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FACULDADES SANTO AGOSTINHO DE VITÓRIA DA

CONQUISTA CURSO: DIREITO


DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO II ANO/
SEMESTRE:VI ANA PAULA DA SILVA SOTERO
Discente: Isadora Santana de Oliveira

ESTUDO DE CASO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

A responsabilidade civil do Estado é a obrigação imposta ao erário de reparar os danos


causados a terceiros pelos seus agentes públicos, no desempenho de suas funções ou a
pretexto de exercê-las. Tal responsabilidade advém de atos comissivos ou omissivos.
Dentro desse contexto, apresente um caso jurídico que conste a responsabilidade civil
do Estado e aponte as teorias utilizadas para identificação de tal responsabilidade e suas
formas de aplicação. Ademais, apresente a justificativa para plausível para solução do
caso de forma a garantir a eficácia do Direito Administrativo e de guarnecer os direitos
dos particulares envolvidos.

Caso¹
Rafael, funcionário da concessionária prestadora do serviço público de fornecimento de
gás canalizado, realizava reparo na rede subterrânea, quando deixou a tampa do bueiro
aberta, sem qualquer sinalização, causando a queda de Sônia, transeunte que caminhava pela
calçada. Sônia, que trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna direita em
razão do ocorrido e ficou internada no hospital por 60 dias, sem poder trabalhar.

Resposta do caso¹

Aqui percebe-se, que, a concessionária, com base em sua responsabilidade civil objetiva,
para cuja configuração é desnecessária a comprovação de dolo ou culpa de Rafael.

Introdução:

Entende-se por responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado a obrigação que


lhe incube de reparar economicamente os danos lesivos à esfera juridicamente garantida de
outrem e que lhe sejam imputáveis em decorrência de comportamentos unilaterais, lícitos ou
ilícitos, comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos (MELLO, 2002:837).
No caso de comportamentos ilícitos comissivos ou omissivos, jurídicos ou materiais, o
dever de reparar o dano é a contrapartida do princípio da legalidade. Porém, no caso de
comportamentos ilícitos comissivos, o dever de reparar já é, além disso, imposto também
pelo princípio da igualdade".
No caso de comportamentos lícitos, assim como na hipótese de danos ligados a situação
criada pelo Poder Público - mesmo que não seja o Estado o próprio autor do ato danoso - ,
entendemos que o fundamento da responsabilidade estatal é garantir uma equânime
repartição dos ônus provenientes de atos ou efeitos lesivos, evitando que alguns suportem
prejuízos ocorridos por ocasião ou por causa de atividades desempenhadas no interesse de
todos. De conseguinte, seu fundamento é o princípio da igualdade, noção básica do Estado
de Direito" (MELLO, 2002:849).
O § 6°, do Artigo 37 da Constituição Federal assegurou à Administração o direito de
regresso contra o responsável, o direito da administração obter do agente o pagamento aos
cofres públicos da importância despendida no ressarcimento da vítima. Condicionado este
direito de regresso à prova da culpa do agente, relação reveste-se de caráter subjetivo,
porque pressupõe dolo ou culpa do agente (MEDAUAR, 2003:399).
Denunciação da lide "consiste em chamar o terceiro (denunciado), que mantém um
vínculo de direito com a parte (denunciante), para vir responder pela garantia do negócio,
caso o denunciante saia vencido no processo" (THEODORO JÚNIOR, 2004:117).
Nas palavras de Moacyr Amaral dos Santos, "denunciação da lide é ato pelo qual o autor
ou o réu chamam a juízo terceira pessoa, que seja garante do seu direito, a fim de resguardá-
lo no caso de ser vencido na demanda em que se encontram".
Visa-se, com a denunciação da lide a inserção de uma "demanda implícita do denunciante
contra o denunciado, de indenização por pedras e danos" (GRECO FILHO, 1989:144).
A finalidade precípua da denunciação é a de se liquidar na mesma sentença o direito que ,
por acaso, tenha o denunciante contra o denunciado, de modo que tal sentença possa vale
como título executivo em favor do denunciante contra o denunciado (GRECO FILHO,
1989:146).
A denunciação da lide é obrigatória e assume o denunciado a posição de litisconsorte do
denunciante.

REFERÊNCIAS

CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 2° ed. São Paulo:


Malheiros, 2000.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. v. 3. Teoria das obrigações
Contratuais e Extracontratuais. 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. v. 1. Teoria geral do


processo e auxiliares da justiça. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 1989.

MARQUES, José Frederico. Instituição de Direito Processual Civil. Campinas:


Millennium, 1999.

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