Diálogo Ciencia

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Diálogo ciência

Personagens:
Carla - estudante universitária de filosofia, admiradora da adversidade
científica e tecnológica.
Tomás – estudante universitário de filosofia, desconfia dos cientistas a
quem acusa de terem demasiado poder. Diz que a ciência e a tecnologia são uma
nova religião do mundo ocidental: acredita-se nelas cegamente.
Marco – empregado de bar. Fã da ciência e da tecnologia. Acha que os
filósofos são uns “fala barato” que nunca chegam a uma conclusão. Subscreve
com entusiasmo a conhecida afirmação segundo a qual: “a filosofia é a ciência
com a qual ficamos sempre igual”.
Claúdia – aluna do secundário, parte para o debate sem opinião formada
sobre a importância da filosofia ou o valor da ciência. É curiosa, adora discussões
independentemente do assunto desde que proporcionem o confronte de pontos de
vista diferentes.

Questões:
2.1. Tese defendida: Marco afirma que existem diferenças muito
acentuadas entre o conhecimento vulgar (senso comum) e o conhecimento
científico (ciência).
2.2. 1º diferença entre o senso comum e a ciência: Origem desses
conhecimentos, ou seja, de onde provêm
2.3. Origem do senso comum: Origem na experiência (conhecimento
empírico)
2.4. Conhecimento empírico: Obtém-se através dos sentidos
2.5. Exemplo de conhecimento empírico: Sabor da cereja.
2.6. Origem da Ciência: Conhecimento essencialmente racional. O
conhecimento começa quando o cientista constrói teorias para explicar factos.
2.7. Distinção de facto e teoria: Um facto é um acontecimento situado no
espaço e tempo, algo que acontece. Para entendermos um facto é necessário
formular teorias, porque os factos não se explicam a si mesmos.
(Ao contrário do conhecimento vulgar, que tem origem na experiência, a ciência
provém principalmente da razão, pois é das teorias construídas pelos cientistas
que a ciência é feita.)
2.8. 2º diferença entre o senso comum e a Ciência: O conhecimento vulgar
e a ciência também se distinguem quanto á atitude: o conhecimento vulgar
caracteriza-se por uma atitude dogmática e a ciência por uma atitude crítica.
2.9. Atitude dogmática: Uma pessoa tem uma atitude dogmática quando
aceita o que vê e o que lhe dizem de maneira passiva, sem se preocupar em saber
se isso é verdade ou não.
2.10. Exemplo de atitude dogmática: Durante muito tempo, pensou-se que
a Terra ocupava o centro do Universo e que o Sol girava em torno dela. Esta
teoria, a que se chamou geocentrismo, dava como certo que o Sol nascia em
determinado sítio do horizonte e se punha no lado oposto.
2.11. Atitude crítica: É própria de quem põe dúvida o que parece óbvio e
avalia as coisas de forma racional.
2.12. Exemplo de atitude crítica: Copérnico. Formulou a hipótese
heliocêntrica pois pôs em causa a teoria geocêntrica que parecia óbvia.
2.13. 3º diferença entre o senso comum e a ciência: Motivações, ou seja,
quais as motivações que estão por detrás do desejo de conhecer.
2.14. Motivação do senso comum: A utilidade.
2.15. Motivação da Ciência: A verdade.
2.16. 4º diferença entre o senso comum e a ciência: O valor.
2.17. Relatividade do senso comum: Valor relativo, isto é, não vale o
mesmo para toda gente.
2.18. Objetividade da ciência: Valor objetivo, isto é, tem valor universal (é
aceite por todos).
2.19. 5º diferença entre o senso comum e a ciência: Linguagem
2.20. Diferença entre a linguagem do senso comum e a linguagem da
ciência: A linguagem científica é unívoca, ou seja, tem apenas um sentido. É por
isso que os cientistas se esforçam por traduzir os seus conhecimentos em
linguagem matemática.
2.21. Vantagem do uso da linguagem matemática na ciência: Define
rigorosamente os conceitos utilizados, para que não sejam confundidos com o
sentido do dia-a-dia.

2.22.
Senso Comum Conhecimento
Científico
Experiência Conhecimento
(conhecimento essencialmente racional.
empírico) O conhecimento começa
quando o cientista
constrói teorias para
explicar factos. Um
facto é um
acontecimento situado
no espaço e tempo, algo
Origem que acontece. Para
entendermos um facto é
necessário formular
teorias, porque os factos
não se explicam a si
mesmos.

Atitude dogmática: Uma Atitude crítica: É própria


pessoa tem uma atitude de quem põe dúvida o
dogmática quando aceita que parece óbvio e
o que vê e o que lhe avalia as coisas de forma
dizem de maneira Atitude racional.
passiva, sem se
preocupar em saber se
isso é verdade ou não.

A utilidade Motivações A verdade


Valor relativo, isto é, Valor objetivo, isto é,
não vale o mesmo para Valor tem valor universal (é
toda gente. aceite por todos).

A linguagem científica é
unívoca, ou seja, tem
apenas um sentido. É
por isso que os cientistas
Linguagem se esforçam por traduzir
os seus conhecimentos
em linguagem
matemática.

3.1. Fases do método experimental: A observação (o cientista começa por


observar os factos); Formulação de hipóteses (o cientista cria hipóteses para
verificar esses factos); Verificação experimental (são realizadas diversas
experiências para verificar se a hipótese se confirma).
3.2. Lei científica: Quando a hipótese se confirma um grande número de
vezes deixa de ser encarada como tal e adquire o estatuto de lei científica.
3.3. Acontecimento histórico: O aparecimento do método experimental
veio substituir a chamada “verdade da autoridade”.
3.4. Verdade da autoridade: Aceitar sempre os pontos de vista das
“autoridades”. Durante séculos, considerou-se que a verdade apenas se podia
encontrar nos livros de Aristóteles e na Bíblia.
3.5. Utilização do telescópio: Simplíco usa os livros de Aristóteles como
argumento. Salviati contrapõe com factos e observações, nomeadamente as que
foram realizadas através do telescópio. Como o telescópio foi inventado por
Galileu, os argumentos de Salviati põe em causa a “verdade da autoridade”.

4.1. 1º crítica à observação: A observação não é um ponto de partida da


Ciência. Já temos algumas noções prévias sobre o que vamos observar ou, no
mínimo, expectativas do que vamos encontrar. O nosso conhecimento prévio e as
nossas expectativas do que iremos provavelmente ver afetam o que vemos de
facto.
4.2. 2º crítica à observação: As observações não são imparciais.
4.3. 3º crítica à observação: As observações são seletivas, logo não são
totalmente neutras. Para que haja observação é necessária que haja um objeto
escolhido, uma tarefa definida, um interesse prévio, um ponto de vista, um
problema que se pretende resolver, etc. Ou seja, a observação é seletiva porque
selecionamos o que vemos, seja uma escolha consciente ou não. Num contexto
científico, os cientistas escolhem apenas os aspetos da situação que lhes
interessam para o estudo.
4.4. Crítica à indução: O facto de uma hipótese ser confirmada em todas as
experiências realizadas não permite concluir que essa hipótese é verdadeira.
4.5. Distinção entre a indução e a dedução: Um argumento dedutivo parte
de certas premissas e chegas a uma conclusão que se segue logicamente das
premissas. Um argumento é indutivo quando nele se faz generalização a partir de
um certo número de casos observados.

4.6. Característica distinta da dedução: Os argumentos dedutivos dão-nos


garantias que os argumentos indutivos nunca poderão dar. É impossível, num
argumento dedutivo, as premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa.
Então, os argumentos dedutivos preservam sempre a verdade.
4.7. 1º objeção às críticas feitas à indução: Na prática, a indução parece
funcionar. A sua utilidade não pode ser posta em causa, já que permite descobrir
regularidades na Natureza e, desse modo, prever o seu comportamento futuro.
4.8. 2º objeção às críticas feitas à indução: Nenhuma outra forma de
argumentação nos pode ajudar melhor a prever o futuro do que o princípio de
indução.
4.9. Falácia da petição de princípio: Um argumento indutivo não pode
justificar satisfatoriamente a indução. É uma falácia porque o que afirma na
conclusão já estava aceite como verdadeiro nas premissas. Neste caso, conclui-se
que a indução é fiável com base na premissa de que a indução é fiável.
(argumento circular)
4.10. 3º objeção às críticas feitas à indução: Mesmo que nunca possamos
dizer que a conclusão de um argumento indutivo é absolutamente certa, podemos
dizer que é muito provável que seja verdadeira (probabilismo).
4.11. Probabilismo: Quanto maior for o número de observações que
confirmem essa conclusão, mais provável ela é.
4.12. Crítica ao probabilismo: É considerada uma hipótese com base na
frequência com que aconteceu no passado.

5.1. Método científico proposto por Popper: Método das conjecturas e


refutações (falsificacionismo).
5.2. Diferença entre o método científico tradicional e o método defendido
por Popper: O papel atribuído á observação e a função que nele desempenham os
testes científicos.
5.3. Objetivos dos testes científicos: Não servem para verificar se a teoria
em causa é verdadeira. Servem para saber se é falsa. Por à prova a teoria, ou seja,
as conjecturas.
5.4. Vantagem em saber que uma teoria é falsa: Não se pode provar que
uma teoria é verdadeira através de testes. Portanto, se soubermos que uma teoria
é falsa, ela é abandonada ou, no mínimo, modificada. As teorias que se descobre
estarem erradas são ultrapassadas e substituídas por novas teorias.
5.5. Conjetura: Suposições bem fundamentadas.
5.6. Falsificacionismo: O objetivo dos testes científicos é por à prova a
teoria, ou seja, as conjeturas. O que se espera é que os testes venham a detetar as
falhas da teoria, ou seja, que as conjeturas sejam refutadas. A conjetura resiste ou
não às refutações, mas, seja qual for o resultado é sempre útil à Ciência.
5.7. Teoria falsificável: É uma teoria que tem a propriedade de ser
verdadeira ou falsa.
Teoria falsificada: É uma teoria que se provou ser falsa.
5.8. sistema de refereeing: Através do sistema de refereeing os artigos que
são enviados para publicação são avaliados por especialistas mundiais no
assunto. O papel dos referes é precisamente o de tentar encontrar falhas na teoria
que é defendida no artigo, isto é, fazem um teste de falsificabilidade.
(Em alternativa ao método científico tradicional, Karl Popper propõe um novo
método, que se caracteriza pela formulação arrojada e imaginativa de hipóteses.
Estas hipóteses são depois testadas através de testes severos e rigorosos, que têm
o poder de falsificar, mas não se as confirmar. Assim entendido, o método
científico deixa de se apoiar na indução (generalizar a partir de casos observados)
e passa a ser constituído por conjeturas ousadas que depois são submetidas a
estes testes rigorosos. Popper designa-o por método das conjeturas e refutações
(falsificacionismo). Nesta perspetiva, o cientista não erra ao colocar uma
conjetura interessante que é posteriormente refutada, mas cometeria um erro se
apresentasse uma conjetura que não permitisse qualquer refutação, ou se
continuasse a defendê-la quando os dados empíricos a refutam.)
5.9. 1º aspeto inovador da conceção de Popper sobre o método científico:
Propõe como critério de cientificidade a falsificabilidade.
5.10. Critério de cientificidade: permite dizer que determinado enunciado
é científico.
5.11. Critério de cientificidade proposto por Popper: De acordo com este
novo critério, uma conjetura só deve ser considerada científica se enunciar com
rigor e clareza as condições em que pode ser falsificada.

5.12. 2º aspeto inovador: Popper fornece-nos um critério de demarcação


claro para distinguir uma hipótese científica de uma não científica. O critério é
este: para uma hipótese ser considerada científica é necessário que essa hipótese
possa ser refutada por meio de testes rigorosos. Popper recomenda que
formulemos as teorias de maneira tão clara quanto possível, de modo a expô-las à
refutação sem ambiguidades. O cientista não se limita a apresentar a sua
conjetura, deve também enunciar aquilo que, no caso de acontecer, prova que a
sua conjetura é falsa. E depois vai realizar os testes, exatamente para ver se
acontece aquilo que era suposto não acontecer. Quanto mais falsificável um
enunciado for, mais útil é à Ciência. Mas, para ser falsificável, ele não deve ser
vago, tem de ser claro e direto.
5.13. Astrologia: Não é uma Ciência. As hipóteses astrológicas não são
formuladas com clareza e precisão e não indicam quais as circunstâncias em que
se pode provar que são falsas; como não se conhecem os factos capazes de as
refutar, não é possível testá-las. Como não são suscetíveis de testes, as hipóteses
da astrologia não são científicas.
5.14. Vantagem em haver um critério de demarcação claro entre Ciência e
pseudociência: Enquanto uma hipótese não falsificável é inútil para a Ciência,
uma hipótese falsificável é sempre de grande utilidade. Se não passou nos testes
de falsificabilidade, leva os cientistas a formularem outra hipótese que resista
melhor; se passou nos testes, a teoria merece ser levada a sério.
5.15. 3º aspeto inovador: Popper defende uma nova conceção da Ciência
bastante diferente da conceção que tradicionalmente se ensina nas escolas. A
Ciência deixa de ser vista como um conhecimento inequivocamente verdadeiro e
passa a ser encarada como um conhecimento aproximado. Segundo a perspetiva
tradicional da Ciência, o conhecimento é constituído por “leis”, na conceção de
Popper fala-se de “conjeturas”. Segundo a perspetiva tradicional, a Ciência aspira
a verdade; para Popper, a expectativa é bem mais modesta, uma vez que foi posta
de parte essa ilusão de uma verdade indiscutível, o objetivo da Ciência é a
construção de conjeturas concebidas para serem melhores do que as conjeturas
(ou teorias) anteriores.
5.16. Ciência como a proximidade da verdade: Nunca saberemos com toda
a certeza se uma teoria é verdadeira, apenas podemos saber que é melhor que a
anterior.

6.1. 1º crítica feita a Popper: Popper atribui demasiada importância aos


testes que refutam as hipóteses e despreza os testes que as confirmam.
6.2. 2º crítica feita a Popper: os cientistas não devem abandonar
imediatamente uma teoria apenas porque ela é refutada num teste, porque a
probabilidade de a teoria falhar nos testes por motivos alheios à teoria é muito
grande.
6.3. 3º crítica feita a Popper: Maioria dos cientistas não refutam as suas
teorias.
6.4. Kuhn apoia a 3º crítica feita a Popper: Kuhn afirma que os cientistas,
tal como as pessoas, são muito resistentes á mudança. Isso leva-o a discordar de
Popper e subscreve a crítica a qual Popper fala de como a Ciência deveria ser,
não de como ela é realmente.
6.5. Paradigma: Kuhn defendeu que as teorias científicas surgem a a partir
de um quadro concetual, que é uma certa maneira de ver as coisas e funciona
como modelo. Essas teorias especiais, cujo alcance e influência ultrapassam em
muito o contexto em que surgiram, são paradigmas. Constituem o “pano de
fundo”, ou contexto mental, a partir da qual as teorias científicas vão surgindo,
sem que esse “pano de fundo” ou paradigma seja posto em causa. Nem todas as
teorias são paradigmas, embora todas as teorias se enquadrem num paradigma.
Todas as teorias surgem num contexto preciso e obedecem a uma certa forma de
encarar as coisas que, segundo Kuhn, é anterior às próprias teorias. Estas
estruturas são paradigmas.
6.6. Exemplo de paradigma: Heliocentrismo de Copérnico e a teoria
revolucionista de Darwin. Passaram a funcionar como quadro de referência aceite
pelas teorias que se lhe seguiram.
6.7. Ciência normal: Cientistas conservadores.
6.8. Ciência extraordinária: “dá-se uma revolução”. Um paradigma que era
aceite sem discussão é posto em causa.
6.9. Diferenças entre a Ciência normal e a Ciência extraordinária: A
Ciência normal é o que acontece normalmente, a regra, enquanto a extraordinária
é a exceção. Durante os períodos de Ciência normal, os cientistas resistem à
mudança e são conservadores; durante os períodos da Ciência extraordinária,
acontece exatamente o contrário: põe os antigos paradigmas em causa e
procuram teorias novas, de acordo com o novo paradigma.
6.10. Método utilizado pelos cientistas segundo Kuhn: Método da
resolução de puzzles.
6.11. Crítica a Popper feita por Paul Feyerabend: Popper defendeu o
método das conjeturas e refutações. Feyerabend não concorda com esta ideia;
defende que não existe um método científico único, afirma que não é possível
existir uma única maneira de fazer Ciência – com princípios firmes e iguais para
todos os cientistas.
6.12. Anarquismo epistemológico: Não são aceites quaisquer regras
impostas à partida, já que essas regras preestabelecidas podem revelar-se um
bloqueio à capacidade de inovação dos cientistas. A liberdade para improvisar
novas regras e violar as antigas é indispensável ao progresso da Ciência.

7.1. Principal objeção de Kuhn a Popper: Popper defende que devemos


por à prova os nossos pontos de vista, em vez de procurarmos facto que os
confirmem; ele próprio, contudo, utiliza sistematicamente os exemplos que
confirmam a sua visão da Ciência, deixando os outros de lado, isto é, Popper
apenas se preocupa com o que a Ciência deveria ser e não repara no modo como
ela é feita realmente.
7.2. Resposta de Popper à objeção de Kuhn: Popper sempre se preocupou
com a inovação e expansão do conhecimento. Foi isso que o levou a propor um
método capaz não só de explicar os momentos mais inovadores da História da
Ciência como também de fornecer um critério de cientificidade rigoroso.
7.3. Posição mais bem fundamentada: Popper. Kuhn não nos fornece
nenhum critério desse tipo, limitando-se a descrever sociologicamente o modo
como os cientistas investigam. Mesmo que seja mais adequado como explicação
da realidade da investigação científica, enquanto estímulo ao progresso da
Ciência, o estudo de Kuhn é menos útil.
7.4. Principal objeção de Feyerabend a Popper: As descobertas científicas
não obedecem a um mérito lógico e racional, pois resultam muitas vezes do
improviso, do acaso e do não cumprimento dessas regras. Feyerabend conclui
que se não existe um único método científico, tudo é permitido, desde que
contribua para o progresso da Ciência.
7.5. Resposta de Popper à objeção de Feyerabend: É necessário distinguir
o contexto em que a descoberta acontece da sua justificação racional. Segundo
Popper, o modo como se chega a uma teoria não tem grande importância. Não
interessa se o cientista teve uma intuição ou um sonho, esses aspetos apenas
interessam de um ponto de vista psicológico ou, talvez, para quem faça a
biografia desse cientista. O valor científico de uma teoria não depende do
contexto psicológico em que surgiu, mas sim do facto de ser debatida e aceite
pelos outros especialistas na matéria. Uma teoria pode surgir de uma intuição
irracional e inexplicável, mas o seu valor científico terá forçosamente de ser
justificado através de explicações racionais; ou seja, o facto de haver aspetos
irracionais na génese de uma teoria não torna essa teoria irracional.
7.6. Posição mais bem fundamentada: A posição de Popper é mais bem
fundamentada pois a maneira pela qual se chega a uma teoria não tem qualquer
relação com o seu valor.

8.1. Dificuldade em definir o perfil do cientista: A discussão sobre o


método gira a volta da questão, qual é o perfil do cientista?; Divergência de
opiniões.
8.2. Posição de Popper, Kuhn, Bachelard: Popper – alguém que busca
sempre a inovação; Kuhn – alguém resistente à mudança; Bachelard – será que a
maior parte dos cientistas são uteis á Ciência na primeira parte das suas vidas e
prejudiciais na sunga?
8.3. Outros problemas: “o que é a Ciência?”; problema da objetividade
científica; racionalidade científica.

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