O documento discute os desafios e perspectivas da educação superior brasileira para a próxima década, incluindo a expansão do acesso e da qualidade com base nas metas do Plano Nacional de Educação. Também aborda a importância de fortalecer a pesquisa científica e a inovação tecnológica.
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Título original
2021.09.02_Reflexões e o futuro da gestão universitária
O documento discute os desafios e perspectivas da educação superior brasileira para a próxima década, incluindo a expansão do acesso e da qualidade com base nas metas do Plano Nacional de Educação. Também aborda a importância de fortalecer a pesquisa científica e a inovação tecnológica.
O documento discute os desafios e perspectivas da educação superior brasileira para a próxima década, incluindo a expansão do acesso e da qualidade com base nas metas do Plano Nacional de Educação. Também aborda a importância de fortalecer a pesquisa científica e a inovação tecnológica.
PRÓXIMA DÉCADA 2011-2020 Ampliar o debate sobre os desafios e as perspectivas da ES brasileira para próxima década, com base no PNE 2011-2020 e no seu impacto sobre os processos de expansão, considerando as tendências de internacionalização da educação e de diversificação institucionais. Debater a experiência brasileira acerca das novas tecnologias para a educação aberta e a educação a distância (EAD), para o incremento da qualidade do ensino com base em referenciais conceituais e políticos que privilegiem a qualidade acadêmica. Discutir formas de articulação do sistema de IES públicas federais, estaduais e municipais, com vistas a fortalecer o regime de colaboração entre os entes federados, para o aprimoramento da educação superior no Brasil. Democratização do acesso e da permanência; Ampliação da rede pública superior e de vagas nas IES públicas; Redução das desigualdades regionais, quanto ao acesso e à permanência; Formação com qualidade; Diversificação da oferta de cursos e dos níveis de formação; Qualificação dos profissionais docentes; Garantia de financiamento, especialmente para o setor público; Relevância social dos programas oferecidos; e Estímulo à pesquisa científica e tecnológica. Crescimento da produção científica exponencial, por outro lado, performance declinante com respeito ao número de patentes depositadas no exterior. Esse gap entre pesquisa básica e pesquisa aplicada se dá em razão de a maior parte dos pesquisadores brasileiros estarem inseridos em universidades, enquanto um diminuto número está alocado no setor empresarial;
Essa divisão se deve pelo incipiente
envolvimento do mundo empresarial privado em nosso país com respeito aos temas de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Prioridades estratégicas: ◦ Expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I (com vistas a expandir, integrar, modernizar e consolidar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação); ◦ Promoção da inovação tecnológica nas empresas (para intensificar as ações de fomento para a criação de um ambiente favorável à inovação nas empresas e ao fortalecimento da política de desenvolvimento produtivo); Prioridades estratégicas: ◦ PD&I em áreas estratégicas (com o fortalecimento das atividades de pesquisa e inovação em áreas estratégicas para a soberania do Brasil, como os setores aeroespacial e nuclear, entre outros); e, finalmente; e ◦ CT&I para o desenvolvimento social (buscando promover a popularização e o aperfeiçoamento do ensino de ciências nas escolas, bem como a difusão de tecnologias para a inclusão e o desenvolvimento social). Maiores investimentos em educação para, ao menos, 7% do PIB até o fim do governo Dilma, em 2014, e para 10% do PIB, até 2020 (2016 foi 5,2% do PIB);
Sugestão de fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil- tem-alto-gasto-publico-em-educacao-mas- investimento-por-aluno-esta-entre-os-piores-20119242
Realizar vultosos investimentos na formação da educação
básica com a participação mais efetiva das instituições de ensino superior públicas e privadas, para melhoria significativa na qualidade do aprendizado de nossos estudantes aferida pelo IDEB; Elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% nessa faixa etária;
Duplicar as matrículas da educação
profissional técnica de nível médio;
Aumentar a taxa bruta de matrícula na
educação superior para 50%, e a taxa líquida para 35% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta; Articular, normatizar e regulamentar o ensino público (com a resolução da questão da autonomia universitária) e privado; Instituir conselhos universitários que garantam transparência financeira e de gestão; Estabelecer metas e estratégias que garantam condições salariais e profissionais aos trabalhadores da educação (planos de carreira), em sintonia com as Diretrizes Nacionais de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério, garantidas em lei; Melhorar a qualidade da educação superior, com a ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de ensino superior para, no mínimo, 75% do corpo docente em efetivo exercício, sendo desse total ao menos 35% de doutores; Incrementar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir até 2020 a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores; Criar Fóruns Municipais, Estaduais e Nacional de Educação, para acompanhar a construção e o cumprimento das metas dos planos na área, além de realizar periodicamente as próximas conferências;
Implantar cotas de 50% para estudantes de
escolas públicas nas instituições de ensino superior públicas, além da mesma observância para programas públicos em instituições particulares; Universalizar a inclusão digital para todos os brasileiros e executar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL);
Fortalecer e expandir – com qualidade – o
Sistema Nacional de CT&I; Prosseguir na desconcentração e na descentralização do sistema de CT&I, e promover o desenvolvimento urbano e regional sustentável;
Elevar para 2,0% do PIB os investimentos em
CT&I até 2014, com a suplementação de recursos oriundos do pré-sal. Necessidade de democratizar a universidade, do ponto de vista do acesso e da permanência; Imperativo de democratizar a gestão – formas de tomar decisões com maior inclusão; e Importância de democratizar conteúdos e o que ofertados pela universidade – rever a pertinência do que produz e redistribui. Sobre a gestão da universidade, o professor Juan Carlos Tedesco avalia que a autonomia universitária, que fora fundamental no processo de resistências e lutas contra as ditaduras, hoje tem adquirido características de corporativismo acadêmico, exigindo uma revisão das formas de gestão das IES. “O que significa inovação em educação superior?”;
“Inovação em que campo?”; e
“A que ou a quem estamos nos referindo
quando falamos de inovação? Não serve de nada, pois, querer “inovar”, adotando aqui, em sua integralidade, modelos que são aplicados na Austrália, no Reino Unido, nos Estados Unidos ou na Europa continental.
A universidade tem de ser vinculada
fortemente à sociedade de seu entorno. A crise faz parte da essência da instituição universitária que, em permanência, deve reformar-se, modificar-se, adaptar sua ação às novas necessidades, inovar, em suma.
A inovação precisa estar direcionada a uma
sociedade real que necessita mudar para ser melhor, mais justa e mais democrática. Qual a sua missão? Universidade para quê, para quem?
Para que devem servir as inovações em sua
estrutura, em seus métodos e em sua organização? Inovação tecnológica: correspondente à introdução de técnicas que produzem efeitos sobre o ensino. Os conteúdos são chamados a se adaptar às mudanças tecnológicas; Inovação curricular: organização de percursos estudantis diferentes, na gestão seja do tempo, seja do espaço e do conteúdo. Trata- se de um sistema vinculado ao institucional e ao organizacional;
Inovação pedagógica: orientada para o campo
das práticas dos docentes, nas relações sociais que instauram com os estudantes em uma perspectiva de aprendizagem. Que a organização disponha de um laboratório de ideias, isto é, de um grupo ou de uma equipe de autores que discuta as opções e suas prioridades;
Que ela favoreça inversões de forma, ou seja,
a colocação à disposição de meios materiais (créditos, horas, salas, tempo, reuniões, redes etc.) que concretizam, aos olhos da comunidade, essa inovação; Que objetos técnicos sejam elaborados sob forma de fichas de trabalho, de documentos, de textos, de maneira que esses “objetos- valores” cristalizem as relações de força entre as pessoas; Que os autores tenham mobilidade e sejam investidos de funções cada vez mais plurais; Que exista a criação de redes sociotécnicas no interior e no exterior da organização, funcionando como sistemas de aliança, de ajuda e de apoio; Que existam lugares onde possam se exprimir as controvérsias que levam a conjugar os interesses particulares em um projeto de conjunto mínimo, para o bem comum; e
Que sejam nomeados porta-vozes que
mobilizem essas redes e promovam sua existência e sua renovação . Desenvolver o saber e as qualificações necessárias para tornar o país competitivo internacionalmente; Orientar as políticas e os programas de educação que reduzam os efeitos negativos da globalização; e Remediar, por meio da educação e da formação, a vulnerabilidade crescente de certas categorias da população: mulheres, jovens e trabalhadores pouco qualificados que, por falta de instrução e de qualificações, tornaram-se ou se tornarão pobres.