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REFERÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA

EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA PARA A


PRÓXIMA DÉCADA 2011-2020
 Ampliar o debate sobre os desafios e as
perspectivas da ES brasileira para próxima
década, com base no PNE 2011-2020 e no
seu impacto sobre os processos de expansão,
considerando as tendências de
internacionalização da educação e de
diversificação institucionais.
 Debater a experiência brasileira acerca das
novas tecnologias para a educação aberta e a
educação a distância (EAD), para o
incremento da qualidade do ensino com base
em referenciais conceituais e políticos que
privilegiem a qualidade acadêmica.
 Discutir formas de articulação do sistema de
IES públicas federais, estaduais e municipais,
com vistas a fortalecer o regime de
colaboração entre os entes federados, para o
aprimoramento da educação superior no
Brasil.
 Democratização do acesso e da permanência;
 Ampliação da rede pública superior e de vagas nas
IES públicas;
 Redução das desigualdades regionais, quanto ao
acesso e à permanência;
 Formação com qualidade;
 Diversificação da oferta de cursos e dos níveis de
formação;
 Qualificação dos profissionais docentes;
 Garantia de financiamento, especialmente para o
setor público;
 Relevância social dos programas oferecidos; e
 Estímulo à pesquisa científica e tecnológica.
 Crescimento da produção científica
exponencial, por outro lado, performance
declinante com respeito ao número de
patentes depositadas no exterior.
 Esse gap entre pesquisa básica e pesquisa
aplicada se dá em razão de a maior parte dos
pesquisadores brasileiros estarem inseridos
em universidades, enquanto um diminuto
número está alocado no setor empresarial;

 Essa divisão se deve pelo incipiente


envolvimento do mundo empresarial privado
em nosso país com respeito aos temas de
pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
 Prioridades estratégicas:
◦ Expansão e consolidação do Sistema Nacional de
CT&I (com vistas a expandir, integrar, modernizar e
consolidar o Sistema Nacional de Ciência,
Tecnologia e Inovação);
◦ Promoção da inovação tecnológica nas empresas
(para intensificar as ações de fomento para a
criação de um ambiente favorável à inovação nas
empresas e ao fortalecimento da política de
desenvolvimento produtivo);
 Prioridades estratégicas:
◦ PD&I em áreas estratégicas (com o fortalecimento
das atividades de pesquisa e inovação em áreas
estratégicas para a soberania do Brasil, como os
setores aeroespacial e nuclear, entre outros); e,
finalmente; e
◦ CT&I para o desenvolvimento social (buscando
promover a popularização e o aperfeiçoamento do
ensino de ciências nas escolas, bem como a difusão
de tecnologias para a inclusão e o desenvolvimento
social).
 Maiores investimentos em educação para, ao menos, 7%
do PIB até o fim do governo Dilma, em 2014, e para 10%
do PIB, até 2020 (2016 foi 5,2% do PIB);

 Sugestão de fonte:
https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-
tem-alto-gasto-publico-em-educacao-mas-
investimento-por-aluno-esta-entre-os-piores-20119242

 Realizar vultosos investimentos na formação da educação


básica com a participação mais efetiva das instituições de
ensino superior públicas e privadas, para melhoria
significativa na qualidade do aprendizado de nossos
estudantes aferida pelo IDEB;
 Elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas
no ensino médio para 85% nessa faixa etária;

 Duplicar as matrículas da educação


profissional técnica de nível médio;

 Aumentar a taxa bruta de matrícula na


educação superior para 50%, e a taxa líquida
para 35% da população de 18 a 24 anos,
assegurando a qualidade da oferta;
 Articular, normatizar e regulamentar o ensino
público (com a resolução da questão da
autonomia universitária) e privado;
 Instituir conselhos universitários que garantam
transparência financeira e de gestão;
 Estabelecer metas e estratégias que garantam
condições salariais e profissionais aos
trabalhadores da educação (planos de carreira),
em sintonia com as Diretrizes Nacionais de
Carreira e Remuneração dos Profissionais do
Magistério, garantidas em lei;
 Melhorar a qualidade da educação superior,
com a ampliação da atuação de mestres e
doutores nas instituições de ensino superior
para, no mínimo, 75% do corpo docente em
efetivo exercício, sendo desse total ao menos
35% de doutores;
 Incrementar gradualmente o número de
matrículas na pós-graduação stricto sensu,
de modo a atingir até 2020 a titulação anual
de 60 mil mestres e 25 mil doutores;
 Criar Fóruns Municipais, Estaduais e Nacional
de Educação, para acompanhar a construção
e o cumprimento das metas dos planos na
área, além de realizar periodicamente as
próximas conferências;

 Implantar cotas de 50% para estudantes de


escolas públicas nas instituições de ensino
superior públicas, além da mesma
observância para programas públicos em
instituições particulares;
 Universalizar a inclusão digital para todos os
brasileiros e executar o Plano Nacional de
Banda Larga (PNBL);

 Fortalecer e expandir – com qualidade – o


Sistema Nacional de CT&I;
 Prosseguir na desconcentração e na
descentralização do sistema de CT&I, e
promover o desenvolvimento urbano e
regional sustentável;

 Elevar para 2,0% do PIB os investimentos em


CT&I até 2014, com a suplementação de
recursos oriundos do pré-sal.
 Necessidade de democratizar a universidade,
do ponto de vista do acesso e da
permanência;
 Imperativo de democratizar a gestão – formas
de tomar decisões com maior inclusão; e
 Importância de democratizar conteúdos e o
que ofertados pela universidade – rever a
pertinência do que produz e redistribui.
 Sobre a gestão da universidade, o professor
Juan Carlos Tedesco avalia que a autonomia
universitária, que fora fundamental no
processo de resistências e lutas contra as
ditaduras, hoje tem adquirido características
de corporativismo acadêmico, exigindo uma
revisão das formas de gestão das IES.
 “O que significa inovação em educação
superior?”;

 “Inovação em que campo?”; e

 “A que ou a quem estamos nos referindo


quando falamos de inovação?
 Não serve de nada, pois, querer “inovar”,
adotando aqui, em sua integralidade,
modelos que são aplicados na Austrália, no
Reino Unido, nos Estados Unidos ou na
Europa continental.

 A universidade tem de ser vinculada


fortemente à sociedade de seu entorno.
 A crise faz parte da essência da instituição
universitária que, em permanência, deve
reformar-se, modificar-se, adaptar sua ação
às novas necessidades, inovar, em suma.

 A inovação precisa estar direcionada a uma


sociedade real que necessita mudar para ser
melhor, mais justa e mais democrática.
 Qual a sua missão?

 Universidade para quê, para quem?

 Para que devem servir as inovações em sua


estrutura, em seus métodos e em sua
organização?
 Inovação tecnológica: correspondente à
introdução de técnicas que produzem efeitos
sobre o ensino. Os conteúdos são chamados
a se adaptar às mudanças tecnológicas;
 Inovação curricular: organização de percursos
estudantis diferentes, na gestão seja do
tempo, seja do espaço e do conteúdo. Trata-
se de um sistema vinculado ao institucional e
ao organizacional;

 Inovação pedagógica: orientada para o campo


das práticas dos docentes, nas relações
sociais que instauram com os estudantes em
uma perspectiva de aprendizagem.
 Que a organização disponha de um
laboratório de ideias, isto é, de um grupo ou
de uma equipe de autores que discuta as
opções e suas prioridades;

 Que ela favoreça inversões de forma, ou seja,


a colocação à disposição de meios materiais
(créditos, horas, salas, tempo, reuniões,
redes etc.) que concretizam, aos olhos da
comunidade, essa inovação;
 Que objetos técnicos sejam elaborados sob
forma de fichas de trabalho, de documentos,
de textos, de maneira que esses “objetos-
valores” cristalizem as relações de força entre
as pessoas;
 Que os autores tenham mobilidade e sejam
investidos de funções cada vez mais plurais;
 Que exista a criação de redes sociotécnicas
no interior e no exterior da organização,
funcionando como sistemas de aliança, de
ajuda e de apoio;
 Que existam lugares onde possam se
exprimir as controvérsias que levam a
conjugar os interesses particulares em um
projeto de conjunto mínimo, para o bem
comum; e

 Que sejam nomeados porta-vozes que


mobilizem essas redes e promovam sua
existência e sua renovação .
 Desenvolver o saber e as qualificações
necessárias para tornar o país competitivo
internacionalmente;
 Orientar as políticas e os programas de educação
que reduzam os efeitos negativos da
globalização; e
 Remediar, por meio da educação e da formação,
a vulnerabilidade crescente de certas categorias
da população: mulheres, jovens e trabalhadores
pouco qualificados que, por falta de instrução e
de qualificações, tornaram-se ou se tornarão
pobres.

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