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aula 4 Por Mayra Navarro e Aldi Flosi

Certo e errado na decoração


Decorar não é um bicho de sete cabeças, mas tem lá seus segredos para que tudo fique
belo e em harmonia. Nesse divertido bate-papo, a dupla Mayra e Aldi mostra os erros
mais cometidos e ensina a evitá-los.

Coordenação e reportagem: Maria Helena Pugliesi


Produção e edição: Cristiane Komesu

Agradecimentos à Benedixt, Bertolucci, By Kamy, Donatelli São Gabriel, Futon Company, Interiores Confecções, Ivete
Naccache Cama, Mesa & Banho, Juliana Freitas Paisagismo, Joy Paper, Loja do Teo e Raízes Design.

Patrocínio Realização
Certo e errado na decoração
aula 4 por Mayra Navarro e Aldi Flosi

Sofá Está aí um dos grandes vilões que pode comprometer o su-

desproporcional cesso da decoração. O tamanho do sofá deve ser compatível


ao tamanho da sala. Estofado muito grande impede a boa
distribuição dos demais móveis e acaba prejudicando a cir-
culação. Entre o sofá e a mesa de centro, deve haver um es-
paço livre de 40 a 60 cm.
Para não errar: tire as medidas do ambiente e, ao escolher o
móvel na loja, meça a peça com trena. Em salas de até 20 m²,
use sofá com 85 cm de profundidade.

O tamanho do sofá deve ser compatível ao tamanho da sala. Neste projeto do


arquiteto Ricardo Miura e da designer Carla Yasuda, a peça foi escolhida de acordo
com a parede em que seria encostada.
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Mesa de
centro no
caminho
Nada pior do que ter que desviar
de móveis para circular pela sala.
Os acessos aos demais ambientes
devem contar com passagens de no
mínimo 70 cm de largura. Se a sua
mesinha de centro impede o fluxo,
livre-se dela e deixe vazia a área
em frente ao sofá.
Para não errar: aposte numa peça
multiúso. Um banco leve pode
permanecer num dos cantos
da sala, servindo, inclusive, de
aparador. Quando necessitar do
apoio de uma mesa de centro, ele
migra para frente do estofado e
resolve a questão.

Para não atrapalhar o fluxo até varanda, o arquiteto


Maicon Antoniolli dispensou mesa de centro.
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Jantar Mesa muito alta, cadeira baixa demais, lustre


atrapalhando a visão. Esses são os pecados mais
desconfortável frequentes cometidos por quem foge das medidas-
padrão. Quando a questão é comodidade ao sentar
e levantar durante as refeições, não invente moda,
respeite as convenções.
Para não errar: o assento da cadeira deve estar
preferivelmente a 43 cm do piso e o tampo da mesa, a
75 cm. Um entorno livre entre 80 e 90 cm permite boa
circulação e movimentação adequada de quem está
sentado. Já o lustre pode ficar acima da mesa de 70 cm
a 1,50 m. A distância varia conforme o modelo da peça
e das lâmpadas – as que emitem calor precisam estar
mais afastadas dos comensais.

Mayra Navarro localizou a mesa de jantar a 90 cm do bufê. A


distância permite boa circulação e movimentação confortável
para quem está sentado na cadeira.
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Tapete solto
Além do fator estético e do
conforto térmico, o tapete
organiza a decoração. Para ter
certeza da escolha, pense nele
depois que os móveis estiverem
definidos.
Para não errar: na sala de estar use
um modelo que avance para baixo
do sofá entre 15 a 20 cm e que nas
laterais permita que a mesinha
fique sobre ele ou totalmente
fora dele. Evite o meio termo, pois
deixará o móvel instável. Na sala
de jantar, o tapete deve ter entre
60 e 80 cm a mais que as laterais
do tampo da mesa.

Avançando 20 cm para baixo do sofá e mais um


tanto para as laterais, o tapete permitiu que a
mesinha ficasse inteiramente sobre ele. Projeto da
designer de interiores Karina Salgado, da In House.
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Cortina
pula-brejo
Não dá para descuidar desse item,
afinal a cortina é o fechamento
da decoração. O segredo de sua
perfeição está no acabamento e
na qualidade dos materiais.
Para não errar: defina a altura das
bandeiras medindo o pé-direito
(ou a distância do varão ao piso) e
acrescente 50 cm a mais de corte
de tecido. Essa folga é responsável
pela barra, pelo cabeçote e para
que ela se arraste por 2 ou 3 cm
no chão, ganhando caimento
impecável. Importante: certifique-
se de que o tecido é pré-lavado,
pois se ele encolher na primeira
lavagem, você terá que conviver
com cortinas curtas e feias.

Com pregas americanas e barra de 20 cm dupla, que


se arrasta 3 cm pelo piso, esta cortina de linho tem
caimento perfeito. Projeto da arquiteta Cris Vieira.
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Cor em É fácil se deixar seduzir pelas cores, um dos primeiros elementos que
nos estimulam na hora de iniciar um projeto. Mas vá com calma, abusar
demasia dos matizes mais intensos em grandes extensões de paredes e em
móveis volumosos, pode resultar num ambiente de visual cansativo e
difícil de decorar.
Para não errar: prefira uma base neutra e deixe as nuances mais
acentuadas para os objetos decorativos. Daí, seguindo essa cartela
cromática, você pode pintar ou revestir uma parede, bem como criar
xales para as cortinas e forrar as cúpulas das luminárias, criando um
diálogo entre estampas e tonalidades.

Piso, paredes e cortina em tons neutros permitiram a


Mayra Navarro apostar em cores densas nos móveis.
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Luz fria
A iluminação não tem como função
apenas deixar o ambiente às claras,
ela também é responsável por
criar uma atmosfera acolhedora
e imprimir personalidade à
decoração. A falha mais corriqueira
é apostar apenas nos pontos de
luz no teto, que clareiam, é certo,
mas com seus fachos diretos
proporcionam ao espaço uma luz
dura e sem nuances.
Para não errar: distribua
abajures, colunas e arandelas
pela sala. As chamadas luzes
decorativas contribuem com uma
luminosidade difusa e podem
criar cenas diversas.

Misturar abajures com a iluminação focal do teto,


como esse na casa da ceramista Flavia Del Pra,
ajuda a criar uma atmosfera mais acolhedora e
garantir cenas diferentes ao ambiente.
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TV fora de foco Magrinhas e charmosas, as TVs de tela plana já fazem


parte da mobília da sala. A questão é que muita gente
instala o aparelho em lugar inadequado e o resultado é
desconforto postural e visão prejudicada.
Para não errar: a TV deve ficar de frente para quem
assiste a 90 cm do piso e distante o equivalente a 4 vezes
a altura de sua tela. Nenhum foco de luz pode causar
reflexos na imagem. Para tanto, a melhor saída é embutir
o aparelho na marcenaria. Evite, também, que objetos e
moveis altos fiquem entre a tela e o telespectador.

Bem de frente para o sofá, a TV de 48’’ está


adequadamente instalada para trazer conforto aos
moradores. Projeto da arquiteta Patricia Martinez.
Certo e errado na decoração
aula 4 por Mayra Navarro e Aldi Flosi

Canto de
trabalho
improvisado
Mesmo que você só use essa
área para rever e-mails e conferir
pagamentos, não descuide de seu
bem-estar ergonômico. Móveis
corretamente dimensionados e
iluminação adequada propiciam
melhor rendimento às tarefas.
Para não errar: a altura ideal da
bancada de trabalho pode variar
entre 75 e 80 cm, possibilitando
o encaixe das pernas sob ela. A
cadeira deve ter braços e o seu
encosto atingir a escápula (o osso
que forma as duas asas laterais
das costas). Além da claridade da
janela, o ambiente precisa contar
com uma luz artificial geral e
homogênea somada a uma
iluminação pontual de mesa.

Cadeira com braços, luz pontual sobre a mesa e


bancada na altura correta para acomodar as pernas
sob ela. Projeto: Patricia Carvalho e Adriana Valle.
Certo e errado na decoração
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Varanda
esquecida
Você é daqueles que nem lembra
que tem terraço no apartamento?
Pois saiba que está perdendo
uma ótima oportunidade de curtir
um cantinho agradável, lendo
as notícias do dia ou apenas
descansando apreciando a cidade
do alto. O segredo é criar um espaço
aconchegante e fácil de manter.
Para não errar: aposte num
paisagismo simples, de baixa
manutenção, com plantas
que resistam ao vento, chuva
e poluição. Alguns exemplos:
xanadú, clúsia, calateia e zazá.
Uma poltrona confortável e uma
mesinha, ambas de material
sintético, completam o cenário.

Para curtir a varanda, invista em um paisagismo


simples, com plantas que resistam às condições
climáticas do ambiente. Projeto: Diego Revollo.

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