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ARIANE GON RA 212354

1- O IGI dos equinos é capaz de realizar dois tipos de digestão, a enzimática, que
realiza uma digestão de carboidratos não estruturais dos alimentos, como amido,
maltose e sacarose, e a fermentativa, que ocorre devida à grande população de
microrganismos presente no ceco e cólon funcional desses animais funcionais, que
realiza a digestão de, principalmente, carboidratos estruturais presentes na parede
celular das plantas.
2- Ocorrem dois tipos, uma digestão pré-cecal (antes do ceco) que é composta por
enzimas, e a digestão pós-ileal (após a válvula ileocecal), que é uma digestão
fermentativa realizada pela microbiota local. Vale ressaltar que no estômago
ocorrem alguns processos fermentativos (pouco, quando comparado ao intestino
grosso) em razão de uma extensa área aglandular (desprovida de glândulas)
localizada na região do corpo e fundo do estômago.
3- Em decorrência da digestão enzimática e absorção dos nutrientes (carboidratos
solúveis e proteínas), que ocorre antes que o alimento chegue ao intestino grosso, a
qualidade daquela massa prejudica a digestão microbiana, pois faltam nutrientes
para a microbiota (proteínas, carboidratos e minerais). Devido a isso, a energia obtida
pela fermentação dessa fibra é muito menor.
4- Os equinos captam os alimentos com auxílio de lábios, língua e dentes, sendo
fundamental a dentição completa e sem anomalias para que ocorra a mastigação,
sendo que a duração da mesma vai dependendo do tipo de alimento.
5- A digestão de gorduras acontece no intestino delgado, principalmente pela ação
do suco pancreático, rico em enzimas lipases (quebram lipídios) e também pela ação
do suco biliar, que emulsifica as gorduras, tornando-as mais fáceis de serem
quebradas. A absorção dos lipídeos acontece ao longo do intestino delgado através
das microvilosidades pela circulação linfática.
6- Os equinos apresentam um intestino grosso altamente desenvolvido e com muita
motilidade. O cólon, por exemplo, é subdividido em cólon direito ventral e esquerdo,
cólon direito dorsal e esquerdo e cólon distal. Graças a isso, o alimento fica por
muito mais tempo nessas porções e isso favorece a fermentação, pois possibilita a
ação dos microrganismos na digestão da parede celular das forragens por muito
tempo.
7- Celulose, hemicelulose e pectinas. Os equinos diferem entre 40 a 50% dos
carboidratos da parede celular.
8- Na região do intestino delgado, os carboidratos não estruturais serão
hidrolisados ​(quebrados) por ação de enzimas, principalmente como pancreáticas, o
que inclui sacarases, maltases, lipases e amilases. As enzimas irão digerir os
carboidratos não estruturais a monossacarídeos, as partículas que, posteriormente,
serão absorvidas no próprio intestino delgado. Os carboidratos não estruturais que
escapam a essa digestão enzimática serão fermentados no IG, gerando ácidos graxos
voláteis. Os carboidratos estruturais são fracionados em carboidratos rapidamente e
lentamente fermentáveis, são eles celulose, hemicelulose, pectinas, frutanas e outros.
Serão convertidos por ação enzimática dos microrganismos do IG em ácidos graxos
voláteis, acetato, propionato, butirato, valérico e isovalérico.
9- Essa geração de energia pode ser capaz de cumprir as exigências dos equinos,
entretanto, animais realizam esforço intenso (alto desempenho) necessitam de uma
maior quantidade de energia na dieta. Essa suplementação é feita com adição de
grãos ou subprodutos de grãos de cereais, pois estes contém muito amido (oferece
muita energia 95% digerível) e açúcares.
10- A digestão enzimática que acontece no intestino delgado não é capaz de realizar
a digestão completa desse excesso de amido, resultando no transporte desse
carboidrato não estrutural para o ceco e cólon. Lá ele é rapidamente fermentado,
produzindo gases em excesso e também ácido lático. O ácido lático retém água e
diminui o pH intestinal, o que afeta diretamente a microbiota, resultando em
desordens digestivas. Ainda, o excesso de gases distende a parede intestinal e
comprime o TGI, causando cólicas.
11- A fibra é importante para todas as espécies, inclusive para as aves. Ela auxilia e
facilita a movimentação do alimento pelo TGI. Nos equinos ela previne distúrbios
comportamentais (como aerofagia) que ocorrem quando há falta de fibra.
12- A lignificação (aumento da quantidade de lignina) é um fator limitante para a
digestão, pois os herbívoros são limitados em sua digestão pelo curto período de
tempo em que a fibra fica exposta e digestão microbiana. A lignina presente na
parede celular das fibras é capaz de inibir a digestibilidade de outros carboidratos
estruturais como a celulose e a hemicelulose.
13- O fato de o alimento passar muito mais rápido pelo TGI do equino faz com que
haja uma ação microbiana por menor tempo, quando comparada à digestão
microbiana dos ruminantes. Desta forma, os equinos digerem a fibra com 60 a 70% da
eficiência dos ruminantes. Ainda, a eficiência na utilização dessa fibra depende de
três fatores: composição da dieta, atividade de digerir fibras (fibrolítica) da
microbiota e o tempo que o alimento fica em determinado segmento do trato
digestório.
14- Carboidratos das plantas são divididos em: Conteúdo Celular- amido (CHO
hidrolisável), açúcares mono e dissacarídeos (CHO hidrolisável), oligossacarídeos e
frutanas (CHO rapidamente fermentável); Parede Celular- b-glucanas e galactanas
(CHO rapidamente fermentável), Pectinas e Gomas (CHO rapidamente fermentável),
Hemicelulose, Celulose e Lignina (CHOs lentamente fermentáveis).
15- São extremamente importantes na dieta deles, os primários são as fontes
primárias de energia dos equinos, uma má alimentação pode ocasionar graves
problemas de saúde nesses animais.

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