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Química
BISFENOL A:
Comparação dos Métodos de Remoção em Água
BISFENOL A:
Comparação dos Métodos de Remoção em Água
Por ser usado em escala mundial, o bisfenol A está presente em vários setores da
indústria, sendo umas das principais matérias primas dos policarbonatos presente nas garrafas
plásticas, mamadeiras, produtos eletrônicos e componentes elétricos em automóveis (CHEN
et al., 2010; VOGEL, 2009). Esse material também é usado na composição das resinas epóxi-
BFA pela sua estabilidade superior, flexibilidade e resistência, como camada de revestimentos
internos de latas de alimentos, complexos dentários para obturações e embalagens de
remédios (GOLOUBKOVA e SPRITZER, 2000).
Segundo ANDRADE (2016) o uso exacerbado do BFA, que mesmo em baixas
concentrações presente em água, pode considera-lo um risco para populações de diferentes
organismos. Mesmo que consumindo poucas quantidades podem obter efeitos diversos no
sistema nervoso, e assim causando vários problemas crônicos como, diabetes, obesidade,
câncer, doenças cardíacas, podendo mexer com sistema hormonal podendo causar a
puberdade precoce (BESERRA et al., 2012)
No Brasil existe a Resolução RDC Nº41, de 16 de setembro de 2011 que proíbe a
fabricação, importação e uso do Bisfenol A em mamadeiras e materiais similares que seriam
destinados à alimentação de lactantes, o descumprimento desta resolução estabelece uma
infração sanitária, no termo da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, tendo punições como
advertências, multas em dinheiro, interdição entre outras diversas punições. Já na Resolução
n° 17, de 17 de março de 2008, a Diretoria Colegiada da Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária conferiu o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo decreto n°3.029, de
16 de abril de 1999, tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, considera a necessidade
constante de aperfeiçoamento no controle sanitário na área de alimentos, visando na proteção
da saúde da população, na segurança de fabricação e uso de embalagens e equipamentos
plásticos em contato com alimento, fazendo com que os Estados Partes atualizem a lista
positiva de aditivos para matérias plásticos destinados à elaboração de embalagens e
equipamentos em contato com alimentos, seguindo os critérios na Resolução GMC n°. 50/01
para a inclusão de componentes, nessa mesmo resolução o bisfenol A o limite de migração
especifica é estabelecida em 0,6 mg/kg.
Apesar de estudos feitos referente a BFA, alguns pesquisadores ainda continuam
preocupados com o potencial risco à saúde, sendo efeitos neurais e comportamentos dos fetos
causados por embalagens e produtos alimentícios produzidos com BFA, por isso, alguns
países como o Canadá, optaram por uma medida de precaução, proibindo a fabricação do
mesmo (ANALYSIS.. 2009; GATTI et al., 2009).
Visando isso o uso exacerbado do bisfenol A e os danos que pode provocar no meio
ambiente e nos seres vivos, o objetivo desse trabalho é identificar e apresentar o melhor
método de remoção do BFA pelos métodos de adsorção, zeólitas modificada e sílica gel em
meio aquoso, denominando o melhor método.
3. JUSTIFICATIVA
O Bisfenol A (BPA) é amplamente utilizado em indústrias e de forma comercial,
diversos estudos têm apontado a presença de BPA em matrizes ambientais, visto que sua
presença pode causar impactos ambientais e danos à saúde pública, por ter atividade
estrogênica celular. Apesar do mal à saúde e ao meio ambiente, o BPA pode ser utilizado em
grande escala, pois é somente proibido a aplicação em mamadeiras e artigos similares
destinados à alimentação de lactentes.
Podendo ser encontrado em efluentes de fábricas que o produzem, toda via, este não é
totalmente removido durante o processo de tratamento das águas e efluentes.
Traz atualmente inúmeras metodologias de adsorção, redução e retirada de BPA em
ambientes aquáticos contaminados. No desenvolver da cadeia alimentas, o acúmulo do BPA,
que tem uma grande afinidade por gorduras, que se liga a elas em seus corpos e leites através
da bioacumulação.
4. HIPÓTESES
Há métodos que possuem eficiência somente em águas doces ou salgadas.
É possível quantificar a qualidade dos métodos e compará-los entre si.
Há métodos que possuem limitações quanto a ambientes, ou propriedade física e
químicas no meio aquático.
Cada metodologia pode ser usada de forma mais eficiência em meio a sociedade ou até
mesmo em tratamento de efluentes.
5. OBJETIVO GERAL
O trabalho tem como objetivo geral comparar metodologias de adsorção de Bisfenol A
em água, por referencias já existentes.
Beserra, M. R.; Schiavini, J. A.; Rodrigues W.C.; Pereira, C. S. S.; O bisfenol A: Sua
utilização e atual polêmica em relação aos possíveis danos à saúde humana. Revista
Eletrônica TECCEN, Vassouras, v. 5, n. 1, p. 37-46, 2012.
CHEN, T. C.; SHUE, M. F.; YEH, Y. L.; KAO, T. J. Bisphenol a occurred in Kao-Pin River
and its tributaries in Taiwan. Environ. Monit. Assess. Taiwan, v. 161, p. 135-145, Jan. 2010.
Erickson, Britt E. (2008). Bisphenol A under scrutiny. Chemical and Engineering News 86
(22).
FONTENELE, Eveline Gadelha Pereira; MARTINS, Manoel Ricardo Alves; QUIDUTE, Ana
Rosa Pinto; JÚNIOR, Renan Magalhães Montenegro. Contaminantes ambientais e os
interferentes endócrinos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia Metabologia, v. 54, n. 1,
2010, p. 6-16.