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MARIA, brasileira..., casada..., do lar..., inscrita sob o CPF nº ..., portadora da cédula
de RG de nº...., residente e domiciliada na rua Bérgamo 123, apto. 205, na cidade
de Araçatuba, estado de São Paulo, ora representada por seu Patrono advogado...,
inscrito na OAB sob o nº .../PI, possuidor do endereço eletrônico..., no qual recebe
intimações, sob égide dos arts. 186, 927 e 948 do Código Civil de 2002.
I. DOS FATOS
Inicialmente, cumpre ressaltar que se trata de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS em decorrência do falecimento de Marcos (cônjuge
da parte autora) devido a atitude imprudente do réu ROBERTO a seguir exposta.
Ao transitar por uma rua de Recife, estado de Pernambuco, Marcos foi atingido por
um aparelho de ar-condicionado que ora estava sendo elevado, de forma
imprudente, pelo comerciante ROBERTO. Em decorrência disso, à vítima careceu
de cuidados médicos urgentes devido a intensidade do choque do aparelho com o
crânio da vítima. Neste sentido, nota-se que, infelizmente, Marcos veio a óbito em
virtude do ocorrido..
Em razão do fato ilícito de ROBERTO, Marcos foi mantido internado durante um dia
em um hospital particular, entretanto, não resistiu aos danos. Dessa internação,
portanto, restaram as despesas relativas às custas hospitalares e não obstante,
como consequência, as despesas com o transporte e a cerimônia fúnebre. Diante
disso, restou a quantia de R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS) a título das despesas
hospitalares, bem como mais R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS) em razão das
despesas com o funeral.
Anota-se ainda que a parte Autora não pode suportar com tais despesas em razão
da sua inviabilidade financeira.
II. FUNDAMENTOS
Consoante ao descrito no código civil, temos jurisprudências sobre o assunto
parecido ao narrado:
III. DO DIREITO
Sob o amparo do parágrafo único do art. 12 do Código Civil de 2002, os direitos da
personalidade, em se tratando de pessoa falecida, podem ser exigidos cônjuge
sobrevivente bem como qualquer parente em linha reta ou colateral até quarto grau.
Nos termos:
“Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Neste sentido, concede a legitimidade ativa para o cônjuge sobrevivente para cobrar
os danos materiais e morais relativos ao evento danoso que resultar em morte da
vítima, sob a fundamentação que esta é lesada indireta da conduta ilícita, tratando-
se de um direito próprio da parte em decorrência da sua dor e sofrimento reflexos à
conduta delitiva caracterizando, assim, o instituto jurídico do Dano Reflexo ou por
Ricochete.
Dispõe ainda a legislação nacional, na latitude do art. 948, I, do atual Código Civil a
seguinte regra na cobrança da indenização. A saber:
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras
reparações:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito”
Cabe pontuar que em relação ao dano moral sofrido não há como mensurar sua
extensão, pois o dissabor experimentado por cada indivíduo é exclusivo, não
havendo parâmetros objetivos para sua caracterização. No entanto, é inegável que
a experiência da viuvez precoce seja imensamente dolorosa, pois perder quem se
ama é como perder uma parte de si mesmo.
Por outro lado, sabe-se ainda que a vítima era a responsável pela subsistência
familiar, suportando com as forças do seu salário todas as despesas relativas ao lar,
como alimentação, vestuário, higiene e demais despesas naturais e inerentes ao
núcleo familiar. Desse modo, a Legislação Pátria, com precisão cirúrgica, revela a
responsabilidade do autor do dano em indenizar em prestação de alimentos os
herdeiros do falecido na seguinte forma:
Diante disso, não restam dúvidas que provada a autoria do dano, ainda que por
culpa, cabe a este indenizar a vítima, ou como neste caso aqueles que suportam a
dor de sua memória, nos parâmetros legais.
III - Ademais, cumpre analisar o art. 938 do Código Civil, que dispõe acerca da
responsabilidade em razão das coisas caídas de prédio.
“Art. 938. Aquele que habitar o prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”
IV - Não restam dúvidas de que o REQUERIDO deve ser responsabilizado pelo ato
ilícito cometido, uma vez que não agiu com o devido cuidado, e por sua falta de
zelo.
e) A citação do Réu nos endereços fornecidos para que, no prazo legal, caso
entenda necessário apresentar sua defesa, sob pena de revelia;
Ressalto que se pretende provar todo o alegado mediante todos os meios de prova
em direito admitidos.
Advogada
MARIA CONCEIÇÃO,
OAB xxx.xxx.