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RELATÓRIO
Após a conclusão do IPM acima citado, o Estado do Piauí atravessou um clima de certa
tranquilidade, com referência a agitação e subversão, durante um período aproximado de três
anos, motivado pela ação preventiva exercida, em conjunto, pelos órgãos encarregados da
segurança interna, em toda área.
(...)
(...)
Através das documentações apreendidas, verifica-se que o movimento tem ligações com a
AÇÃO POPULAR e o PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL e que tem por finalidade a
criação de um processo de socialização do País, levado a efeito, em princípio, pela classe
estudantil, promovendo a subversão da ordem através da agitação, pela propaganda, visando a
mudança da estrutura político-social do País, com o fim de estabelecer a ditadura de classe,
baseada no MARXISMO-LENINISMO. Não resta dúvida que essas entidades clandestinas,
face ao trabalho desenvolvido por seus membros, encontrou na área estudantil universitária e
secundarista grande receptividade, através da infiltração de seus membros nos diretórios
acadêmicos. Esse movimento que tem ramificações em todos os Estados da Federação,
obedece a um comando nacional que traça as diretrizes de organização, determinando aos
comandos regionais as palavras de ordem ou de ação. Infelizmente, não nos foi possível a
apreensão do estatuto e do documento básico da AÇÃO POPULAR, que inicialmente tinha
por finalidade combater de forma sistemática o então governo do Marechal Humberto de
Alencar Castelo Branco, sensibilizando a classe estudantil e até mesmo o clero, através de
campanhas contra o acordo MEC/USAID e a ditadura.
(...)
Isto posto, determinadas ao Escrivão que depois de procedidas as formalidades legais, faça
remessa dos presentes autos deste inquérito policial, contendo 268 folhas, devidamente
numeradas e rubricadas, ao Exmo. Sr. Secretário de Justiça e Segurança Pública, para fins de
ser encaminhado a Auditoria da 10º Região Militar, sediada em Fortaleza – Ceará, para fins
de direito.