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_Capa Renato Guimarães

Tudo e nada a respeito daquela sensação

De toda aquela
Mas daquela outra invasão
Que parecia ela, dela
E nada mais era: fissura
Da sua própria auto-censura

(Fabricia Laureano)
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_ Imagem Maria Clara Pinto

Uma preta levanta e grita

O branco vem e cala
Uma travesti ®existe à luz do dia
Tem olhares, risos, mãos fechadas e
bala
Um homem negro vem dizer das suas dores
Mas os gritos virtuais não querem saber
desse lugar de fala

Eu quero dizer, gritar, berrar

Eles dizem que não pode, tentam me
censurar
Mas eu tenho que expressar, não dá mais
pra calar
Os homi claros se doem, dizem que não
podem mais falar
Mas são só eles que falam sempre
Então chega deles narrarem, só a gente
da gente vai narrar

(Diego Lanza)
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_Imagem Tertuliana Lustosa

depois de muitas aventuras

não posso me esquecer
dos caminhos que passei
e do meu antigo ser
só quero me lembrar
que é preciso renascer

(Peter Pã)

_Imagem Peter Pã
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Outra Literatura
Este cordel foi criado durante a mostra Corpos Visíveis, na
oficina CORDEL DISSIDENTE, ministrada por Tertuliana
Lustosa, e junto com a oficina DRAMATURGAY, ministrada por
Peter Franco.
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