim, não bastaria, por exemplo, que o crime fosse de homicídio doloso. Deveria, ainda, haver a necessidade de
se proceder à prisão temporária por ser indispensável às investigações (indiciado está atrapalhando as
investigações) ou o indiciado não ter residência fixa ou não colaborar para sua identificação

A prisão temporária NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO pelo Juiz, devendo ser requerida pelo MP ou
ser objeto de representação da autoridade policial. Neste último caso, o Juiz deve ouvir o MP antes de decidir.

Quando? Durante a investigação policial. Nunca durante o processo!

Quem decreta? O Juiz, desde que haja requerimento do MP ou representação da autoridade policial.
Nunca ex officio (sem requerimento).

Por quanto tempo? 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias (em caso de extrema e comprovada
necessidade).

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CRIMES HEDIONDOS, TORTURA, TRÁFICO E TERRORISMO 30 +30

O Juiz não pode decretar a temporária, ex officio, mas ele pode prorrogá-la sem que haja
requerimento do MP ou da autoridade policial? Embora existam vozes em contrário, predomina o
entendimento de que, da mesma forma como não pode o Juiz decretá-la de ofício, não pode, também,
prorrogá-la de ofício.

QUESTÕES: PRISÃO

01 – Considerando-se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter
cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial,
por, supostamente, ter cometido homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos
inquéritos,
a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de
expedido o mandado judicial.
b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da
prisão temporária de ambos.
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de ambos,
independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial.
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João.
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro.

02 – Cabe prisão temporária de acusado pela prática de crimes de


a) resistência e cárcere privado.
b) tráfico internacional de pessoa para fins de exploração sexual e homicídio qualificado.
c) quadrilha ou bando e contra o sistema financeiro.
d) roubo e concussão.
e) extorsão e corrupção passiva.

03 – A prisão preventiva pode ser decretada se houver indícios suficientes da autoria e prova da
existência do crime e se for necessária, por exemplo, para assegurar a aplicação da lei penal.
Presentes esses requisitos, a prisão preventiva será admitida
a) ainda que configurada alguma excludente de ilicitude.
b) de ofício, pelo juiz, durante a fase de investigação policial.
c) se o agente for acusado da prática de crime doloso e tiver sido condenado pela prática de outro crime
doloso em sentença transitada em julgado menos de cinco anos antes.
d) em caso de acusação pela prática de crimes culposos e preterdolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a quatro anos.
e) em qualquer circunstância se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher.

04 – A respeito da disciplina do CPP sobre a fiança, assinale a opção correta.


a) É admitida a concessão de fiança em caso de prisão civil ou militar.
b) A fiança poderá consistir em pedras, objetos ou metais preciosos.
c) O réu afiançado poderá ausentar-se de sua residência sem comunicar a autoridade processante, desde que
o faça por período não superior a trinta dias.
d) Não há previsão de reforço da fiança no CPP.
e) Compete de forma exclusiva à autoridade judicial fixar fiança e decidir pela liberdade provisória.

05 – A respeito de prisão em flagrante, assinale a opção correta.


a) Não pode ser preso em flagrante aquele que é perseguido logo após cometer a infração, mesmo que se
presuma ser ele o autor da infração.
b) A ausência de testemunhas da infração impede a lavratura do auto de prisão em flagrante.
c) O cidadão que presenciar pessoa cometendo uma infração penal tem a obrigação de prendê-la em flagrante.
d) O auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz competente em até vinte e quatro horas após a
realização da prisão.
e) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre devem ser comunicados à família do preso em até
24 horas após a realização da prisão.

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 No que tange à prisão em flagrante, à prisão preventiva e à prisão temporária, julgue o item que
se segue, à luz do Código de Processo Penal (CPP).

01 – A prisão temporária só poderá ser decretada mediante representação da autoridade policial ou a


requerimento do Ministério Público, vedada sua decretação de ofício pelo juiz.

02 – Suponha que um agente penalmente capaz pratique um roubo e, perseguido ininterruptamente pela polícia,
seja preso em circunscrição diversa da do cometimento do delito. Nessa situação, a autoridade policial
competente para a lavratura do auto de prisão em flagrante é a do local de execução do delito, sob pena de
nulidade do ato administrativo.

03 – A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e
hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade.

04 – A assistência de advogado durante a prisão é requisito de validade do flagrante; por essa razão, se o autuado
não nomear um profissional de sua confiança, o delegado deverá indicar um defensor dativo para acompanhar
o ato.

05 – A liberdade provisória, com a consequente restituição da liberdade, condiciona-se, em qualquer caso, ao


pagamento de fiança, salvo se comprovado o absoluto estado de necessidade do aprisionado, caso em que se
exige dele o compromisso de comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação.

06 – O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a concessão de liberdade provisória sem
fiança, se não estiverem caracterizados os motivos para decretação de prisão cautelar, em estrita observância
do princípio da inocência.

07 – A prisão temporária em crime de homicídio doloso pode ser decretada de ofício pelo juiz, pelo prazo de trinta
dias, prorrogáveis por igual período.

08 – Qualquer do povo poderá prender qualquer pessoa que seja encontrada em flagrante delito.

09 – A prisão temporária constitui-se em uma espécie de prisão cautelar, admissível na fase das investigações do
inquérito policial, mas será decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial e ou a
requerimento do Ministério Público.

10 – Se, no curso do inquérito policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está ameaçando
testemunha ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as investigações, ele próprio poderá decretar a
prisão preventiva do indiciado.

GABARITO: PRISÃO

Questão Resposta
1 C
Questão Resposta 2 E
1 A 3 C
2 C 4 E
3 C 5 E
4 B 6 C
5 d 7 E
8 C
9 C
10 E

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PROVAS

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação,ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

A expressão “livre apreciação da prova produzida” consagra a adoção do sistema do livre convencimento
motivado da prova. O que isso significa? O princípio ou sistema do livre convencimento motivado, ou livre
convencimento regrado, diz que o Juiz deve valorar a prova produzida da maneira que entender mais conveniente,
de acordo com sua análise dos fatos.

Porém, existem determinados fatos que não necessitam serem provados (não sendo, portanto, objeto de
prova). São eles:

Fatos evidentes (ou axiomáticos, ou intuitivos) – São fatos que decorrem de um raciocínio lógico, intuitivo,
decorrente de alguma situação que gera a lógica conclusão de outro fato;

Fatos notórios – São aqueles que pertencem ao conhecimento comum de todas as pessoas. Assim, ao
mencionar, por exemplo, que um fato criminoso fora cometido no dia 25 de dezembro, Natal, não tem a parte
obrigação de provar que o dia 25 de dezembro é Natal, pois isso é do conhecimento comum de qualquer pessoa;

Presunções legais – São fatos que a lei presume tenham ocorrido. O exemplo mais clássico é a inocência do
réu. A Lei presume a inocência do réu, portanto, não cabe ao réu provar que é inocente, pois este fato já é
presumido.

Fatos inúteis – São aqueles que não possuem qualquer relevância para a causa, sendo absolutamente
dispensáveis e, até mesmo, podendo ser dispensada a sua apreciação pelo Juiz.

CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS

Quanto ao seu objeto:


a) Provas diretas – Aquelas que provam o próprio fato, de maneira direta. Exemplo: Testemunha ocular de um
delito, que, com seu depoimento, prova diretamente a ocorrência do fato;

b) Provas indiretas – Aquelas que não provam diretamente o fato, mas por uma dedução lógica, acabam por
prová-lo. Exemplo: Imagine-se que o acusado comprove de maneira cabal (absoluta) que se encontrava em outro
país quando da ocorrência de um roubo na cidade do Rio de Janeiro, do qual é acusado. Assim, comprovado este
fato (que não é o fato criminoso), deduz-se de maneira irrefutável, que o acusado não praticou o crime (prova
indireta).
Quanto ao valor:
a) Provas plenas – Aquelas que trazem a possibilidade de um juízo de certeza quanto ao fato que buscam
provar, possibilitando ao Juiz fundamentar sua decisão de mérito em apenas uma delas, se for o caso. Exemplo:
Prova documental, testemunhal, exame de corpo de delito, etc.;

b) Provas não-plenas – Apenas ajudam a reforçar a convicção do Juiz, contribuindo na formação de sua certeza,
mas não possuem o poder de formar a convicção do Juiz, que não pode fundamentar sua decisão de mérito
apenas numa prova não plena.

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Quanto ao sujeito:
a) Provas reais – Aquelas que se baseiam em algum objeto, e não derivam de uma pessoa. Exemplo: Cadáver,
documento, etc.

b) Provas pessoais – São aquelas que derivam de uma pessoa.


Exemplo: Testemunho, interrogatório do réu, etc.

PRINCÍPIOS QUE REGEM O SISTEMA PROBATÓRIO

a) Princípio do contraditório – Todas as provas produzidas por uma das partes podem ser contraditadas
(contraprova) pela outra parte;

b) Princípio da comunhão da prova (ou da aquisição da prova) – A prova é produzida por uma das partes
ou determinada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixa de pertencer àquele que a produziu, passando
a ser parte integrante do processo,podendo ser utilizada em benefício de qualquer das partes.

c) Princípio da oralidade – Sempre que for possível, as provas devem ser produzidas oralmente na presença do
Juiz. Assim, mais valor tem uma prova testemunhal produzida em audiência que um erro documento juntado aos
autos contendo algumas declarações de uma suposta testemunha.

d) Princípio da autorresponsabilidade das partes – As partes respondem pelo ônus da produção da prova
acerca do fato que tenham de provar. Assim, se o titular da ação penal não provar a autoria e a materialidade do
fato, terá um consequência adversa para si, que é a absolvição do acusado;

e) Princípio da não auto-incriminação (ou Nemo tenetur se detegere) – Por este princípio entende-se a
não obrigatoriedade que a parte tem de produzir prova contra si mesma. Assim, não está o acusado obrigado a
responder às perguntas que lhe forem feitas, nem a participar da reconstituição simulada, nem fornecer material
gráfico para exame grafotécnico, etc.

OBS: O ônus da prova pode ser definido como o encargo conferido a uma das partes referente à produção
probatória relativa ao fato por ela alegado.

PROVAS ILEGAIS

As provas ilegais são um gênero do qual derivam três espécies: provas ilícitas, provas ilícitas por derivação e
provas ilegítimas.

a) Provas ilícitas São consideradas provas ilícitas aquelas produzidas mediante violação de normas de
direito material (normas constitucionais ou legais). A Constituição Federal expressamente prevê a vedação da
utilização de provas obtidas por meios ilícitos.

Interceptação telefônica realizada sem ordem judicial - a gravação de conversa informal entre os policiais e o
conduzido ocorrida quando da lavratura do auto de prisão em flagrante.
Busca e apreensão domiciliar sem ordem judicial;
Prova obtida mediante violação de correspondência.

b) Provas ilícitas por derivação


São aquelas provas que, embora sejam lícitas em sua essência, derivam de uma prova ilícita, daí o nome
“provas ilícitas por derivação”. Trata-se da aplicação da Teoria dos frutos da árvore envenenada, segundo a
qual, o fato de a árvore estar envenenada, necessariamente contamina os seus frutos. Trazendo para o mundo
jurídico, significa que o defeito (vício, ilegalidade)de um ato contamina todos os outros atos que a ele estão
vinculados.

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c) Provas ilegítimas
São provas obtidas mediante violação a normas de caráter eminentemente processual.

ESPÉCIES DE PROVAS

01) EXAME DE CORPO DE DELITO E PERÍCIAS EM GERAL

O exame de corpo de delito nada mais é que a perícia cuja finalidade é comprovar a materialidade (existência) das
infrações que deixam vestígios.

O exame de corpo de delito pode ser direto, quando realizado pelo perito diretamente sobre o vestígio
deixado, ou indireto, quando o perito realizar o exame com base em informações verossímeis
fornecidas a ele

O exame de corpo de delito é, em regra, obrigatório nos crimes que deixam vestígios. Entretanto, o art. 167 do
CPP autoriza o suprimento deste exame pela prova testemunhal quando os vestígios tiverem
desaparecido.

Existem algumas formalidades na realização desta prova (previstas entre o art. 159 e 166 do CPP), dentre elas, a
necessidade de que ser trate de UM PERITO OFICIAL, ou DOIS PERITOS NÃO OFICIAIS. E se houver
divergência entre os peritos? Nesse caso (que só é possível na hipótese de dois peritos que estejam atuando
na mesma área de conhecimento), cada um deles elaborará seu laudo separadamente, e a autoridade deverá
nomear um terceiro perito.

O Juiz pode discordar do laudo? Pode sim. Esta previsão está contida no art. 182 do CPP: Art. 182. O juiz não
ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,no todo ou em parte.

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ESPÉCIE DE PERÍCIA REGRAMENTO DO CPP


AUTÓPSIA Pelo menos seis horas após o óbito (salvo se pelos sinais da morte os
peritos entenderem que pode ser feita antes)
No caso de morte violenta, basta o exame externo do cadáver
Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem
encontrados, bem como as lesões externas e vestígios deixados no local
Para melhor esclarecer as lesões encontradas, os peritos, quando possível,
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos,
devidamente rubricados
Serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados que
possam ser úteis à identificação do cadáver
LESÕES CORPORAIS Caso o primeiro exame tenha sido incompleto, será procedido a novo
exame, por determinação da autoridade policial ou do Juiz
O exame complementar pode ser determinado de ofício (sem requerimento
de ninguém) ou a requerimento do MP, do ofendido, do acusado ou de seu
defensor
No exame complementar os peritos terão em mãos auto de corpo de
delito, para poderem complementá-lo ou retificá-lo (caso contenha erros)
Se a finalidade for comprovar que se trata de crime de lesão corporal
GRAVE (por deixar a vítima afastada de suas atividades habituais por mais
de 30 dias), deverá o exame ser realizado logo após o prazo de 30 dias
A ausência do exame complementar pode
ser suprida pela prova testemunhal
ANÁLISE DE DESTRUIÇÃO DE Os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que
COISAS OU instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o
fato praticado, podendo proceder-se, quando
ROMPIMENTO DE
necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam
OBSTÁCULO
produto do crime
INCÊNDIO Deve ser verificada (o):
A causa e o lugar em que houver começado
O perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio
A extensão do dano e o seu valor
Demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato
RECONHECIMENTO Devem ser observadas as seguintes regras (literalidade do CPP):
DE ESCRITOS A pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada
para o ato, se for encontrada
Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita
pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de
seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida
A autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os
documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou
nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados
Quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os
exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado.
Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência
poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a
pessoa será intimada a escrever (CUIDADO! O acusado não está
obrigado a fornecer os padrões gráficos para a realização do
exame, ou seja, não está obrigado a escrever nada, ou seja, ninguém pode
ser obrigado a produzir prova contra si próprio).

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02) INTERROGATÓRIO DO RÉU


O interrogatório do réu (interrogatório na fase judicial) é o ato mediante o qual o Juiz procede à oitiva do acusado
acerca do fato que lhe é imputado. O interrogatório, modernamente, é considerado como UMDIREITO
SUBJETIVO DO ACUSADO (previsto, inclusive, no art. 5°, LXIII), pois se entende que faz parte do seu direito à
defesa pessoal (subdivisão da ampla defesa, que conta, também com a defesa técnica, patrocinada por profissional
habilitado).
Assim, atualmente, se entende que o interrogatório é meio de prova e meio de defesa do réu.

03) CONFISSÃO
A confissão é um meio de prova através do qual o acusado reconhece a prática do fato que lhe é imputado.
Para a validade da confissão, é necessário que ela preencha requisitos intrínsecos (ligados ao conteúdo da
confissão) e extrínsecos (ou formais, ligados à forma de sua realização). Os requisitos intrínsecos são,
basicamente, a verossimilhança das alegações do réu aos fatos, a clareza do réu na exposição dos
motivos, a coincidência com o que apontam os demais meios de prova , etc.

Os requisitos extrínsecos, ou formais, são a pessoalidade (não se pode ser feita por procurador), o
caráter expresso (não se admite confissão tácita no Processo Penal, devendo ser manifestada e reduzida a
termo), o oferecimento perante o Juiz COMPETENTE, a espontaneidade (não pode ser realizada sob
coação) e a capacidade do acusado para confessar (deve estar no pleno gozo das faculdades mentais).Por
adotarmos o princípio do livre convencimento motivado, e não o da prova tarifada, a confissão não possui
valor absoluto,
devendo ser valorada pelo Juiz da maneira que reputar pertinente.

04) OITIVA DO OFENDIDO


A oitiva do ofendido permite ao magistrado ter contato efetivo com a pessoa que mais sofreu as consequências do
delito, de forma a possibilitar o mais preciso alcance de sua extensão. A primeira coisa que devemos saber é que o
ofendido NÃO ÉTESTEMUNHA, pois testemunha é um terceiro que não participa do fato.
O ofendido participa do fato, na qualidade de sujeito passivo.

05) PROVA TESTEMUNHAL


A prova testemunhal, embora não possua muito valor no processo civil (onde geralmente reina a prova
documental), possui GRANDEVALOR na esfera processual penal, pois geralmente os crimes não estão
documentados.

O militar deverá ser ouvido mediante requisição à sua autoridade superior, nos termos do art. 221, §
2° do CPP;
O funcionário público será intimado (notificado) pessoalmente, como as demais testemunhas, mas deve ser
requisitado, também, ao chefe da repartição (para que o serviço não fique prejudicado);

06) RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS

07) DA ACAREAÇÃO
A acareação é o chamado “colocar frente a frente” duas pessoas que prestaram informações divergentes.
Fundamenta-se no constrangimento, ou seja, busca-se que uma das partes fique com “medinho” e se retrate da
informação errada que forneceu. Pode ser realizada tanto na fase de investigação quanto na fase processual.

Os peritos não estão sujeitos à acareação! O STJ, contudo, já se manifestou pela possibilidade dessa
acareação, quando houver suspeita de que um dos peritos (ou ambos) deliberadamente elaborou falsa perícia.

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08) DA PROVA DOCUMENTAL


A prova documental pode ser produzida a qualquer tempo pelas partes, salvo nos casos em que a lei
expressamente veda sua produção fora de um determinado momento.

09) INDÍCIOS
Os indícios são elementos de convicção cujo valor é inferior, pois NÃO PROVAM o fato que se discute, mas
provam outro fato, a ele relacionado, que faz INDUZIR que o fato discutido ocorre ou não. Nos termos do art.
239 do CPP:
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Os indícios, porém, são diferentes das presunções, pois os indícios apenas induzem uma conclusão mais ou
menos lógica (exemplo: Meu carro foi encontrado estacionado próximo ao local do crime, o que induz que eu
estaria ali). Já as presunções são situações nas quais a lei estabelece que são verdadeiros
determinados fatos, se outros forem verdadeiros.

10) DA BUSCA E APREENSÃO


Em regra a busca e apreensão é um meio de prova. Entretanto, pode ser um meio de assegurar direitos (quando
se determina o arresto de um bem para garantir a reparação civil, por exemplo).

A Busca e apreensão pode ocorrer na fase judicial ou na fase de investigação policial. Pode ser
determinada de ofício ou a requerimento do MP, do defensor do réu, ou representação da autoridade policial. Por
fim, a busca e apreensão pode ser domiciliar ou pessoal.

A busca pessoal é aquela realizada em pessoas, com a finalidade de encontrar arma proibida ou determinados
objetos:

§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida
ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.

Ao contrário da busca domiciliar, poderá ser feita de maneira menos formal, podendo ser decretada pela
autoridade policial e seus agentes, ou pela autoridade judicial.Entretanto, mesmo nesse caso, a realização da
busca deve se basearem FUNDADAS SUSPEITAS de que o indivíduo se encontre em alguma das hipóteses
previstas no CPP.

O CPP, de forma a compatibilizar a medida com os princípios da dignidade da pessoa humana, determina que a
busca pessoal em mulher será realizada por outra mulher, se não prejudicar a diligência.

INTERCEPTAÇAO TELEFONICA
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996.

Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação


criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz
competente da ação principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de
informática e telemática.
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

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Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação,
inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento:
I - da autoridade policial, na investigação criminal;
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.
Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua
realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem empregados.
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam
presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua
redução a termo.
§ 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.
Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da
diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência
ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada a sua
transcrição.
§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao juiz,
acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas.
§ 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providência do art. 8° , ciente o Ministério Público.
Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a autoridade policial poderá requisitar
serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público.
Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados,
apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências,
gravações e transcrições respectivas.
Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada imediatamente antes do relatório da autoridade,
quando se tratar de inquérito policial (Código de Processo Penal, art.10, § 1°) ou na conclusão do processo ao juiz
para o despacho decorrente do disposto nos arts. 407, 502 ou 538 do Código de Processo Penal.
Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a
instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença
do acusado ou de seu representante legal.
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou
quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

QUESTÕES: PROVAS

01 – No que diz respeito às provas no processo penal, assinale a opção correta.


a) Para se apurar o crime de lesão corporal, exige-se prova pericial médica, que não pode ser suprida por
testemunho.
b) Se, no interrogatório em juízo, o réu confessar a autoria, ficará provada a alegação contida na denúncia,
tornando-se desnecessária a produção de outras provas.
c) As declarações do réu durante o interrogatório deverão ser avaliadas livremente pelo juiz, sendo valiosas
para formar o livre convencimento do magistrado, quando amparadas em outros elementos de prova.
d) São objetos de prova testemunhal no processo penal fatos relativos ao estado das pessoas, como, por
exemplo, casamento, menoridade, filiação e cidadania.
e) O procedimento de acareação entre acusado e testemunha é típico da fase pré-processual da ação penal e
deve ser presidido pelo delegado de polícia.

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02 – A respeito do IP e da instrução criminal, assinale a opção correta.


a) O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua convicção íntima, poderá basear a condenação
do réu exclusivamente nos elementos informativos colhidos no IP.
b) Como a perícia é considerada a prova mais importante, o juiz não proferirá sentença que contrarie
conclusões da perícia, devendo a prova técnica prevalecer sobre os outros meios probatórios.
c) Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
tiver notícia de uma nova prova.
d) O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no curso do IP.
e) O IP, peça informativa do processo, oferece o suporte probatório mínimo para

03 – Quanto à prova e aos seus meios de produção no processo penal, assinale a opção correta.
a) A acareação no processo penal é admitida entre acusados ou entre estes e testemunhas, sendo legalmente
vedado tal procedimento entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida.
b) O interrogatório, a ser realizado em momento anterior à inquirição das testemunhas e da produção de
outras provas, constitui ato restrito à autoridade judiciária e ao acusado, não podendo o defensor do
acusado intervir ou influir, de qualquer modo, nas perguntas e nas respostas.
c) Estão dispensados de depor na condição de testemunha o ascendente ou descendente, o afim em linha reta,
o cônjuge, ainda que separado ou divorciado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado.
d) A lei não prevê qualquer medida coercitiva contra o ofendido que, intimado para depor, deixar de
comparecer em juízo, com ou sem justificado motivo, porquanto sua inquirição no processo não é
obrigatória.
e) Para os fins de prova documental a ser formalizada na ação penal, consideram-se documentos apenas os
escritos, instrumentos ou papéis públicos cuja originalidade possa ser oficialmente comprovada.

04 – Quanto à prova pericial, assinale a opção correta.


a) A confissão do acusado suprirá a ausência de laudo pericial para atestar o rompimento de obstáculo nos
casos de furto mediante arrombamento, prevalecendo em tais situações a qualificadora do delito.
b) O exame de corpo de delito somente poderá realizar-se durante o dia, de modo a não suscitar qualquer tipo
de dúvida, sendo vedada a sua realização durante a noite.
c) Prevê a legislação processual penal a obrigatória participação da defesa na produção da prova pericial na
fase investigatória, antes do encerramento do IP e da elaboração do laudo pericial.
d) Os exames de corpo de delito serão realizados por um perito oficial e, na falta deste, admite a lei que duas
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior e dotadas de habilidade técnica relacionada com
a natureza do exame, sejam nomeadas para tal atividade.
e) Em razão da especificidade da prova pericial, o seu resultado vincula o juízo; por isso, a sentença não
poderá ser contrária à conclusão do laudo pericial.

05 – Com relação ao exame de corpo de delito, assinale a opção correta.


a) O exame de corpo de delito poderá ser suprido indiretamente pela confissão do acusado se os vestígios já
tiverem desaparecido.
b) Não tendo a infração deixado vestígios, será realizado o exame de corpo de delito de modo indireto.
a) c)Tratando-se de lesões corporais, a falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova
testemunhal.
c) Depende de mandado judicial a realização de exame de corpo de delito durante o período noturno.
d) Requerido, pelas partes, o exame de corpo de delito, o juiz poderá negar a sua realização, se entender que
é desnecessário ao esclarecimento da verdade.

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 No que tange à provas, julgue o item que se segue, à luz do Código de Processo Penal (CPP).

01 – Julgue o item subsequente, em relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e à


citação por hora certa.

Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de Processo Penal, a prova ilícita
produzida no processo criminal tem o condão de contaminar todas as provas dela decorrentes, devendo,
entretanto, ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas, considerando-se válidas, ademais, as provas
derivadas que possam ser obtidas por fonte independente da prova ilícita.

02 – De acordo com o CPP, na falta de perito oficial para realizar as perícias, o exame poderá ser
realizado por uma pessoa idônea, portadora de diploma de curso superior, preferencialmente em
área relacionada com a natureza do exame.

03 – No caso de haver resistência do morador, permite-se o uso da força na busca domiciliar iniciada
de dia e continuada à noite, com a exibição de mandado judicial, devendo a diligência ser
presenciada por duas testemunhas que poderão atestar a sua regularidade.

04 – A fim de evitar constrangimentos e garantir os direitos da mulher, a legislação pertinente veta a


realização de busca pessoal em mulher por profissional do sexo masculino.

05 – A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar vestígios,
mas não for possível fazê-lo de modo direto.

06 – É possível que, na falta de perito oficial, a prova pericial seja realizada por duas pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área objeto do exame,
nomeadas pelo juiz da causa.

07 – O juiz não ficará vinculado às conclusões dos peritos exaradas no laudo técnico, podendo
rejeitá-las completamente.

08 – Provas produzidas durante o inquérito policial — como, por exemplo, o reconhecimento do autor
do crime — podem servir de instrumento para a formação da convicção do juiz, desde que sejam
confirmadas, sob o crivo do contraditório, por outros elementos colhidos em juízo.

09 – Crianças podem ser testemunhas em processo criminal, mas não podem ser submetidas ao
compromisso de dizer a verdade.

10 – O parecer feito por assistente técnico apresenta valor probatório equivalente ao da perícia
realizada por perito oficial, não havendo hierarquia entre as provas, podendo, ademais, o juiz
penal ignorar as conclusões dos laudos periciais em face do livre convencimento motivado.

GABARITO: PROVAS

Questão Resposta Questão Resposta


1 C 1 E
2 C 2 C
3 C 3 C
4 D 4 E
5 C 5 E
6 C
7 C
8 C
9 C
10 C

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DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS


PÚBLICOS

Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes de
direito, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do
delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.

Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado
defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a resposta, os autos permanecerão em
cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou por seu defensor.

A resposta poderá ser instruída com documentos e justificações.

O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do
seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.

Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado citado, na forma estabelecida no Capítulo I do Título X do Livro I.

Na instrução criminal e nos demais termos do processo, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Título I,
deste Livro.

QUESTÕES REVISÃO

LEI PROCESSUAL NO TEMPO

01 – Quanto a lei processual no tempo, marque a alternativa CORRETA.


a) Um processo que tiver sido encerrado sob a vigência da lei processual anterior deverá ser revisto.
b) Se há um processo penal a ser iniciado, deverá ser regido pela nova lei processual, para que seu atos se
tornem válidos e eficazes.
c) Caso o processo penal já tenha sido iniciado, os atos praticados deverão ser refeitos e, todos os posteriores
deverão ser praticados conforme a nova lei.
d) No Brasil é adotado no processo penal o sistema da unidade processual, um complexo de atos inseparáveis
uns dos outros, isto é, em todo o processo apenas poderá ser aplicada uma lei processual.
e) Os atos processuais regidos pela lei processual penal anterior não são considerados válidos.

LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

02 – Dr. Frederico, juiz da 1ª Vara Criminal de Teresina-PI, após a denúncia do Ministério Público e
toda a sequência de atos processuais que permeiam o processo, julgará o acusado. Quanto à
aplicação e eficácia da lei processual no tempo e no espaço, marque a alternativa CORRETA.
a) O Código de Processo Penal possui validade em todo território brasileiro e, também, no estrangeiro, desde
que o crime tenha sido cometido por brasileiro.
b) A lei processual penal brasileira aplica-se a todas as infrações cometidas em território brasileiro ou em solo
estrangeiro.
c) Os tratados e convenções internacionais sobre matéria processual não podem ser aplicadas no Brasil, em
nenhuma hipótese.
d) O processo penal da competência da Justiça Militar não será regulado pelo Código de Processo Penal.
e) Aos crimes previstos em leis especiais não se aplica o Código de Processo Penal.

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INQUÉRITO POLICIAL

03 – No tocante ao inquérito policial relativo à apuração de crime a que se procede mediante ação
penal pública incondicionada, é correto afirmar:
a) É vedada a instauração de inquérito policial de ofício.
b) O ofendido não pode requerer diligência no curso de inquérito policial.
c) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.
d) A autoridade policial poderá mandar instaurar inquérito a partir de comunicação de fato feita por qualquer
pessoa, mas deve aguardar a iniciativa do ofendido ou seu representante legal para que seja instaurado.
e) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

04 – Praticado o crime na via pública, o delegado de polícia deverá, dentre outras providências,
a) dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais
b) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, independentemente da liberação pelos peritos
criminais.
c) colher, após a realização da perícia do local, todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias.
d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias, desde que
haja expresso consentimento da vítima ou quem a represente.
e) proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública e
haja peritos oficiais para a realização do laudo pericial.

05 – No âmbito do inquérito policial, incumbe à autoridade policial


a) arquivar o inquérito policial.
b) assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato
c) decretar a prisão preventiva.
d) presidir a audiência de custódia.
e) oferecer a denúncia.

06 – A instauração de inquérito penal independe da manifestação do ofendido no caso de crime de


ação penal.
a) pública incondicionada.
b) privada, se o ofendido for incapaz.
c) privada.
d) pública condicionada.
e) pública condicionada, se o ofendido houver falecido.

AÇÃO PENAL

07 – Sobre as diversas modalidades de ação penal, é correto afirmar:


a) Em caso de morte do ofendido, o direito de intentar a ação privada propriamente dita se transmite ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão da vítima.
b) O prazo decandencial para o oferecimento da requisição pelo Ministro da Justiça na ação penal condicionada
é de seis meses.
c) A ação penal privada subsidiária da pública fere o comando constitucional que atribui ao Ministério Público a
titularidade da ação penal.
d) Com a revogação do crime de adultério, deixou de existir no ordenamento jurídico brasileiro a chamada ação
penal privada personalíssima.
e) A perempção poderá ser reconhecida em qualquer momento do inquérito policial, bem como antes ou,
ainda, após iniciada a ação penal.

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08 – Em se tratando da ação penal, é correto afirmar que:


a) nas ações penais de natureza pública condicionada à representação, a vítima poderá retratar-se da
representação a qualquer tempo, desde que não tenha sido proferida sentença de mérito no processo.
b) a ação penal privada subsidiária poderá ser intentada nos casos de ação penal pública, inclusive quando
houver pedido de arquivamento do inquérito policial pelo órgão acusatório.
c) nas ações penais de natureza pública incondicionada, quando do oferecimento da denúncia, o Ministério
Público deverá expor sinteticamente o fato criminoso, bem como indicar a qualificação do acusado, podendo
complementar a peça acusatória ou apresentar rol de testemunhas no prazo de 15 dias.
d) nas ações penais públicas incondicionadas, o inquérito policial é elemento indispensável para a propositura
da denúncia, não se admitindo que o Ministério Público faça uso de outros meios de informação para
sustentar o oferecimento da acusação.
e) nas ações penais privadas movidas mediante queixa, havendo pluralidade de autores, a queixa não poderá
ser movida de forma seletiva contra apenas alguns desses autores, sendo que a renúncia ao exercício do
direito de queixa, em relação a qualquer um deles, aproveitará a todos.

09 – Considere que o Ministério Público tenha oferecido denúncia contra determinado indivíduo pela
prática de crime que somente se processa mediante queixa. Nessa situação, o juiz deve
a) designar audiência de tentativa de reconciliação entre a vítima e o ofendido.
b) intimar o ofendido, para que ele assuma a titularidade da ação penal.
c) rejeitar a denúncia.
d) determinar a citação do querelado, para que ele ofereça defesa no prazo de quinze dias.
e) exigir do órgão ministerial a correção da peça acusatória.

10 – Considerando a regência legal e a orientação jurisprudencial no que tange à ação penal, assinale
a alternativa correta.
a) Na ação penal pública incondicionada o delegado de polícia para instaurar inquérito necessita da
representação da vítima ou ofendido.
b) Após o recebimento da denúncia a representação torna-se irretratável.
c) A representação é uma condição específica de procedibilidade.
d) Na ação penal privada subsidiária da pública, a desídia do querelante não autoriza a retomada da ação pelo
Ministério Público.
e) No crime de lesão corporal leve no âmbito da violência doméstica contra mulher a ação penal é pública
condicionada à representação.

COMPETÊNCIA

11 – Sobre a competência no processo penal, é correto afirmar:


a) Será determinada, de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa.
b) O direito brasileiro desconhece a figura da competência pelo domicílio ou residência do réu, pois regula-se
pelo lugar do crime.
c) A competência será determinada pela continência quando duas pessoas forem acusadas pelo mesmo crime.
d) Apenas os crimes dolosos contra a vida podem ser julgados pelo Tribunal do Júri.
e) Se na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente competente para determinado
crime, prevalece o critério da antiguidade na carreira.

12 – Segundo disposto no Código de Processo Penal, o que determina a competência jurisdicional é,


EXCETO a:
a) Natureza da infração.
b) Litispendência.
c) Distribuição.
d) Conexão ou continência.
e) Prerrogativa de função.

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PROVA

13 – O exame de corpo de delito


a) terá seu laudo pericial elaborado no prazo máximo de 30 dias e poderá ser prorrogado pelo juiz por igual
prazo.
b) é realizado somente por perito oficial, portador de diploma de curso superior, que deverá prestar
compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
c) terá a formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico permitidos somente ao Ministério Público e
à defesa.
d) poderá ser realizado somente durante o dia e no horário de expediente regular da polícia técnico-científica.
e) será indispensável quando a infração deixar vestígio, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

14 – O exame de corpo de delito


a) é dispensável nos crimes que deixam vestígios.
b) deve ser feito imediatamente para que não se percam os vestígios do crime, o que veda a indicação de
assistente técnico pelas partes.
c) deve ser feito, em regra, pelo menos 2 horas após o óbito.
d) realiza-se sobre vestígios do corpo humano, havendo regime diverso para o exame sobre objetos e sobre
reconhecimento de escritos.
e) pode ser rejeitado pelo juiz, no todo ou em parte.

15 – A Polícia Civil, em uma operação de combate ao tráfico de drogas, prendeu Adelmo em


flagrante. Durante a operação, na residência do indiciado, apreendeu-se, além de grande
quantidade de cocaína, um smartphone que continha toda a movimentação negocial de Adelmo e
seus clientes, o que confirmava o tráfico e toda a estrutura da organização criminosa.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Se não tiver havido mandado judicial para adentrar a residência de Adelmo, isso tornará ilegal tanto a prisão
dele quanto todas as apreensões realizadas.
b) Se a prisão em flagrante tiver sido precedida de mandado de busca e apreensão do smartphone de Adelmo,
então, ainda que não haja, no referido mandado, a previsão de quebra do sigilo de dados, não haverá
qualquer ilegalidade no acesso às informações contidas no referido aparelho.
c) Para o acesso aos dados contidos no smartphone, exige-se mandado judicial autorizativo, nos moldes da Lei
n.º 9.296/1996 (interceptação telefônica), já que há expressa proteção constitucional quanto a essa matéria.
d) Tendo a apreensão do smartphone ocorrido mediante flagrante delito, a Polícia Civil pode acessar os dados
nele inseridos sem a necessidade de autorização judicial.

16 – Assinale a alternativa correta:


a) A Lei nº 9.296/96 admite a interceptação de comunicações telefônicas quando não houver indícios razoáveis
da autoria ou participação em infração penal, pois é justamente o que a medida visa apurar durante a
investigação.
b) A interceptação telefônica deve ser deferida através de decisão fundamentada e pelo prazo de 30 (trinta)
dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.
c) Ao definir regras sobre a medida de busca e apreensão, o Código de Processo Penal estabelece que não
será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir
elemento do corpo de delito.
d) As buscas domiciliares serão somente executadas de dia, mostrando-se irrelevantes o consentimento do
morador para que se realizem à noite ou mesmo a ocorrência de prisão em flagrante, já que
constitucionalmente assegurada a inviolabilidade constitucional do domicílio.
e) Segundo a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, não é
autorizado o ingresso, sem mandado judicial, no domicílio alheio para prisão em flagrante por crime de
tráfico e para apreensão de drogas ali mantidas em depósito com destinação a venda.

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17 – “Técio gravou a conversa que teve com Tício e informou esse fato ao seu amigo Mévio,
advogado com profundos conhecimentos na área do direito constitucional, especialmente em
matéria de liberdades fundamentais. Na ocasião, Técio questionou Mévio sobre a juridicidade do
seu comportamento.” Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única, apresentada por Mévio,
que se mostra harmônica com a ordem constitucional e a interpretação sedimentada no âmbito do
Supremo Tribunal Federal.
a) Técio poderia ter gravado a conversa que teve com Tício para utilizá-la como prova de defesa ou em
decorrência de investida criminosa.
b) Técio jamais poderia ter gravado a conversa sem o conhecimento de Tício, sob pena de flagrante afronta à
intimidade deste último.
c) Técio somente poderia gravar a conversa que teve com Tício, qualquer que fosse o seu teor, se estivesse
autorizado por este último ou munido de autorização judicial.
d) Apesar de Tício ter conversado voluntariamente com Técio, este último só poderia gravar a conversa,
restrigindo a intimidade daquele, caso a lei o autorizasse expressamente.

18 – O Código de Processo Penal elenca um conjunto de regras que regulamentam a produção das
provas no âmbito do processo criminal. No tocante às perícias em geral, as normas estão previstas
nos artigos 158 a 184 da lei em comento. Quanto ao exame de corpo de delito, nos crimes
a) que deixam vestígios, quando estes desaparecerem, a prova testemunhal não poderá suprir-lhe a falta.
b) que deixam vestígios, esse exame só pode ser realizado durante o dia.
c) de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame
complementar apenas por determinação da autoridade judicial.
d) que deixam vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-
lo a confissão do acusado.
e) que deixam vestígios, será indispensável que as perícias sejam realizadas por dois peritos oficiais.

19 – Em relação ao direito processual penal, assinale a opção correta.


a) De acordo com o procedimento especial de apuração dos crimes de responsabilidade dos funcionários
públicos contra a administração pública, previsto no CPP, recebida a denúncia e cumprida a citação, o juiz
notificará o acusado para responder a acusação por escrito, dentro do prazo legal.
b) A interceptação telefônica será determinada pelo juiz na hipótese de o fato investigado constituir infração
penal punida com pena de detenção.
c) A decisão que autoriza a interceptação telefônica deve ser fundamentada, indicando a forma de execução da
diligência, que não poderá exceder o prazo legal nem ser prorrogada, sob pena de nulidade.
d) A lei processual penal brasileira adota o princípio da absoluta territorialidade em relação a sua aplicação no
espaço: não cabe adotar lei processual de país estrangeiro no cumprimento de atos processuais no território
nacional.
e) A lei processual penal não admite o uso da analogia ou da interpretação extensiva, em estrita observância
ao princípio da legalidade.

20 – Acerca do exame de corpo de delito previsto no Código de Processo Penal, assinale a assertiva
correta.
a) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
podendo supri-lo a confissão do acusado.
b) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais, portadores de diploma
de curso superior.
c) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenharem o encargo.
d) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 03 (três) pessoas idôneas.
e) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal não suprirá a falta.

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PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA

21 – Em termos de prisão temporária, é correto afirmar que:


a) poderá ser decretada no curso do inquérito policial bem como do processo penal, a fim de assegurar a
aplicação da lei penal.
b) a autoridade policial possui atribuição para realizar a prisão temporária mesmo antes da expedição do
mandado judicial, bastando que tenha sido instaurado o regular inquérito policial.
c) após decretada a prisão temporária, será expedido mandado de prisão em duas vias, uma das quais deverá
ser entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
d) extinta a prisão temporária, o indiciado só poderá ser colocado em liberdade por meio de Alvará de Soltura,
expedido pelo juiz.
e) os presos temporários, a critério da autoridade policial, poderão permanecer separados dos demais
detentos.

22 – O Código de Processo Penal dispõe que no regime da prisão preventiva


a) é vedada a decretação da prisão preventiva antes do início do processo criminal.
b) a decretação da prisão preventiva como garantia da ordem pública requer indício suficiente da existência do
crime.
c) a prisão preventiva decretada por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal possuem relação de cautelaridade com o processo penal.
d) a reincidência é irrelevante para a admissão da prisão preventiva.
e) a gravidade do delito dispensa a motivação da decisão que decreta a prisão preventiva.

23 – Sobre a prisão em flagrante, é correto afirmar que


a) é ato exclusivo da autoridade policial nos casos de perseguição logo após a prática do delito.
b) deve o delegado de polícia representar pela prisão preventiva, quando o agente é encontrado, logo depois,
com instrumentos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração, dada a impossibilidade de prisão
em flagrante.
c) é vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crime permanente, diante da possibilidade de prisão
temporária.
d) a falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto de prisão em flagrante, devendo a autoridade
policial instaurar inquérito policial para apuração do fato.
e) o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 24 horas após a realização da prisão, e, caso
não seja indicado o nome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para a Defensoria Pública.

24 – Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar que


a) inexiste dever da autoridade policial comunicar a prisão à família do preso, constituindo mera liberalidade
quando realizada.
b) da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
c) o auto de prisão em flagrante deve ser comunicado ao juiz competente em até 48 horas após a realização
da prisão.
d) a pessoa que for encontrada, logo depois, com instrumentos e objetos que façam presumir ser ele o autor
do crime, a autoridade policial deve representar pela prisão preventiva, pois o flagrante delito já se esvaiu
no tempo.
e) a falta de testemunhas do crime impede a realização do auto de prisão em flagrante.

25 – Segundo o Código de Processo Penal, é cabível a prisão domiciliar quando o agente for
a) mulher com netos até 12 anos.
b) maior de 70 anos.
c) mulher com mais de 60 anos.
d) homem com filho adolescente.
e) mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos.

26 – A autoridade policial somente poderá conceder fiança no caso de


a) infrações cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 anos.
b) infrações punidas com detenção.

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c) crimes patrimoniais cuja pena privativa de liberdade mínima seja inferior a 4 anos.
d) crimes definidos como afiançáveis pela Constituição Federal de 1988.
e) infrações praticadas por policiais cuja pena privativa de liberdade máxima seja inferior a 6 anos.

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICAIVEIS AO PROCESSO PENAL

27 – Indiciado em determinado inquérito policial, Pedro requereu, por meio de seu advogado, acesso
aos autos da investigação. O requerimento foi negado pelo delegado de polícia.

Nessa situação hipotética, a decisão da autoridade policial está


a) correta, pois, sendo procedimento inquisitório, não há de se falar em assistência de advogado no curso do
inquérito policial.
b) incorreta, pois o exercício do direito de defesa e contraditório são plenamente aplicáveis ao inquérito policial.
c) incorreta, pois afronta o princípio da publicidade, igualmente aplicável às ações penais em curso e aos
inquéritos policiais.
d) correta, pois o inquérito policial, sendo procedimento inquisitório, deve ser mantido em sigilo até o
ajuizamento da ação penal.
e) incorreta, pois o acesso do indiciado, por meio de seu advogado, aos autos do procedimento investigatório é
garantia de seu direito de defesa.

28 – São inadmissíveis, por serem ilícitas, as provas que:


a) violam normas constitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas
infraconstitucionais.
b) embora colhidas licitamente derivam das ilícitas.
c) violam normas infraconstitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas
constitucionais por serem estas programáticas.
d) violam a moral e os bons costumes.
e) violam as normas constitucionais e legais, salvo se obtidas de boa fé pelo agente policial e forem
imprescindíveis ao esclarecimento da autoria.

29 – Os princípios constitucionais aplicáveis ao processo penal incluem


a) indisponibilidade.
b) verdade real.
c) razoável duração do processo.
d) identidade física do juiz.
e) favor rei.

30 – Sobre as provas ilícitas é correto afirmar:


a) são inadmissíveis, e uma vez declaradas nulas, não precisam ser desentranhadas do processo.
b) as provas ilícitas podem ser admitidas quando o agente atuou com boa fé, caso em que se dá a purga da
ilicitude.
c) as provas ilícitas são aquelas que violam normas de direito processual, não são inadmissíveis as provas
ilegítimas que violam normas de direito material.
d) são ilícitas as provas obtidas com violação a normas constitucionais ou legais, bem como aquelas que
derivem das ilícitas.
e) as partes não poderão acompanhar o incidente no qual a prova ilícita é inutilizada.

GABARITO
1 B 11 C 21 C
2 D 12 B 22 C
3 E 13 E 23 E
4 A 14 E 24 B
5 B 15 B 25 E
6 A 16 C 26 A
7 A 17 A 27 E
8 E 18 D 28 B
9 C 19 D 29 C
10 C 20 C 30 D
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