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Princípios de Modelagem

Curso Técnico de Informática – 3º ano integrado

Disciplina: Banco deDEDados


1 – DEFINIÇÃO DADOS x INFORMAÇÃO

Prof: Edson Marchetti da Silva


emarchettisilva@decom.cefetmg.br
Introdução - Sumário

1 – Definição de dados e informações

2 – Conceitos básicos de banco de dados

3 – Modelagem de dados

4 – Usuários e profissionais envolvidos


1 - Dados vs Informação

Dados - registro de fatos que ocorrem no mundo.

“[…] qualquer parte de informação, qualquer coisa


inteligível... 1 Representada por qualquer
– DEFINIÇÃO DE DADOS número, letra,
x INFORMAÇÃO
símbolo e suas combinações.” (BOCCHINO, 1980)

“[…] uma representação de fatos, conceitos … em uma


maneira formalmente ajustada para comunicação,
interpretação ou processamento por meios humanos ou
automáticos.” (ROSEMBERG, 1986)
Dados, Informação/Fatos

Dados: são objetos do mundo real:


Universidades: UFMG, PUC
Cursos: CIENCOMP, ENGELET

Fatos: São ocorrências registradas sobre os dados:


aula: “07-02-2012”, “CIENCOMP”, ”305”
nota: “10-02-2012”,”Gabriel”, “CIENCOMP”,10
Informação

Informação

“O significado que é expressado pelos dados e pode ser


extraído deles.” (RIO GRÁFICA, 1984)
1 – DEFINIÇÃO DE DADOS x INFORMAÇÃO

“[…] resultado do processamento de dados, de forma que ela


é derivada da montagem, análise ou sumarização de dados
em uma forma que apresente sentido.” (CHANDOR, 1985)
2 – Conceitos básicos de banco de dados

1. Banco de Dados (BD)

2. Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados – SGBD

3. Aplicação (ou Programa de Aplicação)

4. Projeto de Banco de Dados

5. Modelo de dados
2.1 - Banco de Dados (BD)

É uma coleção de dados relacionados e que possuem


significado implícito.
Ex.: Nomes, números e telefones de pessoas conhecidas.

Representam algum aspecto do mundo real (representação de


uma parte da realidade – um recorte - minimundo).

Um BD é projetado, construído e povoado com dados para um


propósito específico. Existe um conjunto de usuários e um
conjunto de aplicações utilizadas pelos usuários.

(Elmasri e Navathe, 2000)


2.1 - Banco de Dados (BD)

o Um BD pode ser gerado e mantido manualmente ou pode


ser informatizadoidade. Ex:

 fichas de publicações em uma biblioteca (autor, ISBN,


ano);
 BD para uma aplicação de distribuição de energia elétrica
(armazena informação sobre consumo mensal e a
descrição de cada consumidor).

o O BD deve respeitar, a cada instante, as (regras de


negócio) da aplicação. Ex.:

Um BD para uma aplicação bancária não deve permitir que uma


conta-poupança fique com saldo negativo.
(Elmasri e Navathe, 2000)
2.2 - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD)

O SGBD é um software de propósito geral que facilita o


processo de definição, construção e manipulação do BD para
as várias aplicações.

– Definição do BD:
o Especificação e descrição detalhada dos tipos, estruturas e restrições
dos dados a serem armazenados no BD.

– Construção do BD:
o Processo de carga inicial dos dados em um meio de armazenamento
controlado pelo SGBD.

– Manipulação do BD:
o Execução de operações de consulta e recuperação de dados;
o Atualização de dados para refletir as mudanças no minimundo;
(Elmasri e Navathe, 2000)
2.3 - Programa de Aplicação

• Realiza as funções da aplicação


Ex: cálculo do consumo mensal de energia elétrica, a partir
dos dados de leitura dos medidores.

• Garante as restrições de integridade que não podem ser


controladas pelo SGBD.

• Implementa interface e relatórios específicos.


Ex: Emissão de extrato de consumo.

• Acessa o BD através do SGBD para consulta e atualização


dos dados da aplicação.
O que se espera de uma aplicação que conecta a um SGBD

Compartilhamento dos dados pelas diversas aplicações

Controle de autorização de acesso a dados


Redundância de dados controlada
Garantia de consistência física dos dados
Existência de mecanismos de reconstrução
Flexibilidade para definir e alterar a definição dos dados
Redução do tempo de desenvolvimento de aplicações
Assegurar independência física dos dados
Garantia de independência lógica dos dados
2.4 - Projeto de Banco de Dados

Trabalho de engenharia para modelar e definir a estrutura do


banco de dados que satisfaça as necessidades de informação
dos usuários e preserve as regras de negócio.
2.5 - Modelo de Dados

• Conjunto de conceitos usados para descrever a estrutura de um


banco de dados.

• Principal ferramenta para abstrair os detalhes de armazenamento


dos dados no BD.

• Representa:
 Descrição dos dados (tipos e tamanhos dos dados);
 Descrição dos relacionamentos entre os dados;
 Descrição das restrições semânticas impostas aos dados;
3 - Modelagem de bancos de dados
Projeto lógico
1. Identificação da funcionalidade
2. Identificação dos dados necessários
3. Determinação da melhor forma de
agrupamento dos dados

Projeto físico
Implementação do projeto lógico em um sistema de
bancos de dados
1. Definição do SGBD
2. Escolha do ambiente operacional
3. Especificação dos equipamentos e pessoal.
Modelagem de dados - Conceitos

Abstração - Processo mental através do qual selecionamos


determinadas propriedades ou características dos objetos e
excluímos outras, consideradas menos relevantes para o
problema analisado.

Modelo - É uma abstração, uma representação simplificada,


de uma parcela do mundo real, composta por objetos reais.

Modelagem - Atividade através da qual se cria um modelo.


Modelo de Entidades e Relacionamento - MER

É um modelo abstrato cuja finalidade é descrever, de


maneira conceitual, os dados a serem utilizados em um
domínio específico.

DER: Resultado do processo de modelagem executado


pelo projetista de dados que conhece o MER.
Componentes de um banco de dados
Atributos/Colunas
Tabela (table)

Linhas .
.
.
Modelo relacional

• Baseado em tabelas simples, de fácil manipulação.

• As tabelas podem estar relacionadas a outras de


várias formas.

• Permite a busca de informação usando várias tabelas


simultaneamente.

• Primeiros produtos comerciais apareceram na


década de 1970.
Ex. De SGBD: MySQL, PostgreSQL, Oracle, Sybase,
Interbase, SQL Server, DB2, Informix, etc.
Tipos de atributos
• Alfanumérico, string [texto]
Nome, Sexo, Endereço

• Numérico [número]
o Inteiros: Idade
o Decimais: Peso, altura
o Monetários: moeda

• Lógico: apresentam 2 possibilidades: falso e verdadeiro.


Gravidez?, Faturar?, Ativo?

• Data/hora

• Memo [memorando]: tipo que armazena uma maior


quantidade de texto, sem um tamanho predefinido.
Metadados

• Descrevem os dados:
o Nome, tipo, tamanho, regras
 nome: caracter, 60 pos., alfanumérico
 sexo: caracter, 1 pos., {M,F}
 Aluno <mat, nome, dataNascimento, curso>
 Professor <nome, titulação, departamento>
Integridade Referencial

Chave estrangeira
(foreign key – FK)

relacionamento

Chave primária
Bancos de dados – Interface com usuário
Como os bancos de dados são manipulados

Linguagem de
programação • Oracle
• SQL Server
• Delphi Sistema de Gerenciamento
• Informix
• Visual Basic de Bancos de Dados
• MySQL
• Java • DB2
(SGBD)
• PostgreSQL
• Sybase
Banco de • Access
ODBC • Paradox
dados
• dBase
Driver SQL
Nativo
SGBD

SGBD

TOTAL Livros Livro

NAutor Nom Total num Livro Autor

A1 Denis 2 1 livro1 A1
A2 Georges 1 2 livro2 A1

3 livro3 A2
4 - Profissionais: atores/papéis

o Administrador do Banco de Dados (DBA):

 Responsável por autorizar o acesso ao banco de dados, por


coordenar e monitorar sua utilização e por adquirir novos
recursos de hardware e software quando necessário e pela
segurança (violação) e desempenho do sistema.

o Projetista de Banco de Dados (DB Designer)

 Identifica os dados a serem armazenados do BD, escolhe as


estruturas apropriadas para representar e armazenar os
dados. Trabalha junto com o DBA modelo geral.

(Elmasri e Navathe, 2000, p.11)


Profissionais: atores/papéis

o Analista/Programador de Aplicação (Analista de Sistemas)

 Define e projeta a informatização da aplicação, incluindo seu


conjunto de programas. Cria, testa, documenta e faz a
manutenção da aplicação. Usa os esquemas conceitual e lógico
do BD.

o Usuário Final
 Ocasional - acessa ocasionalmente o SGBD, mas pode
necessitar de diferentes informações por vez. Escreve suas
consultas diretamente em linguagem de consulta.
 Comum - acessa o BD para incluir novos dados e consultar
dados armazenados através de um sistema aplicativo padrão.
Ex. caixa de banco; atendentes de companhias aéreas
(operações).
(Elmasri e Navathe, 2000, p.11)
Referências

DATE, C.J. Introdução a sistemas de banco de dados. 8º ed, Campus.

ELMASRI, Ramez. Sistemas de Banco de Dados, São Paulo: 6ª ed. São Paulo,
Pearson, 2011.

HEUSER,Carlos Alberto. Projeto de Banco de Dados. 4ª ed. Sagra


Luzzatto.

MACHADO,Felipe,ABREU,Mauricio. Projeto de Banco de Dados – Uma Visão


Prática. 7ª ed. Érica.

SILBERSCHATZ,Abraham,KORTH,Henry F. Sistema de Banco de Dados. 5ª


ed., Makron Books.

SILVA, E. M. Benefício da modelagem de dados no ciclo de vida de um sistema.


Apostila – Cefet-MG, 2008.

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