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UNIFACS – Universidade Salvador

Curso de Direito

FABIANE SILVA BARBOSA

FICHAMENTO DO CAPÍTULO II –

TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO

FEIRA DE SANTANA – BA
2020
FABIANE SILVA BARBOSA

Trabalho apresentado à Universidade


Salvador (UNIFACS) no curso de Direito
para a avaliação da disciplina Fundamentos
Sociais e Históricos do direito, ministrada
pelo professor Leandro Aragão.

FEIRA DE SANTANA - BA

2020
CAPÍTULO II

Os ordenamentos são compostos por várias normas, e essas normas não


derivam de uma única fonte. Assim, pode-se dividir os ordenamentos jurídicos em
simples e complexos, como por exemplo um ordenamento restrito, que cobre um
grupo social de poucos membros, como a família, é um ordenamento complexo
porque nem sempre a única fonte das regras de conduta vem do pai, as vezes ele
recebe regras já criadas pelos antepassados, ou por tradição.
Os ordenamentos jurídicos são complexos porquê as regras de conduta são
tão necessárias em uma sociedade que o poder supremo tem sempre que recorrer a
duas opções: a recepção de normas já feitas ou a delegação de produzir normas
jurídicas a órgãos inferiores.
Em cada ordenamento, junto com a fonte direita, existe as indiretas, que são
as reconhecidas e delegadas. Um exemplo de recepção, que é uma fonte
reconhecida é o costume nos ordenamentos estatais, onde a fonte direta e superior
é a lei. Já um exemplo de fonte delegada é o regulamento com relação a lei. Assim
como as leis, os regulamentos são normas gerais e abstratas, mas a diferença das
leis é que sua produção é confiada ao poder executivo por delegação do poder
legislativo.
O problema de distinção entre fontes reconhecidas e delegadas é que a
solução depende da formação e estrutura de um ordenamento jurídico. A
complexidade do ordenamento jurídico depende historicamente de dois fatores: o
primeiro diz que a sociedade civil que forma um ordenamento jurídico, como é a do
Estado, não é uma sociedade natural, privada de leis, mas uma sociedade que tem
normas de vários gêneros, morais, sociais, religiosas, etc. O segundo fala que o
poder originário cria ele mesmo para satisfazer a necessidade de uma normatização,
atribuindo a órgãos executivos o poder de estabelecer normas que são legislativas.
Segundo os jusnaturalistas, o poder civil forma-se a partir de um estado de
natureza através do contrato social. Existe duas maneiras de conceber esse
contrato: primeiro, com base na hipótese hobbesiana, diz que aqueles que estipulam
o contrato, renunciam os direitos do estado natural; o segundo, pela hipótese
lockiana, diz que o poder civil é fundado com o objetivo de assegurar o melhor
aproveitamento dos direitos naturais.
Outra fonte de um ordenamento jurídico é o poder de negociação, que os
particulares regulam seus interesses próprios, por atos voluntários. Assim como a
autonomia privada, que os particulares dão normas a si próprio dependendo da
esfera de interesse.
Falando nas origens das fontes, resta caracterizar o que são fontes do direito,
e a definição mais comum é que são fatos com os quais o ordenamento jurídico
depende para a produção de normas jurídicas. O conhecimento de um ordenamento
jurídico começa sempre peça enumeração de suas fontes. O ordenamento jurídico,
além de regular o comportamento das pessoas, regula o modo que se produzem as
regras. Junto as normas de comportamento, existem as normas de estrutura que
são as que regulam os procedimentos de regulamentação jurídica, ou seja, o de
produzir regras.
Kelsen elaborou a teoria de construção escalonada onde diz que as normas
de um ordenamento não estão todas no mesmo plano. Tem normas superiores e
inferiores, chegando à norma suprema, que não depende de nenhuma outra,
chamada de norma fundamental. Cada ordenamento tem uma norma fundamental, e
essas normas são colocadas em ordem hierárquica. O limite que o poder superior
restringe o poder inferior são de dois tipos: relativo ao conteúdo e relativo à forma,
chamando-os de limites materiais e formais. O primeiro se refere ao conteúdo na
norma que inferior deve emanar, e o segundo se refere ao modo.
Chama-se de ato executivo, o ato de alguém que executa um contrato, como
por exemplo quando alguém executa uma obrigação contraída com outra pessoa. É
o comprimento de uma regra de conduta derivada do contrato e esse ato está ligado
as normas constitucionais.
A pertinência de uma norma jurídica depende da sua validade. Uma norma
existe como norma jurídica quando pertence a um ordenamento jurídico. A primeira
condição para que uma norma seja considerada válida é que ela venha de uma
autoridade com poder legitimo de estabelecer normas jurídicas.
Em relação a força, sabe-se que se o direito é um conjunto de regras com
eficácia reforçada, significa que não se pensa em ordenamento jurídico sem o
exercício da força, ou seja, sem poder. Outra maneira de entender a relação entre
direito e força é com a teoria criada por Kelsen, que diz que a força é o objeto de
regulamentação jurídica, então, quando se fala em direito, não se entende como um
conjunto de normas que se normas validas pela força, mas um conjunto de normas
que regulam a força na sociedade .As regras para o exercício da força em um
ordenamento jurídico, são usadas para organizar a sanção e tornar as normas de
conduta mais eficazes. O objetivo do legislador não é organizar a força, mas
organizar a sociedade usando a força.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. São Paulo, Polis/Brasília,
UnB, 1989

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