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16
da Termodinâmica) e a maximização da desordem está associada à evolução do
20
sistema. Não se pode estabelecer uma analogia direta quando se trata da evolução de
SP a
escoamento laminar para turbulento. A literatura é rica em exemplos fenomenológicos
U nci
mostrando que no caminhamento para a transição, a partir das perturbações lineares,
EP ulê
formam-se estruturas de coerência, que são caracterizadas por organização espacial, ou
rb
por certo padrão de ordem. Essas estruturas de coerência devem ser consideradas como
z Tu
parte do processo turbulento, mas sua previsibilidade no tempo e no espaço não é
O da
idéias não são novas e Lucrecius já as usava ao procurar interpretar o Universo (apud
of un
SERRES, 1967). Em outras palavras, estruturas coerentes emergem do caos sob a ação
Pr 5-F
da turbulência, o que pode ser combinado com a idéia de coerência de estruturas e com
a aplicação da teoria dos sistemas dinâmicos.
PM
16
resolver um escoamento turbulento basta resolver a equação de Navier-Stokes (FOIAS
20
ET AL, 2001). É por isso que uma das prioridades científicas do século XXI é a solução
SP a
da equação de Navier – Stokes para qualquer número de Reynolds. Enquanto essa meta
U nci
não é alcançada preferimos definir um escoamento com natureza turbulenta, como
EP ulê
aquele que apresenta as seguintes características, conforme discutido em Tennekes e
rb
Lumley (1987): z Tu
O da
tempo não possam ser previstas, embora um razoável grau de coerência seja
e
.J d
escoamentos turbulentos.
PM
16
20
SP a
U nci
Figura 4.1. Visualização da instabilidade de um jato axissimétrico
EP ulê
desenvolvendo-se para um escoamento turbulento.( Extraído de VAN DIKE,
rb
1982)
z Tu
O da
têm surgido com relação a esse assunto. Nas simulações numéricas das
Pr 5-F
16
•
20
Dissipação: Os escoamentos turbulentos são dissipativos, ou seja, as tensões
viscosas realizam trabalho de deformação que aumenta a energia interna do
SP a
U nci
fluido à custa da energia cinética de turbulência. A turbulência necessita,
portanto, de um contínuo suprimento de energia, caso contrário ela decai
EP ulê
rapidamente.
•
rb
Contínuo: A turbulência é um fenômeno que se enquadra dentro da
z Tu
Mecânica dos Meios Contínuos. Mesmo as menores escalas dos escoamentos
O da
molecular.
rti
16
20
SP a
U nci
EP ulê
rb
z Tu
O da
conforme reproduzido na figura 4.3 extraída de Briggs & David Peat (1989). A
observação da figura mostra um movimento laminar inicial da água em torno do leito
Pr 5-F
rochoso para vazões baixas, sendo que as linhas de corrente passam por esse leito sem
32
16
20
SP a
U nci
EP ulê
rb
z Tu
O da
P. tos
rti
m en
ay am
e
.J d
of un
Pr 5-F
32
E5
PM
16
4.3. O Conceito de Turbulência Plena e Livremente Desenvolvida
20
SP a
U nci
A turbulência é plenamente desenvolvida quando está livre de se desenvolver
EP ulê
sem a imposição de constraints ao escoamento, entendendo-se como constraints
fronteiras de qualquer tipo, forças externas ou a própria viscosidade, que definem as
rb
maiores escalas de turbulência. Dessa forma, só poderíamos pensar em uma estrutura
z Tu
universal da turbulência nas pequenas escalas, quando a viscosidade não tem um papel
O da
para altos números de Reynolds, em termos das maiores escalas (escalas energéticas),
ay am
vorticidade das menores escalas, que nesses casos são maiores que as taxas relativas ao
movimento das maiores escalas. É isso que caracteriza a Turbulência e a diferencia do
Processo Caótico, caracterizado para menores valores de Re, onde, a taxa de
deformação das menores escalas é menor do que das maiores escalas, ocorrendo, nesse
caso, dissipação direta, não podendo a estrutura das menores escalas ser considerada
universal.
A turbulência de grade gerada em um túnel de vento é normalmente referenciada
como um caso clássico de turbulência livre, visto que nesse caso não há interação entre
o escoamento médio gerado pelas malhas, que é aproximadamente uniforme, e a
86
16
certo intervalo de tempo, percebe-se que a turbulência é dominada pelas maiores
20
escalas, com turbilhões com rotação mais lenta e com menores freqüências (estágio iii).
SP a
A turbulência na atmosfera terrestre e nas atmosferas geofísicas (Jupiter,
U nci
Saturno), que se originam com grandes escalas integrais são as que mais se aproximam
EP ulê
de uma turbulência plena e universalmente desenvolvida.
rb
Na turbulência desenvolvida em shear-flows com predominância de um
z Tu
escoamento médio unidimensional (escoamento em camada limite, esteiras, jatos
O da
grade.
m en
ay am
e
.J d
of un
Pr 5-F
32
E5
PM
16
4.4.1. Método Determinístico
20
Se em um determinado escoamento turbulento conhecem-se as posições iniciais
SP a
U nci
e as velocidades num dado instante (t0) para todas as escalas do escoamento, então
existe somente um estado possível para o escoamento em um instante qualquer t> t0.
EP ulê
Matematicamente, significa utilizar a equação de Navier-Stokes para resolver o
rb
escoamento, o que conduz a uma única solução em um determinado instante. Sabe-se
z Tu
que isto hoje é impossível visto que para altos valores de Reynolds com pequenas
O da
numérica como LES – Large Eddies Simulation tem permitido a previsão da forma a
m en
partir da reprodução direta das maiores escalas de turbulência, mas não a previsão da
ay am
16
4.4.3. Análise Dimensional
20
SP a
A teoria de Kolmogorov de 1941 que será discutida a seguir, nada mais é do que
U nci
uma série de relações obtidas com o auxílio da análise dimensional, sendo uma
EP ulê
ferramenta muito importante para o estudo da turbulência.
rb
z Tu
O da
trabalho que deu origem a uma nova teoria para o entendimento da turbulência, teoria
e
.J d
essa que foi apresentada a partir da postulação das hipóteses básicas, mencionadas a
of un
seguir. A partir dessa data, ao longo de quase 70 anos, esta teoria tem sido discutida e
Pr 5-F
algumas vezes contestada, principalmente por ser considerada pelos seus críticos, não
32
como um teoria universal, mas sim como um conjunto de hipóteses baseadas na análise
E5
dimensional. Frisch (1995) discute em detalhe essa teoria tratada por ele como K41.
PM
16
escala tem uma pequena distância a percorrer de maneira a se ajustar às mudanças
20
circunstanciais; tal ajuste pode ocorrer em um curto espaço de tempo comparado com o
SP a
tempo para o decaimento, e, portanto, as mudanças podem ser consideradas
U nci
independentes do constraint que gerou a turbulência.
EP ulê
Essa hipótese, conhecida como “hipótese de equilíbrio universal”, é tanto mais
rb
verdadeira quanto maior o número de Reynolds, quando o movimento nas pequenas
z Tu
escalas seria universal e semelhante para qualquer escoamento turbulento com altos
O da
Kolmogorov
e
.J d
of un
da viscosidade ν”.
PM
=ε (4.1)
τ 3 (l )
Portanto, de acordo com a segunda hipótese de Kolmogorov, universaliza-se o
espectro de turbulência na zona inercial, podendo ser representado pela seguinte
16
equação:
20
2 −5
E (κ ) = Cε 3 κ 2
(4.2)
SP a
sendo k, o número de onda (inverso do comprimento de onda) relativo a escala de
U nci
turbulência e C uma constante universal adimensional, normalmente adotada igual a
EP ulê
unidade. Landau e Lifshitz contestaram em seu livro de Mecânica dos Fluidos, cuja
rb
primeira edição foi lançada em 1944, o caráter de universalidade da Teoria de
z Tu
Kolmogorov (ver LANDAU & LIFSHITZ-1989), mas suas contestações não resistiram a
O da
A figura 4.5 é uma representação teórica dos espectros de número de onda E(k) e k2E(k)
ay am
estatístico, o movimento das pequenas escalas tem uma forma universal que é
unicamente determinado pela viscosidade do fluido ν, pela taxa de dissipação por
unidade de massa ε e pela escala integral l”. A partir de uma simples interpretação
dimensional o espectro de energia neste caso (ver BARENBLATT E CHORIN, 1998),
resulta:
−1
F (κ ) = 2 Re κ 2 E (k )
16
(4.3)
Para altos valores de Re pode-se se esperar altos valores de κ antes que o espectro
20
de dissipação κ2E(κ) seja significativo. Na figura 4.5 κ1 corresponde a um número de
SP a
U nci
onda relativo à escala integral e κ2 corresponde a um número de onda relativo a escala
EP ulê
dissipativa , sendo a região entre κ1 e κ2 conhecida como zona inercial.
rb
z Tu
4.6. A Fenomenologia do Escoamento Turbulento
O da
P. tos
rti
desenvolvido com independência estatística nas pequenas escalas. Sob o ponto de vista
ay am
atribuído a Lewis Fry Richardson em 1922 (apud FRISCH, 1995) que se inspirou no
movimento das nuvens e no verso de Jonathan Swift:
32
E5
As duas últimas linhas desse poema, normalmente não são mencionadas nas
publicações de turbulência, mas conforme sugere Frisch (1985) , poderiam ser também
relevantes , se a palavra poet fosse substituída pela palavra fluid dynamicist.
16
20
SP a
U nci
EP ulê
rb
z Tu
O da
P. tos
rti
m en
ay am
teoria, deve apresentar um decaimento dado por k-5/2, o que tem sido verificado em
diversos trabalhos experimentais.
Verifica-se que a energia é introduzida no topo da cascata com uma taxa de
dissipação ε havendo um fluxo contínuo de energia das pulsações de grande escala
(baixa frequência e alta amplitude de pulsação) para as pulsações de pequena escala
(alta frequência e baixa amplitude de pulsação) até as pulsações de micro-escalas
quando a energia cinética é dissipada em calor. Naturalmente não se deve interpretar
esta figura literalmente: “turbilhões não tem necessariamente a forma apresentada no
93
esquema e os menores turbilhões, muitas vezes, estão embebidos dentro dos maiores
turbilhões” .
16
Doue la turbolenza dellacqua sigenera
20
Doue la turbolenza dellacua simantiene plugho
SP a
Doue la turbolenza dellacqua siposa
U nci
EP ulê
Cuja tradução para o inglês é apresentada abaixo:
rb
z Tu
Where the turbulence of water is generated.
O da
A K41 não faz referência explícita às idéias de Richardson, mas em seu trabalho
ay am
vλ λ
Reλ =
ν
(4.4)
De acordo com a segunda hipótese de similaridade de Kolmogorov :
94
u3
ε=A
l
(4.5)
16
sendo:
20
A → constante adimensional;
u→ escala de velocidades associada a escala integral de turbilhão;
SP a
U nci
l→ escala de comprimento dos maiores turbilhões (escala integral de comprimento).
EP ulê
Evidentemente que a análise dimensional não prevê o valor da constante de
rb
proporcionalidade, considerado igual a 1 nas aplicações práticas, sem maiores rigores
z Tu
teóricos.
Já, de acordo com a primeira hipótese de Kolmogorov, os únicos parâmetros
O da
apresentadas a seguir.
Pr 5-F
desvio médio quadrático (root mean square - RMS) das flutuações do sinal turbulento
E5
u = U + u′
v = V + v′
w = W + w′
p = P + p′
(4.6)
(4.7)
hipótese difícil de se observar no dia a dia das medições de turbulência no mundo real.
95
4.7.1. Histórico
16
livre das moléculas da teoria molecular (mean free path). Esta visão foi apresentada por
20
Prandtl em 1925 quando introduziu o conceito de comprimento de mistura formulando o
SP a
primeiro modelo de turbulência.
U nci
Na verdade, o conceito de viscosidade turbulenta como uma propriedade do
EP ulê
escoamento e não uma propriedade do fluido no caso da teoria molecular é um conceito
rb
bastante antigo. Após a introdução do termo viscoso na equação da hidrodinâmica em
z Tu
1823, resultando na equação de Navier-Stokes, a pergunta que se fazia na época era se o
O da
coeficiente de viscosidade era o mesmo em todo o lugar e neste sentido existem textos
de Saint Venant de 1851, que foram ressaltados por Boussinesq em 1877. Boussinesq,
P. tos
rti
que era aluno de Saint Venant, levou adiante a idéia de que a “turbulência aumentaria a
m en
viscosidade”.
ay am
turbulenta emergiu tendo em vista o fato de que a grande maioria dos escoamentos da
natureza são turbulentos, de modo que o conceito de viscosidade molecular não era
PM
apropriado para a descrição dos escoamentos em geral. Por outro lado, no século XIX, a
distinção conceitual entre “moléculas verdadeiras” e “fictícias” (fluid balls) (ver
SCHLICHTING,1979) não era muito clara, quando turbilhões (eddies) eram
considerados como uma forma particular de moléculas.
16
Lei de Fick para a transferência de massa.
20
∂θ ∂ 2θ
=γ = γ∇ 2θ (4.8)
SP a
∂t ∂xi ∂xi
U nci
onde: θ → temperatura;
EP ulê
γ → coeficiente de difusividade térmica (L2/T).
rb
z Tu
4.7.2.2. Difusão Turbulenta
O da
P. tos
∂θ ∂ 2θ
=γt
e
(4.9)
.J d
∂t ∂xi ∂xi
of un
4.7.2.3.Exercício Aplicativo
E5
PM
16
Figura 4.7 Representação esquemática de um ambiente fechado, com geometria
20
quadrada, sujeito a um processo de aquecimento.
SP a
U nci
Solução:
EP ulê
Não havendo nenhuma movimentação do ar no ambiente, o processo de
rb
transferência de calor é governado pela equação da difusão molecular e
z Tu
considerando a aplicação da Lei de Fourier, sob o ponto de vista da análise
O da
dimensional, resulta:
P. tos
rti
∆θ ∆θ
≈γ 2
m en
Tm L
ay am
(4.10)
L2
Tm ≈
e
γ
.J d
of un
Pr 5-F
(500)2 ≈ 10 6 s ≈ 300h
0,20
o que mostra que a difusão molecular é muito ineficiente no processo de transferência
de calor no ambiente em questão.
98
16
médio quadrático das flutuações turbulentas de velocidade);
20
Tt → escala de tempo turbulenta.
SP a
U nci
Numericamente, utilizando os dados de TENNEKES & LUMNLEY (1972), tem-se
EP ulê
para a estimativa de u ≈ 5 cm/s, o seguinte resultado:
rb
L 5
Tt ≈ ≈ ≈ 100 s
z Tu
u 0, o5
O da
o que implica:
Tm>>Tt ⇒ a difusão por movimento turbulento é muito mais rápida que a difusão por
P. tos
rti
movimento molecular.
m en
Portanto:
ay am
L
γ
e
Tt
.J d
≈ u2 ≈ (4.12)
of un
Tm L uL
γ
Pr 5-F
ν
≅ 0,73
E5
γ
ν
PM
≈1
γ
O que significa que
Tt ν 1
≈ =
Tm uL Re
(4.13)
Tm
≈ Re
Tt
99
16
Tt L
(4.14)
20
2
L
Tt ≈
γt
SP a
U nci
Comparando-se as equações (4.11) e (4.14), resulta:
EP ulê
γ t ≈ uL (4.15)
rb
Portanto: z Tu
γ t uL uL υ
≈ ≈ ≈ Re ≈ t (4.16)
γ γ υ
O da
u 3 1/ 3
PM
( λ) λ
v λ (ελ )1 / 3 λ uλ4 / 3
Re λ = λ ≈ ≈ l ≈ 1/ 3
ν ν ν l ν
Que multiplicada por l/l, resulta:
uλ4 / 3 l ul λ4 / 3 λ
4/3
Re λ ≈ 1 / 3 ≈ ≈ Re
l ν l ν l 4/3
l
(4.8)
Portanto o número de Reynolds local pode ser expresso pelo produto do número
de Reynolds do escoamento e a relação das escalas local e integral de comprimento.
100
νt
Para λ < λ0 ⇒ escalas internas (dissipativas) Re ≈ ≈1
ν
E substituindo na equação (4.8) resulta:
4
λ 3
Re λ0 ≈ Re 0 ≈ 1
l
4
λ0 3 λ
16
1 1
≈ ⇒ 0 ≈
l
3
Re l
20
Re 4
1 3 3
SP a
ν ν
3 4 4 4
l l l
λ0 ≈ ≈ ≈ν ≈ ≈
U nci
4
3 3 3 1 1
Re 4 ul 4
u 4 u3 4
ε4
EP ulê
ν l
rb
Portanto: z Tu
1
ν 3 4
λ0 = η ≈
O da
(4.17a)
ε
P. tos
1
ν 2
τ ≈ → micro-escala de tempo; (4.17b)
Pr 5-F
ε
32
v ≈ (νε ) 4
1
→ micro-escala de velocidade. (4.17c)
E5
PM
( ε)
1
ν3
3 3
4 −3
η ν4 1 ν 4
≈ ≈ ≈ ≈ Re 4
l l 1
l ul
u 3
4
l
τ ( ε)
1 1
ν 2 2 1
ν u ν 2 −1
≈ ≈ 3 ≈ ≈ Re 2
(4.18)
T l u l ul
u l
16
v (νε )
1 1 1
4 1 u3 4
1 ν 4 −1
≈ ≈ν 4 ≈ ≈ Re 4
20
u u l u ul
SP a
U nci
Essas relações mostram que as escalas de comprimento, tempo e velocidade dos
EP ulê
menores turbilhões são muito menores do que dos maiores turbilhões. Verifica-se
rb
através dessas relações que a separação entre essas escalas aumenta com o aumento do
z Tu
valor de Re, o que leva a crer que a independência estatística do estado de equilíbrio
dinâmico da estrutura de pequenas escalas será mais evidente para valores de Re muito
O da
altos. Além disso, quanto maior o valor de Re do escoamento, maior a distância entre a
P. tos
rti
escala de Kolmogorov e a escala integral, conforme ilustrado nas figuras 4.8, 4.9 e 4.10.
m en
ay am
e
.J d
of un
Pr 5-F
32
E5
PM
16
20
Figura 4.9 Escoamento turbulento em camada de mistura (nitrogênio escoando
SP a
a 10 m/s sobre uma camada de uma mistura de hélio com argônio a velocidade
U nci
de 3,80 m/s e pressão de 4 atm). (Extraído de VAN DIKE,1982)
EP ulê
rb
z Tu
O da
P. tos
rti
m en
ay am
e
1982)
32
E5
u2
ε = 15ν (4.19b)
λ2
16
ν ν 1 3 u
ξ ν 4u 4
20
= a = a = = a = Ma (4.20)
η ν3 4
( )
1
1
4
al
1
4
ul
1
4
Re
1
4
SP a
ε ν 3
ν
U nci
u3
l
EP ulê
Pela equação (4.20) pode-se concluir que a micro-escala de Kolmogorov tende a
rb
escala molecular para altos valores de número de Mach e baixos valores de número de
z Tu
Reynolds, que não é uma situação muito viável de ocorrer.
O da
ξ Ma 1
= ≈ → que foge completamente a condição dos
m en
η Re 4 6
1
ay am
l 3
≈ Re 4
η
Para a descrição do escoamento utilizando a simulação numérica é necessário a
utilização de uma malha, retangular, por exemplo, com o número mínimo de nós
representado a seguir:
3
l
16
9
N = = Re 4 (4.21)
η
20
Admitindo-se um caso típico de escoamento turbulento com Re = 106, tem-se
SP a
que:
U nci
( )
N = 10 6
9
= 10
54
≅ 1013
EP ulê
4 4
rb
z Tu
altos valores de número de Reynolds.
O da
turbulento. Nenhuma fonte externa de energia está presente, de tal forma, que a
Pr 5-F
16
Assumir que os efeitos de parede da caixa no decaimento da turbulência podem
20
ser ignorados.
SP a
e) Esta hipótese é válida?
U nci
EP ulê
rb
z Tu
Solução:
O da
P. tos
rti
m en
ay am
e
.J d
of un
Pr 5-F
u t
1 A
∫
u0 u 2
du = ∫
t0
−
3L
dt
u t
A
∫
u0
− u − 2 du = ∫
t0 3L
dt
u t
1 A
u = t
u 0 3L t 0
para t0= 0 e A = 1, tem-se que:
16
1 1 1
20
= + t
u u 0 3L
SP a
1 3L + u 0 t
=
U nci
u u 0 3L
EP ulê
u 0 3L
u= → decaimento linear da turbulência em função do tempo.
3L + u 0 t
rb
z Tu
3 2 3 9u0 L2
O da
2
u = → decaimento da energia cinética de turbulência em
2 2 (3L + u0t )2
P. tos
rti
Sabe-se que|:
Pr 5-F
uL u3
Re = 10 ⇒ ε =
ν
32
L
uL νu 2
E5
Re = 10 ⇒ ε = C
ν L2
PM
u3 νu 2
ε= =C 2
L L
Cν
u=
L
uL
C= = Re
ν
107
Portanto: C = 10
Observação: A taxa de dissipação correspondente à estimativa viscosa está associada a
micro escala de Taylor, conforme apresentado na equação (4.19b) diferindo apenas no
valor da constante C.
16
d 3 2 u2
20
( u ) = −Cν 2
dt 2 L
SP a
2
du u
= −Cν 2
U nci
3u
dt L
Cν
EP ulê
1
du = − 2 dt
u 3L
rb
Integrando esta última equação: z Tu
Cν
u t
1
∫ du = ∫ − 2 dt
O da
u1
u t1 3L
P. tos
Cν
[ln u ]uu =− (t − t1 )
rti
1
3L2
m en
Cν
− ( t −t1 )
ay am
u = u1e 3 L2
→ decaimento exponencial da turbulência em função do tempo.
e
.J d
of un
u1 L
Re = C = = 10
Pr 5-F
Para ν
10ν
u1 =
32
L
E5
Portanto:
PM
−2 10ν
3 2 3 10ν 3
2
( t −t1 )
u = e L2
→ decaimento exponecial da energia cinética da
2 2 L
turbulência em função do tempo (estimativa viscosa com
Re < 10).
u 0 3L
u=
3L + u 0 t
u 3L 1
t = 0 − 3L
u u0
Considerando-se a hipótese de que L é constante para todo o tempo:
10ν 10 x15 x10 −61
u= = = 1,5 x10 − 4 m / s
L 1
16
1x3x1 1
t = − 3x1) = 19970s ≅ 5,5h → estimativa irreal a primeira vista!!
20
−4
1,5 x10 1
SP a
U nci
d) Assumir que os efeitos de parede da caixa no decaimento da turbulência
EP ulê
podem ser ignorados. Esta hipótese é válida?
rb
A hipótese de que a taxa de decaimento da energia cinética é da ordem de u3/L
z Tu
pode ser considerada correta durante o intervalo de tempo em que as forças de inércia
são apreciáveis. Assumindo-se os efeitos de parede no decaimento da turbulência, sabe-
O da
se que as forças viscosas são predominantes junto as paredes, e, nesse caso, a hipótese
P. tos
rti
(1994)
Solução:
O trabalho de Saltara & Ortiz 1994 apresenta valores de profundidades da
lâmina d´água ao longo do ressalto e de valores de RMS de flutuação da
velocidade na direção do escoamento, para as condições de contorno acima
16
discriminadas. Esses valores foram obtidos a partir de um trabalho de mestrado
20
envolvendo simulação numérica utilizando modelo k-ε desenvolvido por Saltara
SP a
(ver Saltara & Ortiz, 1994) e comparando-se os resultados com valores
U nci
experimentais obtidos por Long et al, 1990, a partir da medição com um sistema
EP ulê
LDV, conforme tabelas anexas:
rb
Dados: Y1 = 0,015 m; ν = 1 x 10-6m2/s; U1=3,14 m/s;
z Tu
U 1Y1 3,14 x0,015
Re = = = 4,7 x10 4
ν −6
O da
10
P. tos
rti
Profundidade 3 1
u ´2 / L = ε η ≈ ν 4 v ≈ (νε ) 4 τ ≈ ν 2
1 1
_____
_____ 3
ay am
´2
u
Y (m) ε ε
e
.J d
(m/s)
of un
(m) (s)
(m2/s-3)
Pr 5-F
(m/s)
0 0,220 0,0724 6,096x10-5 0,0164 0,0037
32
u ´2 / L = ε η ≈ ν 4 v ≈ (νε ) 4 τ ≈ ν 2
1 1
_____
´2 _____ 3
u
Y (m) ε ε
(m/s)
(m) (s)
(m2/s-3)
(m/s)
0 0,126 0,0103 9,900x10-5 0,0101 0,00985
16
-5
0,015 0,157 0,0198 8,400x10 0,0119 0,00711
20
0,030 0,157 0,0198 8,400x10-5 0,0119 0,00711
8,400x10-5 0,0119
SP a
0,045 0,157 0,0198 0,00711
U nci
0,060 0,188 0,0341 7,400x10-5 0,0136 0,00542
EP ulê
0,075 0,188 0,0341 7,400x10-5 0,0136 0,00542
7,400x10-5 0,0136
rb
0,090 0,188 0,0341 0,00542
z Tu
COMENTÁRIOS: Verifica-se pela análise dos resultados que as escalas de
O da
Solução:
Adotando-se a largura do canal como sendo a escala integral de comprimento
tem-se que: L = 3 cm=0,03 m.
Região de parede
ESCOAMENTO ε (m2/s3) L (m) u(m/s)
Água 0,00057 0,03 0,0257
Iqapol – 5 ppm 0,00050 0,03 0,0246
16
Iqapol – 10 ppm 0,00043 0,03 0,0234
20
Iqapol – 15 ppm 0,00036 0,03 0,0222
SP a
U nci
Iqapol – 20 ppm 0,00033 0,03 0,0214
EP ulê
Utilizando-se a teoria de Kolmogorov resultam para as micro-escalas os
rb
seguintes valores: z Tu
Região de parede
O da
Solução:
ρVD 1060 x0,65 x0,0224
Re = = ≅ 7716,80
µ 2 x10− 3
ρVD 1060 x0,65 x0,0224
Re = = ≅ 3858,40
µ 4 x10− 3
16
tipicamente turbulento na entrada da aorta.
20
Utilizando as condições abaixo estabelecidas em Pinotti (2000), com σN=25000
N/m2, tem-se:
SP a
U nci
σ N = − ρ (u )
____
2
EP ulê
(u 2 ) = − σρN
____
rb
z Tu
ρ 0,375ν 0,75 L0, 25 10600,375 x(1,89 x10− 6 ) x0,02240, 25
0 , 75
η=
O da
= = 6,03x10− 6 m
σN 0 , 375
25000 0 , 375
P. tos
η = 6,03x10− 3 mm = 6,03µm
rti
η1 = = = 1,01x10− 5
σN 0 , 375
25000 0 , 375
ay am
η2 = 1,01x10− 2 mm = 10,12µm
e
.J d
of un
Pr 5-F
dimensão média das células vermelhas podem causar danos a essas células pelo
comportamento das tensões turbulentas e viscosas.
16
Observação: No segundo caso tem-se estabelecida uma maior taxa de
20
dissipação e uma menor escala de Kolmogorov, o que significa uma maior
SP a
U nci
geração de turbulência e um processo mais eficaz de mistura.
EP ulê
rb
4.14. Comparação de alguns resultados dos exercícios selecionados
z Tu
O da
de Kolmogorov variam entre valores da ordem de 10 a 200 µm. Nos casos em que se
m en
Kolmogorov são da ordem de grandeza das dimensões médias das células sanguíneas
Pr 5-F
(10 µm).
32
E5
PM