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Diagnóstico

● Não há um único método considerado padrão de referência para o diagnóstico das


doenças inflamatórias intestinais. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico,
laboratorial e na combinação de dados endoscópicos, histológicos e de imagem >
Alta suspeita clínica (Tratado de Gastroenterologia Zaterka 2 ed)
● Diversas apresentações clínicas (Harrison):
○ Ileocolite (mais comum): Dor abdominal (quadrante inferior direito), diarreia,
febre, perda de peso, anorexia, presença de massa palpável, distensão
abdominal
■ Complicações: obstrução intestinal (edema e espasmo) e fístulas
(enterovesicais, enterocutâneas e enterovaginais)
○ Jejunoileíte: esteatorreia, perda de peso, desnutrição
○ Colite e doença perianal: febre, mal-estar, diarreia, dor abdominal,
hematoquezia, dor ao evacuar, incontinência fecal, dilatações hemorroidárias
○ Doença gastrointestinal: náuseas, vômitos e epigastralgia
○ Manifestações dermatológicas (importante local de eventos extraintestinais):
eritema nodoso, DC metastática (presença de granulomas cutâneos)
● Alterações histopatológicas:
○ Macroscópicas: lesões segmentares espessamento da parede, úlceras
serpiginosas lineares e aspectos de “pedras arredondadas” na mucosa,
fístulas, fibrose transmural, estenoses, dilatações, aspecto em
“paralelepípedos” (perda das pregas)
○ Microscópicas: granulomas não caseosos (acúmulo de macrofagos), denso
infiltrado inflamatório cronico (também podem ser mistos), atrofia das crtipas

Mostrando espessamento da parede com estenose, úlceras serpiginosas lineares e aspecto


de “pedras arredondadas” da mucosa. (Harrison)
http://anatpat.unicamp.br/pecastgi21.html

Intestino grosso: Inflamação mista aguda e crônica, atrofia das criptas e múltiplos
pequenos granulomas epitelióides na mucosa (Harrison )
https://webpath.med.utah.edu/GIHTML/GI061.html
https://webpath.med.utah.edu/GIHTML/GI062.html

https://webpath.med.utah.edu/GIHTML/GI151.html

● Outros exames complementares: aumento da PCR e da VHS, leucocitose, anemia e


hipoalbuminemia
APRESENTAÇÃO
 Slide 5: Sobre o diagnostico é importante entender que não há um método considerado
padrão de referência para o diagnosticar as doenças inflamatórias intestinas. Logo, o
diagnóstico é dado com base no quadro clinico associados aos exames
complementares (como os exames histopatológicos que serão destaque nessa
apresentação)
 Slide 6: A doença de Crohn se apresenta clinicamente geralmente como uma ileocolite,
contudo todo o trato digestório pode ser acometido. Os principais sintomas são: dor e
distensão abdominais, massa abdominal palpável, diarreia, perda de peso, febre, entre
outros. É possível haver complicações como obstrução intestinal e fistulas
enterovesicais e enterocutâneas.
 Slide 7: Agora iremos abordar com mais detalhes as alterações histopatológicas
 Slide 8: As alterações macroscópicas são várias, como lesões seguimentares (também
chamadas de lesões “em salto”), já que há uma nítida separação entre as áreas
acometidas e as áreas sadias, espessamento da parede, estenoses, dilatações, úlceras,
fissuras, fibrose transmural, aspecto em “paralelepípedos ”, devido a perda das pregas
presentes na superfície da mucosa, e lesões em “pedras arredondadas” ou em “pedras
de calçamento”, que ocorre devido a deposição do tecido doente acima do nível normal
da mucosa.
 Slide 9: Nesse slide, trouxemos imagens de peças de um intestino delgado acometido
pela doença de Crohn. A esquerda é possível perceber uma dilatação e uma estenose,
já a direita fica clara a presença de fissuras longitudinais, o aspecto em paralelepípedo e
a fibrose transmural.
 Slide 10: Já nesse slide, temos uma peça de intestino grosso em que podemos observar
o espessamento da parede, úlceras serpiginosas lineares e lesões semelhante a pedras
arredondadas
 Slide 11: Sobre as alterações microscópicas, é fundamental destacar a presença de
granulomas não caseosos no tecido intestinal, que são característicos da doença de
Crohn. Esses granulomas são formados pelo acumulo de macrófagos que se
transformam em células epiteliodes. Ademais, há denso infiltrado inflamatório crônico e
distorção da arquitetura da mucosa com atrofia das criptas.
 Slide 12: Nesse slide trouxemos lâmina histológicas para exemplificar as alterações
microscópicas. Na imagem 1, temos a presença de infiltrado inflamatório misto (ou seja,
agudo e crônico), atrofia das criptas e múltiplos granulomas epiteliodes na mucosa do
colón. Na figura 2, a seta vermelha evidencia um granuloma próximo da serosa. Na
figura 3, é possível observar com mais detalhes um granuloma não caseoso com
destaque para um gigantócito que se forma devido a fusão de células epiteliodes. Ainda
na Figura 3 é possível também as células epiteliodes e diversos linfócitos. Por fim, a
figura 4 trata-se um corte do intestino delgado, em que a seta mostra uma fissura na
mucosa intestinal que vai em direção a camada muscular, evidenciando uma das
complicações da doença de Crohn.

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