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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - FEAC


Curso de Ciências Contábeis

Contabilidade e Análise de Custos I

PARTE 1

MATERIAL BÁSICO DE APOIO AOS MOMENTOS ASSÍNCRONOS

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SUMÁRIO

1 A CONTABILIDADE DE CUSTOS, A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A


CONTABILIDADE GERENCIAL 3

2 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS 7

3 SISTEMAS (MÉTODOS DE CUSTEIO) 10

4 TERMINOLOGIAS CONTÁBEIS 14

5 RECURSOS (FATORES, ELEMENTOS OU INSUMOS) DE PRODUÇÃO 18

6 CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS (CUSTOS E DESPESAS) 14

ATENÇÃO:
• Contabilidade e Análise de Custos I – Estudo do CUSTEIO POR ABSORÇÃO
(Parte I, capítulos 1 a 14) - Livro de Contabilidade de Custos, Eliseu Martins.
• Contabilidade e Análise de Custos II – Estudos do CUSTEIO VARIÁVEL (Parte
II, capítulos 15 a 24, e do CUSTEIO PADRÃO (Parte III, capítulos 25 a 30) - Livro
de Contabilidade de Custos, Eliseu Martins.

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1 A Contabilidade de Custos, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade
Gerencial
Livro Contabilidade de Custos – Capítulo 1

Turma, quando iniciamos a disciplina de Contabilidade e Análise de Custos (ou


apenas Contabilidade de Custos), os primeiros questionamentos devem nos vir à
mente são os seguintes:

O que é Contabilidade de Custos?

Para que serve a Contabilidade de Custos?

Qual a diferença entre a Contabilidade Custos e a


Contabilidade Geral (Empresaria, Societária ou
Financeira)?

Contabilidade de Custos é sinônimo de


Contabilidade Gerencial? E de Contabilidade
Industrial?

Para você responder de forma objetiva a esses questionamento, podemos afirmar que
a Contabilidade de Custos é um ramo da Contabilidade que foi criado para resolver
os impasses relativos à avaliação (mensuração monetária) dos estoques das
empresas que produzem o seu próprio produto (empresas industriais) e QUE ,
consequentemente, auferem seu resultado partindo de premissas mais confiáveis na
apuração de seus custos (LEONE, 2000; MARTINS, 2018).
Nessa perspectiva, a Contabilidade de Custos surgiu de uma necessidade que não
havia no período predominantemente mercantilista, antes de as empresas industriais
surgirem (Revolução Industrial), pois, na era mercantilista, só era conhecida a
Contabilidade Financeira (ou Geral), na qual os estoques eram contabilizados
fisicamente (inspecionados) pelo contador, que sabia exatamente o montante pago
por cada item e, com os valores dos estoques iniciais e finais coletados, em conjunto
com os montantes despendidos com as compras, obtinha o custo das mercadorias
vendidas:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 (𝐶𝑀𝑉)=𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙+𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠−𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙

De forma simplista, na contabilidade geral, ao confrontar os valores dos custos das


mercadorias vendidas e a receita obtida com essas vendas, e ainda, deduzindo as
demais despesas incorridas na atividade da empresa, chegava-se ao lucro líquido do
exercício. Vejam que essa é a descrição básica da DRE (Demonstração do Resultado
do Exercício) que foi estudada nas disciplinas de Contabilidade Básica I e II e
Contabilidade Comercial I e II?

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Receita Bruta de Vendas
(-) Deduções: abatimentos, impostos sobre vendas etc.
(=) Receita Líquida de Vendas
(-) Custo da Mercadoria Vendida (ou Serviço)
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com vendas
(+/-) Resultado Financeiro =Receitas Financeiras – Despesas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(=) Lucro Operacional
(+/-) Outras Receitas / Outras Despesas
(=) Lucro Antes do IR e CSLL
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
(=) Lucro Antes das Participações
(-) Participações (Debent., Empregados, Administ. e Partes Benef.)
(=) Lucro Líquido do Exercício

Entretanto, com o surgimento das indústrias, veio a necessidade da criação de


critérios para avaliar os estoques, dessa vez compostos por produtos acabados pela
própria indústria.
Desse modo, o grande óbice, então, passou a ser encontrar o montante dos recurso
de produção utilizados para a obtenção desse produto acabado, que seria o
equivalente ao valor das “compras” nas empresas comerciais, que seria, desde já,
separado daqueles que já eram classificados como despesas no momento de sua
incorrência: as despesas administrativas, gerais, de vendas e financeiras.
Em resumo, a Contabilidade de Custos é uma filha da Contabilidade Geral
(Financeira), pois surgiu da então nova necessidade de se avaliar os estoques dos
produtos das indústrias, “tarefa essa que era fácil nas empresas tipicamente
comerciais (MARTINS, 2018). Assim, inicialmente, poderíamos tratar essa recém-
criada contabilidade como sinônimo de Contabilidade Industrial, já que seus objetivos
eram restritos a esse tipo de entidade.
Essas e outras dúvidas são comumente dirimidas por meio de uma ligeira análise
histórica; esta, ao explicar cronologicamente o aparecimento de cada expressão e a
razão de seu uso, acaba informando uma visão mais ampla dos conceitos em questão.
Por isso, e para podermos também saber o porquê de muitos dos princípios utilizados
na Contabilidade de Custos, faremos um breve retrospecto histórico.

Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial? Onde elas aparecem?


Em virtude do desenvolvimento da estrutura das empresas e aumento de sua
complexidade, ocorreu um distanciamento natural entre administrador e ativos e
pessoas administradas. Sendo assim, a Contabilidade de Custos evoluiu no sentido
de não se restringir a uma ferramenta de obtenção de custos de estoques, mas uma
poderosa aliada na função gerencial de uma empresa, contribuindo para o controle
das atividades e procedimentos e auxiliando no processo de tomada de decisões.
Devemos perceber que o conhecimento dos custos é de vital importância para saber,
por exemplo, se dado o preço a ser praticado na venda, o produto é rentável, ou de
viável comercialização, e o que fazer para reduzi-los (os custos) quando isso não
ocorrer. Além disso, cabe ressaltar que que esse atual espectro da Contabilidade
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de Custos não compreende o todo da Contabilidade Gerencial, que se mostra um
ramo bem mais amplo. Esta tem como papel precípuo o fornecimento de informações
(insumos) aos gerentes e administradores das empresas (usuários internos) para uso
dentro da própria organização.

Economia

Análise de
Admnistração
Balanços

Contabilidade de
Estatística
Custos

Contabilidade Contabilidade Ciências


Financeira Gerencial Comportamentais

Assim, observamos que Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial não são


sinônimos, mas esta última se utiliza daquela como ferramenta para atingir seus
objetivos.
A Contabilidade Gerencial não é um ramo autônomo da Ciência Contábil, como a
Contabilidade Financeira ou a de Custos. Podemos afirmar que se trata da integração
dos conhecimentos úteis, sob o aspecto gerencial, para a tomada de decisões da
administração da entidade, oriundos de vários ramos da Contabilidade e de outras
ciências, como vimos no esquema apresentado acima. É o gerenciamento da
informação contábil em favor da administração da entidade para a consecução de
seus objetivos organizacionais.
Torna-se importante esclarecer que as informações gerenciais podem ser utilizadas
não somente pela “cúpula” da empresa (sócios, gerentes e administradores), mas
também pelos funcionários, principalmente em relação a questões de política salarial
e de condições de trabalho.
O foco da Contabilidade Gerencial são os usuários internos em quaisquer níveis da
administração que necessitam de informações contábeis para o processo de
planejamento e controle das operações e a tomada de decisão2.
A gente sabe que tanto os usuários internos como os externos se utilizam da
informação contábil, mas a maneira como o fazem difere. Os tipos de informação que
eles demandam também podem diferir.
A Contabilidade Financeira, por sua vez, refere-se à produção de dados e informações
contábeis sobretudo para os usuários externos, como acionistas, fornecedores,
bancos e agências reguladoras governamentais. Isso não significa que os usuários
internos não as utilizem; pelo contrário, as demonstrações financeiras são ferramenta
extremamente útil também ao pessoal interno à organização.

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Em suma, podemos definir as principais finalidades da Contabilidade de Custos no
esquema abaixo:

determinar os custos para determinado período

controlar as quantidades físicas produzidas, por meio do custo médio

estabelecer sistemas de controle de custo que permitam análises,


comparações, redução ou melhoramento do custo

fornecer dados de custo com relação a determinadas alternativas, a fim de


que a administração possa tomar decisões quanto à escolha

subsidiar as informações tanto à Contabilidade Gerencial quanto à


Contabilidade Financeira

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2 Princípios Contábeis aplicados a Custos
Fonte: Livro Contabilidade de Custos – Capítulo 3
De acordo com Martins (2018), a vinculação da Contabilidade de Custos à
Contabilidade Financeira faz com que alguns dos princípios contábeis geralmente
aceitos sejam aplicáveis também à Contabilidade de Custos. Então, de forma
resumida, os princípios aplicados à contabilidade de custos são:

Princípio da realização da receita

Princípio da competência ou confrontação entre


despesas e receitas ( accrual basis).

Princípio do custo histórico como base de valor

Consistência ou uniformidade

Conservadorismo ou prudência

Materialidade ou relevância

Princípio da realização da receita


Segundo esse princípio, o reconhecimento contábil do resultado (lucro ou
prejuízo) se dá apenas quando da realização da receita, ou seja, quando da
transferência do bem ou do serviço para terceiros.
Assim, via de regra, as indústrias só reconhecem o resultado obtido em sua atividade
no momento em que há transferência do bem elaborado para o adquirente.
Entretanto, há exceções a esse princípio, é o caso de construção, produção de bens
e serviços, projetos realizados sob encomenda etc que demandam longo prazo e que,
excepcionalmente, têm sua receita reconhecida antes da entrega para terceiros;
consequentemente, seus custos também serão transformados em despesa antes
desse momento, em respeito ao princípio da competência. Essa observação é
importante para o estudo do sistema de custos por ordem de produção.
Princípio da competência ou confrontação entre despesas e receitas (accrual
basis)
Após o reconhecimento da receita, deduzem-se dela todos os valores representativos
dos esforços para sua consecução, ou seja, as despesas. Como esses esforços
podem ser subdivididos em dois grupos, existem também dois grandes grupos de
despesas:
• despesas especificamente incorridas para a consecução daquelas receitas que
estão sendo reconhecidas, a exemplo da despesa relativa a quanto foi o custo
de produção do bem ora vendido ou a despesa de comissão relativa à sua
venda.

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• despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas, e não
necessariamente daquelas que agora estão sendo contabilizadas, a exemplo
das despesas de administração e de propaganda.
Como bem afirma o nosso guru da contabilidade de custos, a relação entre esse
princípio e a contabilidade de custos possui mais razões históricas do que
propriamente lógicas. Isso porque as regras básicas de custos nasceram da
necessidade de se substituir o item “compras de mercadorias” da empresa comercial
pelo equivalente industrial, que seriam os itens relativos aos fatores utilizados na
produção, ficando de fora os itens relacionados à administração, às vendas e ao
financiamento.
Surgem, portanto, cenários não muito lógicos: por que o gasto com o salário do chefe
da fábrica é apropriado a um produto estocado e só se torna despesa por ocasião da
venda, enquanto o salário do chefe de vendas vira, de imediato, despesa,
independentemente da existência ou realização das receitas?
Às vezes, seria talvez mais fácil relacionar o esforço do chefe de vendas com o
faturamento de determinado item, mesmo que realmente vendido num período
posterior àquele em que o esforço foi realizado, do que relacionar o trabalho do chefe
da fábrica com este ou aquele produto.
A atribuição aqui pode ser muito mais arbitrária do que na outra situação. Mas, dentro
dos princípios hoje aceitos, um é atribuído ao produto, estocado e descarregado no
período da venda; o outro é imediatamente atribuído ao período em que foi incorrido
(MARTINS, 2010)
Princípio do custo histórico como base de valor
Os ativos são registrados contabilmente por seu valor original de entrada, ou seja,
valor histórico. Quando há problemas de inflação, infelizmente o uso do valor histórico
apresenta muitas falhas. Por exemplo, quando se acumulam os custos de dois, três
ou mais meses para se produzir um bem ou serviço, tem-se no puro custo histórico
um instrumento muito pobre de informações. O certo, tecnicamente, seria transformar
os diversos custos originados em diferentes momentos em quantidades de moeda
constante, como se estivéssemos a corrigir monetariamente esses valores.
Como nossa contabilidade não evoluiu ainda a esse ponto, as empresas se utilizam
de sistemas paralelos à contabilidade oficial para manter suas informações de custos
em valores efetivamente utilizáveis para fins gerenciais. Vale dizer que corrigir o custo
histórico pelo índice de inflação não é abandonar o custo histórico como base de valor,
mas mantê-lo em moeda mais forte, mais constante em termos do seu real poder de
compra.
Por esse motivo, em questões de prova geralmente se trabalha com situações mais
estáveis, nas quais a moeda não experimenta flutuações significativas de valor real,
não impedindo que a banca, em algumas poucas situações, exija do candidato que se
atente às questões inflacionárias.
Consistência ou uniformidade
Dentre as diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas
válidas dentro dos princípios geralmente aceitos, a empresa deve adotar uma delas
de forma consistente, ou seja, não pode mudar o critério em cada período.
Entretanto, quando houver interesse ou necessidade dessa mudança de
procedimento, deve a empresa reportar o fato e o valor da diferença no lucro com
relação ao que seria obtido se não houvesse a quebra de consistência.

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Pode-se dizer que a consistência é um dos aspectos mais verificados pelas auditorias
independentes, já que influencia diretamente e quase sempre de forma relevante no
balanço patrimonial e na DRE.
Conservadorismo ou prudência
O conservadorismo obriga a adoção de um espírito de precaução por parte do
contador, ou seja, ele deve sempre que possível escolher avaliar pela forma mais
precavida (menor) o patrimônio líquido.
As consequências mais relevantes dessa regra contábil são a avaliação final dos
estoques e o tratamento de certos custos de produção:
Para a AVALIAÇÃO DOS INVENTÁRIOS, haverá a fuga ao Princípio do Custo
Histórico como Base de Valor no momento em que os produtos elaborados tiverem
um valor líquido de venda inferior ao de produção (custo ou “mercado”, dos dois o
menor);
Em relação aos CUSTOS DE PRODUÇÃO, há certos tipos de gastos que provocam
dúvida quanto à sua verdadeira classificação entre custo ou despesa; na dúvida, deve
prevalecer a hipótese mais pessimista, que não vai provocar o estoque desse valor, e
sim sua transformação imediata em despesa
Materialidade ou relevância
De acordo com o Pronunciamento CPC 00-R1 (Estrutura Conceitual), informação
contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que
possam ser tomadas pelos usuários. Fazer diferença significa ter valor preditivo
e/ou confirmatório. O primeiro significa poder ser utilizada como dado de entrada em
processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados. A segunda,
por sua vez, denota a capacidade de se retroalimentar – servir de feedback –
avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida
(misstating) puder influenciar as decisões dos usuários da informação contábil-
financeira.
Assim, podemos dizer que essa regra desobriga um tratamento mais rigoroso àqueles
itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais. Um bom exemplo são
os pequenos materiais de consumo industrial que, por consistirem em valores
irrisórios, são englobados e totalmente considerados como custo no período de sua
aquisição, simplificando o procedimento por se evitar seu controle e baixa por
diversos períodos. Mas, na soma de diversos itens irrelevantes pode haver
materialidade, e por isso um tratamento mais rigoroso precisa ser utilizado.

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3 Sistemas (Métodos) de Custeios
Essa etapa é de extrema relevância e a sua escolha depende fundamentalmente
do tipo de informação e controle pretendido pela empresa. A expressão sistema (ou
método) de custeio diz respeito à composição do valor de custo de um evento,
atividade, produto, atributo etc., ou seja, de uma entidade objeto de custeio de
interesse do gestor. A informação do custo individual de cada produto é Útil para várias
analises e decisões como, por exemplo, no processo de gestão de preços.
Ainda que os preços de venda não sejam formados com base nos custos, o
conhecimento destes, por produto, é necessário para que se possa apurar a margem
e, assim, aperfeiçoar o processo decisório e de avaliação do desempenho da
empresa3.
Podemos classificar os sistemas de custeio em duas categorias: os sistemas
baseados no volume (Volume Based Costing) e o sistema baseado nas atividades
(Activity Based Costing) realizadas pela empresa. Existe, ainda, o chamado sistema
baseado em unidades de esforço de produção, que é um sistema baseado no esforço
requerido por determinados postos operativos (atividades):
Custeio por
Absorção Parcial

Custeio por
Parcial Modificado
Custeio Baseado em Absorção
Volumes (VBC)
Tradicional Custeio Direto ou
Absorção Integral
Variável

Custeio Baseado em
Atividades
Atividades (ABC)

Sistemas de Custeio
Custeio Padrão

Custeio RKW

Unidades de Esforços
Esforços
por Produção

Estudaremos os sistemas de custeio por Absorção parcial e Custeio Baseado


em Atividade nas próximas aulas. Os demais sistemas serão abordados em outras
disciplinas. Todavia, é interessante introduzirmos os conceitos na aula de hoje para
que você já comece a se ambientar com as definições e nomenclaturas utilizadas O
Sistema Baseado no Volume pode ser apresentado sob dois enfoques: Método de
Custeio por Absorção e Variável.
3.1 SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO PARCIAL (Custos para Avaliação de
Estoques)
Também denominado de Custeio Legal ou Tradicional.
O Custeio por Absorção consiste na apropriação de TODOS OS CUSTOS DE
PRODUÇÃO aos produtos elaborados, sejam eles fixos ou varáveis, diretos ou
indiretos.
Todos os custos de produção, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, são
atribuídos a produção.
Ao produto, é apropriado todos os gastos relativos ao esforço de fabricação. Os gastos
não utilizados na produção são excluídos e considerados como despesas.
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Custos Diretos Custos
(MD+MOD) Variáveis

Custo de Custo de
Produção Produção

Custos
Custos Fixos
Indiretos

O custeio por absorção tem como FINALIDADE determinar a rentabilidade real, avaliar
os estoques e a compor uma informação significativa no auxílio à formação dos preços
de venda dos produtos ou dos serviços.
Portanto, a finalidade principal do custeio por absorção é a avaliação real dos
estoques para a apuração do resultado.
É aceito pela Auditoria Externa (Auditoria Independente) e pela legislação fiscal.
É o único aceito pelas normas de Contabilidade.
Modelo de Demonstração do Resultado do Custeio por Absorção:
Vendas ........................ R$..................
(-) Custos Variáveis .... R$..................
CPV
(-) Custos Fixos .......... R$..................
Lucro Bruto ................. R$..................
(-) Despesas Variáveis R$..................
(-) Despesas Fixas....... R$..................
Lucro Líquido .............. R$..................

3.2 CUSTEIO VARIÁVEL (Custos para Tomada de Decisões)


Também denominado de Custeio Direto, Gerencial ou Tradicional. É um método de
custeio que consiste na separação dos custos em fixos e variáveis, e APENAS OS
CUSTOS VARIÁVEIS SÃO CONSIDERADOS COMO CUSTOS DE PRODUÇÃO. Os
custos fixos são considerados como despesas. Apenas os custos variáveis são
apropriados à produção, os Custos Fixos são separados e considerados como
despesas do período, indo diretamente para o resultado.

Apenas os Custos Custo de


Variáveis Produção

No custeio variável, apenas os custos variáveis são incorporados aos estoques.


O custeio variável tem como FINALIDADE principal a tomada de decisões. É voltado
exclusivamente pela contabilidade gerencial, exercida pelo contador gerencial. Veja o
modelo de Demonstração do Resultado

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Vendas R$
(-) Custos Variáveis R$
(-) Despesas Variáveis R$
Margem de Contribuição R$
(-) Custos Fixos R$
(-) Despesas Fixas R$
Lucro Líquido R$

Lucro Margem de Contribuição

3.3 CUSTEIO PADRÃO (Custos para Controle)


O Custo Padrão é um custo cientificamente (cuidadosamente) pré-determinado por
unidades de produtos; previamente estabelecido. É conhecido antes de a produção
iniciar. É um custo alvo que deveria ser atingido.
Finalidade do Custeio-Padrão: o processo de planejamento e controle é o principal
objetivo do sistema de custo padrão.
O Custo Padrão é comparado com o custo real para mensurar a performance de um
objeto de custo. As variações - diferenças entre custo real e custo padrão - podem
indicar ineficiências a serem investigadas e podem ser tomadas ações corretivas.
Custo Real
Custo Padrão
Recursos de Realizado/Incorrido
Orçado/Estimado Variações
Produção Durante ou após a
Antes da produção
produção
Materiais 25 30 25 – 30 = 5 Desfavorável
Mão de Obra Direta 15 12 15 – 12 = 3 Favorável
Custos Indiretos 10 10 10 – 10 = 0
Total 50 52 50 – 52 = 2 Desfavorável

As variações dos materiais são de preços, quantidade e mista. Para a mão de obra
direta, quantidade (eficiência), preço (taxa) e mista. Os Custos Indiretos possuem as
variações de volume e de custos, e esta pode ainda ser separada em Variação de
Eficiência e de Custos propriamente dita.

3.4 OUTROS MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS


Custeio Baseado em Atividades – ABC – (Activity Based Costing)
É o método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no
processo de fabricação de seus produtos. É um sistema de custeio que se caracteriza
pela atribuição dos custos indiretos aos produtos por meio de atividades. O estudo
do Custeio Baseado em Atividades será melhor analisado durante as aulas.
Custeio Pleno (RKW)
Esse método teve sua origem na Alemanha e consiste no rateio não só dos custos de
produção como também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a
todos os produtos.

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As técnicas do rateio dos custos e despesas são absolutamente semelhantes às já
vistas neste trabalho, principalmente quando se trata das formas tradicionais de
apropriação dos custos indiretos de produção; ou seja, tudo com base na alocação
dos custos e despesas aos diversos departamentos da empresa para depois ir-se
procedendo às várias séries de rateio de forma que, ao final, todos os custos e
despesas estejam recaindo exclusivamente sobre os produtos.
Com esse rateio, chega-se ao custo de “produzir e vender”, que, fossem os rateios
perfeitos, daria o gasto completo de todo o processo empresarial de obtenção de
receita. Bastaria adicionar agora o lucro desejado para se ter o preço de venda final.
A principal vantagem desse método é que ele assegura a recuperação total dos custos
e a obtenção de uma margem planejada de lucros, isto é especialmente importante
na fixação dos preços no longo prazo.

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4 TERMINOLOGIAS CONTÁBEIS
Livro Contabilidade de Custos – Capítulo 2
Uma grande dificuldade encontrada no estudo da contabilidade, inclusive da
Contabilidade de Custos, é a falta de uma linguagem-padrão. De acordo com os
autores consultados (LEONE, 2000; MARTINS, 2010), podemos encontrar diversas
expressões novas ou as mesmas expressões com significados diferentes. Como
forma de amenizar esse problema, alguns autores propõem uma terminologia-padrão.
Em seguida, temos, de acordo com a doutrina predominante, a definição de
importantes termos utilizados na contabilidade.

4.1 GASTOS
Sacrifício financeiro que uma entidade arca para a obtenção de um bem (materiais,
mercadoria, máquinas e equipamentos...) ou serviço (mão-de-obra, energia, telefonia)
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
Um gasto é a contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço.
Na compra à vista de bens, o gasto corresponde a redução de ativo (Disponível), em
virtude do pagamento.
Na compra a prazo de bens, o gasto representa o aumento do passivo, em razão da
obrigação assumida.
Os salários de um determinado período representam um gasto (pago ou a pagar).
Atenção: Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma
despesa.
O conceito de gasto é extremamente amplo e se aplica a todos os bens e serviços
adquiridos; deste modo, teremos:
Gasto com a compra de matéria-prima;
Gasto com o pagamento de energia;
Gasto com a compra de um imóvel;
Gasto com o pagamento de salários;
Gasto com o pagamento de aluguel;
Gasto com a compra de uma máquina.
IMPORTANTE: só o gasto é caracterizado pelo sacrifício financeiro e somente existe
no ato da passagem para a propriedade da empresa de um bem ou serviço, ou seja
no reconhecimento da dívida assumida ou da redução de ativos.
Gasto a vista acarreta um desembolso, pois a redução de disponível.
Gasto a prazo não acarreta desembolso, mas o aumento de passivo.

4.2 INVESTIMENTO
Gasto ativado (estocado) em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a
futuro(s) período(s).
É o gasto que tem como contrapartida um ativo. Corresponde à aquisição de bens ou
serviços que se incorporam ao patrimônio com um ativo. Na compra de matéria-prima,
temos, em virtude do aumento do ativo, um investimento circulante. Na compra de
equipamentos para uso, temos investimento permanente.
Primeiramente, temos o gasto, logo em seguida, não necessariamente, há o
investimento.
compra de materiais – Investimento Circulante
compra de um imóvel – Investimento Permanente
Pagamento de salários – Não há investimento
Pagamento de aluguel – Não há investimento

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Vejamos que a caracterização do investimento é o registro no ativo. Assim, podemos
esclarecer que os materiais comprados serão investimento enquanto não forem
consumidos, quando ocorrer sua baixa, teremos custo, despesa ou perda.

4.3 CUSTO
É todo bem ou serviço consumido na “produção” de outros bens ou serviços. É o gasto
consumido no chão da fábrica para a produção de bens e serviços.
Sobre o conceito acima, quais são os bens ou serviços consumidos na produção?
Os bens são os materiais consumidos, a depreciação da máquina operacionalizada,
etc.
Os serviços são a energia elétrica consumida, a mão-de-obra empregada, etc.
Observe que o custo é também um gasto, mas só é reconhecido como tal, quando
consumido na produção.
Atenção! Enquanto o produto está em fase de fabricação, os valores agregados na
sua produção são tratados como custos. Os gastos posteriores à produção,
necessários à administração e comercialização do produto, não são custos, e sim
despesas.
Custo é CONSUMO, ou seja, consumo de matéria-prima, mão-de-obra, de máquinas
(depreciação), energia elétrica, água, etc.
A aquisição de Matéria-prima é um investimento. Durante sua aplicação (consumo)
na fabricação de um produto, temos a matéria-prima como custo de produção. O
produto obtido com a transformação da matéria-prima é um novo investimento, ou
seja, um novo ativo.
Aquisição da Matéria-Prima Aplicação (consumo) da
para Estoque Matéria-prima à produção Produto INVESTIMENTO
INVESTIMENTO (Custo))

A aquisição de um equipamento industrial representa um investimento, Á medida que


esse equipamento é utilizado na produção, seu valor de aquisição, converte-se,
proporcionalmente, em custos, pela depreciação. O produto obtido é um novo
investimento e a depreciação do equipamento faz parte do custo do produto.
Depreciação (consumo) do
Aquisição de Equipamento Equipamento na Produção Produto INVESTIMENTO
INVESTIMENTO
(Custo))

A ENERGIA ELÉTRICA utilizada no processo de produção é gasto (na hora do seu


consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela fase de
investimento.

4.4 DESPESA
Compreende os gastos decorrentes do consumo de bens ou a utilização de serviços
das áreas administrativas, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visam a
obtenção de receitas. É o gasto consumido no chão da administração, ou seja, fora
da fábrica.
Segundo o CPC 00 R1 (Estrutura Conceitual), despesas são decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos
ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores
dos instrumentos patrimoniais.
Assim, as despesas são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm a
característica de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.

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Alguns gastos se tornam automaticamente despesas, como as comissões dos
vendedores. Por outro lado, outros gastos passam pela fase de investimento,
passando a ser custo e, por fim, despesa.
Pode decorrer da redução do ativo ou do aumento do passivo exigível. Representa
um sacrifício patrimonial voluntário, necessário a geração de receitas.
Quando incorre numa despesa, o empresário sabe o que está reduzindo o patrimônio.
Mas o seu objetivo é a geração de receitas que cubram as despesas, gerando lucro.
O sacrifício patrimonial correspondente às despesas se deve ao fato de elas não
gerarem uma contrapartida que se incorpora ao patrimônio.
Os salários dos funcionários dos departamentos administrativo e de vendas
representam despesas que não transitam por investimentos ou custo, sendo
transferido diretamente para o resultado do exercício (não são estocados).

Salários dos Departamentos


Admnistrativos e de Vendas Resultado do Exercícios
DESPESA

Já os salários do departamento de produção são custos e devem ser incorporados


aos estoques de produtos. A transferência dos custos para o resultado ocorre com a
venda dos produtos.
Durante o processo normal de produção, a depreciação das máquinas do setor
industrial representa custo. Após ser incorporada ao custo de fabricação do produto,
a depreciação se transforma em investimento. Nesse caso, o custo de depreciação é
estocado e permanece no estoque até a venda do produto. Com a venda do produto
e realização da receita, essa depreciação se transforma em despesa, com parte
integrante do custo dos produtos vendidos. A despesa, neste caso, decorre da
transmissão de propriedade do bem fabricado ao cliente, em virtude da venda.

Aquisição das Máquinas de Depreciação das Máquinas


de Produção Produto
Produção
INVESTIMENTO
INVESTIMENTO (Custo)

A depreciação dos móveis e utensílios do departamento de vendas representa uma


despesa, que é apropriada diretamente ao resultado, sem transitar por investimento
ou custo.

Depreciação dos Móveis e


Utensílios do setor de Resultado do Exercícios
Vendas - DESPESA

Quando da sua aquisição, a matéria-prima é tratada como um investimento. A parte


da matéria-prima aplicada à produção é custo de fabricação necessário à obtenção
de um novo ativo ou investimento – o produto. Quando o produto é vendido, seu valor
de custo deve ser apropriado ao resultado como despesa. .
Com a transferência da propriedade do produto fabricado, ao cliente, é um sacrifício
patrimonial necessário à realização da receita de venda, o correto é denominar-se o
gasto correspondente como despesa com os produtos vendidos. A prática, entretanto,
já consagrou a expressão “custo dos produtos vendidos”.

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4.5 PERDA
4.5.1 Perda Anormal
Perda anormal ou perda Improdutiva é o sacrifício patrimonial involuntário a anormal.
Representa a redução do patrimônio por fatores alheios à vontade do empresário. Não
se confunde com a despesa, que é um sacrifício patrimonial intencional.
Exemplos de perdas anormais:

Matérias-primas roubadas.

Matérias-primas consumidas em incêndios.

Matérias-primas que se tornaram obsoletas.

Matérias-primas inutilizadas por falha anormal das máquinas.

Remuneração de mão-de-obra durante um período de greve.

4.5.2 Perda Normal


Perda normal ou perda produtiva decorre do processo normal de produção e é tratada
como custo. Representa o gasto intencional e conhecido, envolvida na fabricação,
que, de fato, não se agrega ao produto, muito embora seja computado como parte do
seu custo. É o caso das sobras no corte de tecido para a fabricação de roupas. Todo
o tecido envolvido, inclusive o valor equivalente às sobras, é computado como custo
da matéria-prima.

Perda Anormal
(involuntária, Custo Indireto
imprevisível)
no chão da fábrica
Perda normal
(voluntária, previsível, Custo Direto
Perdas programada)

fora da fábrica Despesa

4.6 DESEMBOLSO
É o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. O gasto da aquisição
de máquinas e equipamentos, por exemplo, pode ser desembolsado
antecipadamente; ou no ato do recebimento dos bens (á vista), ou após o recebimento
dos bens (a prazo).

Atenção:
Leitura de Aprofundamento:
Livro Contabilidade Custos (Capítulo 2)
Autor: Eliseu Martins
Editora Atlas

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5 RECURSOS (FATORES, ELEMENTOS OU INSUMOS) DE PRODUÇÃO
Os chamados recursos (fatores ou elementos) do custo de produção são
representados os materiais diretos, a mão-de-obra direta e os custos indiretos de
fabricação. Representam os recursos disponíveis que serão consumidos pela
atividade operacional.
O custo de produção ou de realização de um produto ou serviço é a soma do consumo
dos três recursos: os materiais, a mão-de-obra e os custos indiretos de fabricação.
Os custos de um bem (tangível ou intangível) agregam os três recursos (elementos
ou fatores) distintos:

Mão de
Obra
Material Direta
Direto

Custos
Indiretos
de
Produção

Recursos de Produção

Em regra, a matéria-prima, o primeiro recurso do custo de produção, porque sem ela


nada poderá fabricar.
A mão-de-obra é considerada o segundo recurso do custo de produção, porque sem
mão-de-obra não é possível modificar a forma, conformação ou natureza do material
para aumentar-lhe a utilidade.
Os outros recursos são denominados de Custos Indiretos.
Material Direto Mão de Obra Direta Custos Indireto
Matéria-prima Salários Energia
Material secundário Encargos Sociais da MOD Depreciação
Embalagem Materiais Indiretos
Componentes adquiridos prontos Mão de Obra Indireta

Aluguel, etc

A Matéria-Prima é o principal material que entra na produção do produto final. Ela é


o recurso que sofre transformação no processo de produção. A Matéria-Prima é o
recurso que, do ponto de vista de quantidade, é mais empregado na produção.
Exemplos: a madeira utilizada na fabricação de móveis de madeira; o aço consumido
na indústria de automotiva; a borracha utilizada na fabricação de pneus; etc.
Material Secundário é material direto, de caráter secundário; não é o componente
principal na composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao produto.
Exemplos: parafusos (se houver controle de consumo, se não houver, eles podem ser

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tratados como Custos Indiretos) na mesa de madeira; botão nas roupas; etc.
Embalagens são materiais utilizados para embalagem do produto ou seu
acondicionamento para remessa. A embalagem é um material direto devido à fácil
identificação com o produto.
Mão de obra é o gasto com o pessoal que trabalha diretamente ou indiretamente
na fabricação de produtos.
Direta - MOD
Mão de Obra
Indireta - MOI

O custo com mão de obra engloba não só os salários pagos aos empregados, como
também os encargos sociais decorrentes da legislação trabalhista e previdenciária,
além de todos os demais gastos com o pessoal que direta ou indiretamente trabalha
na produção. Ex.: assistência medica, aviso prévio, INSS, FGTS, décimo terceiro,
férias, Horas Extras, lanches de refeições, prêmios, salários, seguro de vida, vale
refeição, vale transporte, etc.
Encargos
Salários Mão de Obra
Sociais

Mão de Obra Direta - MOD


Compreende os gastos com pessoal que trabalha diretamente na fabricação dos
produtos.
A MOD é aquela que pode ser facilmente identificada em relação aos produtos ou
serviços, por exemplo, o salário do torneiro mecânico, do tecelão, do carpinteiro, do
padeiro, os quais trabalham diretamente na transformação das matérias primas em
bens ou serviços.
Mão de Obra Indireta - MOI
Compreende os gastos com pessoal que trabalha na empresa industrial, cujas tarefas
estão direcionadas a produção, porém sem manipular diretamente os produtos ou
serviços.
Sempre que não houver meios seguros que permitam a clara e objetiva identificação
dos gastos (salários + encargos sociais) com a mão de obra em relação aos produtos
fabricados, esses gastos deverão ser considerados como mão de obra indireta.
Como exemplos de MOI, podemos citar os salários dos supervisores da fábrica, dos
chefes de seção, dos faxineiros, dos eletricistas e mecânicos que fazem a
manutenção nas maquinas e equipamentos industriais e seus serviços beneficiam
toda a produção em conjunto.
A MOI é atribuída aos produtos por meio de RATEIO

Direta - MOD Não depende de rateio


Mão de Obra
Indireta Depende de rateio

Custos Indiretos, por exclusão, é todo gasto de produção que não é considerado MD
ou MOD. A distribuição dos Custos Indiretos aos produtos, tradicionalmente, depende
rateio.

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6 CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS (Custos e Despesas)

Livro Contabilidade de Custos – Capítulo 4


Classificação Financeira Classicação Gerencial
(adotada pela legislação) (Comportamental)

Custos Diretos Custos Fixos

Custos Indiretos Custos Variáveis

Despesas Fixas

Despesas Variáveis

Os custos são classificados de várias formas para atender ás diversas finalidades para
as quais são apurados. As classificações mais estudadas compreendem aquelas que
permitem determinar o custo de produção e o seu comportamento em diferentes níveis
de produção em que uma empresa possa operar.
a) Quanto aos produtos fabricados ou quanto a apropriação aos produtos: para
alocar os custos aos produtos, eles são classificados em CUSTOS DIRETOS e
CUSTOS INDIRETOS.
b) Quanto ao comportamento em diversos níveis de produção: para determinar
os custos de vários níveis de produção, eles se classificam em CUSTOS FIXOS e
CUSTOS VARIÁVEIS.

6.1 CUSTOS DIRETOS


São os custos apropriados diretamente a cada produto fabricado, sem a
necessidade de rateio ou estimativas. Podem ser facilmente identificado e
mensurado na composição do custo do produto.
Todo custo se relaciona com a produção de bens ou serviços. Isto não pode ser
esquecido! Todavia, o custo é classificado como direto ou indireto de acordo com sua
identificação com determinado produto fabricado
São exemplos de Custos Diretos: as matérias-primas consumidas, as embalagens
aplicadas durante o processo de produção, a mão-de-obra diretamente aplicada a
determinado produto.
Exemplos de Custos Diretos
Matéria-prima

Mão-de-obra Direta
Custos Diretos
Embalagem consumida na produção

Outros materiais consumido na produção e que NÃO


dependem de rateio.

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6.2 CUSTOS INDIRETOS
São aqueles apropriados aos produtos fabricados mediante rateios ou
estimativas, por não poderem ser identificados de forma precisa na composição
dos custos dos produtos.
Os custos indiretos de fabricação não têm medição de consumo nos produtos, e por
isso mesmo são apropriados por intermédio de rateios.
Normalmente, são considerados custos indiretos: o aluguel e o seguro da fábrica; os
salários dos operários que trabalham na fabricação de 2 ou mais produtos, sem que
haja o apontamento das horas aplicadas a cada produto; os salários dos supervisores
e dos chefes do pessoal de produção; a energia elétrica consumida na fábrica; a
depreciação dos equipamentos de produção; os salários dos operários da fábrica que
não trabalham diretamente na produção (segurança, limpeza, manutenção etc.).
Exemplos de Custos Indiretos
Aluguel da fábrica

Seguro da fábrica

Manutenção da fábrica

Custos Indiretos Depreciação de Equipamentos na fábrica

Materiais Indiretos consumidos na fábrica.

Mão-de-obra indireta.

Energia elétrica utilizada na fábrica.

QUANDO UM CUSTO É DIRETO OU INDIRETO?


REGRA BÁSICA:
Os Custos Diretos são apropriados diretamente, são objetivos, não dependem de
rateio, o seu consumo é controlado e, muitas vezes, identificado no produto.
Se for possível identificar a quantidade do elemento do custo aplicado no produto, o
custo será direto.
Os Custos Indiretos são apropriados indiretamente, são subjetivos, dependem de
rateio, o seu consumo não é controlado e, quase sempre, não identificado no produto.
Se não for possível identificar a quantidade aplicada ao produto, o custo será indireto.
Enfim, qualquer gasto de produção que tenha o consumo controlado será considerado
direto.
Portanto, para definir, na prática, se um custo é direto ou indireto, basta ter o
controle do consumo do recurso. A palavra chave é o CONTROLE!
Havendo um único produto sendo fabricado, todos os custos são diretos.
Quando a indústria fabrica um único produto, todo o esforço de produção é
relacionado a ele e todos os custos são apropriados a esse produto. Portanto, a
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divisão dos custos em diretos ou indiretos só é aplicável quando são
considerados dois ou mais produtos.
Qualquer gasto de produção que NÃO dependa de rateio é Custo Direto.
Qualquer gasto de produção que dependa de rateio é Custo Indireto.

6.3 CUSTOS FIXOS


São os custos cujos valores totais independem da quantidade produzida, ou
seja, não sofrem variações em razão do volume de produção.
Exemplos: o seguro da fábrica, o aluguel da fábrica, o imposto predial da fábrica. O
valor a título de aluguel do setor de produção, por exemplo, não depende da
quantidade produzida, quer a indústria nada produza, quer produza no nível máximo
de sua capacidade instalada. O custo total do aluguel não será afetado.
Exemplos de Custos Fixos.
Aluguel da fábrica

Seguro da fábrica

Manutenção da fábrica
Custos Fixos
Depreciação de Equipamentos na fábrica

Mão-de-obra indireta.

Imposto Predial da fábrica.

Os principais custos fixos são comentados em seguida.


Depreciação - É registrada de acordo com o tempo de vida útil dos bens, sem levar
em consideração o volume de produção. Assim, a indústria pode aumentar ou diminuir
a quantidade produzida, sem que haja alteração do valor registrado a título de
depreciação. Ainda que a Contabilidade de Custos considere as variações na
quantidade produzida para os efeitos de depreciação (depreciação acelerada
contábil), está será calculada, pelo menos em parte, com base no tempo de vida útil
do bem. Portanto, a depreciação não será equivalente ao volume de produção.
Aluguel da Fábrica – O valor do aluguel dá Fábrica não depende da quantidade
produzida. Geralmente, o contrato de locação fixa o valor do aluguel mensal para
determinado período.
Imposto Predial da Fábrica – O valor do imposto predial é calculado com base em
fatores como a área do imóvel e a sua localização, independentemente do volume de
produção.
Seguro da Fábrica – Em regra, as apólices de seguro não fixam o valor do prêmio de
seguro com base na quantidade que a indústria venha a produzir.
Manutenção da Fábrica – Os gastos relativos à limpeza, lubrificação e a conservação
dos equipamentos, instalações, etc. não costumam sofre variações significativas em
função das alterações na quantidade produzida, sendo, por isso, tratados como custos
fixos.
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Mão-de-Obra Indireta – Representa as horas de mão-de-obra que não foram
identificadas em relação a cada produto. Uma parcela significativa da mão-de-obra
indireta é relativa a vigilância, chefia, supervisão e outras tarefas não muito sensíveis
à quantidade produzida. Essa constatação e a falta de controle dos valores relativos
à mão-de-obra indireta fazem com que ela seja considerada um custo fixo. Os
encargos trabalhistas e previdenciários da mão-de-obra indireta também representam
custos fixos.
Como ficam os Custos Fixos Unitários?
Vimos que os custos fixos totais não são alterados em função do volume de produção,
mas os custos fixos por unidade variam em razão inversamente proporcional á
quantidade.
O custo fixo unitário é obtido mediante a divisão do custo fixo total pela quantidade
produzida.
Custo Fixo total
CF/u =
Quantidade Produzida
Quantidade Produzida Custos Fixos Totais Custos Fixos Unitários
0 500,00 ---
1 500,00 500,00
10 500,00 50,00
100 500,00 5,00
1.000 500,00 0,50
Resumo:
- Logo, o aumento da quantidade produzida provoca a diminuição do custo fixo
unitário; a redução da quantidade produzida provoca o aumento do custo fixo
unitário.
- Quanto maior a produção, menor o custo fixo por unidade.
- Quanto menor a produção, maior o custo fixo por unidade.
- O custo fixo existe independentemente da produção.
Qual é o comportamento do custo fixo unitário?
O custo fixo unitário é inversamente variável, pois diminui na medida em que aumenta
o volume de produção.
O custo fixo unitário depende da quantidade produzida.
Qual é o comportamento do custo fixo total?
O custo fixo total é realmente fixo para qualquer nível de produção estabelecido.
O custo fixo total NÃO depende da quantidade produzida.

Representação gráfica do CUSTO FIXO TOTAL

Custos
R$

CF total

Quantidade produzida

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Representação gráfica do CUSTO FIXO UNITÁRIO

Custos
R$

CF/u
Quantidade produzida

6.4 CUSTOS VARIÁVEIS


São aqueles cujos valores totais variam de acordo com a quantidade produzida,
proporcionalmente. São exemplos: as matérias-primas, as embalagens, e a mão-
de-obra direta. Se a produção for aumentada ou diminuída em 5%, os custos
variáveis totais são aumentados ou diminuídos em 5%.
Os principais custos variáveis são comentados em seguida.
Matérias-Primas – O gasto total com matérias-primas varia em razão diretamente
proporcional à quantidade produzida. Se a produção for aumentada ou diminuída, o
custo total com a matéria-prima será aumentado ou diminuído em percentual
equivalente.
Embalagens e outros Materiais Diretos – De maneira idêntica ao que ocorre com
as matérias-primas, o custo total com as embalagens e outros materiais diretos
normalmente varia em razão diretamente proporcional à quantidade produzida.
Mão-de-Obra Direta - A mão-de-obra direta é aquela correspondente às horas de
mão-de-obra que tenham sido identificadas para cada produto e, como regra, varia
proporcionalmente à quantidade produzida. Se tiver rigorosamente controlado, o
tempo que o operário destinou à fabricação do produto representará a mão-de-obra
direta. O tempo não identificado de mão-de-obra é custo indireto, sendo tratado como
custo fixo.
Energia Elétrica Consumida na Fábrica – É tratada pela doutrina como um custo
variável, apesar de normalmente o custo com o consumo de energia elétrica não variar
proporcionalmente a quantidade produzida.
Materiais Indiretos – São os materiais apropriados aos produtos por intermédio de
rateio ou estimativa. É o caso da cola utilizada na fabricação de móveis, que é aplicada
a todas as unidades e, portanto, tem o seu custo alterado de acordo com o volume de
produção.

Como ficam os Custos Variáveis Unitários?


Enquanto os Custos Variáveis Totais são aumentados ou diminuídos de acordo com
o aumento ou diminuição da quantidade produzida, os Custos Variáveis Unitários
permanecem constantes, fixos, qualquer que seja o volume de produção.
Custo Variável total
CV/u =
Quantidade Produzida
Unidades Produzidas Custos Var. Unitários Custos Var. Totais
0 10,00 0,00
1 10,00 10,00
10 10,00 100,00
100 10,00 1.000,00
1.000 10,00 10.000,00

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Resumo:
- Logo, o aumento da quantidade produzida provoca a diminuição do custo fixo
unitário; a redução da quantidade produzida provoca o aumento do custo fixo
unitário.
- Quanto maior a produção, maior o custo variável total.
- Quanto menor a produção, menor o custo variável total.
- O custo variável depende da produção.
Qual é o comportamento do custo variável unitário?
O custo variável unitário é fixo, pois, aumentando ou diminuído a quantidade
produzida, o valor unitário é o mesmo.
O custo variável unitário NÃO depende da quantidade produzida.
Qual é o comportamento do custo variável total?
O custo variável total é realmente variável conforme a quantidade produzida.
O custo variável total depende da quantidade produzida.

Representação gráfica do
CUSTO VARIÁVEL TOTAL
Custo
R$

CV Total

Quantidade produzida
Na Tabela a seguir, temos informações sobre uma Indústria trabalhando com diversos
níveis de produção e o comportamento dos custos fixos e variáveis em termos
unitários e totais.

Unidades Custos Fixos Custos Fixos Custos Var. Custos Var. Custos Unit.
Produzidas Totais Unitários Unitários Totais Totais
(A) (B) (C=B/A) (D) (E=AxD) (F=C+D)
1 500,00 500,00 10,00 10,00 510,00
10 500,00 50,00 10,00 100,00 60,00
100 500,00 5,00 10,00 1.000,00 15,00
1.000 500,00 0,50 10,00 10.000,00 10,50

Com base na tabela acima, podemos concluir que:


1. os custos variáveis totais de produção aumentam proporcionalmente a quantidade
produzida, em razão direta;
2. os custos variáveis unitários não se alteram, qualquer que seja o volume de
produção;
3. os custos fixos totais mantêm-se estáveis, qualquer que seja a quantidade
produzida. O valor total gasto com aluguel, seguro, imposto predial, por exemplo,
não se altera em razão da quantidade produzida;
4. os custos fixos unitários variam na razão inversa da quantidade produzida. Como
os custos fixos unitários são obtidos mediante a divisão dos custos fixos totais pela
quantidade produzida, quanto maior a produção, menores os custos fixos unitários;
5. os custos Industriais unitários (custos variáveis unitários + custos fixos unitários),
pela diluição dos custos fixos unitários, tendem a aproximar-se dos custos variáveis
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unitários, à medida que o volume de produção aumenta. Com o aumento da
quantidade produzida, ocorre a diminuição dos custos fixos unitários. Desse modo,
com o aumento do volume de produção, os custos unitários totais tendem a
aproximar-se dos custos variáveis unitários.
A Classificação dos Custos em Fixos e Variáveis leva em consideração a relação dos
custos com o volume de produção, e não com os produtos propriamente.
Aumento da produção Diminuição da produção
CV Total  CVu é fixo CV Total  CVu é fixo.
CF Total não altera CFu  CF Total não altera CFu 

6.5 CUSTOS MISTOS


Há também dois tipos de custos chamados mistos: os semifixos e os semivariáveis.
Custos Semifixos ou por Degraus: são fixos dentro de determinada faixa, mas
variam quando há mudança desta faixa.
Exemplo: imagine que uma pequena indústria necessite de 1 operário para cada 100
unidades de produtos fabricados. Mas quando ela produzir mais que 100 unidades,
necessitará de mais um funcionário, variando o seu custos para outra faixa ou degrau.
Faixas de produção Necessita de
1 a 100 unidades 1 operário.
101 a 200 unidades 2 operários
201 a 300 unidades 3 operários
Assim, enquanto a empresa estiver produzindo até 100 unidades, custos de mão-de-
obra será fixo em seu único operário, ao passo que, quando ela produzir entre 101 e
200 unidades, necessitará de 2 operários. Então, na medida em que ela muda de
faixa, adicionará a sua produção mais 1 operário.
Custos Fixos Custos Semifixos (por degrau)

Custos Semivariáveis: são aqueles que têm variação total de acordo com o volume
de unidades produzidas, mas não exatamente na mesma proporção. Eles são
variáveis, mas possuem parcela fixa que existirá mesmo que nada seja produzido.
Exemplo: energia elétrica, que possui uma parte que varia conforme o volume
produzido (horas máquinas-força da fábrica) e outra parte que não depende da
produção (iluminação).
A energia que contribui para a força da fábrica A energia que contribui para a iluminação da
(horas máquinas trabalhadas) é variável. fábrica é fixa.
Ex.: energia consumida pelas máquinas. Ex.: energia consumida pelas lâmpadas acesas
(iluminação)

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Custos Variáveis Custos Semivariáveis

Os Custo Fixos podem ser dividido em:


1. REPETITIVO – quando o seu valor é igual em vários períodos. É o caso do aluguel
da fábrica e da depreciação dos equipamentos, cujos valores normalmente se
repetem a cada mês;
2. NÃO REPETITIVO – quando o seu valor é diferente em cada período, muito
embora não dependa da quantidade produzida. É o caso dos gastos com
manutenção, cujo valor costuma sofrer pequenas variações a cada mês.

Lembre-se: dizer que um custo é fixo não significa dizer que o seu valor se
repete a cada período.

IMPORTANTE:
Custos Diretos
Quanto à apropriação aos
produtos
Custos Indiretos

Custos Custos Fixos

Custos Variáveis
Quanto ao volume de
produção
Semifixos ou por Degraus

Semivariáveis

O quadro abaixo deve ser bem compreendido.


Relação com o produto Relação com a produção
Custos de Produção CD CIP CV CF
Matéria-prima CD - CV -
Mão-de-Obra Direta CD - CV -
Embalagem CD - CV -
Materiais Indiretos - CIP CV -
Mão-de-Obra Indireta - CIP - CF
Energia Elétrica - CIP CV -
Aluguel da fábrica - CIP - CF
Depreciação - CIP - CF

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6.6 DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS
Despesas Fixas: são gastos administrativos cujo valor total independe da
quantidade de vendida.
Exemplos: aluguel da área administrativa, salário do diretor administrativo, seguro dos
equipamentos administrativos, propaganda, depreciação dos equipamentos
administrativos etc.

Comportamento das despesas fixas.


Quantidade Despesas Fixas
Receita
Vendida/mês Aluguel Administrativo Propaganda
0u 0,00 R$ 2.000/mês R$ 150/mês
10 u R$ 1.500 R$ 2.000/mês R$ 150/mês
100 u R$ 15.000 R$ 2.000/mês R$ 150/mês
1000 u R$ 150.000 R$ 2.000/mês R$ 150/mês

Despesas Variáveis: são gastos administrativos cujo valor total varia de acordo
com a quantidade vendida.
Exemplo: comissão sobre as vendas, impostos sobre as vendas, fretes e carretos
sobre as vendas, embalagens sobre produtos vendidos etc.
Comportamento das despesas variáveis.
Despesas Variáveis
Quantidade Receita
Vendida/mês Total Impostos sobre Vendas Comissão sobre Vendas
(10%) (5%)
0u 0,00 - -
10 u R$ 1.500 R$ 150 R$ 75
100 u R$ 15.000 R$ 1.500 R$ 750
1000 u R$ 150.000 R$ 15.000 R$ 7.500

A classificação em diretos e indiretos é exclusiva dos custos, mas a classificação


em fixos e variável é atribuída aos custos e despesas.

Custos Diretos
Quanto ao Produto
Custos Indiretos

Custos Variáveis
Quanto ao Volume de
Gastos PRODUÇÂO
CHÃO DA FÁBRICA
Custos Fixos

Despesas Variáveis
Quanto ao Volume de
VENDAS
CHÃO DA ADMNISTRAÇÃO
Despesas Fixas

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Atenção:
Leitura de Aprofundamento:
Livro Contabilidade Custos (capítulo 4)
Autor: Eliseu Martins
Editora Atlas

Atividades:
- Livro Texto
Autores: Eliseu Martins & Wellington Rocha
- Livro de Exercícios
Resolver os exercícios 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5.
- E as listas de exercícios.

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