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Data da Prova

Avaliação Bimestral 2021 17/ 09 / 2021

Curso: PEDAGOGIA 1º BIMESTRE


Disciplina: DIDÁTICA II
Professora: Dra. MICHELLE P. S. ROSSI
Nome: Tânia Maura Firmino de Souza

1. A docência é uma profissão de interações humanas em que os saberes dos professores são
essenciais para a constituição de suas práticas educativas. Considerando os saberes
necessários à prática docente, escreva sobre o valor dos saberes da experiência na
constituição na carreira docente. (valor = 2)

RESPPOSTA:

São os saberes da formação profissional são aqueles transmitidos pelas instituições de formação profissional e
passam a ser incorporados à prática docente.

Os saberes disciplinares são os saberes mais específicos, relacionados aos diversos campos do conhecimento,
aos saberes de que dispõe a sociedade, como se encontram nas universidades e sob a forma de disciplinas.

Saberes curriculares, correspondem aos objetivos, conteúdos e métodos a partir dos quais a instituição escolar
categoriza e apresenta os saberes sociais por ela definidos. Encontram-se consideravelmente determinados em
sua forma e conteúdo, produtos oriundos da tradição cultural e dos grupos produtores de saberes sociais e
incorporados à prática docente através das disciplinas, programas escolares, matérias e conteúdo a serem
transmitido.

Os saberes experienciais, é um conjunto de todos os demais saberes poderão ser retraduzidos por eles na forma
de hábitos, ou seja, de um estilo pessoal de ensino, em “macetes”, em traços de personalidade, que se
expressam por um saber-se e de um saber-fazer pessoais e profissionais validados pelo trabalho cotidiano.

2. A identidade profissional do professor é um espaço de construção das maneiras de ser e de


estar na profissão. Por isto, o processo de formação dos professores opera com prazos mais
longos e com ritmos mais lentos, tanto em relação à sua formação inicial como em relação à
sua formação continuada. A partir destas considerações faça uma reflexão sobre o olhar de
Cordeiro (2007), para as mudanças, permanências e crises da formação docente. (valor = 2)

RESPOSTA:

O próprio cotidiano escolar oferece inúmeros problemas enfrentados por professores, alunos e gestores. Os
discursos, no âmbito da escola, inúmeras vezes se repetem e as situações vivenciadas são descritas,
constantemente, como: de desinteresse generalizado; falta de diálogo entre professores e alunos, acarretando uma
grande desarmonia; indisciplina crescente; depredação do espaço escolar; êxodo escolar; índices elevados de
repetência; entre uma infinidade de outros problemas.

O desafio a ser enfrentado pelos professores está em perceber que a sua prática pedagógica instrucionista,
transmissora de informações, necessita ser revista. Além disso, o receio de que o computador possa vir a “substituí-
los” é absurdo, pois o processo educacional requer um rico estabelecimento de interações, de trocas, de pesquisa,
de construção e de mediação. Essas ações necessitam da orientação de um professor, portanto, ele é insubstituível.

Superar um modelo de formação que considera o professor apenas como, transmissor de conhecimentos, que se
preocupa somente com a formação de atitudes de obediência, de passividade e de subordinação nos alunos, que
trate os alunos como assimiladores de conteúdo, a partir de simples práticas de adestramento que tomam como
mote as memorizações e repetições de conhecimentos que pouco têm a ver com a realidade dos alunos.

Durante o processo de formação docente, o futuro professor ao adquirir conhecimentos e unir ás experiências
cotidianas, com o tempo, traça o seu perfil profissional, a sua identidade, que não é estática e, portanto, muda
constantemente.

A formação do educador não se concretiza de uma só vez, é um processo. Não se produz apenas no interior de um
grupo, nem se faz através de um curso, é o resultado de condições históricas. Faz parte necessária e intrínseca de
uma realidade concreta determinada. Realidade essa que não pode ser tomada como uma coisa pronta, acabada, ou
que se repete indefinidamente. É uma realidade que se faz no cotidiano. É um processo e como tal precisa ser
pensado.

Cabe ao professor evitar rotina, fixação de respostas, hábitos. Deve simplesmente propor problemáticas aos alunos,
sem ensinar-lhes soluções. Sua função consiste em provocar desequilíbrios, fazer desafios. Deve orientar o aluno e
conceder-lhe ampla margem de autocontrole e autonomia. Deve assumir o papel de investigador, pesquisador,
orientador, coordenador, levando o aluno a trabalhar o mais independentemente possível.

É primordial a formação inicial para o exercício da docência, os diversificados e inúmeros saberes docentes e o
reconhecimento do profissional da educação enquanto professor e não como treinador ou técnico. Portanto, o papel
primordial da educação é na transformação social, não oferecendo respostas prontas, mas indagando, questionando
o aluno a fim de formar pessoas autônomas na construção de um novo saber.

Os docentes devem aprender a adaptarem-se às mudanças permanentes no currículo e nos métodos. Como a atual
formação do docente não o prepara para tanto, nem para acompanhar a evolução permanente do conhecimento,
faz-se necessária a formação continuada para que ele tenha autonomia e seja responsável pelo seu trabalho.
Também não lhe pode faltar a criatividade, para que se constitua em um guia do aluno que constrói o seu próprio
conhecimento. É necessário que saiba trabalhar em equipe e que sua formação tenha sido prática.

O professor também poderia dizer que, além das dificuldades de acesso à tecnologia, não existiam recursos
pedagógicos destinados ao seu uso em sala de aula. Novamente, esse argumento se torna cada vez mais fraco. Por
exemplo, no Brasil, encontramos, atualmente, iniciativas governamentais e institucionais que visam oportunizar
recursos tecnológicos para o professor utilizar em suas práticas pedagógicas.

3. A formação do professor deve passar sobre o seu saber e sobre o seu saber fazer, assim como,
diante da nova aprendizagem, refletir sobre essa e a sua utilização. Assim, desde a faculdade
faz-se importante a reflexão do aluno-professor sobre sua aprendizagem do que e do como
ensinar, e a reflexão sobre a prática ou as práticas por ele vivenciadas enquanto aluno. A partir
destas considerações, comente o significado de cada componente para a construção de uma
ação reflexiva: (Valor = 1). 

1 – CONHECIMENTO-NA-AÇÃO: O conhecimento-na-ação traz consigo um saber que está presente nas ações
profissionais podendo ser compreendido também como conhecimento técnico ou solução de problemas, ou seja, é o
componente inteligente que orienta toda a atividade humana e manifesta-se no saber-fazer.

2- REFLEXÃO-NA-AÇÃO: Está em relação direta com a ação presente, ou seja, com a reflexão-na-ação, e consiste
numa reconstrução mental retrospectiva da ação para tentar analisá-la, constituindo um ato natural com uma nova
percepção da ação.

3 – REFLEXÃO SOBRE A AÇÃO E SOBRE A REFLEXÃO-NA-AÇÃO : Está em relação direta com a ação
presente, ou seja, com a reflexão-na-ação, e consiste numa reconstrução mental retrospectiva da ação para tentar
analisá-la, constituindo um ato natural com uma nova percepção da ação. Esse distanciamento da ação presente,
para refletirmos, é um movimento que pode ser desencadeado sem gerar, necessariamente, uma explicação verbal,
uma sistematização teórica.
4. As mudanças direcionadas para a formação docente diante da sociedade do conhecimento, associada
às exigências quanto ao novo papel exigido sobre o professor... Fazem com que a identidade do
professor sofra crises e contradições. Por isto, a “culpa” é uma importante preocupação emocional dos
professores. De acordo com Hargreaves, há dois tipos de culpas que afetam os professores. Marque a
alternativa que corresponde aos dois tipos de culpas apresentadas pelo referido autor.

A – Culpa depressiva e Culpa compulsória

B – Culpa pragmática e Culpa racional

C – Culpa sequencial e Culpa persecutória

D – Culpa persecutória e Culpa Passageira

E – Nenhuma das alternativas

Justifique a sua resposta, definindo na perspectiva do autor, os dois tipos de culpas que afetam a carreira docente
diante dos desafios da profissão: (valor = 1)

RESPOSTA: A- Culpa depressiva e Culpa compulsória.

Os professores das escolas públicas vêm se desmotivando a cada dia que passa, devido a vários problemas que
ocorrem dentro das salas de aula, tais como violência, desrespeito, desinteresse por parte dos alunos e
desvalorização por parte do governo e da sociedade. O governo, que deveria valorizar este profissional tão
importante para todos nós, visto que para termos uma profissão precisamos passar primeiramente pela sala de aula
e aprender com este profissional.

Muitos profissionais que deveriam ser sinônimo de exemplo a ser seguido por toda a sociedade, estão cada vez mais
desanimados com a educação pública, pois não são reconhecidos como deveriam, não têm condições adequadas
para trabalhar, sofrem violências e desrespeito nas salas de aula e até muitas vezes na própria sociedade. Muitos até
deixam de lecionar para irem procurar em outra profissão a valorização e o respeito que merecem e deveriam ter
nas escolas.

Por essas razões, observa-se a culpa depressiva em vários educadores, que infelizmente vivem doentes e a base de
medicamentos controlados, pois se culpam por questões que já não faz mais parte do profissionalismo e sim da
sociedade que aponta os dedos com julgamentos pelo fracasso escolar incluindo o educador.

O stress profissional, a angústia e o desgaste físico e emocional provocado por conta destes questionamentos e pelo
desejo de encontrar respostas, estão presentes na ação docente diariamente, motivos pelos quais fomos levados a
propor uma formação significativa, sistematizada e coerente, pautada nos conhecimentos científicos e nas trocas de
experiências vivenciais desejando a constante superação dos limites enfrentados na profissão docente.

A desmotivação dos professores vem desde os baixos salários, o desinteresse dos alunos, a falta de estrutura, até a
falta de interesse dos pais dos alunos e a sociedade que transferiram algumas de suas responsabilidades para a
escola. Existem ainda muita agressividade e violência no ambiente escolar, de alunos que não respeitam os
professores, não obedecem às suas ordens, desafiando sua autoridade, entre outros, causando culpas terríveis e as
vezes irreversíveis no físico e no psicológico dos mesmos.

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