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Os tipos de dados multimídia mais comuns, normalmente encontrados nos bancos de dados
multimídia e nos sistemas de informação multimídia são:
Devido a sua estrutura complexa, o dado multimídia requer processamento elaborado para
extrair informação do seu conteúdo. Objetos do mundo real mostrados em imagens,
gráficos e animações participam em eventos significativos cuja natureza é frequentemente
objeto de pesquisas. Usando os avanços tecnológicos nos campos de processamento de
imagem e reconhecimento de voz, os sistemas devem reconhecer objetos e eventos
similares do mundo real através da extração, com a ajuda do homem, de certas informações
dos objetos multimídia correspondentes.
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Uma série de fatores diferenciam – e tornam significativamente mais complexo – o
processamento de dados multimídia quando comparado ao processamento de dados
convencionais.
permitam pesquisa, acesso concorrente, atualização e manutenção, de forma consistente e
eficiente. A exigência dessas estruturas tem mais ênfase se atentarmos que os
modernos sistemas de informação multimídia, como já foi dito, são normalmente
distribuídos através de extensas arquiteturas de rede, como a Internet.
A utilização de SGBDs para gerenciar dados complexos é não só uma necessidade, como
uma tendência crescente e que vem ocorrendo em paralelo ao desenvolvimento da
capacidade dos softwares , redes de comunicação e computadores em processar esses
tipos de dados. Gradualmente, a medida que a concorrência industrial reduz custos e
aumenta a funcionalidade dos produtos, a multimídia vem ganhando impacto, tornando-se
presente no nosso quotidiano.
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bancos de dados multimedia. Banco da dados multimedia é uma coleção controlada de itens
de dados multimedia como imagem, áudio e vídeo. O propósito de um SGBD multimedia é
organizar, classificar e pesquisar bancos de dados multimedia.
Nesse contexto, um SGBD multimedia deve prover suporte para os dados multimedia da
mesma forma que um SGBD tradicional suporta dados alfanuméricos simples. Na verdade
os diferentes tipos de dados complexos envolvidos em
um banco de dados multimídia requerem métodos especiais para gerenciamento,
armazenamento, acesso, indexação e recuperação dos dados, tornando o SGBDMM
ferramenta mais sofisticada que o SGDB tradicional.
• Java Proxies (JP), fornecido pela Tecnology Deployment International Inc. Produto
desenvolvido em parceria com a CAI, desempenha o papel de middleware entre o
SGBDOO Jasmine e a interface Java. Atualmente é um produto integrado ao
Jasmine.
• Visual Café Pro da Symantec Corp., gerador de aplicações em Java (Visual Café,
1997). .
Além dos métodos de pesquisa foram incorporados ao sistema de informação tópicos com
suporte multimídia e hipertexto com informações adicionais, biografia, bibliografias e
glossário sobre a colegão pesquisada.
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:
figura 4.3 ilustra de forma esquemática os modos de navegação permitidos pelo sistema
Resumindo, a implementação desse projeto de informatização justifica-se por que:
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Figura 4.6: Módulos do sistema.
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- Arquitetura do Projeto
Neste trabalho, foi utilizada a arquitetura cliente/servidor mostrada na figura 5.1 utilizando
como componentes básicos a linguagem Java e o SGBDOO Jasmine. Os vários
componentes da arquitetura são detalhados nas subsequentes secções deste capítulo.
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Visão Geral do Jasmine
Todavia a WWW tem restrições na definição de aplicações mais sofisticadas nas estações
clientes. A linguagem Java minimiza essa deficiência provendo um mecanismo de
execução no cliente na forma de applets independentes (pequenos programas utilizados por
qualquer computador que disponha de browser capaz de processar Java). Entretanto Java
é apenas uma linguagem de programação e como tal não provê facilidades de pesquisa
nem suporta semântica de transação. Objetos Java não são persistentes e se extinguem
ao término do programa que os criou. Enfim, Java sozinho não é suficiente para
construir aplicações multimídia corporativas, que tratam de grandes volumes de dados
complexos.
O sistema gerenciador de banco de dados orientado para objetos Jasmine devido a sua
conectividade com a Web, suporte à linguagem Java e adequação a arquitetura cliente-
servidor multi-thread é uma das ferramenta teoricamente capazes de preencher essa
lacuna. Trata-se de um produto emergente no mercado mundial de software. No
desenvolvimento do sistema de informação de que trata este trabalho foram utilizadas
algumas versões de avaliação do produto e só em março de 1998 nos foi fornecida a
primeira versão comercial do Jasmine.
O servidor do SGBDOO Jasmine é composto basicamente de quatro camadas conforme
ilustrado na figura 5.2:
O desenvolvimento de aplicações em Jasmine pode ser feita de várias formas como ilustra
a figura 5.3. Uma é a utilização do J-Studio, ferramenta de desenvolvimento de
aplicações integrada ao Jasmine. Adicionalmente, aplicações podem ser desenvolvidas em
Visual Basic usando Active/X, em HTML usando as ferramentas de conectividade para
Web disponíveis no Jasmine, em C e C++ usando APIs e em Java usando interfaces de
midleware embutidas no Jasmine. Aplicações em Jasmine podem utilizar uma
biblioteca de classes SQL para fazer acesso a banco de dados relacionais, provendo
integração entre os dois ambientes.
Figura 5.3: Ambiente de desenvolvimento do Jasmine.
O Jasmine possui suporte para tipos de dados multimídia através de uma hierarquia de
classes multimídia, que suporta dados como imagem, vídeo e áudio. Esses recursos
simplificam o desenvolvimento de sistemas de informações multimídia. Além disso, ele
também provê ferramentas para a compressão de dados multimídia.
A estrutura do Jasmine é baseada no conceito de stores , que são áreas reservadas aos
dados e metadados do banco de dados. Cada store contém uma class family que
contém classes relacionadas a uma unidade lógica do banco de dados.
As consultas em bancos de dados Jasmine são feitas exclusivamente via ODQL. Para se
ter acesso via Jasmine a banco de dados armazenados em sistemas de gerência de
bancos de dados relacionais, como Oracle e Sybase, existe no Jasmine uma classe SQL
específica.
O suporte à Web do Jasmine é feito através de dois modos: por um plug-in que é
executado no browser (como Netscape ou MS-Explorer) através do próprio protocolo
padrão HTTP como um applet , ou através do WebLink, um interpretador HTML
automático, para o browser que não possui suporte para o uso de plug-ins. Neste
projeto, optou-se pela interface desenvolvida em Java que permite a integração de uma
ferramenta para processamento digital de imagens, desenvolvida no NPDI do
DCC/UFMG.
O primeiro componente, Class Browser, é responsável pelo projeto das classes, seus
relacionamentos, seus métodos, assim como a visualização de seus valores e
relacionamento desses com uma scene (o conceito de s cene corresponde a uma tela de
interface das aplicações do Jasmine desenvolvidas em J-Studio, executáveis em plug-
ins para browsers ou para aplicações stand-alone ). O segundo, Application
Manager, é responsável pelo desenvolvimento da aplicação em Jasmine através da
definição dos objetos e iterações presentes nas scenes . Neste projeto, apenas o
Class Browser foi utilizado, uma vez que a interface foi implementada em Java.
Primeiramente, foi criado um projeto e seu store a partir de comandos em ambiente DOS
disponíveis no Jasmine (este é um ponto a ser melhorado no produto, segundo a própria
CA, pois a interface DOS além de ultrapassada não é amigável ). Logo depois foi criada a
class family TesteCF tal como mostrado na figura 5.4.
Java Proxies - JP
A tecnologia RMI é uma característica do Java que funciona como uma chamada de
procedimento remoto (RPC) em outras linguagens. Um objeto faz a chamada de um
método em outra máquina e obtém seus resultados. Da mesma forma como ocorre em
sistemas baseados em RPC, é necessário, nesse caso, que o objeto cujo método é
chamado esteja previamente estanciado.
A interface em Java foi desenvolvida com o uso do Symantec Visual Café, ferramenta
para desenvolvimento rápido de aplicações (RAD) da Symantec. A interface foi
projetada para ser de fácil utilização e direcionada ao usuário leigo em informática,
tipicamente um historiador ou um consulente.
Essa interface tem duas funções básicas: efetuar buscas no banco de dados, sejam
elas pré-definidas pelo sistema ou não, e processar as imagens através da ferramenta
PDI, conforme a necessidade do usuário. A ferramenta PDI é uma adaptação do
PhotoPixJ (figura 5.6), aplicativo Java desenvolvido no curso de mestrado de Adriana
Cássia Rossi de Almeida pelo DCC/UFMG. Neste sistema, cada entidade chamada de Item
Documental consiste em uma foto preto e branco, armazenada no formato GIF, a 100
pontos por polegada. Desta forma, nem todas as características do PhotoPixJ podem ser
utilizadas, dada a natureza restrita das imagens. Toda a carga de processamento de
imagem fica a cargo do PhotoPixJ, na máquina cliente.
- Conclusão
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