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1. O que é a Filosofia
1.1 Sensibilização à disciplina de Filosofia
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Sobre o que se interroga o Pensador?
o UNIVERSALIDADE do pensamento filosófico: desejo de compreensão da
totalidade; grande amplitude e difícil delimitação do objecto de estudo da
Filosofia [tudo o que se relacione com o humano].
Por que está o Pensador “despido”?
o AUTONOMIA do pensamento filosófico: necessidade de “despir” de opiniões
não-fundamentadas, do senso comum, de pré-conceitos, de dogmas.
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1. Rodin (1904), O Pensador.
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2.Escher (1951), A Escadaria. 2. Bosch (1510), A Tentação de Santo Antão. 3. Pollock (1946),
Circumcision. 4. Dalí (1936), Construção Mole com Feijões Cozidos.
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Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário
Didáctica I
O mundo enquanto
vontade é apenas
O mundo não é um, pois a vontade
nada se o é a mesma, ainda
afastarmos do eu O mundo que se manifeste
que o existe por sob diferentes
experimenta. necessidade formas.
FICHTE . ESPINOSA SCHOPENHAUER
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Didáctica I
Será que a Filosofia ainda tem algum sentido ou valor nos dias de hoje?
A actual crise da experiência por causa da renúncia ou desaparecimento da
experiência da vida é o que faz com que aumente a necessidade das ciências
do espírito, dos saberes humanísticos, da consciência histórica e da experiência
estética, da filosofia. A recuperação do sentido da realidade requer outro
ritmo. Efectivamente, vivemos num mundo acelerado, mas também temos ao
nosso alcance meios para compensá-la. A realidade oficial da aceleração é
sempre acompanhada pela realidade alternativa da lentidão. Mais ainda: é
precisamente num mundo rápido que há que ser lento para se ser realista, isto
é, para se ser um pouco mais céptico, para acreditar menos nas
experimentações e nas expectativas, para não confiar tudo a um discurso
universal definitivo.
Innerarity, D. (1995). A Filosofia como uma das Belas Artes. Tradução de C.
Rodriguez e A. Guerra. Pp53-54
No entanto, aconteça o que acontecer, não há perigo de a filosofia «chegar a
um fim». A religião não chegou ao fim com o Iluminismo, nem a pintura com o
Impressionismo. Mesmo que o período de Platão a Nietzsche seja encapsulado e
«distanciado» ao modo sugerido por Heidegger, e mesmo que a filosofia do século
vinte venha a parecer ser um estádio de estranho recuo e preenchimento
transitório (como a filosofia do século dezasseis agora se nos afigura), haverá algo
chamado de «filosofia» do outro lado da transição. Porque ainda que os
problemas da representação pareçam tão obsoletos aos nossos descendentes
quanto os problemas do hilomorfismo nos parecem a nós, as pessoas continuarão
a ler Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Hegel, Wittgenstein e Heidegger. Qual os
papéis que estes homens desempenharão na conversação dos nossos
descendentes, ninguém o sabe.
Rorty, R. (2004). A Filosofia e o Espelho da Natureza. Tradução de Jorge
Pires. P.348
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