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Textos Das Aulas 1 AB Parte 1
Textos Das Aulas 1 AB Parte 1
PARTE 1
4 TERMINOLOGIAS CONTÁBEIS 14
ATENÇÃO:
• Contabilidade e Análise de Custos I – Estudo do CUSTEIO POR ABSORÇÃO
(Parte I, capítulos 1 a 14) - Livro de Contabilidade de Custos, Eliseu Martins.
• Contabilidade e Análise de Custos II – Estudos do CUSTEIO VARIÁVEL (Parte
II, capítulos 15 a 24, e do CUSTEIO PADRÃO (Parte III, capítulos 25 a 30) - Livro
de Contabilidade de Custos, Eliseu Martins.
Para você responder de forma objetiva a esses questionamento, podemos afirmar que
a Contabilidade de Custos é um ramo da Contabilidade que foi criado para resolver
os impasses relativos à avaliação (mensuração monetária) dos estoques das
empresas que produzem o seu próprio produto (empresas industriais) e QUE ,
consequentemente, auferem seu resultado partindo de premissas mais confiáveis na
apuração de seus custos (LEONE, 2000; MARTINS, 2018).
Nessa perspectiva, a Contabilidade de Custos surgiu de uma necessidade que não
havia no período predominantemente mercantilista, antes de as empresas industriais
surgirem (Revolução Industrial), pois, na era mercantilista, só era conhecida a
Contabilidade Financeira (ou Geral), na qual os estoques eram contabilizados
fisicamente (inspecionados) pelo contador, que sabia exatamente o montante pago
por cada item e, com os valores dos estoques iniciais e finais coletados, em conjunto
com os montantes despendidos com as compras, obtinha o custo das mercadorias
vendidas:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 (𝐶𝑀𝑉)=𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙+𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠−𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙
Economia
Análise de
Admnistração
Balanços
Contabilidade de
Estatística
Custos
Consistência ou uniformidade
Conservadorismo ou prudência
Materialidade ou relevância
Custeio por
Parcial Modificado
Custeio Baseado em Absorção
Volumes (VBC)
Tradicional Custeio Direto ou
Absorção Integral
Variável
Custeio Baseado em
Atividades
Atividades (ABC)
Sistemas de Custeio
Custeio Padrão
Custeio RKW
Unidades de Esforços
Esforços
por Produção
Custo de Custo de
Produção Produção
Custos
Custos Fixos
Indiretos
O custeio por absorção tem como FINALIDADE determinar a rentabilidade real, avaliar
os estoques e a compor uma informação significativa no auxílio à formação dos preços
de venda dos produtos ou dos serviços.
Portanto, a finalidade principal do custeio por absorção é a avaliação real dos
estoques para a apuração do resultado.
É aceito pela Auditoria Externa (Auditoria Independente) e pela legislação fiscal.
É o único aceito pelas normas de Contabilidade.
Modelo de Demonstração do Resultado do Custeio por Absorção:
Vendas ........................ R$..................
(-) Custos Variáveis .... R$..................
CPV
(-) Custos Fixos .......... R$..................
Lucro Bruto ................. R$..................
(-) Despesas Variáveis R$..................
(-) Despesas Fixas....... R$..................
Lucro Líquido .............. R$..................
As variações dos materiais são de preços, quantidade e mista. Para a mão de obra
direta, quantidade (eficiência), preço (taxa) e mista. Os Custos Indiretos possuem as
variações de volume e de custos, e esta pode ainda ser separada em Variação de
Eficiência e de Custos propriamente dita.
4.1 GASTOS
Sacrifício financeiro que uma entidade arca para a obtenção de um bem (materiais,
mercadoria, máquinas e equipamentos...) ou serviço (mão-de-obra, energia, telefonia)
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
Um gasto é a contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço.
Na compra à vista de bens, o gasto corresponde a redução de ativo (Disponível), em
virtude do pagamento.
Na compra a prazo de bens, o gasto representa o aumento do passivo, em razão da
obrigação assumida.
Os salários de um determinado período representam um gasto (pago ou a pagar).
Atenção: Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma
despesa.
O conceito de gasto é extremamente amplo e se aplica a todos os bens e serviços
adquiridos; deste modo, teremos:
Gasto com a compra de matéria-prima;
Gasto com o pagamento de energia;
Gasto com a compra de um imóvel;
Gasto com o pagamento de salários;
Gasto com o pagamento de aluguel;
Gasto com a compra de uma máquina.
IMPORTANTE: só o gasto é caracterizado pelo sacrifício financeiro e somente existe
no ato da passagem para a propriedade da empresa de um bem ou serviço, ou seja
no reconhecimento da dívida assumida ou da redução de ativos.
Gasto a vista acarreta um desembolso, pois a redução de disponível.
Gasto a prazo não acarreta desembolso, mas o aumento de passivo.
4.2 INVESTIMENTO
Gasto ativado (estocado) em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a
futuro(s) período(s).
É o gasto que tem como contrapartida um ativo. Corresponde à aquisição de bens ou
serviços que se incorporam ao patrimônio com um ativo. Na compra de matéria-prima,
temos, em virtude do aumento do ativo, um investimento circulante. Na compra de
equipamentos para uso, temos investimento permanente.
Primeiramente, temos o gasto, logo em seguida, não necessariamente, há o
investimento.
compra de materiais – Investimento Circulante
compra de um imóvel – Investimento Permanente
Pagamento de salários – Não há investimento
Pagamento de aluguel – Não há investimento
4.3 CUSTO
É todo bem ou serviço consumido na “produção” de outros bens ou serviços. É o gasto
consumido no chão da fábrica para a produção de bens e serviços.
Sobre o conceito acima, quais são os bens ou serviços consumidos na produção?
Os bens são os materiais consumidos, a depreciação da máquina operacionalizada,
etc.
Os serviços são a energia elétrica consumida, a mão-de-obra empregada, etc.
Observe que o custo é também um gasto, mas só é reconhecido como tal, quando
consumido na produção.
Atenção! Enquanto o produto está em fase de fabricação, os valores agregados na
sua produção são tratados como custos. Os gastos posteriores à produção,
necessários à administração e comercialização do produto, não são custos, e sim
despesas.
Custo é CONSUMO, ou seja, consumo de matéria-prima, mão-de-obra, de máquinas
(depreciação), energia elétrica, água, etc.
A aquisição de Matéria-prima é um investimento. Durante sua aplicação (consumo)
na fabricação de um produto, temos a matéria-prima como custo de produção. O
produto obtido com a transformação da matéria-prima é um novo investimento, ou
seja, um novo ativo.
Aquisição da Matéria-Prima Aplicação (consumo) da
para Estoque Matéria-prima à produção Produto INVESTIMENTO
INVESTIMENTO (Custo))
4.4 DESPESA
Compreende os gastos decorrentes do consumo de bens ou a utilização de serviços
das áreas administrativas, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visam a
obtenção de receitas. É o gasto consumido no chão da administração, ou seja, fora
da fábrica.
Segundo o CPC 00 R1 (Estrutura Conceitual), despesas são decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos
ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores
dos instrumentos patrimoniais.
Assim, as despesas são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm a
característica de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.
Matérias-primas roubadas.
Perda Anormal
(involuntária, Custo Indireto
imprevisível)
no chão da fábrica
Perda normal
(voluntária, previsível, Custo Direto
Perdas programada)
4.6 DESEMBOLSO
É o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. O gasto da aquisição
de máquinas e equipamentos, por exemplo, pode ser desembolsado
antecipadamente; ou no ato do recebimento dos bens (á vista), ou após o recebimento
dos bens (a prazo).
Atenção:
Leitura de Aprofundamento:
Livro Contabilidade Custos (Capítulo 2)
Autor: Eliseu Martins
Editora Atlas
Mão de
Obra
Material Direta
Direto
Custos
Indiretos
de
Produção
Recursos de Produção
Aluguel, etc
O custo com mão de obra engloba não só os salários pagos aos empregados, como
também os encargos sociais decorrentes da legislação trabalhista e previdenciária,
além de todos os demais gastos com o pessoal que direta ou indiretamente trabalha
na produção. Ex.: assistência medica, aviso prévio, INSS, FGTS, décimo terceiro,
férias, Horas Extras, lanches de refeições, prêmios, salários, seguro de vida, vale
refeição, vale transporte, etc.
Encargos
Salários Mão de Obra
Sociais
Custos Indiretos, por exclusão, é todo gasto de produção que não é considerado MD
ou MOD. A distribuição dos Custos Indiretos aos produtos, tradicionalmente, depende
rateio.
Despesas Fixas
Despesas Variáveis
Os custos são classificados de várias formas para atender ás diversas finalidades para
as quais são apurados. As classificações mais estudadas compreendem aquelas que
permitem determinar o custo de produção e o seu comportamento em diferentes níveis
de produção em que uma empresa possa operar.
a) Quanto aos produtos fabricados ou quanto a apropriação aos produtos: para
alocar os custos aos produtos, eles são classificados em CUSTOS DIRETOS e
CUSTOS INDIRETOS.
b) Quanto ao comportamento em diversos níveis de produção: para determinar
os custos de vários níveis de produção, eles se classificam em CUSTOS FIXOS e
CUSTOS VARIÁVEIS.
Mão-de-obra Direta
Custos Diretos
Embalagem consumida na produção
Seguro da fábrica
Manutenção da fábrica
Mão-de-obra indireta.
Seguro da fábrica
Manutenção da fábrica
Custos Fixos
Depreciação de Equipamentos na fábrica
Mão-de-obra indireta.
Custos
R$
CF total
Quantidade produzida
Custos
R$
CF/u
Quantidade produzida
Representação gráfica do
CUSTO VARIÁVEL TOTAL
Custo
R$
CV Total
Quantidade produzida
Na Tabela a seguir, temos informações sobre uma Indústria trabalhando com diversos
níveis de produção e o comportamento dos custos fixos e variáveis em termos
unitários e totais.
Unidades Custos Fixos Custos Fixos Custos Var. Custos Var. Custos Unit.
Produzidas Totais Unitários Unitários Totais Totais
(A) (B) (C=B/A) (D) (E=AxD) (F=C+D)
1 500,00 500,00 10,00 10,00 510,00
10 500,00 50,00 10,00 100,00 60,00
100 500,00 5,00 10,00 1.000,00 15,00
1.000 500,00 0,50 10,00 10.000,00 10,50
Custos Semivariáveis: são aqueles que têm variação total de acordo com o volume
de unidades produzidas, mas não exatamente na mesma proporção. Eles são
variáveis, mas possuem parcela fixa que existirá mesmo que nada seja produzido.
Exemplo: energia elétrica, que possui uma parte que varia conforme o volume
produzido (horas máquinas-força da fábrica) e outra parte que não depende da
produção (iluminação).
A energia que contribui para a força da fábrica A energia que contribui para a iluminação da
(horas máquinas trabalhadas) é variável. fábrica é fixa.
Ex.: energia consumida pelas máquinas. Ex.: energia consumida pelas lâmpadas acesas
(iluminação)
Lembre-se: dizer que um custo é fixo não significa dizer que o seu valor se
repete a cada período.
IMPORTANTE:
Custos Diretos
Quanto à apropriação aos
produtos
Custos Indiretos
Custos Variáveis
Quanto ao volume de
produção
Semifixos ou por Degraus
Semivariáveis
Despesas Variáveis: são gastos administrativos cujo valor total varia de acordo
com a quantidade vendida.
Exemplo: comissão sobre as vendas, impostos sobre as vendas, fretes e carretos
sobre as vendas, embalagens sobre produtos vendidos etc.
Comportamento das despesas variáveis.
Despesas Variáveis
Quantidade Receita
Vendida/mês Total Impostos sobre Vendas Comissão sobre Vendas
(10%) (5%)
0u 0,00 - -
10 u R$ 1.500 R$ 150 R$ 75
100 u R$ 15.000 R$ 1.500 R$ 750
1000 u R$ 150.000 R$ 15.000 R$ 7.500
Custos Diretos
Quanto ao Produto
Custos Indiretos
Custos Variáveis
Quanto ao Volume de
Gastos PRODUÇÂO
CHÃO DA FÁBRICA
Custos Fixos
Despesas Variáveis
Quanto ao Volume de
VENDAS
CHÃO DA ADMNISTRAÇÃO
Despesas Fixas
Atividades:
- Livro Texto
Autores: Eliseu Martins & Wellington Rocha
- Livro de Exercícios
Resolver os exercícios 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5.
- E as listas de exercícios.