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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

OROBAS DA SILVA, xxxx, xxxxx, xxxxx, portador do RG nº


xxxxxxx, e inscrito no CPF sob o nº xxxxx, residente e domiciliado em xxxxxxx, atualmente
recolhido na Cadeia Pública, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seu
representante postulatório infra firmado ("ut" instrumento de mandado incluso), promover a
presente REVISÃO CRIMINAL
tecendo para tanto, em face do direito que, como réu adquire, agora incorporado no sujeito
revisionado, faculdade com fulcro nos incisos II e III do art. 621, do Código de Processo
Penal, consoante as questões fáticas e jurídicas a seguir aduzidas:

I. DOS FATOS

O revisionando, na data de 11 de Maio de 2021 foi denunciado


frente ao Juiz de Direito da Comarca de São Paulo, pelo crime de estupro, enquadrado no art.
213, caput, do Código Penal (doc. em anexo).

Transcorrida normalmente a instrução probatória desse processo


penal de conhecimento, aquele magistrado proferiu sentença processual, condenando o réu a
6 anos de reclusão, no regime prisional fechado.
Para que se substancie o vigor jurídico e estrutural desta ação em
prol do revisionando, caracteriza-se como égide pilar processual nestes termos, o que se alude
o inciso II do art. 621 do CPP, qual caracteriza que a sentença condenatória que se funda em
depoimento falso, é passível de revisão criminal.

Belial da Costa, amiga da pretensa vítima, relata confissão de Eva


da Cunha, qual testemunhou de má fé contra o agora revisionando, que motivada pela
separação amorosa, desejou se vingar ao denunciar o ex parceiro por estupro, haja visto que o
rompimento da relação tenha se dado unilateralmente por ele.

II. DO DIREITO

Fundamenta-se este pedido de revisão no art. 621, inciso II, CPP,


que prevê o remédio jurídico quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos comprovadamente falsos.

Outro fundamento que se agrega para o acolhimento deste pedido


está disposto no art. 621, inciso III, CPP, que tem a seguinte lição:
"III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena".

A nova prova de inocência do condenado é a própria retratação


da pretensa vítima que na época denunciou o revisionando por vingança, haja visto o
mesmo ter rompido o relacionamento que mantinha com a pretensa vítima, pois
conforme a mesma os dois eram namorados.

Nos autos de justificação judicial n° XXXXXX, a testemunha


Belial da Costa, amiga da suposta vítima, reconhece que Eva da Cunha confessou-lhe
a existência do relacionamento anterior com Orobas da Silva e que com o mesmo já
havia mantido relação sexual por sua própria vontade, tudo isso ainda dentro das
alegações e do tempo denunciado, que quase como uma sofista em desespero por criar
um argumento que convalidasse sua ira a qualquer custo, fica clara a insubsistência da
imputação penal proferida na denúncia contra o revisionando, ante a inexistência do
fato discorrido ante à sentença anterior.

Resta assim, concluir pela inexistência da materialidade e autoria


do delito que, diante de tais provas ficam prejudicadas.

III. DO PEDIDO

Dos fatos e De Direito aduzidos, requer, portanto, a absolvição


do réu, visto que não restam dúvidas sobre sua inocência diante da denúncia
produzida, tornando sua condenação ato maior de violação de seu pleno gozo civil.

Pede, concomitantemente, reconhecimento a uma justa


indenização, conforme o que preconiza o art. 630 do CPP, esta determinada pelos
prejuízos morais e materiais que o réu Orobas da Silva sofreu, vide todo o tempo que
passou em cárcere, injustamente.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Guarulhos, 29 de Setembro de 2021

ADV/xxx
OAB/xxx
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