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Os aminoácidos polares tem grupos com carga elétrica liquida ou grupos com cargas
residuais. São subdivididos em três categorias, segundo a carga: aminoácidos básicos
(carga +), aminoácidos ácidos (carga -), aminoácidos polares sem carga, sem carga
líquida.
pI = pKa1 + pKa2 / 2
Os aminoácidos podem formar polímeros lineares pela ligação do grupo alfa carboxila
de um com o grupo alfa amino de outro. Esta ligação é ligação amídica, no caso de
proteínas, peptídica. É obtida pela exclusão de uma molécula de água.
O polímero de aminoácidos pode ser visualizado como uma cadeia constituída por
unidades planares, as unidades peptídicas, ligadas por uma articulação flexível, o
carbono alfa. A cadeia polipeptídica, graças a este arranjo, pode dobrar-se de muitas
maneiras diferentes.
A cadeia polipeptídica pode conter um numero variável de aminoácidos, resíduos de
aminoácidos, já que na formação de cada ligação foi eliminada uma molécula de água.
Quando o número de aminoácidos é igual a 2, é chamado de dipeptídeo; com 3,
tripeptídeo, e assim por diante. Polímeros contendo até 30 aminoácidos são chamados
de oligopeptídeos; quando o número é maior, podendo chegar a centenas e milhares, são
chamados de polipeptídeos. As cadeias polipeptídicas que podem ser associadas a uma
função recebem a designação de proteínas. Qualquer que seja o numero de aminoácidos,
os peptídeos apresentam um grupamento amino livre em uma das extremidades (amino
terminal) e um grupo carboxila livre na outra (carboxila terminal); além dos grupos R
dos aminoácidos.
Ligações iônicas ou salinas – grupos com cargas opostas, como os presentes nos
aminoácidos básicos (lisina, arginina e histidina) e ácidos (aspartato e glutamato).
Forças de wan der Waals – resultante das forças de atração e repulsão entre partes de
moléculas. Inclui forças entre dipolos permanentes e dipolos induzidos.
Além das ligações não covalentes, a estrutura proteica pode ser estabilizada por uma
ligação covalente, a ponte dissulfeto (-S-S-), formada entre dois resíduos de cisteína por
uma reação de oxidação catalisada por enzimas específicas. Pontes dissulfetos são
raramente encontradas em proteínas intracelulares, sendo mais frequentes em proteínas
secretadas para o meio extracelular. Ex: insulina.
Tem a forma alongada e, diferentemente das globulares, são formadas pela associação
de módulos repetitivos, possibilitando a construção de grandes estruturas. O
componente fundamental são cadeias polipeptídicas muito longas com estrutura
secundária: alfa-helice nas queratinas, folha beta pregueada nas beta queratinas e uma
helica característica no colágeno.
Proteínas Conjugadas
A carga elétrica total de uma proteína é o somatório das cargas presentes nas cadeias
laterais dos aminoácidos e nos grupos amino e carboxila terminais.
Para cada proteína existe um determinado valor de pH – ponto isoelétrico (pI) – no qual
a molécula é eletricamente neutra. Neste pH, o número de cargas positivas (grupos
básicos protonados) equivale ao numero de cargas negativas (grupos ácidos
desprotonados).
Para a pepsina, por exemplo, que tem muito mais aminoácidos ácidos (28%), que
aminoácidos básicos (2%), a equivalência de cargas é obtida quando a grande maioria
das carboxilas dos aminoácidos ácidos está protonada (sem carga) e apenas uma
pequena fração desprotonada (com carga negativa). O pI da pepsina é igual a 1.
Em pH menor do que o pI, a proteína apresenta uma carga líquida positiva, tanto maior
quanto mais afastado do pI for o pH. Acima do pI, a proteína apresenta carga negativa
porque grupos ácidos desprotonados adquirem carga negativa e grupos básicos
desprotonados perdem cargas positiva.
Proteínas globulares pouco solúveis em água tornam-se cada vez mais solúveis a
medida que aumenta a concentração de sal da solução. Esse fenômeno é chamado de
“salting in”. Deste modo, o efeito eletrostático de íons em soluções salinas diluídas é um
fator adicional para o aumento da solubilidade das proteínas, além da sua camada de
solvatação. Por outro lado, quando a concentração de sal atinge valores muito elevados,
a solubilidade das proteínas diminui, efeito chamado “salting out”, ocorre com sais di
ou trivalentes, que competem com a proteína por moléculas de água para solvatação.
O sal mais utilizado é o sulfato de amônio – (NH4)2SO4. Este sal estabiliza a estrutura
nativa das proteínas, possibilitando que elas precipitem sem sofrer desnaturação.
Alterações físicas e químicas podem afetar sua estrutura especial a ponto de ocasionar a
perda de sua função. A proteína é dita então desnaturada, destruída devido ao
rompimento de ligações não covalentes.
O aquecimento a temperaturas altas, mas menores do que 100 graus provoca
desnaturação da maioria das proteínas.
Outros agentes desnaturantes são os ácidos e álcalis fortes: valores de pH muito baixos
ou muito altos, afetando a ionização dos grupamentos da proteína, conferem a molécula
uma elevada carga positiva ou negativa, ocasionando a repulsão intramolecular, com
exposição do interior hidrofóbico.
Estas técnicas permitem uma purificação parcial e devem ser seguidas de outras, mais
seletivas, como cromatografia e eletroforese.
Atualmente, proteínas podem ser obtidas por um caminho totalmente diferentes, graças
ao desenvolvimento das técnicas de DNA recombinante. O gene que codifica a proteína
desejada pode ser isolado das células de origem e expresso em organismos com
crescimento rápido, como bactérias e leveduras.