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REPUBLICA DE ANGOLA

PROVÍNCIA DO HUAMBO
ADMINISTRACION MUNICIPAL DE CAALA
HOSPITAL MUNICIPAL DE CAALA

TITULO: Comportamento dos acidentes no Hospital Municipal de Caála primeiro trimestre


2010.

AUTOR: Domingos Pedro Cidade


Enfermeiro Especialista no UCI

ASESORES:
Yolanda Reveja Diaz, Lic. Na Enfermeria, Especialidade Materno Infantil.
Fé E. Díaz Cuéllar, Professor Auxiliar Informática, Master Inf. Saúde.
Lic. Mercedes Soler Laithin, Profesor Auxiliar Enfermería

TEMATICA: Bloco-operatório ( Sala de reanimación UCI)

INSTITUCION: Hospital Municipal de Caála.

2010
INTRODUCCION
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidente é um acontecimento fortuito,
geralmente desgraçado ou daninho, que ocorre independentemente da vontade humana,
provocado por uma força exterior que atua rapidamente e que se manifesta por um dano
corporal ou mental.
Também se define, como todo sucesso espontâneo e episódico do que se deriva um
síndrome lesional complexo não intencional (traumatismo, fratura, intoxicação,
queimadura, afogamento) que requer uma assistência médica imediata.
Os acidentes podem produzir-se em: o lar e arredores, os lugares de recreação, via
pública, a escola e no trabalho, sendo os mas freqüentes os que se dão na via publica
devido ao trânsito.
Todos os anos falecem mais de 1,2 milhões de pessoas em as vias de
trânsito do mundo, e entre 20 e 50 milhões sofrem traumatismos não mortais. Em a
maioria das regiões do mundo, esta epidemia de acidentes de trânsito segue
aumentando.

Nos últimos cinco anos, a maior parte de os países apoiaram as recomendações do


Relatório mundial sobre prevenção dos traumatismos causados pelo trânsito, que
proporção orientação sobre como os países podem pôr em prática um enfoque
integral para melhorar a segurança vial e reduzir a mortalidade em as via de
trânsito. Não obstante, até a data não se realizou nenhuma avaliação global da
segurança vial que indique até que ponto se há aplicado este enfoque.

Os países de ganhos baixos e médios têm taxas mais altas de letalidad por
acidentes de trânsito (21,5 e 19,5 por 100 000 habitantes, respectivamente) que os
países de ganhos altos (10,3 por 100 000). Mais de 90% das vítimas mortais dos
acidentes de trânsito que ocorrem no mundo corresponde a países de ganhos baixos e
médios, que tão somente têm o 48% deos veículos do mundo. Em muitos
países de ganhos altos, as taxas de mortalidade hão ido descendendo nos últimos
quatro a cinco decênios não obstante, nesses países os acidentes de trânsito
continuam sendo uma importante causa de morte, traumatismo e discapacidad (1).

Estima-se que, a menos que se tomem medidas imediatas, as vítimas mortais nas vias de
circulação se incrementarão até converter-se na quinta causa principal de mortalidade
para 2030, o que terá como resultado 2,4 milhões estimados de vítimas mortais por ano
(1, 2)
Ao menos 450 pessoas morreram e outras mil e 903 resultaram lesadas em janeiro e
fevereiro deste ano em Angola como conseqüência de mais de dois mil acidentes do
trânsito. O elevado índice de falecidos é preocupe-se. Esse tipo de percalço é a segunda
causa de falecimentos no país, depois da malária.

O incremento de acidentes em território angoleño tem sua origem a não observância das
leis do trânsito por parte de automobilistas, motociclistas e pedestres.

O excesso de velocidade dentro e fora das localidades do país é o maior inimigo das
pessoas na via pública, sem contar os abundantes danos materiais que provocam esses
fatos.
Registram o maior número de choques as províncias da Luanda, com 459 casos, seguida
da Benguela (349), Huambo (192) e Huila, com 177. (2)

Outra causa fundamental de mortalidade em acidentes de trânsito é atribuível às bebidas


alcoólicas. Os impedidos para dirigir não só são os "bêbados": um só copo de vinho,
cerveja ou uísque, limita a capacidade de condução, já que produz uma alteração dos
reflexos para conduzir.

Bebida-las alcoólicas fazem que as respostas e as manobras, ante qualquer


eventualidade da rota, ou a rua, sejam torpes e lentas. Embota os sentidos diminuindo a
capacidade de atenção normal; gera uma falsa sensação de segurança que predispõe a
excessos de velocidade e a todo tipo de violações às normas de segurança no trânsito. E
é falso supor que o café ou qualquer outro estimulante, anulam seus efeitos nocivos. Pelo
menos em 1 de cada dois mortos em acidentes de trânsito no mundo, está presente o
álcool.(3)

Ao viajar de noite, triplica-se o risco de morte. O sonho é inevitável e, no melhor dos


casos, diminui grandemente os reflexos e a capacidade de reação. O ritmo biológico
normal de cada pessoa, faz que esta esteja acostumada a dormir de noite. O condutor
ideal, capacitado para conduzir de noite com menos risco de ficar dormido ou dormitar,
seria aquele que normalmente dormisse de dia e conduzisse de noite. agrava-se muito
mais se não houve descanso, ou se se trabalhou durante todo o dia. Mas pior ainda se a
pessoa jantou abundantemente e bebeu álcool (4).

O relatório sobre a situação mundial da segurança vial, do Departamento de Prevenção


da Violência e os Traumatismos e Discapacidad (VIP) da Organização Mundial da Saúde
promoveu um enfoque integral da segurança vial que supõe identificar as interações entre
os usuários das vias de trânsito, o veículo e o entorno vial, quer dizer, as áreas potenciais
de intervenção. Este enfoque, freqüentemente chamado enfoque de sistemas, reconhece
que o corpo humano é extremamente vulnerável aos traumatismos e que as pessoas
cometem enganos. Um sistema seguro de trânsito é, portanto, aquele que se adapta e
rebate a vulnerabilidade e falibilidade humanas (figura 1). Adotar um enfoque de sistemas
requer a participação e a colaboração estreita de muitos setores: transporte, polícia,
sanidade, indústria, sociedade civil e grupos de interesse especial. Para aplicar este
enfoque é fundamental a recopilação de dados confiáveis sobre a magnitude dos
acidentes de trânsito e os fatores de risco. Os países que maiores progressos têm feito
em matéria de segurança vial são aqueles que adotaram este enfoque integral (1).

Figura 1: Enfoque sistêmico da segurança vial


Fonte: Relatório mundial da segurança vial

Nosso município Caia-a não esta isento da aparição freqüente de acidentes que implica a
atenção no Hospital Municipal, é um problema que confrontamos pelo que nos decidimos
realizar o presente trabalho com os seguintes objetivos:
Objetivo General: Determinar a incidência de pacientes acidentados atendidos na UCI do
Hospital Municipal durante o primeiro trimestre do 2010.

Objetivos Específicos:

1. Caracterizar os pacientes atendidos no Hospital Municipal na UCI quanto a


idade, sexo, procedência.

2. Determinar as principais afetações apresentadas.


3. Determinar as características evolutivas dos pacientes.

METODOS:

Realizou-se um estudo descritivo dos pacientes ingressados por acidentes na Unidade de


Cuidados Intensivo do Hospital Municipal de Caia-a durante o primeiro trimestre do ano
2010.

Mostra-a utilizada coincide com a população pois se analisaram todos quão pacientes
nesse período de tempo ingressaram e esse serviço por esta causa.

A informação primária foi recolhimento das histórias clínicas existentes no Departamento


de Estatística do Hospital.

Para dar resposta aos objetivos se estudaram as seguintes variáveis.

VARIÁVEL TIPO ESCALA DE DESCRIÇÃO


QUALIFICAÇÃO
1) IDADE Quantitativa 4-16 Segundo anos
contínua cumpridos
17-25
26-30
31-40
+40
2) SEXO Qualitativa nominal Masculino Segundo gênero
dicotómica Feminino biológico a que
pertencem.
3) Procedência Qualitativa nominal Caála Segundo lugar onde
Comuna Calenga reside
Huambo

4) Diagnostico Qualitativa Nominal Fraturas Segundo critério ao


Politraumatismo realizar o exame fisico.
Qualitativa nominal Falecido Segundo evolucion
5) Sobrevivência dicotómica
Recuperado

Os dados primários compilados foram resumidos através de pranchas e gráficos o que


facilitaram a melhor compreensão do comportamento do objeto de estudo.

Foi além disso calculada a incidência que representa o ingresso por acidentes com
respeito ao resto dos ganhos na Unidade de cuidados Intensivos durante o trimestre
estudado.

RESULTADOS E DISCUSION

Compilada, resumida e apresentada a informação podemos mostrar os seguintes


resultados:

Tabela No. 1: Ganhos no UCI por acidentes segundo idade. Hospital Municipal de Caála.
Primeiro trimestre 2010.

Idade No. %
4-16 12 27,9
17-25 11 25,6
26-30 8 18,6
31-40 4 9,3
+ 40 8 18,6
Total 43 100
Fonte: Historia Clínicas. Dpto. Estadistica.

Como pode observar-se na tabela anterior a idade mas freqüente dos ingressados na UCI
do Hospital Municipal e Baía foi de 4 a 16 anos, embora nestas idades não são até
condutores, se forem os mas atropelados na rua, além disso se forem no vehiculo
geralmente o condutor por instinto d e conservação trata de salvar-se, afetando mais aos
acompanhantes. Estes resultados se correspondem em geral com os dados que
aparecem no relatório do Departamento de Prevenção da Violência

e os Traumatismos e Discapacidad (VIP) da Organização Mundial da Saúde, no que a


mortalidade por acidentes do trânsito ocupa o lugar 14 para a idade de 0 a 4 ânus mas,
ocupa o segundo lugar de 5 a 14 e o primeiro de 15 a 29 anos.

Na seguinte tabela (Não. 2) podemos observar o comportamento com respeito ao sexo.

Tabela No. 2: Ganhos no UCI por acidentes segundo sexo. Hospital Municipal de Caála.
Primeiro trimestre 2010.

Sexo No. %

Masculino 35 81,4

Feminino 8 18,6

Total 43 100

Fonte: Historia Clínicas. Dpto. Estatística.

O sexo predominante nos pacientes ingressados por acidente na UCI do Hospital


Municipal de Caia-a durante o primeiro trimestre do presente ano, foi o masculino.

Ao analisar a procedência destes pacientes, obtivemos o seguinte comportamento:

Tabela No. 3: Ganhos no UCI por acidentes segundo procedência. Hospital Municipal de
Caála.Primeiro trimestre 2010.

Procedência No. %
Caála 41 95,4
Comuna 1 2,3
Huambo 1 2,3
Total 43 100
Fonte: Historia Clínicas. Dpto. Estatística.

Lógicamente o maior número de acidentados ocorre na cidade, em nosso caso o 95,4%


pois é o lugar onde a afluência de pessoas e de veículos é maior, não se compara com os
resultados de estudos similares pois não aparece este componente na bibliografia
revisão.

Ao momento do ingresso os pacientes foram lhes diagnostiquem segundo dois critérios:


fraturas ou politraumas, o gráfico número 1 mostra o comportamento desta variável:
Ingresos en UCI por accidentes según
diagnóstico. Hospital Municipal de
Caála. Primer trimestre 2010.

26%

Fracturas
Politraumas

74%

Os politraumatizados representaram quase três vezes os que solo tiveram alguma fratura,
o que indica a gravidade de quão pacientes foram afetados por acidente em nosso meio.

Muitas som as pessoas que morrem por dia, solo na Argentina por exemplo há 7.885
vítimas fatais por ano (2009) e 120 mil feridos de distinto grau e milhares de
discapacitados. As perdas econômicas do trânsito caótico e acidentes de trânsito
superam os U$S 10.000 milhões anuais. (5)

Mas não se trata de números, mas sim de vidas humanas. De homens, mulheres, jovens
e meninos, que viram truncadas suas vidas por causa de um acidente de trânsito.

São projetos, sonhos, ilusões e esperanças mortas. Famílias destroçadas. Terá que lutar
para transformar esta realidade.

A sobrevivência no caso de nosso estudo foi a seguinte:

Tabela No. 4: Ganhos no UCI por acidentes segundo superviviencia. Hospital Municipal
de Caála. Primeiro trimestre 2010.

Sexo No. %

Não falecidos 32 74,4

Falecidos 11 25,6

Total 43 100

Fonte: Historia Clínicas. Dpto. Estatística.

Os dados falam por si só, embora a maioria dos pacientes acidentados não faleceram,
não contamos com os dados para analisar os que ficaram discapacitados ou com
seqüelas, e 11 pessoas pudessem estar hoje compartilhando a vida com sua família,
foram mortes evitáveis.
CONCLUSÕES:

O grupo de idade predominante nos acidentados ingressado no Hospital Municipal de


Caia-a durante o primeiro trimestre do ano 2010 foi o de

O sexo masculino foi o mais ampliamente representado nestes ganhos.


Quase todos os pacientes ingressados foram de Caia-a.
Os politraumatizados representaram quase o triplo dos que solo sofreram alguma
fratura.
Embora a maioria dos ganhos por acidentes não faleceram, não é desprezível a cifra
que não sobreviveu.
BIBLIOGRAFIA

1. Relatório mundial sobre a segurança vial. Disponível em:


http:// . Consultado Abril 2010.
2. Os acidentes em Angola. Disponível em http: //www.vtv.gov.ve/noticias-
internacionais. Consultado 9 de maio do 2010.
3. Acidente do transito tragédias cotidianas que podem evitar-se. Disponível em .
Consultado 7 de maio do 2010.
4.http://www.luchemos.org.ar/es/index.php?
option=com_content&view=article&id=60&Itemid=70
Acidentes de trânsito: tragédias cotidianas que podem evitar-se. Disponível em
http://manejaconcuidado.blogspot.com/2010/03/accidentes-de-transito-tragedias.html.
Domingo 7 de março de 2010. Consultado 10 de maio do 2010.

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