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Porto Trombetas-PA, 20 de outubro de 2020.

Aos meus queridos irmãos do coração Marivaldo, Tenilza, dona Tenida, familiares e amigos.

Meus queridos,

Parte do conteúdo dessa carta recebemos quando meu irmão faleceu em 3 de agosto
de 2017, e parte estou editando para colocar nossos sentimentos. Douglas foi o irmão que eu pedi
pra Jeová e que dormiu na morte. Homem sério, porém, meigo e brincalhão, responsável e digno de
se imitar. Nós o admirávamos muito. Ancião, referência no circuito. Humilde e muito querido. Enfim,
o amávamos. Ele se mudou para perto da nossa casa só para apoiar o território pequeno onde
estávamos morando, e também para viver unido em família, perto do meu Painel, da mamãe, da
Chica e de nós. A morte dele foi um golpe poderoso. Depois disso, decidimos nos mudar, pois tudo
nos lembrava ele e a vida feliz que tínhamos. Satanás não gosta de ver ninguém feliz, ainda mais os
servos de Jeová. Foi então que em 2 de fevereiro de 2018 nós aceitamos essa proposta de emprego
aqui na MRN. Naquela época não sabíamos que Jeová me daria outro irmão aqui no Pará, outra
família que se tornaram nossos irmãos do coração. Por isso, sentimos a dor de vocês, pois, já
perdemos pessoas que amávamos muito e porque vocês são amados por nós, e quando vocês
sofrem, nós soframos junto.

Sabemos muito bem que a perda de uma pessoa amada é uma dor indescritível e cruel.
Que bom que logo iremos receber nossos queridos na ressurreição. Esse será o nosso verdadeiro
consolo. Mas, fica a pergunta: O que pode nos ajudar a fortalecer nossa fé nesta esperança
maravilhosa?

Existem alguns relatos bíblicos que nos conforta e deixa muito clara a certeza da
ressurreição. Por ex, Paulo escreveu aos Colossenses sobre a profissão de Lucas, que era médico.
(Col. 4: 14) No relato de Atos, que foi escrito por Lucas, ele relata as coisas de uma forma que o
coloca como testemunha ocular, ou seja, ele estava presente. Ele usa expressões como: “Quando
já estávamos a salvo...” (Atos 28: 1), “...de modo hospitaleiramente nos recebeu...” (Atos 28:
7). Tanto era Lucas que escreveu, que em muitas ocasiões ele deu o diagnóstico da doença, como
febre e disenteria. (Atos 28: 8) Dito isso, em Atos 20 ocorre algo muito encorajador e emocionante:
Uma ressurreição! Lucas estava presente, pois usa a expressão: “No primeiro dia da semana
quando estávamos...”, então Lucas era uma testemunha ocular desse evento. Aconteceu que
Êutico cochilou, caiu da janela e foi dado como morto. Se nós estivéssemos numa recreação onde
um irmão que é médico está presente, e ocorre um acidente, não é claro que chamaríamos o irmão
que é médico para ver a pessoa acidentada? É lógico! E certamente foi o que ocorreu. Lucas deve
ter dado o veredito que o jovem havia morrido. E, no entanto, o rapaz voltou a viver. Muitos de nós,
que não somos da área médica, poderíamos ser enganados, mas dificilmente um médico seria.
Lucas estava tão convencido da ressurreição como real, que estava disposto a dar sua vida por
servir a Jeová imitando a Jesus. (Atos 20: 7-12)

Temos a certeza de que logo os que estão na memória de Jeová voltarão à vida. Com
certeza Sr José, publicador do reino de Jeová, ouvirá a voz do Agente da Vida e voltará para abraçar
e beijar vocês e a nós também. Pois Jeová é grato pela fé depositada Nele. Esta é a esperança que
nós temos, e não seremos decepcionados. No novo mundo, se Jeová permitir estarmos lá, vocês
serão os responsáveis para que possamos ter mais tempo para conviver com todos vocês e o nosso
querido Sr José.

Agora, imagine, como será que Jesus o chamará para fora daquele túmulo em Terra Santa o nosso
amigo? ‘Meu discípulo José, venha para fora!’, ou, ‘Minha ovelhinha amada, venha para fora!’. Bem!
Isso nós não sabemos... mas também não importa... o que importa, é que será chamado de volta à
vida, e esta será uma época maravilhosa.

Amamos muito vocês,

Rafael Chistè e Beatriz Chistè

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