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Campo Montenegro
São José dos Campos, SP – Brasil
2004
ii
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARAUJO, Alfonso Celso Ferreira. Ensaio e Análise de Reparos Estruturais Típicos em Revestimento de
Aeronaves Tolerantes a Dano. 2004. 113f. Dissertação de mestrado – Instituto Tecnológico de Aeronáutica,
São José dos Campos.
CESSÃO DE DIREITOS
_____________________________________
Alfonso Celso Ferreira de Araujo
Av. São João, 241 Ap 51 – Bloco Bandeirantes
CEP 12.242-000 – São José dos Campos - SP
iii
ITA
iv
Agradecimentos
Ao Prof. Doutor Carlos Eduardo Chaves, que sempre foi prestativo em transmitir
conhecimentos e em orientar durante todo o trabalho.
A todos os meus colegas de trabalho, especialmente Valdir Rossi, que foi um dos
principais incentivadores e idealizador deste trabalho, Michelini, Bruno e Osvaldo que
ajudaram durante a fase de confecção dos corpos de prova.
Índice Geral
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS........................................................................................ 6
4 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS................................................................................109
5 REFERÊNCIAS .............................................................................................................111
ii
Índice de Figuras
Figuras 3.3.1 a 3.3.93. Fotos dos Corpos de Provas e respectivos desenhos mostrando
desenvolvimento das trincas ...............................................................................................52
Figura 4.1. Momento Secundário devido a excentricidade do fluxo de carga...................109
v
Índice de Tabelas
Simbologia e Abreviações
a: comprimento de trinca
D: diâmetro do furo do rebite
E: módulo de elasticidade
G: variação de energia potencial devido a um incremento na extensão da trinca
Gc: energia relacionada à tenacidade à fratura do material
K: fator de intensidade de tensão
Kc: tenacidade à fratura do material
kt: fator de concentração de tensão
kf: fator de entalhe para fadiga
ktg: fatores de concentração de tensão devido à carga remota
ktb: fatores de concentração de tensão devido à carga transferida
θ: fator de distribuição de tensão devido à carga transferida
N: número de ciclos
q: severidade de um entalhe
P: carga recebida pelo revestimento
∆P: carga transferida pelo rebite
R: razão de tensão
Seq: tensão nominal equivalente
Smax: tensão nominal máxima
Sar: tensão nominal reversa para o elemento com descontinuidade
W: largura do revestimento que resiste à carga transferida por um rebite.
t: espessura da chapa
α: constante do material
β: coeficiente de correção geométrica
ρ: raio do entalhe
σ : tensão local na região da descontinuidade geométrica
σmax: tensão máxima
σmin: tensão mínima
σa : tensão alternada
vii
Sumário
Abstract
During the economic life of an aircraft, the skin of the fuselage may have failures and
structural damages. The failures may be cracks that occur due to loads that are applied to skin
during taxiing, take-offs, flights and landings, and damages, generally, occur due to some
external factor during the operation and maintenance of the aircraft. When some failure or
damage is verified in the skin, two are the possibilities to keep the aircraft operational:
structural analysis to verify if the damage is permanent acceptable or temporarily allowable
for a certain period of time or cycles of flights or if it is necessary to make a structural repair.
The damage tolerance analysis shall verify if the structure still remains with enough residual
strength and determine the inspection interval. In case of the damage or failure being not
allowable, it is necessary then, to make the structural repair or to replace the skin panel. The
structural repair is made by metallic sheet or composite material, mechanically attached to
the skin through rivets, fasteners or even through structural resins. Although the riveted
structural repair increases the strength of the damaged area, at the same time it introduces
stress concentrations, which can degraded the fatigue life and decrease the damage tolerance
qualities.
The main scope of this report is to present the test results and structural analysis of some
configurations of metallic repairs riveted to skin of aircraft. It has been tested five typical
configurations of repairs that are more commonly used during aircraft maintenance.
1
1 INTRODUÇÃO
convés e material utilizado na fabricação dos navios apresentava baixa tenacidade. Devido
principalmente a estas falhas, um grupo de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Naval
em Washington D.C. começou a estudar o problema de fraturas em detalhe. Este laboratório
era liderado por Dr. G. R. Irwin, que concluiu na época que toda a ferramenta necessária para
análise de mecânica da fratura já estava disponível. A principal contribuição de Irwin foi
estender o trabalho de Griffith para materiais metálicos, incluindo a energia de dissipação
para um fluxo plástico local. Em 1956, Irwin desenvolveu o conceito de razão de energia de
dissipação, o qual é baseado na teoria de Griffith, mas numa forma mais apropriada para
solução de problemas de engenharia (referência [3]).
Em 1956 também, Wells usou a mecânica da fratura para mostrar que falhas na
fuselagem de aeronaves Comet eram causadas por trincas devido a fadiga que atingiam o
tamanho crítico (referência [2]). As trincas iniciavam-se nos furos de rebites próximo aos
cantos das janelas que produziam uma crítica concentração de tensão.
Em 1960, Paris e colegas falharam em tentar encontrar uma receptividade ao seus
estudos sobre a aplicação de princípios de mecânica da fratura para o crescimento de trincas.
Apesar de terem argumentos convincentes experimentais e teóricos para suas formulações,
parecia que os engenheiros da época ainda não estavam preparados para abandonar as análises
de projetos baseadas em curvas S-N em favor de estudos mais rigorosos de fadiga. Este
período por volta do ano de 1960 pode ser considerado com um marco, com os fundamentos
da Mecânica da Fratura Elástica Linear sendo bem estabelecidos. A partir desta época,
muitos estudos foram feitos para analisar problemas onde a deformação plástica antes da falha
era significante. Era o início da análise da Mecânica da Fratura não linear Elasto-Plástica.
Irwin elaborou um modelo baseado na correção para o escoamento na ponta da trinca
(referência [3]). Wells propôs o deslocamento na ponta da face da trinca como um critério
alternativo quando plasticidade significante precede falhas. Este estudo caminhou para o
parâmetro conhecido hoje como CTOD (“Crack Tip Opening Displacement”). Em 1968, Rice
mostrou que a razão de dissipação de energia não linear pode ser expressa em termos de uma
integral, que é conhecida atualmente como integral “J” (referência [16]).
Na década de 70, a Força Aérea dos Estados Unidos publicou os requisitos de
tolerância a dano, representados pela norma MIL-A-83444. Estes requisitos consideravam que
um defeito poderia estar presente em pontos críticos da estrutura, desde o momento de sua
fabricação e assim os fabricantes deveriam demonstrar, através de testes e cálculos que,
mesmo com uma trinca, as estruturas teriam resistência residual suficiente para resistir
durante o período pré-estabelecido (referência [13]). A razão direta da introdução dos novos
5
requisitos estruturais foi a perda, em dezembro e 1969, de um F-111 depois de apenas cem
horas de vôo (referência [9]) . A aeronave saiu de fábrica com um pequeno defeito no pivô de
fixação da asa esquerda, causando falha catastrófica numa manobra executada com um fator
de carga de 4.0 g quando havia sido projetada para suportar até 11.0 g. Após a implantação
destes requisitos, houve apenas um acidente em aeronaves devido ao problema de fadiga num
total de quatorze milhões de horas voadas.
Atualmente especial atenção está sendo dada aos estudos de dano múltiplo (“multi-site
damage” – MSD). As autoridades, fabricantes e operadores de aeronaves ficaram
preocupados com o MSD após o acidente fatal que ocorreu com o Boeing 737 em 1988.
Alguns outros casos de presença de trincas colineares em fileiras de furos foram reportados.
A análise de mecânica da fratura continua ainda evoluindo bastante, mas tem sido uma
importante ferramenta para a prevenção de acidentes aéreos devido a falhas estruturais por
fadiga.
6
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1 Fadiga
S eq = S max (1 − R )
γ (2.1.2)
S-N CURVE
Al 2024-T3 Kt=1.0 sheet, longitudinal
100
90
80
70
Smax [daN/mm2]
60
50
40
30
20
10
0
1E+03 1E+04 1E+05 1E+06 1E+07
Cycles
Para cada nível de tensão, o colapso devido à fadiga acontecerá para uma quantidade de
ciclos diferente. A curva SN é válida geralmente para número de ciclos maiores que 103. Para
valores menores, valores de tensões irreais são geralmente obtidos.
Para ciclos com cargas e, conseqüentemente, com tensões de amplitudes constantes, temos as
seguintes definições básicas (referência [1]).
• Tensão máxima: σmax , Tensão mínima: σmin
• Tensão média: σm = (σmax + σmin)/2
• Tensão alternada ou amplitude de tensão: σa = ∆σ/2 = (σmax - σmin)/2
• Razão de tensão: R = σmin / σmax
N1 N N
+ 2 + 3 +
N f1 N f 2 N f 3
= ∑ NN j
fj
=1 (2.1.3)
9
σ
kt = (2.1.4)
S
Onde:
S: tensão nominal
σ : tensão local na região da descontinuidade geométrica
A figura abaixo mostra (referência [4]) os valores dos fatores de concentração de tensão
(kt) para chapas com furos, raios de borda e chanfros, submetidos a carregamentos de tração
(P) e flexão (M). Os dados de entrada serão o diâmetro d ou o raio de curvatura r e a largura
(w ou w1). Pode-se observar que no caso de um furo, para uma chapa de largura w infinita, o
problema recai na solução teórica kt = 3 (da teoria da elasticidade).
Figura 2.1.4. Fator de Concentração de Tensão (kt) para algumas geometrias (ref. [1])
σ ar
kf = (2.1.5)
S ar
σa
σ ar = (2.1.6)
σ
1− m
σu
A relação entre kt e kf pode ser definida como severidade de um entalhe “q” (“notch
sensitivity”):
k f −1 (2.1.7)
q=
kt − 1
Onde:
Como este trabalho não utiliza a abordagem εN, este método de análise será comentado
sucintamente.
A abordagem baseada em deformações para o problema de fadiga leva em conta as
deformações plásticas que podem ocorrer em regiões localizadas, onde surgirão trincas
decorrentes do dano por fadiga.
12
σ 'f
εa = (2 N )
f
.b
+ ε 'f (2 N f )
.c
(2.1.9)
E
Onde:
σ’f : tensão de ruptura do material para meio ciclo
E: módulo de elasticidade do material
Quando trincas são difíceis de evitar, uma metodologia especial é utilizada para auxiliar
na seleção de materiais e projetos de componentes para minimizar a possibilidade de falha: a
mecânica da fratura, que pode ser entendida como uma disciplina de engenharia que
quantifica as condições sob as quais um corpo carregado pode falhar devido ao crescimento
de uma trinca dominante contida nesse corpo.
O estudo e o uso da mecânica da fratura são de extrema importância visto que as trincas
ou falhas ocorrem mais freqüentemente do que se pode imaginar inicialmente. Por exemplo,
as inspeções periódicas de aeronaves comerciais freqüentemente revelam trincas que
necessitam ser reparadas.
Existem dois campos principais no estudo da mecânica da fratura: a Mecânica da
Fratura Linear Elástica (MFLE) e a Mecânica da Fratura Elasto-Plástica (MFEP). Quando o
material possui valores de tenacidade a fratura altos, a MFLE deixa de ser aplicável e é
necessário analisar a fratura através de parâmetros como Integral-J e CTOD (“Crack Tip
Opening Displacement”) da MFEP. Infelizmente, estes parâmetros não serão apresentados,
visto que o foco principal deste trabalho é a análise de trincas em chapas de alumínio sob
tensões relativamente baixas, que possui comportamento à fratura, linear elástico.
Existem duas abordagens para a análise de falha por fratura. O critério de energia e a
abordagem da intensidade de tensão.
No critério de energia, para uma trinca de comprimento 2a em uma placa de largura
infinita sujeita a tensão remota, a variação de energia potencial devido a um incremento na
extensão da trinca é dada por:
πσ 2 a
G= (2.2.1)
E
A falha neste critério acontece quando G é igual a Gc, que é a medida de tenacidade à
fratura do material.
Na abordagem de intensidade de tensão, o parâmetro que mede o nível de tensão nas
proximidades da ponta da trinca é denominado por fator de intensidade de tensão K. Existem
três tipos de fatores de intensidade de tensão (KI, KII e KIII) que correspondem,
respectivamente aos modos I, II e III de abertura de trinca.
14
A figura 2.2.1 mostra os modos de abertura de trinca que podem ocorrer devido a um
carregamento específico.
As tensões próximas a ponta da trinca são dadas pela expressão abaixo (referência [6]).
σ ij ( r , θ) = [KI f Iij (θ) + KII f IIij (θ) + KIII f IIIij (θ)]; (2.2.2)
2π r
Onde:
f Iij (θ), f IIij (θ), f IIIij (θ) são funções adimensionais do ângulo θ e,
i, j são direções x, y em um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais.
KI
σ yy = cos (θ/2) [1 + sen (θ /2) sen (3θ/2) ]; (2.2.3)
2π r
Ao longo do eixo x (figura 2.2.2), quando o valor de θ vale zero, tem-se a expressão:
KI (2.2.4)
σ yy =
2π r
K = βS πa (2.2.6)
Onde o fator β é denominado de fator de correção geométrica. Para uma trinca central
numa placa definida como tendo largura infinita, o fator de correção geométrica é igual a
unidade.
Durante a propagação de uma trinca, a variação de intensidade de tensão é dada por:
∆K = β∆S πa (2.2.7)
A figura 2.2.3 mostra uma curva dadN x ∆K do material aço A533B-1 de σu = 627
MPa. Essas curvas são obtidas através de ensaios em laboratório.
Equação de Paris:
da
= C p (∆K ) p
m
(2.2.8)
dN
Equação de Forman:
C f ( ∆K )
mf
(2.2.9)
da / dN =
(1 − R) K c − ∆K
Onde:
Existem muitas outras equações utilizadas para ajustar a curva dadN x ∆K, sendo que
todas delas não tem significado físico, sendo apenas equações de ajuste.
Conhecendo-se a relação entre da/dN e ∆K, deve-se efetuar a integração para a obtenção
de a como função do número de ciclos de interesse., como mostrado na equação abaixo:
da
= f (∆K , R) (2.2.10)
dN
Nf af
da
N if = ∫ dN = N
Ni
f − Ni = ∫ f (∆K , R )
ai
(2.2.11)
18
400
Figura 3.1. Configuração A - Reparo sobreposto típico com um doubler externo e três
carreiras de rebites
20
Figura 3.2. Configuração B - Reparo sobreposto típico com dois “doublers” externos e
três carreiras de rebites
400
Figura 3.4. Configuração D - Reparo sobreposto típico com um “doubler” externo com
aplicação de “Cold Work” nas carreiras de rebites mais externas
22
400
Figura 3.5. Configuração E - Reparo sobreposto típico com um doubler externo, com
rebites MS20470AD-5 nas carreiras de rebites mais externas
O ensaio dos corpos de prova simulando reparos estruturais rebitados foram feitos no
laboratório do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) - IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço)
- Subdivisão de Ensaios Estruturais, utilizando um equipamento de ensaio de tração e
compressão para cargas constantes e cíclicas modelo MTS 810 - Material Test System, com
capacidade para suportar cargas de até 25 ton. A figura 3.6 mostra o equipamento atuando
durante ensaio do corpo de prova #14.
Para os corpos de prova #1 a #12 foram aplicadas cargas cíclicas variando entre 0 e
4160 daN. Este valor de carga foi escolhido para que o nível de tensão remota ficasse
variando ciclicamente entre zero e 13 daN/mm2.
Para os corpos de prova #13 a #15 foram aplicadas cargas cíclicas variando entre 0 e
3200 daN, com tensões variando entre zero e 10 daN/mm2.
Para cada corpo de prova foram feitas inspeções visuais detalhadas, pelo menos a cada
4000 ciclos para detecção de trincas.
A tabela abaixo mostra a quantidade de ciclos ocorridos para a nucleação de trincas para
cada corpo de prova. Todas as trincas surgiram nas chapas que simulavam o revestimento.
A tabela mostra também os valores encontrados de kf (fator de entalhe para fadiga) e kt
(fator de concentração de tensão). A seguir será mostrado como eles foram determinados.
Para a determinação dos fatores de entalhe para fadiga das regiões onde iniciaram a
trinca nos corpos de prova, foi utilizada a curva SN do material Al2024T3 para kt=1 e razão
de tensão igual a zero. Foi verificado qual seria o nível de tensão necessário na curva SN para
que ocorresse a nucleação de uma trinca com a quantidade de ciclos obtidos durante o ensaio.
Essa tensão determinada a partir da curva foi dividida pela tensão aplicada durante o ensaio,
obtendo assim o fator de entalhe para fadiga (kf) de cada corpo de prova.
A figura abaixo mostra a curva SN com os pontos obtidos durante o ensaio para tensões
remotas de 10 daN/mm2 e 13 daN/mm2.
90
80
70
60
Tensão ( daN/mm2)
Curva SN
50
Tensão: 13 daN/mm2
40
Tensão: 10 daN/mm2
30
20
10
0
1.00E+03 1.00E+04 1.00E+05 1.00E+06 1.00E+07
N (ciclos)
1
q= (3.1.1)
1+ (α / ρ)
kf −1
q= (3.1.2)
kt − 1
A fim de ser feita uma comparação destes resultados de ensaio com valores de fatores
de concentração analíticos, foi determinado o kt através da metodologia descrita na referencia
[21] - Airframe Stress Analysis and Sizing - Niu, e utilizando-se também modelos de
elementos finitos feitos através da ferramenta Nastran for Windows.
A análise foi feita para a determinação do fator de concentração de tensão de um furo de
um rebite transferindo carga. Este fator é dado por:
A tensão máxima local para um furo de um rebite carregado é obtido com a soma de
duas componentes: a tensão causada por uma carga transferida e tensão causada por uma
carga remota:
onde:
A figura abaixo explica como a carga em um rebite é transferida gerando uma tensão
local devido a uma carga transferida pelo rebite e uma tensão local devida a uma carga remota
aplicada.
Figura 3.1.2. Determinação das tensões locais em uma junta rebitada – (ref. [21])
29
Os fatores de concentração de tensão ktg (carga remota) e ktb (carga transferida) foram
obtidos utilizando-se os gráficos mostrados a seguir:
Figura 3.1.5. Fator de distribuição de tensão devido à carga transferida – (ref. [21])
Como a qualidade da vida em fadiga de uma junta rebitada é bastante influenciada pelo
tipo de rebite e pelo método de instalação, dois fatores são considerados nessa analise para
corrigir o fator de concentração de tensão kt:
kt = αβ ( k ∆P θ + k P ) (3.1.5)
tb tg
σref Dt Wt
Onde:
α: fator de condição do furo (nesta análise foi utilizado α=1 – furo feito no modo
padrão)
β: fator de preenchimento do furo (nesta análise foi utilizado β=0.75 – rebites)
32
Para a determinação da carga ∆P transferida por cada rebite foram utilizados modelos
de elementos finitos simulando as três configurações básicas de reparo analisadas neste
trabalho. O modelo foi feito através do Nastran for Windows utilizando-se elementos de placa
para representar os revestimentos e “doublers”, elementos de viga e elementos de mola
combinados para simular os rebites e elementos rígidos para a aplicação de carga pontual.
Para a simulação dos rebites foi utilizada a metodologia discutida no trabalho referência
[12]. Neste estudo foi verificado através de ensaios e fotoelasticidade que utilizando
elementos de barra e molas combinados para simular a rigidez a cisalhamento e flexão do
rebites, os resultados de tensão local na região do rebite e devido ao momento secundário
causado pela excentricidade das cargas entre duas chapas rebitadas possuíam uma boa
concordância com os valores experimentais.
Desta forma, utilizando as forças resultantes nos rebites determinadas pelos modelos de
elementos finitos como a carga ∆P (definida anteriormente) e considerando a carga remota
como a diferença entre tensão remota (13 daN/mm2 ou 10 daN/mm2) multiplicada pela
distância entre dois rebites e pela espessura, e a carga ∆P (tensão remota * distancia entre dois
rebites * espessura – ∆P), foram obtidos os fatores de severidades de fadiga que podem ser
assumidos como coeficientes de concentração para juntas rebitadas.
Exemplo: Configuração A
α 1
β 0.75
σ ref 13
ktb 1.05
ktg 3.05
W (mm) 20
T (mm) 0.8
D (mm) 3.2
θ 1.05
V1
L1
C1
Z X
4160.
23.
21.
20.
18.
17.
15.
13.
12.
10.
8.4
6.7
Y
5.1
Z X 3.5
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
1.9
Contour: Plate T op VonMis es S tress
V1
L1 16.
C1 15.
G1
14.
13.
12.
11.
10.
9.4
8.4
7.3
6.3
5.3
4.3
3.3
Y
2.3
Z X 1.3
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
0.2
Contour: Plate T op VonMis es S tress
8.1
-2.39 -1.18 4.9 5.78 -7.79 -13.7 -7.79 5.78 4.9 -1.18 -2.39
5.4
1.33 3.55 1.7 1.7 3.55 1.33 2.7
0.
-3.E -9 2.7E -9 2.E -10 4.E -10 6.E -10 2.E -10 2.6E -9 -3.E -9
-2.7
-1.33 -3.55 -1.7 -1.7 -3.55 -1.33 -5.4
-8.1
2.39 1.18 -4.9 -5.78 7.79 13.7 7.79 -5.78 -4.9 1.18 2.39
-11.
14.6 -1.48 -6.09 -2.93 -0.73 -2.93 -6.09 -1.48 14.6 -14.
Y
-16.
15.2 -0.94 1.71 -1.31 1.71 -0.94 15.2
Z X -19.
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1 21.7 16.8 21.7 -22.
Criteria: B ar E ndA Pl2 S hear F orce
V1
L1 70.
C1 -70.2 -68.4 -70.2 61.
G4
53.
-54.5 -46.7 -49.5 -47.3 -49.5 -46.7 -54.5
44.
-43.3 -33.4 -31.6 -34.8 -36.8 -34.8 -31.6 -33.4 -43.3 35.
26.
-24.4 -22.8 -19.7 -21.2 -33.6 -40.1 -33.6 -21.2 -19.7 -22.8 -24.4
18.
-9.69 -9.03 -10.9 -10.9 -9.03 -9.69 8.8
0.
-5.E -9 1.2E -9 1.E -10 1.E -11 -2E -10 -3E -11 1.1E -9 -5.E -9
-8.8
9.69 9.03 10.9 10.9 9.03 9.69 -18.
-26.
24.4 22.8 19.7 21.2 33.6 40.1 33.6 21.2 19.7 22.8 24.4
-35.
43.3 33.4 31.6 34.8 36.8 34.8 31.6 33.4 43.3 -44.
Y
-53.
54.5 46.7 49.5 47.3 49.5 46.7 54.5
Z X -61.
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1 70.2 68.4 70.2 -70.
Criteria: S pring Axial F orce
-14.6 1.68 6.36 3.24 1.09 3.24 6.36 1.68 -14.6 11.
7.9
-2.33 -1.18 4.97 5.93 -7.56 -13.4 -7.56 5.93 4.97 -1.18 -2.33
5.3
1.32 3.58 1.75 1.75 3.58 1.32 2.6
0.
-4.E -9 2.4E -9 2.E -10 7.E -10 2.3E -9 2.3E -9 4.3E -9 -2.E -9
-2.6
-1.32 -3.58 -1.75 -1.75 -3.58 -1.32 -5.3
-7.9
2.33 1.18 -4.97 -5.93 7.56 13.4 7.56 -5.93 -4.97 1.18 2.33
-11.
14.6 -1.68 -6.36 -3.24 -1.09 -3.24 -6.36 -1.68 14.6
-13.
Y
15.1 -1.47 1.34 -1.81 1.34 -1.47 15.1 -16.
Z X -18.
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1 21. 16.2 21.
-21.
Criteria: B ar E ndA Pl2 S hear F orce
V1
L1 72.
C1 63.
-72.2 -70.3 -72.2
G4
54.
-55.8 -47.5 -50.5 -48.1 -50.5 -47.5 -55.8
45.
-44.4 -33.8 -31.9 -35.1 -37.1 -35.1 -31.9 -33.8 -44.4 36.
27.
-24.7 -23.1 -19.8 -21.3 -34.1 -40.9 -34.1 -21.3 -19.8 -23.1 -24.7
18.
0.
-5.E -9 1.2E -9 -2E -10 -5E -10 -2.E -9 -2.E -9 -4E -10 -7.E -9
-9.
9.7 9.01 10.9 10.9 9.01 9.7 -18.
-27.
24.7 23.1 19.8 21.3 34.1 40.9 34.1 21.3 19.8 23.1 24.7
-36.
44.4 33.8 31.9 35.1 37.1 35.1 31.9 33.8 44.4 -45.
Y
55.8 47.5 50.5 48.1 50.5 47.5 55.8 -54.
Z X -63.
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1 72.2 70.3 72.2
-72.
Criteria: S pring Axial F orce
V1
L1
C1
Z
X
4160.
V1
L1 27.55
C1 25.96
G2
24.36
22.77
21.18
19.58
17.99
16.4
14.81
13.21
11.62
10.03
8.435
6.842
Y
5.249
Z X 3.657
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
2.064
Contour: Plate T op VonMis es S tress
14.33
13.25
12.16
11.08
9.99
8.905
7.82
6.734
5.649
4.563
3.478
Y
2.393
Z X 1.307
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
0.222
Contour: Plate T op VonMis es S tress
V1
L1 10.32
C1 9.695
G3
9.074
8.453
7.833
7.212
6.591
5.97
5.349
4.728
4.107
3.486
2.865
2.244
Y
1.623
Z X 1.003
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
0.382
Contour: Plate T op VonMis es S tress
V1
-2 2 . -1 8 .1 -2 2 . 2 1.97
L1
C1 1 9.22
G5 -1 3 .5 1 .2 8 -1 .8 2 1 .7 5 -1 .8 2 1 .2 8 -1 3 .5
1 6.48
1 3.73
-1 0 .1 -1 3 .4 -6 . -8 .8 6 -1 1 .1 -8 .8 6 -6 . -1 3 .4 -1 0 .1
1 0.98
0 .2 8 0 .9 7 1 .4 9 3 .7 7 -1 2 .8 -2 0 .5 -1 2 .8 3 .7 7 1 .4 9 0 .9 7 0 .2 8 8 .2 3 8
5 .4 9 2
2 .3 7 2 .9 2 1 .7 3 1 .7 3 2 .9 2 2 .3 7
2 .7 4 6
7 .6 E -6 -2 .E -5 1 .8 E -5 3 .E -5 5 .6 E -6 -2 .E -5 -1 .E -5 -1 .E -5 0 .0 0 0 0 1 0 5
-2 .7 4 6
-2 .3 7 -2 .9 2 -1 .7 3 -1 .7 3 -2 .9 2 -2 .3 7 -5 .4 9 2
-8 .2 3 8
-0 .2 8 -0 .9 7 -1 .4 9 -3 .7 7 1 2.8 2 0.5 1 2.8 -3 .7 7 -1 .4 9 -0 .9 7 -0 .2 8
-1 0 .9 8
Y
-1 6 .4 8
1 3.5 -1 .2 8 1 .8 2 -1 .7 5 1 .8 2 -1 .2 8 1 3.5
Z X -1 9 .2 2
Ou tpu t S et: M S C/ N A S T R A N Cas e 1
-2 1 .9 7
Criteria: B ar E n dA P l2 S hear F orce 2 2. 1 8.1 2 2.
V1
-7 4 .4 -7 3 .3 -7 4 .4 7 4.42
L1
C1 6 5.11
G6 -5 8 .4 -5 0 .7 -5 3 .5 -5 1 . -5 3 .5 -5 0 .7 -5 8 .4
5 5.81
4 6.51
-4 5 .8 -4 3 .8 -4 2 .1 -4 4 . -4 5 .2 -4 4 . -4 2 .1 -4 3 .8 -4 5 .8
3 7.21
-2 5 .3 -2 4 .9 -2 6 .1 -2 7 .1 -3 5 .2 -3 9 .2 -3 5 .2 -2 7 .1 -2 6 .1 -2 4 .9 -2 5 .3 2 7.91
1 8.6
-1 0 .9 -1 2 .2 -1 3 .5 -1 3 .5 -1 2 .2 -1 0 .9
9 .3 0 2
0 .0 0 0 0 0 7 6 3
8 .1 E -7 1 .E -5 3 .6 E -5 1 .3 E -5 -2 .E -5 -1 .E -5 4 .3 E -6 6 .6 E -6
-9 .3 0 2
-2 7 .9 1
2 5.3 2 4.9 2 6.1 2 7.1 3 5.2 3 9.2 3 5.2 2 7.1 2 6.1 2 4.9 2 5.3
-3 7 .2 1
Y
-5 5 .8 1
V1
L1
C1
Z X
4160.
V1
L1 29.22
C1 27.49
G1
25.76
24.03
22.3
20.56
18.83
17.1
15.37
13.64
11.91
10.18
8.446
6.715
Y
4.984
Z X 3.253
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
1.521
Contour: Plate T op VonMis es S tress
4.003
3.762
3.521
3.28
3.039
2.798
2.557
2.316
2.075
1.835
1.594
Y
1.353
Z X 1.112
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
0.871
Contour: Plate T op VonMis es S tress
V1
L1 9.251
C1 8.724
G3
8.197
7.67
7.143
6.616
6.089
5.562
5.036
4.509
3.982
3.455
2.928
2.401
Y
1.874
Z X 1.347
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
0.82
Contour: Plate T op VonMis es S tress
V1
L1 16.07
C1 14.03
G5
11.99
9.944
7.902
16.1 11.7 12.2 13. 13.6 14. 14.4 14.7 14.9 14.9 14.9 14.8 14.7 14.4 14. 13.6 13. 12.2 11.7 16.1
5.86
-2.03 -5.59 -5.81 -5.43 -5.18 -5.04 -4.95 -4.91 -4.86 -4.85 -4.84 -4.86 -4.9 -4.95 -5.04 -5.18 -5.42 -5.82 -5.59 -2.02 3.818
1.775
8. 5.73 5.36 5.43 5.59 5.73 5.84 5.92 5.98 6. 6. 5.98 5.92 5.84 5.73 5.59 5.43 5.36 5.73 8.
-0.267
-8.06 -5.7 -5.29 -5.34 -5.49 -5.62 -5.72 -5.8 -5.85 -5.87 -5.87 -5.85 -5.8 -5.72 -5.62 -5.49 -5.34 -5.29 -5.7 -8.06 -2.309
-4.351
1.87 5.45 5.71 5.33 5.09 4.96 4.89 4.85 4.82 4.81 4.81 4.82 4.85 4.89 4.96 5.09 5.33 5.71 5.45 1.87
-6.393
-16.6 -11.9 -12.3 -13.1 -13.6 -14.1 -14.5 -14.7 -14.9 -15. -15. -14.9 -14.7 -14.5 -14.1 -13.6 -13.1 -12.3 -11.9 -16.6
-8.436
-10.48
Y
-12.52
Z X -14.56
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
-16.6
Criteria: B ar E ndA Pl2 S hear F orce
V1
L1 45.16
C1 39.51
G6
33.86
28.21
22.56
-45.3 -43.7 -43.6 -43.6 -43.7 -43.9 -44. -44.1 -44.2 -44.3 -44.3 -44.2 -44.1 -44. -43.9 -43.7 -43.6 -43.6 -43.7 -45.3
16.9
10.6 11.3 11.8 -11.9 -11.9 -11.9 11.9 -11.9 12. -11.9 12. 12. 12. 11.9 -11.9 -11.9 11.9 -11.8 11.3 10.6 11.25
5.601
7.68 7.49 7.52 7.55 7.57 7.6 7.62 7.65 7.66 7.67 7.67 7.66 7.65 7.62 7.6 7.57 7.55 7.52 7.49 7.68
-0.0502
-7.75 -7.58 -7.63 -7.67 -7.7 -7.73 -7.77 -7.8 -7.83 -7.84 -7.84 -7.83 -7.8 -7.77 -7.74 -7.7 -7.67 -7.63 -7.58 -7.75 -5.702
-11.35
-10.6 -11.4 -11.8 -11.9 -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -12. -11.9 -11.8 -11.4 -10.6
-17.
45.2 43.4 43.3 43.3 43.4 43.6 43.7 43.9 44. 44. 44. 44. 43.9 43.7 43.5 43.4 43.3 43.3 43.4 45.2
-22.66
-28.31
Y
-33.96
Z X -39.61
Output S et: MS C/NAS T R AN Case 1
-45.26
Criteria: S pring Axial F orce
(3.2.1)
Onde:
N: número de ciclos aplicados em fadiga
a: comprimento da trinca
R: razão de tensão
∆K: variação do fator de intensidade de tensão
C, n, p, q: constantes empíricos
f: função da abertura da trinca
∆Kth: fator de intensidade de tensão de “threshold”
Kc: fator de intensidade de tensão crítico
Kmax: fator de intensidade de tensão máximo
45
Para determinação da tensão S3, foram utilizados as forças resultantes nos rebites
obtidos através dos modelos em elementos finitos, mostrados no capítulo 3.1
47
Propriedades do Material
UTS YS K1e K1c Ak Bk Thk Kc
455.1 365.4 1598.4 1146.7 1.00 1.00 0.800 2292.2
Propriedades do Material
UTS YS K1e K1c Ak Bk Thk Kc
455.1 365.4 1459 1042 1.00 1.5 0.800 2292.2
40
35
30
25
a (mm)
Nasgro
20
Ensaio
15
10
0
75000 76000 77000 78000 79000 80000 81000 82000 83000 84000 85000
N (ciclos)
12
10
8
a (mm)
Nasgro
6
Ensaio
0
175000 180000 185000 190000 195000 200000 205000 210000
N (ciclos)
Emenda
18
16
14
12
10 Nasgro
a (mm)
Ensaio
8
0
82000 84000 86000 88000 90000 92000 94000 96000 98000
N (ciclos)
40
35
30
25
a (mm)
Nasgro
20
Ensaio
15
10
0
78000 80000 82000 84000 86000 88000 90000 92000 94000 96000
N (ciclos)
40
35
30
25
a (mm)
Nasgro
20
Ensaio
15
10
0
75000 77000 79000 81000 83000 85000 87000 89000 91000 93000
N (ciclos)
10
6
a (mm)
Nasgro
5
Ensaio
4
0
179000 184000 189000 194000 199000 204000 209000
N (ciclos)
Configuração Emenda
18
16
14
12
10
a (mm)
Nasgro
Ensaio
8
0
80000 82000 84000 86000 88000 90000 92000 94000 96000 98000 100000
N (ciclos)
35
30
25
20
a (mm)
Nasgro
15
Ensaio
10
0
75000 80000 85000 90000 95000 100000
N (ciclos)
As figuras a seguir mostram fotos dos corpos de provas falhados e desenhos mostrando
o desenvolvimento das trincas durante o ensaio.
31.2 mm 35.6 mm
59174 CICLOS
53.0 mm 35.8 mm
59471 CICLOS
76000 CICLOS
3.5 mm
5.0 mm
77185 CICLOS
5.0 mm
6.0 mm
78295 CICLOS
7.0 mm
8.0 mm
78433 CICLOS
7.8 mm
8.0 mm
79673 CICLOS
11.0 mm
13.3 mm
80673 CICLOS
17.5 mm 20.0 mm
81673 CICLOS
23.8 mm 26.9 mm
35.0 mm 36.5 mm
82811 CICLOS
35.0 mm 51 mm
14.5 mm
83020 CICLOS
2.0 mm 5.5 mm
4.0 mm 1.7 mm
32000 CICLOS
6.0 mm 6.5 mm
8.0 mm 2.0 mm
36000 CICLOS
9.0 mm 8.0 mm
16.0 mm 3.0 mm
40000 CICLOS
40000 CICLOS
2.0 mm
44000 CICLOS
1.0 mm
2.0 mm
2.3 mm
52000 CICLOS
1.4 mm
11.0 mm
54000 CICLOS
7.0 mm
35.0 mm 20.0 mm
55790 CICLOS
84000 CICLOS
2.0 mm
3.0 mm
8.5 mm
50000 CICLOS
6.0 mm
12.0 mm 10.0 mm
51000 CICLOS
17.0 mm 14.0 mm
52000 CICLOS
27.0 mm 34.5 mm
52503 CICLOS
6.0 mm
84000 CICLOS
6.5 mm
85000 CICLOS
7.0 mm
86000 CICLOS
8.0 mm
88000 CICLOS
92000 CICLOS
9.3 mm
4.0 mm
93000 CICLOS
15.0 mm
3.0 mm
6.0 mm
94000 CICLOS
29.0 mm 17.0 mm
6.5 mm
3.0 mm
80000 CICLOS
2.0 mm
5.0 mm
3.0 mm
92000 CICLOS
12.0 mm
94692 CICLOS
13.0 mm
88000 CICLOS
2.5 mm
3.0 mm
92000 CICLOS
8.0 mm
11.0 mm
93000 CICLOS
16.0 mm 18.0 mm
35.0 mm 54 mm
17.0 mm
94692 CICLOS
Figura 3.3.78. Corpo de Prova 13 – Visão Geral - Falha por “Multi-site Damage” –
Dano Múltiplo
101
Figura 3.3.79. Corpo de Prova 13 – Detalhe - Falha por “Multi-site Damage” – Dano
Múltiplo
102
180000 CICLOS
4.0 mm
185000 CICLOS
6.0 mm
1.0 mm
195000 CICLOS
10.0 mm
12.0 mm
40.0 mm 1.0 mm
205228 CICLOS
13.0 mm
180000 CICLOS
2.0 mm
2.0 mm
185000 CICLOS
3.0 mm
3.0 mm
190000 CICLOS
4.0 mm
4.0 mm
195000 CICLOS
5.0 mm
6.0 mm
200000 CICLOS
6.0 mm
10.0
205228 CICLOS
8.0 mm
12.0
4 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS
Observa-se que todos os corpos de prova apresentaram trincas nas chapas que
simulavam o revestimento. Para os corpos de prova configuração A, B e E, verifica-se que a
geometria de reparo com “fingers” realmente é bastante útil para a detecção de trinca através
de uma inspeção visual externa, pois as trincas sempre iniciaram nas carreiras mais externas
de rebites e propagaram nos espaços entre os “fingers”. Seria interessante a comparação, em
110
relação a fadiga e propagação, desses reparos com configurações sem “fingers”. Fica aqui a
sugestão para um trabalho futuro.
Observando este comportamento das trincas nuclearem sempre no revestimento, seria
também interessante o estudo de reparos com o “doubler” fabricado com chapas de mesma
espessura do revestimento. Possivelmente a nucleação seriam postergada, pois o momento
secundário e a diferença de rigidez seriam diminuídos.
Como se pode observar, todos os corpos de prova que tiveram os furos da carreira de
rebites com a aplicação de “cold work”, falharam na região da garra (fora da região reparada).
Apesar de ser possível verificar uma leve tendência de aumento de vida em fadiga para estes
corpos de prova, os resultados não são muito conclusivos sobre qual seria a influencia do
“cold work” para reparos rebitados. A abordagem deste método poderia ser tema de trabalhos
futuros.
Um dos corpos de prova com a configuração emenda de revestimento (CDP #13) falhou
subitamente, rompendo-se totalmente com 382041 ciclos. Esta falha pode ser caracterizada
com “multi-site damage”, que são pequenas trincas que se formam simultaneamente na
estrutura e podem após um certo período se unirem e formar uma trinca única. Pelo modo
súbito que ocorreu a falha neste corpo de prova, apesar de não ter sido possível a detecção
prévia de trincas, pode-se presumir que aconteceu um “multi-site damage”.
É interessante observar, através dos resultados de ensaio de fadiga (página 25) e
teóricos (página 33), que quando a tensão devido à carga transferida pelo rebite (tensão de
esmagamento no furo) é maior que a tensão de “by pass” (tensão devido a carga remota),
observa-se que a nucleação da trinca é antecipada e a propagação é mais lenta. Quando a
tensão devido à carga transferida pelo rebite (tensão de esmagamento no furo) é menor que a
tensão de “by pass” (tensão devido a carga remota), observa-se que a nucleação da trinca é
postergada, mas a propagação é acelerada. Assim, é possível concluir que uma condição
ideal para o dimensionamento do reparo deveria apresentar um equilíbrio entre a tensão de
esmagamento no furo dos rebites e a tensão de “by pass”.
A análise de propagação mostrou uma boa concordância com os resultados obtidos do
ensaio, com exceção do corpo de prova #2, que deve ter tido algum fator não considerado na
análise. Também verificou-se que a versão 4.1 do Nasgro apresenta resultado mais
conservativos que a versão 3.0, mas observa-se que a análise feita pela versão mais antiga se
ajusta melhor ao resultados de ensaio.
Em relação ao modelo de elementos finitos, a melhor representação para os rebites entre
as várias testadas foi a que utiliza elementos de viga combinados com elementos de mola.
111
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113
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7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):
Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Divisão de Ensino Fundamental – ITA/IEF.
9.
PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:
11..
RESUMO:
12.
GRAU DE SIGILO: