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Acessibilidade

Programa de Iniciação Artística - 2020


Equipe Centro-Oeste
AE - Literatura - Jéssica Policastri
Acessibilidade - o quê,
porquê e para quem?
da teoria:
da palavra: “Com a valorização e reconhecimento
da convivência com a diversidade, o
termo acessibilidade tem sido utilizado
- qualidade para garantir que todas as pessoas
ou caráter do que é acessível. Batizada de 'A Acessibilidade'
tenham acesso a todas as áreas de seu
 - facilidade (The Accessibility), a convívio. Estas áreas estão
logomarca foi criada pelo Departamento de relacionadas aos espaços, mobiliários,
na aproximação, no tratamento ou na Informações Públicas da Organização
equipamentos urbanos, sistemas e
aquisição. das Nações Unidas (ONU).
meios de comunicação e informação”.
(CORRÊA, 2009, s/p)

da lei:
Garantia de acesso, respeito,
convivência e atendimento a todas as
pessoas com ou sem deficiência.
Pessoas com deficiência
Deficiência não é sinônimo de doença e, portanto, uma
pessoa não pode ter sua vida prejudicada em razão de
sua deficiência.
-De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU –
Organização das Nações Unidas/ 2006, “as pessoas com deficiência são aquelas
que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual (mental),
ou sensorial (visão e audição) os quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas”.
;
 -A pessoa com deficiência possui limitação ou incapacidade para o desempenho de
atividades;
 -Pode apresentar uma ou mais deficiências, percebida ao nascimento ou adquirida ao
longo da vida;
 -Existem doenças que embora não estejam enquadradas como deficiência, podem
produzir direta ou indiretamente graus de limitação variados, destacamos os
distúrbios de fala, da linguagem ou comportamentais e os transtornos orgânicos
 -A deficiência é um atributo do ser humano, como ser alto, baixo, gordo ou magro,
sendo que as pessoas com deficiência fazem parte dessa diversidade, com os
mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos.
Pessoas com deficiência são, antes
de mais nada, PESSOAS.

De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE (2000),


14,5%da população brasileira possui algum tipo de
deficiência. Isso corresponde a 24,5 milhões de brasileiros.
LEIS
Reparem o quanto as leis são recentes

*Constituição federal: *Leis Federais: *Artigo 9º da ONU: *Lei Federal nº 13.146


A toda pessoa é garantido o As Leis Federais nos 10.048 e O artigo 9 da Convenção da 06 de julho de 2015:
direito de ir e vir, 10.098 de 2000 ONU sobre os instituida a Lei
o artigo 5º, estabelece que: estabeleceram normas gerais direitos da pessoa com Brasileira de Inclusão da
“XV – é livre a locomoção no e critérios básicos para a deficiência só foi Pessoa com Deficiência. A
território nacional em tempo promoção da transformado em emenda LBI, Lei Brasileira de
de paz, podendo acessibilidade das pessoas constitucional pelo Inclusão, tem como base a
qualquer pessoa, nos termos com deficiência Decreto 6949/2009, prevê Convenção da
da lei, nele entrar, ou com mobilidade reduzida, adoção de medidas Organização das Nações
permanecer ou dele sair com temporária ou apropriadas para Unidas (ONU) .
seus bens” definitivamente igualdade de acesso.
7 CONCEITOS
USO FLEXÍVEL
CONCEITO DE DESENHO UNIVERSAL
USO EQUIPARADO
O conceito de “Desenho Universal”, criado por uma comissão em
Washington, EUA, no ano de 1963, foi inicialmente chamado de
SIMPLES E INTUITIVO
“Desenho Livre de Barreiras” por se voltar à eliminação de barreiras
arquitetônicas nos projetos de edifícios, equipamentos e áreas INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL
urbanas. Posteriormente, esse conceito evoluiu para a concepção
de Desenho Universal, pois passou a considerar não só o projeto, TOLERANTE AO ERRO
mas principalmente a diversidade humana, de forma a respeitar as
diferenças existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade
a todos os componentes do ambiente. O Desenho Universal deve USO EFICIENTE
ser concebido como gerador de ambientes, serviços, programas e
tecnologias acessíveis, utilizáveis eqüitativamente, de forma segura DIMENSÕES E ESPAÇOS
e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível –
sem que tenham que ser adaptados ou readaptados
especificamente, em virtude dos sete princípios que o sustentam, a
APROPRIADOS
saber:
INFORMAÇÕES E
DIRETRIZES TÉCNICAS
As orientações técnicas de acessibilidade
foram elaboradas para oferecer diretrizes
básicas sobre acessibilidade em vias públicas
e edificações, tendo como base informações
extraídas da norma técnica da ABNT NBR
9050/04, do livro de acessibilidade –
Mobilidade Acessível na Cidade de São Paulo,
do Decreto Federal 5.296/04 e da legislação
vigente. As orientações estão organizadas da
seguinte forma:
SÍMBOLOS

PISO TÁTIL

ÃO

IZ
AL
IN
S
Parâmetros antropométricos e dimensões básicas
 Vias públicas
 Calçadas
 Travessia de Pedestres
Estacionamento
 Mobiliário e equipamentos urbanos
 Vegetação

ÃO

UL
RC
CI
Definições

 Circulação interna

 Circulação vertical

 Portas e janelas

Sanitários e vestiários

ÃO  Corrimão e guarda-corpo

FIC
I
ED  Locais de reunião, hospedagem, esporte e
lazer
EM TROCA...
NÃO TENHA MEDO...

•Evite abordar a pessoa •Sempre se dirija à pessoa •NUNCA


com deficiência a tocando com deficiência, mesmo
ou impondo a vontade de que ela esteja com um INFANTILIZE UMA
ajudar. Pergunte se ela acompanhante. Tente se PESSOA COM
quer ou precisa de ajuda. esforçar para entendê-la
caso não consiga DEFICIÊNCIA.
Em caso afirmativo,
inicialmente. A Língua
pergunte a melhor
Portuguesa não é o único
maneira de ajudar. Não
tipo de linguagem
tenha vergonha de utilizado em uma
perguntar. conversa.
NOMEIO,
LOGO EXISTO!
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Termos como deficientes, pessoas especiais, pessoas com necessidade
especiais, são considerados hoje, pelo movimento das pessoas com
deficiência, preconceituosos.
Também  evite dizer “pessoas normais”. Diga pessoas com ou sem
deficiência.
AS PESSOAS SÃO
DIFERENTES,
INCLUSIVE,
AS COM
DEFICIÊNCIA.
DEFICIÊNCIA FÍSICA

“ALTERAÇÃO COMPLETA OU PARCIAL DE


UM OU MAIS SEGMENTOS DO CORPO HUMANO, ACARRETANDO O
COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO FÍSICA”.

PESSOAS DE BAIXA PESSOAS QUE


CADEIRANTES
ESTATURA UTILIZAM MULETAS OU
BENGALAS
NUNCA DIGA...

MANCO

ALEIJADINHO

ALEIJADO DEFICIENTE
DIGA...

CADEIRANTE

PESSOA COM
MOBILIDADE
REDUZIDA

PESSOA COM MULETANTE


DEFICIÊNCIA
FÍSICA
PEQUENOS CUIDADOS...

LEMBRANDO SEMPRE QUE A DÚVIDA SINCERA NESSES


CASOS, É SEMPRE MAIS BEM VINDA.
1. Uma das coisas importantes a saber é que, para uma pessoa sentada, é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo.
Portanto, ao conversar por mais tempo que alguns minutos com uma pessoa em cadeira de rodas, sente-se, para que você e ela
fiquem no mesmo nível.

  2. A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu
corpo. Agarrar ou apoiar-se nela é como fazê-lo em uma pessoa sentada numa cadeira comum.

 3. Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa.

 4. Quando estiver conduzindo uma cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de
frente para que a pessoa também possa participar da conversa.

 5. Ao conduzir uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado.


Preste atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente.
Para subir degraus, incline a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação.
Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiando para que a
descida seja sem solavancos.
6. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência.

7. Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, falar e podem fazer
movimentos involuntários com pernas e braços. Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não
compreender
imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita.

 8. Não se acanhe em usar palavras como "andar" e "correr". As pessoas com deficiência física as
empregam naturalmente.

 9. Uma pessoa com paralisia cerebral tem uma lesão ocasionada antes,
durante ou após o nascimento e, por isso, tem necessidades específicas:
é muito importante respeitar o seu ritmo e ter atenção ao ouvi-lo,
pois a maioria tem dificuldade na fala.

 10. Paralisia cerebral e deficiência


cognitiva ou intelectual não são a mesma coisa.
DEFICIÊNCIA VISUAL

“ACUIDADE VISUAL IGUAL OU MENOR QUE 20/200 NO MELHOR OLHO,


APOS A MELHOR CORREÇÃO,
CAMPO VISUAL INFERIOR A 20, OU OCORRÊNCIA SIMULTÂNEA DE AMBAS AS
SITUAÇÕES”.

CEGOS BAIXA VISÃO SURDO CEGO


NUNCA DIGA

CEGUINHO

CEGUINHO

CEGUINHO CEGUINHO
DIGA...

CEGO

SURDO CEGO

PESSOA COM PESSOA COM


DEFICIÊNCIA BAIXA VISÃO
VISUAL
PEQUENOS CUIDADOS...

PARA NÃO ESQUECER: PERGUNTAR É O MELHOR REMÉDIO!


1. Quando relacionar-se com pessoas cegas ou com deficiência visual, identifique-se, faça-a perceber que você está
falando com ela e ofereça seu auxílio. Caso seja necessária sua ajuda como guia, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo
dobrado ou em seu ombro, conforme a preferência da pessoa a ser guiada. Além disso, é sempre bom avisar antecipadamente a
existência de degraus, escadas rolantes, pisos escorregadios, buracos e obstáculos durante o trajeto. Num corredor estreito, por
onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço ou ombro para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar
seguindo você.

 2. Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto, informando se
esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.

3. Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível.

4. Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas.
A menos que a pessoa tenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso,
não faz nenhum sentido gritar. Fale em tom de voz usual.

 5. Ao responder perguntas a uma pessoa cega, evite fazê-lo com gestos, movimentos de cabeça
ou apontando os lugares.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

“FUNCIONAMENTO INTELECTUAL GERAL SIGNIFICATIVAMENTE ABAIXO DA MEDIA, ORIUNDO DO


PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO, CONCOMITANTE COM LIMITAÇÕES ASSOCIADAS A DUAS OU
MAIS ÁREAS DA CONDUTA ADAPTATIVA OU DA CAPACIDADE DO INDIVIDUO EM RESPONDER AS
DEMANDAS DA SOCIEDADE”.

SE O CASO FOR DE
TRANSTORNOS
MENTAIS (COMO
AUTISTAS* PESSOA COM ESQUIZOFRÊNIA),
SINDROME DE DOW DIGA: PESSOAS COM
TRANSTORNOS
MENTAIS
NUNCA DIGA:

RETARDADO

INFANTIL OU
ATRASADO

LOUCO OU MONGOLÓIDE
LOUQUINHO
DIGA...
PESSOA COM
TRANSTORNOS
MENTAIS

PESSOA COM
SÍNDROME DE
DOW

PESSOA COM AUTISTA


DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
PEQUENOS CUIDADOS...

NUNCA É TARDE PARA LEMBRAR, NA DÚVIDA, PERGUNTE!


1. Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual. Trate-as com respeito e consideração. Se for
uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente. Se for uma pessoa adulta, trate-a como tal. Não trate
como criança aquelas pessoas que não o sejam.

2. Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente, como faria com qualquer pessoa. Dê atenção,converse e seja gentil.

 3. Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário. Não
subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência intelectual podem levar mais tempo, mas adquirem habilidades intelectuais e
sociais.

 4. Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só existe quando há troca de ideias,
informações e manifestação de vontades. Por maior que seja a deficiência, lembre-se de que ali está uma
pessoa.

 5. Deficiência intelectual não deve ser confundida com doença mental. As pessoas com deficiência intelectual possuem
déficit no desenvolvimento, enquanto que a doença mental se refere aos transtornos de ordem psicológica ou psiquiátrica.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

PERDA PARCIAL OU TOTAL DAS POSSIBILIDADES AUDITIVAS SONORAS, VARIANDO EM GRAUS


E NÍVEIS

SURDOS SURDO CEGO PESSOA COM BAIXA


AUDIÇÃO
NUNCA DIGA...

SURDINHO

MUDINHO

SURDO MUDO MUDO


DIGA...
PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
AUDITIVA

SURDO CEGO

SURDO PESSOA COM


BAIXA AUDIÇÃO
PEQUENOS CUIDADOS...

NEM TUDO QUE FALA, FALA...


1. Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a
falar. Muitas fazem a leitura labial, outras usam a Língua Brasileira de Sinais - Libras.

 2. Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou
toque, levemente, em seu braço. Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara,
pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar
mais devagar. Use um tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Não grite. Fale
diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou
segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Fique num lugar iluminado e evite ficar contra a luz,
pois isso dificulta ver o seu rosto.

 3. Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade
em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.

 4. Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz
que indicam sentimentos, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes
indicações do que você quer dizer.
5. Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar,
a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

6. Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender
o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita.

 7. Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O método não é importante.


O importante é a comunicação.

 8. Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa


surda, não ao intérprete.
DEFICIÊNCIA MÚTIPLA

É a associação, no mesmo individuo, de duas ou mais


deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com
comprometimentos que acarretam consequências no seu
desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
OUTRAS QUESTÕES QUE HOJE
ABARCAM O GUARDA CHUVA -
ACESSIBILIDADE
São eles:
-Idosos
-Obesos
-Pessoas em situação de vulnerabilidade social
-Crianças
-Travestis e transsexuais
PRA QUEM QUISER SABER MAIS:
bibliografia

1)Cartilha acessibilidade
http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/cartilha-acessibilidade-final-2017_FINAL_WEB.pdf

2) Cartilha Ibdd
 http://www.ibdd.org.br/arquivos/cartilha-ibdd.pdf

3) Convenção da ONU
 http://pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/ConvencaoONUsobre%20DireitosPcD
.pdf

4) Site da secretaria da pessoa com deficiência


 https://www.pessoacomdeficiencia.gov.br

5) Manual da orientação e apoio para atentidmento


 https://epge.fgv.br/files/default/manual-de-orientacao-e-apoio-para-atendimento-pcd.pdf

6) Memoria da Inclusão

7) Manual da convivência
 https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2017/10/manual_web.pdf
OBRIGADA QUERIDES!

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