Você está na página 1de 6

256

CHAVES, N. S. T. et al.

SURTO DE CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA EM OVINOS CAUSADA


POR Moraxella spp. NO ESTADO DE GOIÁS, Brasil

Nilo Sérgio Troncoso Chaves,1 Aline Maria Vasconcelos Lima2 e


Andréia Vítor Couto Amaral2
1. Professor titular – Departamento de Medicina Veterinária EV/UFG
2. Pós-graduandas de Doutorado em Ciência Animal pela EV/UFG

RESUMO

Este trabalho descreve um surto de ceratocon- pomada oftálmica de cloridrato de oxitetraciclina para uso
juntivite infecciosa ovina (CCI), em 100 dos 140 ovinos local e cloridrato de oxitetraciclina LA injetável, tanto para
existentes, no município de Quirinópolis, GO. O isola- os animais doentes como para o restante do rebanho; 3.
mento da Moraxella spp foi feito por meio de cultura nos profilático, por meio de vacina comercial contra a cerato-
Laboratórios de Microbiologia do Centro de Pesquisa de conjuntive infeciosa e combate às moscas. A recuperação
Alimentos da Escola de Veterinária da Universidade Federal da maioria dos animais minimizou as perdas econômicas
de Goiás (APA/EV-UFG) e do Departamento de Medici- e evitou a disseminação da enfermidade na propriedade e
na Veterinária da Escola de Veterinária da Universidade para outras fazendas. No Brasil, existem poucos estudos a
Federal de Goiás (DMV/EV-UFG). O controle do foco na respeito de surtos de CCI em ovinos, o que motivou a re-
propriedade envolveu os protocolos: 1. higiênico, com o alização deste trabalho, diante da escassez de informações
isolamento em ambiente de pouca luminosidade, repouso sobre essa doença ocular, causada pela Moraxella spp, em
e alimentação adequada; 2. medicamentoso, mediante o ovinos, no estado de Goiás, Brasil.
uso de solução fisiológica 0,9% para a lavagem dos olhos,
PALAVRAS-CHAVES: Ceratoconjuntivite infecciosa, Moraxella spp, ovinos.

ABSTRACT

INFECTIOUS KERATOCONJUNTIVITIS OUTBREAK IN OVINES DUE TO Moraxella spp


IN STATE OF GOIÁS, BRAZIL

This article reports an infectious keratoconjuntivitis application oxytetracyclin chloridrate ophtalmic ointment
outbreak in sheeps (OKC) situated in Quirinopólis Goiás, and intramuscular injection of long-acting oxytetracyclin
where raised 140 ovines for slaughter and from these 100 chloridrate in ill and healthy animals; 3. preventive – use of
became ill. Moraxela bovis isolation was done in culture commercial vacine against OKC and fly control. Recovery
medium in the Food Analysis Center and Microbiological of the great part of animals minimized the damages
Latoratory of Veterinary Medicine Department, both from and avoid the disease spreading on this farm and others
the Veterinary College of Goiás Federal University. The surrounding properties. In Brazil, there are few studies
disease focus control envolved the following protocol: 1. about OKC outbreaks. The incentive to carry out this study
hygienics – animal quarantine in low luminosity ambient, was the scarceness of data related to this serious ocular
rest and appropriate food; 2. medicamentous – eye deasease caused by bacterium Moraxela spp. in ovines in
washing with 0,9% sodium chloride solution followed by state of Goiás.
KEY WORDS: Keratoconjuntivitis, Moraxella spp,.sheep.

Ciência Animal Brasileira , v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008


Surto de ceratoconjuntivite infecciosa em ovinos causada por Moraxella spp., no Estado de Goiás, Brasil 257

INTRODUÇÃO ACIPRESTE (2004) e CHAVES (2004).


A doença é mais freqüente na época chu-
A ceratoconjuntivite infecciosa dos rumi- vosa ou quando há o aumento da população de
nantes é conhecida também por “Olho rosado moscas. A transmissão pode ocorrer por conta-
e doença de New Forest”. Constitui-se numa to direto entre os animais doentes e sadios, por
doen­ça cosmopolita, sazonal e acomete bovinos, moscas ou outros insetos, fômites e pelas mãos
caprinos e ovinos sem distinção de raça, idade dos tratadores (CHAVES & ACIPRESTE, 1998;
e sexo, embora os animais mais jovens e mais CHAVES & ACIPRESTE, 2004; CHAVES,
velhos sejam mais susceptíveis. Os animais aco- 2004). Fatores predisponentes como poeira, gra-
metidos desenvolvem imunidade natural que vai vetos, forragem seca, vento, luz ultravioleta po-
diminuindo a partir de dois anos e podem se in- dem lesar superficialmente o olho dos animais
fectar novamente. Esta enfermidade contagiosa e predispor para o início do processo infeccioso
é causada pela Moraxella spp, um diplococo, (CHAVES & ACIPRESTE, 1998; CHAVES &
aeróbico, gram-negativo, e somente aqueles mi- ACIPRESTE, 2004; CHAVES, 2004). As perdas
croorganismos hemolíticos que possuem pili são econômicas resultantes da doença são, essen-
capazes de desenvolver a enfermidade, pois ade- cialmente, perda de peso, custos com medica-
rem à córnea produzindo necrose epitelial e no ção, tempo e manejo requerido para o tratamen-
estroma, por meio de dermonecrolisinas e hemo- to (CHAVES & ACIPRESTE, 1998; GELLAT,
lisinas associadas com as colagenases inflamató- 2003; CHAVES & ACIPRESTE, 2004; CHA-
rias (CHAVES & ACIPRESTE, 1998; CHAVES VES, 2004).
& ACIPRESTE, 2004; CHAVES, 2004). Uma ampla variedade de microrganismos
No Brasil, existem poucos estudos a res- tem sido encontrada associada à doença (JONES
peito de surtos de CCI em ovinos. Este trabalho et al., 1976; EGWU et al., 1989; CHAVES &
objetivou descrever um surto de ceratoconjun- ACIPRESTE, 1998; CHAVES & ACIPRESTE,
tivite infecciosa em ovinos no estado de Goiás, 2004; CHAVES, 2004). Bactérias como Stafilo-
Brasil, causada pela Moraxella spp. cocos aureus, Brahmella ovis, Escherichia coli e
A ceratoconjuntivite infecciosa (CCI) é Acholeplasma foram encontrados na flora conjun-
a doença ocular mais comum em ruminantes tival tanto de animais sadios quanto de animais
domésticos (DaMASSA et al.,1992; MAYER com CCI (EGWU et al., 1989).
et al.,1997; CHAVES & ACIPRESTE, 1998; Estudos epidemiológicos envolvendo a
CHAVES & ACIPRESTE, 2004; CHAVES, CCI em ovinos têm incriminado o Mycoplasma
2004). A CCI ovina tem sido observada em conjunctivae como o mais provável agente etio-
rebanhos de várias partes do mundo, podendo lógico da doença. No entanto, sua inter-relação
ocorrer isolada ou concomitantemente a outras com outras espécies bacterianas e seu papel na
doenças oculares (RENDER & CARLTON, patogênese permanecem obscuros, bem como
1998). É caracterizada por reação inflamatória o de fatores ambientais que podem predispor à
aguda da conjuntiva, seguida por hiperemia da doença (EGWU et al., 1989; DAGNALL, 1994b;
esclera, lacrimejamento, fotofobia e secreção HOSIE & GREIG, 1995; RODRIGUES et al.,
ocular (OSUAGWUH & AKPOKODJE, 1979; 1996; RUFFIN, 2001; ALMEIDA NETO et al.,
DAGNALL, 1994a). Outras alterações obser- 2004). NADALINI et al. (1991) relataram casos
vadas na maioria dos ovinos afetados incluem de CCI ovina causada por Neisseria ovis.
conjuntivite folicular, opacidade da córnea Surto de ceratoconjuntivite infecciosa ovina
com vascularização, ulceração, pannus e irite causada por Moraxella spp associada à Chla-
(RENDER & CARLTON, 1998), além de fe- mydia psittaci foi descrito por TRAVNICEK et
bre, anorexia, oftalmalgia, oftalmorréia, epí- al. (1982).
fora e úlceras de córnea também descritas por TER LAAK et al. (1988) identificaram a
CHAVES & ACIPRESTE (1998), CHAVES & Moraxella spp e Mycoplasma conjunctivae como

Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008


258 CHAVES, N. S. T. et al.

agentes concomitantes em casos de CCI ovina na animais, de um rebanho de 140, no município de


Holanda. Quirinópolis, GO. O animal examinado apresen-
SOTO-BLANCO et al. (1999) relataram um tou febre, anorexia, perda de peso, congestão dos
surto de ceratoconjuntivite e pneumonia causado vasos episclerais, quemose, leucoma, secreção
por Moraxella bovis em caprinos. ocular, dor ocular, lacrimejamento, blefaroespas-
CHAVES & ACIPRESTE (1998), CHA- mo, úlcera de córnea e aglutinação de pêlos da
VES & ACIPRESTE (2004), CONCEIÇÃO & região periocular, sinais e sintomas estes também
TURNES (2003) e CHAVES citado por TAVA- relatados naqueles doentes na propriedade. Para
RES (2004) distinguiram a Moraxella spp como identificação do agente etiológico, foram colhi-
o principal agente responsável pela CCI em das duas amostras utilizando zaragatoas estéreis
ruminantes. CHAVES & ACIPRESTE (1998), friccionadas junto ao terço médio do saco conjun-
CHAVES & ACIPRESTE (2004) e CHAVES tival inferior, uma no olho direito e outra no olho
(2004) apontaram sete sorogrupos diferentes, sen- esquerdo do animal internado. Encaminhou-se
do que apenas aqueles hemolíticos que possuem o material aos laboratórios do Departamento de
pili são capazes de desenvolver a enfermidade, Medicina Veterinária da Escola de Veterinária da
pois aderem à córnea produzindo necrose epite- Universidade Federal de Goiás (DMV/EV-UFG)
lial e no estroma, por meio de dermonecrolisinas e do Centro de Pesquisa de Alimentos da Escola
e hemolisinas associadas com as colagenases de Veterinária da Universidade Federal de Goiás
inflamatórias. (CPAA/EV-UFG), para análise microbiológica.
OLIVEIRA (1994) e GUERREIRO et al. As amostras de secreção colhidas foram
(1984) descreveram as técnicas de isolamento e submetidas à cultura e testes de sensibilidade
testes bioquímicos para identificação da Mora- a antibióticos utilizando-se a técnica de Kirby-
xella spp, além do antibiograma para a seleção Bauer e testes bioquímicos de oxidase, catalase,
de antibióticos. hemólise, carboidratos, gelatinase, citrato, uréia,
O protocolo de tratamento para a cerato- fenilalanina. A amostra também foi avaliada
conjuntivite infeciosa envolve o isolamento em quanto ao crescimento a 42o, e no meio ágar Mac
ambiente de pouca luz, repouso e alimentação Conkey, para identificação do agente etiológico
adequada. O uso de antitérmicos, antissépticos causador do referido surto de CCI no rebanho
para limpeza ocular, antibióticos locais em forma ovino (GUERREIRO et al., 1984; OLIVEIRA,
de colírios ou pomadas, injeções subconjuntivais 1994).
ou parenterais, midriáticos, substâncias antico- As amostras processadas no laboratório do
lagenolíticas são úteis como tratamento medica- CPA/EV-UFG revelaram a presença de cultura
mentoso. Vacinas comerciais ou autógenas podem pura de Moraxella spp (Figura 1). Já aquelas pro-
ser utilizadas. Deve ser intensificado o combate cessadas no DMV/EV-UFG revelaram, além da
aos vetores. Recobrimentos conjuntivais sobre as Moraxella spp, também a presença de Staphylo-
úlceras de córneas, ceratorrafias e enucleações são cocus aureus e Escherichia coli. O antibiograma
práticas cirúrgicas que podem ser necessárias, de mostrou que a Moraxella spp foi sensível in vitro
acordo com a gravidade das lesões (CHAVES & a tetraciclina, cloranfenicol, trimetropim-sulfa-
ACIPRESTE, 1998; CHAVES & ACIPRESTE, metaxazol, neomicina, penicilina, gentamicina
2004; CHAVES, 2004). e ofloxacina. Os microorganismos coadjuvantes,
por sua vez, apresentaram sensibilidade inter-
RELATO DO CASO mediária, também in vitro, para a enrofloxacina,
cloranfenicol e amoxicilina. Nos testes bioquími-
Em setembro de 2005, o Serviço de Oftal- cos realizados, constataram-se reações positivas
mologia da Escola de Veterinária da Universidade para oxidase, catalase e gelatinase e crescimento
Federal de Goiás recebeu um ovino acometido por em ágar Mac Conkey. As avaliações quanto à
uma doença ocular que estava ocorrendo em 100 hemólise, carboidratos, citrato, uréia, fenilalanina

Ciência Animal Brasileira , v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008


Surto de ceratoconjuntivite infecciosa em ovinos causada por Moraxella spp., no Estado de Goiás, Brasil 259

e crescimento a 42oc foram negativas. Os testes internado, porém, para facilitar o manejo, subs-
bioquímicos revelaram características bioquími- tituiu-se a pomada comercial de tetraciclina por
cas da Moraxella spp. outra manipulada magistralmente de cloridrato de
O protocolo de tratamento para o animal oxitetraciclina 4%, feita em recipientes maiores.
internado no HV/EV-UFG foi o isolamento em Recomendou-se, também, o uso da vacina comer-
ambiente de pouca luminosidade, repouso e ali- cial contra a ceratoconjuntive infeciosa, por via
mentação adequada e uso de solução fisiológica parenteral (KEVAC – Irfa Química e Biotecno-
0,9% (solução de NaCl 0,9% – Laboratório Halex logia Industrial – Rio Grande do Sul) e combate
Istar – Goiânia) para a lavagem dos olhos, pomada às moscas. Até dois meses depois das medidas
oftálmica de cloridrato de oxitetraciclina (terra- higiênicas, terapêuticas e profiláticas adotadas na
micina pomada oftálmica – Laboratório Pfiser propriedade e no rebanho, havia alguns animais
Ltda. – São Paulo) para uso local e cloridrato de doentes, mas em recuperação. Houve também
oxitetraciclina LA injetável (Oxitape L.A. – La- perdas oculares naqueles animais com a doença
boratório Hertape – Minas Gerais). Para todos os crônica, tardiamente submetidos ao protocolo de
animais doentes na propriedade, foi prescrito o tratamento.
mesmo protocolo de tratamento feito no animal

Figura 1. Cultura Moraxella spp. Coloração de Gram (1000 X).

DISCUSSÃO naqueles descritos por DaMASSA et al. (1992),


MAYER et al. (1997), CHAVES & ACIPRESTE
(1998), CHAVES & ACIPRESTE (2004) e CHA-
Dados epidemiológicos como distribuição VES citado por TAVARES (2004). Porém, no sur-
geográfica, sazonalidade; fatores predisponen- to descrito neste trabalho não foram identificadas
tes, agentes transmissores, espécies, raça, sexo e outras doenças oculares concomitantes conforme
idade dos animais se enquadraram perfeitamente sugeriram RENDER & CARLTON (1998).

Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008


260 CHAVES, N. S. T. et al.

O conjunto dos sinais clínicos gerais e de vacina comercial contra a ceratoconjuntivite


oculares apresentados pelos animais acometidos infeciosa adotado para os ovinos doentes – faz
pelo surto de CCI estão de acordo com os descri- parte do protocolo de tratamento preconizado
tos por OSUAGWUH & AKPOKODJE (1979), por CHAVES & ACIPRESTE (1998), CHAVES
DAGNALL (1994a), CHAVES & ACIPRES- & ACIPRESTE (2004) e CHAVES (2004). Por
TE (1998), CHAVES & ACIPRESTE (2004) e uma questão de manejo e por serem muitos ani-
CHAVES (2004). Já alterações como foliculite, mais doentes, não foram feitas recomendações
pannus e irite, descritos por RENDER & CARL- para o uso de cicloplégicos, anticolagenolíticos
TON (1998), não foram encontradas. e nem foi elaborada vacina autógena. Não se fez,
As condições para colheita de amostras de também, solicitação por parte do proprietário para
secreção no saco conjuntival, as técnicas de isola- intervenções cirúrgicas circunstanciais, como
mento e os testes bioquímicos para identificação recomendado pelos mesmos autores.
do microrganismo responsável pela enfermidade Não se mensuraram as perdas econômicas
e o antibiograma para a seleção de antibióticos resultantes da perda de peso, dos custos com me-
foram rigorosamente seguidos segundo as prescri- dicação e com o médico veterinário, do tempo e
ções de OLIVEIRA (1994) e GUERREIRO et al. do manejo requeridos para o tratamento da CCI
(1984), embora a Moraxella spp tenha crescido no neste trabalho, conforme descrito por CHAVES &
meio de cultura Mac Conkey demonstrando não ACIPRESTE (1998), GELLAT (2003), CHAVES
ser a Moraxella bovis. Faltaram outros testes para & ACIPRESTE (2004) e CHAVES (2004).
que fosse possível a tipificação do sorogrupo.
Os resultados obtidos por meio da técnica CONCLUSÃO
de isolamento e testes bioquímicos no laborató-
rio do CPA/EV-UFG revelaram cultura pura de A descrição, bem como o controle deste
Moraxella spp, fatos citados por CHAVES & surto de ceratoconjuntivite infecciosa em ovinos
ACIPRESTE (1998), SOTO-BLANCO (1999), no Centro-Oeste, chama a atenção para uma doen­
CONCEIÇÃO & TURNES (2003), CHAVES & ça de impacto econômico negativo e que vem se
ACIPRESTE (2004) e CHAVES (2004). No la- alastrando, silenciosamente, onde não existia. Tal
boratório do DMV/EV-UFG, foram identificados fato exige um rígido trabalho de vigilância epi-
também Moraxella spp e Staphylococcus aureus e demiológica para impedir que a doença se torne
Escherichia coli, coincidindo com as informações endêmica na região.
de EGWU et al. (1989).
O Mycoplasma conjunctivae descrito por
EGWU et al. (1989), DAGNALL (1994b), HOSIE REFERÊNCIAS
& GREIG (1995), RODRIGUEZ et al. (1996),
ALMEIDA NETO, J. B.; SÁ, F. B.; BUZINHANI, M.;
RUFFIN (2001), ALMEIDA NETO et al. (2004) TIMENETSKY, J.; MOTA, R. A.; ALMEIDA, M. Z.
e TER LAAK et al. (1988); a Neisseria ovis, por Ocorrência de Mycoplasma conjunctivae em ovinos sadios
(NADALINI et al. (1991, e a Chlamydia psittaci, e com ceratoconjuntivite infecciosa, no estado de Pernam-
por TRAVNICEK et al. (1982), que foram incri- buco. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 71,
minados isoladamente ou associadas à Moraxella n. 1, p.  79-81, jan.-mar., 2004.
spp como agentes da ceratoconjuntivite infeciosa
CHAVES, N. S.T. Olho rosado. In: TAVARES, E. Sanidade.
em ovinos, não foram isoladas neste trabalho. DBO, São Paulo, p. 132-133, out. 2004. [Entrevista]
O conjunto de medidas higiênicas, te-
rapêuticas e profiláticas – como o isolamento CHAVES, N. S. T.; ACIPRESTE, C.S. Ceretoconjuntivi-
dos animais doentes, controle de moscas, o uso te infeciosa bovina. Ano III, n. 1, p. 1-4, janeiro, 1998.
da solução de NaCl 0,9% para a lavagem dos [Informativo].
olhos, o cloridrato de tetraciclina LA injetável
CHAVES, N. S. T.; ACIPRESTE, C. S. Peste do olho.
e em forma de pomada oftálmica e a aplicação Cultivar Bovinos, Londrina, p. 30-31, jun. 2004.

Ciência Animal Brasileira , v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008


Surto de ceratoconjuntivite infecciosa em ovinos causada por Moraxella spp., no Estado de Goiás, Brasil 261

inAlpine ibex. Journal Wild Disease, v. 33, p.413- 419,


CONCEICAO, F. R.; GIL, T. C.. Moraxella bovis: influence 1997.
of genotypic and phenotypic characteristics on infectious
bovine keratoconjunctivitis control. Ciência Rural, v. 33, NADALINI, G. MICHELIN, L. A.; PAVAN, C.; MORENO,
n. 4, p. 779-788, jul.-ago. 2003. ISSN 0103-8478. C. Q.; LOPES, C. A.; MORENO, G. Neisseria ovis em
ovinos. Revista de Ciências Biomédicas, p. 61-67,
DAGNALL, G. R. J. Use of exfoliative cytology in the 1991.
diagnosis of ovine keratoconjunctivitis. Veterinary
Record, v. 135, p. 127-130, 1994a. OLIVEIRA, J. S. Guia bacteriológico prático:
microbiologia veterinária. Canoas: Editora Ulbra, 1994.
DAGNALL, G. R. J. The role of Branhamella ovis, 142 p.
Mycoplasma conjunctivae and Chlamydia psittaci in
conjunctivitis of sheep. British Veterinarz Journal, v. OSUAGWUH, A. I. A.; AKPOKODJE, J. U. Infectious
150, p. 65-71, 1994b. keratoconjunctivitis in goats and sheep in Nigeria.
Veterinary Record v.105, p.125-126, 1979.
DaMASSA, A. J.; WAKENELL, P. S.; BROOKS, D. L..
Mycoplasmas of goats and sheep. Journal of Veterinary RENDER, J. A.; CARLTON, W. W. Patologia do Olho
Diagnostic Investigation, v. 4, p. 101-103, 1992. e do Ouvido. IN: CARLTON, W. W.; McGAVIN, M.
D. Patologia veterinária especial de Thomson. Porto
EGWU, G. O; FAULL, W. B.; BRADBURY, J. M.; Alegre: Artmed, 1998. p. 590-636.
CLARKSON, M. J. Ovine infectious keratoconjunctivitis:
a microbiological study of clinically unaffected and RODRIGUEZ J. L.; POVEDA, J. B.; RODRÍGUEZ F.;
affected sheep’s eyes with special reference to Mycoplasma ESPINOSA DE LOS MONTEROS, A. RAMÍREZ, A. S.;
conjunctivae. Veterinary Record, v. 125, p.253-256, FERNÁNDEZ, A. Ovine infectious keratoconjunctivitis
1989. caused by Micoplasma agalactiae. Small Ruminant
Research, v. 22, p. 93-96, 1996.
GELLAT, K. N. Manual de oftalmologia veterinária. São
Paulo: Manole, 2003. 594 p. RUFFIN, D. C. Mycoplasma infections in small ruminants.
Veterinary Clinical North America – Large Animal
GUERREIRO, M. G.; OLIVEIRA, S. J.; SARAIVA, D.; Practice, v. 17, p. 315-332, 2001.
WIEST, J. M.; LIEBERKNECHT, F.; POESTER, P. F.;
DIAS, J.C.A.; FERNANDES, J. C. T.; LANGELOH, SOTO-BLANCO, B.; MAIORKA, P. C. GANIRO Jr., F.;
A.; BAPTISTA, J. H. P. P. Bacteriologia especial com GÓRNIAK, S. L. Relato de um surto de ceratoconjuntivite
interesse em saúde animal e saúde pública. Porto Alegre: e pneumonia em caprinos provocado por Moraxella
Jucina. 1984. 494 p. bovis. In: ENCONTRO NACIONAL DE PATOLOGIA
VETERINÁRIA (ENAPAVE), 9., 1999, Belo Horizonte.
HOSIE, B. D. & GREIG, A. Role of oxytetracicline Anais... Belo Horizonte, 1999.
dihidrate in the treatment of Mycoplasma-associated ovine
keratconjunctivitis in lambs. British Veterinary Journal, TER LAAK, E. A.; SCHREUDER, B. E.; SMITH-BUYS,
v.151, p.83-88,1995. C. M. The occurrence of Mycoplasma conjunctivae
in the Netherlands and its association with infectious
JONES, G. E.; FOGGIE, A.; SUTHERLAND, A.; keratoconjunctivitis in sheep and goats. Veterinary
HARKER, D. Mycoplasma and ovine keratoconjunctivitis. Quarterly, v. 10, n. 2, p.73-83, Apr, 1988.
Veterinary Record, v. 99, p.137- 141, 1976.
TRAVNICEK, M.; DRAVECKY, T.; BALASCAK, J.
MAYER, D.; DEGIORGIS, M. P.; MEIER, W.; et al. Isolation of Chlamydia psittaci and Moraxella bovis from
Lesions associated with infectious keratoconjunctivitis infectious keratoconjunctivitis in lambs. Veterinary
Medicine (Praha). v. 27, n. 8, p. 491-496, 1982.

Protocolado em: 7 jun. 2006. Aceito em: 27 set. 2006.

Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 1, p. 256-261, jan./mar. 2008

Você também pode gostar