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1.2. Estado Social : adoção de políticas públicas destinadas à melhoria das condições de vida dos
mais pobres, especialmente da classe trabalhadora.
Características: constitucionalismo social, função social da propriedade, participação política dos
trabalhadores, intervencionismo estatal. Igualdade substancial.
Poder fortalecido: executivo – competência para editar políticas públicas de intervenção na
economia.
ACESSO A JUSTIÇA DO ECONOMICAMENTE FRACO
1.2.1. A crise do estado social: WELFARE STATE – choque do petróleo 1970
A expansão desordenada do estado, explosão demográfica envelhecimento populacional crise a saúde
e a previdência
Característica: diminuição do tamanho do estado, abertura dos mercados internos, rígida disciplina
fiscal, reforma tributária, redução drástica dos gastos públicos na área social, desconstrução dos
direitos fundamentais sociais por meio de desregulamentação do mercado, flexibilização e
terceirização das relações de trabalho.
1.3. Estado democrático de direito: estado constitucional, estado pós-social ou estado da pós-
modernidade:
Direitos humanos de primeira geração (direitos civis e políticos)
Direitos humanos de segunda geração (direitos sociais, econômicos e culturais)
Direitos humanos de terceira geração (direitos ou interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos.
“Permite o livre trânsito de idéias entre os diversos ramos do direito processual, propiciando uma
fonte permanente de atualização dos diferentes subsistemas processuais.”
3. Direito processual constitucional diz respeito à própria jurisdição constitucional, que reúne os
instrumentos jurídicos destinados à garantia dos direitos humanos fundamentais contidos na
própria constituição (habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, ação civil pública,
ação direta de inconstitucionalidade. Já o direito constitucional processual tem seu ponto de
partida nos princípios constitucionais do devido processo legal e do acesso à justiça e se
desenvolve por meio de outros princípios constitucionais e infraconstitucionais.
Fontes formais diretas: lei (constituição, art. 114 da CF, art. 59 da CF, CLT, Lei 5584/1970, CPC,
6830/1980, 7701/1988 Lei Complementar 75 de 20.05.1993 – LOMPU, 7347/1985, 8078/1990,
8069/1990, 7853/1989, decreto-lei 779/1969 e Decreto-lei 75/1966, regimento interno, súmula
vinculante lei 11417 de 19.12.2006)
Fontes formais indiretas: doutrina e jurisprudência.
Fontes formais de explicitação: fontes integrativas, analogia , princípios e equidade.
5. Princípios:
5.1. princípios constitucionais fundamentais
Normas constitucionais é o gênero que tem como espécies os princípios e as regras.
Função informativa: destinada ao legislador (princípio lógico, princípio jurídico, princípio político,
princípio econômico)
Função interpretativa: destinada ao aplicador do direito
Função normativa: destinada ao aplicador do direito – norma direta.
Princípio da oralidade
Princípio da imediatidade ou da imediação: partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo
ser reinquiridas por seu intermédio a requerimento das partes.
Princípio da identidade física do juiz: art. 132 do CPC Súmula 136 do TST
Princípio da concentração:
Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias:
7. Autonomia:
Dualistas: Amauri Mascaro Nascimento, Sérgio Pinto Martins, Mozart Victor Russomano, Humberto
Theodoro Junior, Jose Augusto Rodrigues Pinto, Wagner D. Giglio e Coqueijo Costa.
8. Conceito do direito processual do trabalho: ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema
de normas, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a pacificação
justa dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das
relações de empregado e de trabalho, bem como regular o funcionamento dos órgãos que
compõem a Justiça do Trabalho.
9.1. Interpretação: cuida da determinação do sentido da lei. Colocar a regra objetiva aos casos
concretos.
Gramatical ou literal: alcance das palavras encerradas no texto da lei.
Lógica: (mens legis): conexão entre vários textos a serem interpretados. Ex: preclusão
Histórica: análise do pensamento do legislador da época e sua exposição de motivos.
Sistemática: análise do sistema no qual está inserido, comparação de vários dispositivos.
Teleológica ou finalística: em valoração com o fim objetivado pelo legislador para se constatar que o
legislador pretende dizer (leis diversas). Interpretação conforme a Constituição: Canotilho
10. Integração: art. 8º. Da CLT – ACESSO EFETIVO A JUSTIÇA – PROCESSO SINCRÉTICO – Art
5º. LXXVIII da CF
O intérprete fica autorizado a suprir as lacunas existentes na norma jurídica por meio da utilização de
técnicas jurídicas (analogia – regra semelhante para certo caso, equidade (art. 852-I, § 1º e 766 da CLT),
princípios gerais do direito, direito comparado).
10.2. Aplicação: adaptação dos preceitos normativos às situações de fato, ou seja, é a subsunção de um
fato à lei.
Art 1º. Da Lei de Introdução do Código Civil – ausente disposição expressa começa a vigorar quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada, nos países estrangeiros três meses depois de oficialmente
publicada.
Normalmente entram a partir da data da publicação da lei com eficácia imediata.
Art. 912 da CLT e 1211 do CPC.
Lei 9957/2000
11.1. Autodefesa: as próprias partes procedem à defesa de seus interesses.Ex: greve e lock-out.
(imposição)
11.2. Autocomposição:
Unilateral: renúncia de uma das partes a sua pretensão.
Bilateral: transação. Cada uma das partes faz concessões recíprocas ao que se denomina de transação. Ex:
acordos e convenções coletivas
Conciliação pode ser judicial e extrajudicial e é um terceiro que aproxima as partes para uma negociação.
No Brasil é obrigatória: art. 764, 846 e 850 da CLT.
a) Mediação: um terceiro vem solucionar o conflito propondo solução às partes a seu pedido. É um
intermediário sem poder de coação.
Art. 616, § 1º da CLT dispõe que o Delegado Regional do Trabalho pode ser mediador dos conflitos
coletivos
Portaria 3097 de 17/05/1988 estabelece as regras para a mediação exercida pelos delegados regionais do
trabalho que poderão delegá-la a servidores do Ministério do Trabalho mesmo no curso das negociações,
as partes requisitam a mediação indicando a pauta a ser discutida, designada a data com a notificação
postal os representantes legais poderão participar. Deflagrada a greve a convocação será feita de ofício.
Lei 10.101 prevê mediação para solucionar conflitos relativos à participação nos lucros (art. 4º, I)
Lei 10192 prevê mediação para solucionar conflitos coletivos do trabalho (art. 11)
Decreto 1572/1995 estabeleceu regras sobre a mediação na negociação coletiva de natureza trabalhista.
Escolhido pelas partes ou designado pelo Ministério do Trabalho.
O mediador pode ser uma pessoa cadastrada no Ministério do Trabalho com validade de três anos e
comprovação de experiência profissional e técnica.
O prazo é de 30 (trinta) dias para a conclusão do processo de negociação.
Lavrar-se-á termo contendo: causas motivadoras do conflito e as reinvindicações de natureza econômica.
Portaria 817 de 30/8/1995: procedimentos (pauta de reivindicações, rodada de negociação direta, laudo
sobre os efeitos e conseqüências do conflito, propostas ou recomendações)
Portaria 818 do Ministro do Trabalho: credenciamento do mediador
d) Procedimentos: formulado por escrito ou reduzido a termo por qualquer dos membros da comissão (art.
625-D, § 1º da CLT).
Infrutífera: declaração com a descrição de seu objeto (art. 625-D, § 2º da CLT)
Motivo relevante: art. 625-D, § 3º da CLT
Comissão de empresa e comissão sindical: art. 625-D, § 4º da CLT
Prazo para a realização da sessão: 10 dias (625-F da CLT)
Aceita a conciliação ser lavrado termo assinado pelas pessoas envolvidas e fornecida cópia às partes.
Título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral (art. 625-E e 876 da CLT)
11.3. Heterocomposição
Consiste na solução de conflito trabalhista por um terceiro que decide com força obrigatória sobre os
litigantes, que, assim, são submetidos à decisão.
Ex: arbitragem e jurisdição.
a. Conceito: “ a arbitragem é uma forma de solução de conflitos, feita por um terceiro estranho à relação
das partes ou por um órgão, que é escolhido por elas, impondo a solução do litígio. É uma forma
voluntária de terminar o conflitos, o que importa em dizer que não é obrigatória.” Sérgio Pinto Martins
Pessoa- árbitro
Decisão – sentença arbitral
Claúsula compromissória é a convenção por meio da qual as partes em um contrato comprometem-se a
submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir relativamente a tal contrato (art. 4º. da Lei
9307/96)
Compromisso arbitral é a convenção por meio da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma
ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial (art. 9º. Da Lei 9307).
b.Natureza Jurídica
Natureza de justiça privada (A sentença arbitral é ato decorrente do compromisso)
Heterocomposição, jurisdição contenciosa.
Natureza jurídica mista: contratual e jurisdicional
c.Admissibilidade:
O acesso aos tribunais não são excluídos (art. 5º. XXXV da CF) muito menos é obrigatório (art. 5º LV).
Há um controle em relação à forma e estrutura da sentença arbitral (art. 33 da Lei 9307).
Arbitragem para a solução de conflitos coletivos trabalhistas (art. 114, parágrafo primeiro e segundo) que
tem natureza constitutiva ou declaratória e nos direitos patrimoniais disponíveis (art. 1º. da Lei 9307)
A Lei 9307 é aplicada por força do art. 769 da CLT.
Lei 8630/1993 para trabalhador avulso deve constituir comissão paritária no âmbito do órgão gestor de
mão-de-obra para a solução de litígios do trabalhador avulso.
Lei 7839 em seu art. 3º dispõe sobre a sentença arbitral.
Lei 10101/2000 prevê arbitragem de ofertas finais para solucionar os conflitos relativos à participação nos
lucros ou resultados.
Lei complementar 75, art, 83, XI permite ao Ministério Público do Trabalho atuar como árbitro.
e. Procedimentos: o árbitro deve ser capaz de respeitar os princípios do contraditório, igualdade das
partes, imparcialidade e do livre convencimento. A decisão expressa deve ser apresentada em seis meses,
com estrutura (relatório, fundamentação da decisão, dispositivos, data e lugar em que foi proferida).
A sentença poderá ser nula no prazo de 90 (noventa) dias quando apontadas nos arts. 32 a 33, caput, e seu
parágrafo primeiro e segundo da Lei 9307/1996.
A sentença arbitral caso não ocorra seu cumprimento tem valor de título executivo judicial (art. 584, VI
do CPC).
Já na Justiça do trabalho prevalece o art. 876 da CLT o que impe a sua execução, não há omissão.
A sentença arbitral estrangeira para ser executada está sujeita unicamente à homologação do Superior
Tribunal de Justiça.
f. Jurisdição
Solução de conflitos por meio de intervenção estatal através do processo judicial, os dissídios individuais
são interpostos pelas Varas do Trabalho já os dissídios coletivos são ajuizados nos Tribunais superiores.
A) As primeiras normas processuais foram inspiradas na França: 1426 até 1776 - Conselho dos Homens
Prudentes (1806) – funções extrajudiciais e posteriormente funções judiciais. SISTEMA PARITÁRIO
Fabricantes da seda e comerciantes e industriais e seus operários.
1803 – Código Municipal e de polícia – conflitos entre industriais e operários eram resolvidos pela
polícia.
18.3.1806 – Conselhos de Prud’hommes – até sessenta francos
Participavam cinco negociantes-fabricantes e quatro chefes de oficinas a partir de 28-5-1848 os
trabalhadores passaram a fazer parte integrante dos Conselhos através de sufrágio universal.
1880 – Presidente e vice-presidente passam a ser eleitos pelo próprio conselho.
1907- admissão de mulheres
Determinadas pela atividade principal do empregador (indústria, comércio, agricultura).
O conselho é renovado a cada três anos pela metade e não há remuneração
Matérias: conflitos individuais decorrentes do contrato de trabalho
Procedimento: Bureaus de conciliação preside audiência de conciliação – frustrada segue para o Bureau
de julgement produção de provas – sentença votada na hora pelos participantes se houver empate na
decisão designa-se o juiz de carreira. Recurso de oposição se a causa for maior que um valor (13.000
francos) apela-se para a Câmara Social da Corte de Apelação – Recurso extraordinário para a corte de
cassação.
Na ausência do Conselho de Prud’homme há o tribunal de Instância. Não tem poder para executar seus
julgados
Dissídios coletivos – conciliação obrigatória em sua ausência arbitragem por terceiro escolhido e na falta
o ministro.
1.1. B) Itália
1878- Conselhos de probiviu inicialmente para o setor econômico da sede e posteriormente em 1893 em
outras categorias possuía um presidente e um vice, nomeado pelo Ministro da Agricultura, da Indústria ou
do Comércio com dois representantes para a conciliação e o tribunal possuía 04 (quatro) membros além
do Presidente e vice-presidente. O recurso era cabível para o juiz de paz da cidade e outro para a Corte de
Cassação.
1925 a 1928 – surge a magistratura do trabalho (órgão jurisdicional estatal) com poder normativo para
dirimir controvérsias trabalhistas quer individual que coletiva.
Dissídios coletivos: uma turma especial do tribunal de apelação, três membros assistidos por dois peritos.
Dissídios individuais: Tribunal com assistência de dois cidadãos peritos.
C) Espanha
1908 – Tribunais industriais (01 juiz de carreira, 01 presidente, seis jurados) – extinto em 1912
Comitês Paritários – questões individuais e coletivas entre patrões e operários extintos em 1931
1931 – Juizados Mistos – um presidente, um secretário e representante dos empregados e empregadores
extinto em 1935.
1940 - Justiça do Trabalho
1966 e 1973 – Juntas de conciliação sindical – órgão administrativo (obrigatório)
Magistratura do Trabalho – primeira instância e na falta juízes municipais.
Tribunal Central do Trabalho – segunda instância
Tribunal Supremo – última instância
Competência: dissídios individuais e coletivos quando remetidos pelo Poder Executivo julga acidente do
trabalho e previdência social.
12.2. No Brasil
1ª. FASE: FEIÇÃO ADMINISTRATIVA
a) Feição administrativa na solução de conflitos
1907 – Conselhos Permanentes de Conciliação e arbitragem
Primeira instância:
Juntas de Conciliação e Julgamento ou Juízes de Direito
Segunda instância:
Conselhos Regionais do Trabalho: Justiça do Trabalho
Previdência Social
Terceira instância:
Conselho Nacional do Trabalho