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Levantamento e Análise dos Requisitos

PROF. CLAUDIO GOMES


A modelagem de sistemas, tanto a nível funcional quanto de dados, é um requisito
fundamental para a obtenção de produtos de software de maior qualidade e confiabilidade.
Entretanto, percebe-se que cada vez menos profissionais têm dado a atenção devida ao
processo de construção de modelos de suas aplicações. Isso provavelmente se deve às
pressões por sistemas em prazos cada vez mais curtos e com menores custos de produção
mas, por outro lado, acaba por prejudicar – e muito – o entendimento correto do problema e,
consequentemente, a construção do sistema que atenda às reais expectativas do usuário.
Esta situação muitas vezes leva a sistemas de baixa qualidade, com elevada necessidade de
modificação e de difícil manutenção.

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O projeto de banco de dados é, geralmente, uma das partes mais importantes no
desenvolvimento de um novo software. Claro que existem softwares que nem usam bancos de
dados, mas a grande maioria dos sistemas de informação consulta ou mantém dados
armazenados em um banco de dados, por este motivo entender como um banco de dados é
projetado e também saber criar um projeto de banco de dados é essencial na carreira de
qualquer desenvolvedor de software.

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A primeira coisa que se deve fazer é reunir dados relevantes para o novo projeto através de
documentos existentes, realização de entrevistas com especialistas no negócio, etc. Esta etapa é
muito importante, pois quando o projetista entende errado os requisitos, o projeto pode ser um
fracasso. Nesta etapa deve-se gerar uma documentação descritiva, de forma breve, sem
ambiguidades e que descreva bem como as coisas funcionam na realidade, uma descrição textual
das regras de negócio.

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Este texto sucinto que compila o entendimento das regras de negócio é conhecido como mini-
mundo. E é mesmo um mini-mundo, pois é a partir da descrição das regras de negócio que
desenvolvemos os modelos externos (que são representações gráficas do mini-mundo e devem ser
entendíveis pelo usuário) e estes modelos não devem fugir da realidade descrita nas regras de
negócio.

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Exemplo de um mini-mundo

Vejamos um exemplo dessa primeira etapa em uma descrição de regras de negócios para um
caso fictício. Vamos tomar por exemplo um consultório odontológico básico. Para simplificar
consideremos que este consultório é mantido por uma entidade social e não cobra
diretamente dos pacientes, ou seja, no momento do atendimento este consultório apenas
atende os pacientes sem se preocupar com pagamentos.

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Exemplo de um mini-mundo

Primeiro o analista reúne-se com os dentistas, a secretária e o dono do consultório, realiza


entrevistas onde faz algumas perguntas sobre como é o trabalho deles e o fluxo de trabalho
no dia-a-dia do consultório e faz cópias de fichas de pacientes e alguns relatórios que a
secretária faz para o dono do consultório semanal e mensalmente. Agora o analista redige a
descrição do mini-mundo deste consultório para entender como as coisas funcionam no
atendimento dos pacientes. Acompanhe a descrição do mini-mundo a seguir, como parte do
levantamento dos requisitos:

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Exemplo de um mini-mundo

No consultório odontológico ‘Dentclaro’, situado na rua ‘X’, nº ‘1’ na cidade de Bom Jesus,
estado do RJ, as consultas funcionam por ordem de chegada dos pacientes da seguinte
maneira: O paciente, ao chegar no consultório, obtém do atendente uma senha numérica de
ordem crescente e aguarda até o momento de ser chamado.\ O atendente chama os
pacientes pela ordem das senhas. Inicialmente o atendente solicita o nome do paciente e
procura a ficha dele no arquivo de pacientes (que está em ordem alfabética). Se o paciente
ainda não tiver ficha no consultório, então o atendente solicita os dados básicos do paciente
para criar uma ficha para ele, estes dados são: CPF, Nome, Data de nascimento, endereço
e telefones.\ Com a ficha do paciente em mãos, o atendente pergunta ao paciente o motivo
da consulta, que geralmente é consulta de rotina ou dor de dente.

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Exemplo de um mini-mundo

Então o atendente cria uma ficha de atendimento com as informações de motivo da consulta, anexa à
ficha do paciente e coloca em baixo da pilha de fichas para atendimentos do dentista. Neste momento o
atendente diz ao paciente que espere que o dentista o chame, e finaliza o atendimento.\ O dentista
chama os pacientes pela ordem que o atendente organizou a pilha de fichas, mas antes de chamar cada
paciente, o dentista analisa o histórico de atendimentos do paciente e o motivo que ele (paciente)
descreveu para a consulta atual. Após atender o paciente, o dentista descreve detalhes do atendimento
na ficha de atendimento, como diagnóstico, receita de remédios, solicitação de retorno, etc. Finaliza-se
a consulta e paciente é liberado.

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Vamos aos exercícios
na plataforma Moodle

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Referências:

1. ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B., Sistemas de Banco de Dados, 4ª edição, Markron
Editora, 2005
2. DATE, C.J., Introdução a sistemas de banco e dados, Campus, 2003
3. SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F; SUDARSHAN, S. A., Sistemas de Banco de Dados,
Campus, 2006.
4. https://dicasdeprogramacao.com.br/a-primeira-fase-de-um-projeto-de-banco-de-dados/

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