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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

PROPRIEDADE
DOS MATERIAIS
CURSO: Engenharia Mecânica
NOME DO DOCENTE: Silvana Carreiro de Oliveira
PROPRIEDADE DOS MATERIAIS

CONTEÚDO(S): OBJETIVO:

Propriedades obtidas a partir do ensaio de Apresentar aos alunos as principais


tração propriedades mecânicas encontradas a partir
do ensaio de tração

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ROTEIRO DA AULA

1. EXPOSIÇÃO DO CONTEÚDO
2. TEXTO BASE/SAIBA MAIS
3. TAREFA
4. ENCONTRO ONLINE

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PROPRIEDADES DO
ENSAIO DE TRAÇÃO
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Curva tensão x deformação
Regiões da curva tensão x deformação:

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Encruamento
Encruamento:

❑ A zona plástica se caracteriza pelo endurecimento por deformação a frio, ou seja,


pelo encruamento;

❑ Esse fenômeno mostra que durante um ensaio, a interrupção do mesmo só pode


ocorrer se a carga não estiver atingido o escoamento;

❑ Caso contrário, as propriedades mecânicas obtidas serão afetadas;


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Encruamento

Encruamento:

❑ O fenômeno é explicado pela interação das discordâncias com outras


discordâncias;

❑ O aumento da temperatura de ensaio diminui o encruamento;

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Ensaio de tração
Propriedades mecânicas obtidas no ensaio de tração convencional:

❑ Terminado o escoamento, o metal entra na fase plástica e o ensaio prossegue até


ser atingida uma tensão máxima suportada pelo material, que caracteriza o fim da
zona plástica;

Limite de resistência à tração (𝝈𝒓 ):

𝐹𝑚á𝑥
𝜎𝑟 =
𝐴0
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Limite resistência à tração
Limite de resistência à tração:

❑ O limite de resistência à tração é calculado a partir da carga máxima atingida no


ensaio;

❑ Essa medida tem pouco significado com relação à resistência dos materiais
dúcteis;

❑ O limite de resistência serve para especificar o material, junto com outras


propriedades mecânicas; 9
Limite resistência à tração

Limite de resistência à tração:

❑ Para materiais frágeis, o limite de resistência é um critério válido para projetos;


❑ Nesse caso, o escoamento é difícil de ser determinado e a diminuição da área é
desprezível devido a pequena zona plástica que esses materiais apresentam;

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Ensaio de tração

Propriedades mecânicas obtidas no ensaio de tração convencional:

❑ Após ser atingida a carga máxima, o material entra na fase de ruptura,


caracterizada pelo fenômeno de estricção;

❑ Estricção é a diminuição da secção transversal do corpo de prova numa certa


região do mesmo. Quanto mais mole o material, mais estreita se torna a secção
nessa fase;

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Ensaio de tração

Propriedades mecânicas obtidas no ensaio de tração convencional:

❑ É nessa região que se dá a ruptura do corpo de prova;


❑ Durante essa fase, a deformação se torna não-uniforme e a força deixa de agir
unicamente na direção normal;

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Ensaio de tração

Alongamento (A):
𝐿 − 𝐿0
𝐴= ∙ 100
𝐿0

𝐿0 - Distância inicial marcada no corpo de prova


Onde:
𝐿 – Distância final após a ruptura do corpo de prova

Observação: o alongamento é medido em % 13


Alongamento
Alongamento:
❑ O alongamento dá uma medida comparativa da ductilidade de dois materiais;
❑ Quanto maior for o alongamento, mais dúctil será o metal.
❑ O alongamento pode ser medido em qualquer estágio do ensaio;
❑ A deformação é dividida em quatro partes: deformação elástica + deformação
durante o escoamento + deformação plástica + deformação após atingir carga
máxima; 14
Alongamento

Alongamento:

❑ Alongamento uniforme: alongamento escoamento + alongamento da zona plástica

❑ Alongamento total: alongamento uniforme + alongamento até a ruptura

❑ O alongamento total (A) é calculado juntando da melhor maneira possível as duas


partes do corpo de prova fraturado e medindo-se o valor de 𝐿1 ;

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Alongamento

Alongamento:

❑ A melhor forma de medir é dividindo o comprimento útil do corpo de prova em


partes iguais:

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Ensaio de tração

Estricção (φ):
𝐴0 − 𝐴
𝜑= ∙ 100
𝐴0

𝐴0 - área inicial do corpo de prova


Onde:
𝐴 – área final do corpo de prova

Observação: a estricção também é medida em % 17


Estricção

Estricção:

❑ A estricção é a redução da secção transversal do corpo de prova após a carga


máxima ser atingida;

❑ É nessa região que ocorrerá a ruptura do material;

❑ A estricção também é uma medida de ductilidade. Quanto maior for a porcentagem


de estricção, mais dúctil será o material;
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Estricção

Estricção:

❑ Para corpos de prova circulares:

𝐷02 − 𝐷²
𝜑= 2 ∙ 100
𝐷0

❑ Para corpos de prova retangulares, essa determinação raramente é feita;

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Coeficiente de Poison
Coeficiente de Poison:

❑ O coeficiente de Poison mede a rigidez do material na direção perpendicular à


direção da carga de tração uniaxial aplicada. É definido como:

𝜀′
𝜈=
𝜀

• 𝜀′ é a deformação de compressão lateral


Onde:
• 𝜀 é a deformação na direção axial
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Resiliência
Resiliência:

❑ Resiliência é a capacidade de um metal de absorver energia quando deformado


elasticamente (zona elástica) e liberá-la quando descarregado;

❑ Sua medida é feita pelo módulo de resiliência, que é a energia de deformação por
unidade de volume, necessária para tensionar o metal da origem até o limite de
proporcionalidade;

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Resiliência

Resiliência:

❑ O trabalho exercido para tensionar até o limite de proporcionalidade é:


𝜎𝑝 𝜎𝑝 𝜎𝑝
𝑈𝑅 = ∙𝜀 = ∙
2 𝑝 2 𝐸

Portanto:
𝜎𝑝 ²
𝑈𝑅 =
2𝐸
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Resiliência

Resiliência:

❑ O módulo de resiliência também pode ser obtido considerando a parte elástica do


diagrama tensão x deformação;
𝜀𝑝
𝑈𝑅 = න 𝜎𝑑𝜀
0

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Resiliência
Resiliência:

❑ Como a integral acima representa a área OAB, então


o módulo de resiliência pode ser obtido pela área do
triângulo;

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Tenacidade
Tenacidade:

❑ A tenacidade de um metal é a sua capacidade de absorver energia na zona plástica;


❑ O módulo de tenacidade é a quantidade de energia absorvida por unidade de
volume que o material pode resistir sem causar sua ruptura (até a carga máxima);

❑ É um conceito importante para se projetar peças que devam sofrer tensões


estáticas ou dinâmicas acima do limite de escoamento, sem fraturar (engrenagens,
acoplamentos, molas); 25
Tenacidade

Tenacidade

❑ Um material com alto módulo


de resiliência possui baixo
módulo de tenacidade e vice-
versa

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Tenacidade

Tenacidade:

❑ Para metais dúcteis, uma expressão aproximada para se obter o módulo de


tenacidade (𝑈𝑇 ) é:

𝜎𝑒 − 𝜎𝑟
𝑈𝑇 = ∙ 𝜀𝑓
2

27
Tenacidade

Tenacidade:

❑ Para metais frágeis, como o ferro fundido cinzento, a expressão é:

2
𝑈𝑇 = 𝜎𝑟 ∙ 𝜀𝑓
3

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ENCONTRO PELO
TEAMS

DIA: 01/03/2021

HORÁRIO: 19H – 20H

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REFERÊNCIAS

SOUZA, S. A. de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos:


fundamentos teóricos e práticos. São Paulo: Edgard Blucher, 1982

CALLISTER JR, W. D. Ciência e engenharia de materiais: uma


introdução. Trad. SOARES, S. M. Rio de Janeiro: LTC - Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 2012.

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