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UNISEP – FEFB – Engenharia Elétrica Máquinas Elétricas I

Máquinas Elétricas I:
Transformadores - Conceitos

Maycon A. Maran

UNISEP - FEFB

Maycon A. Maran
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Conteúdo dessa apresentação

• Definição;
• Transformador ideal;
• Relação de corrente e tensão no transformador ideal;
• Representação fasorial do transformador ideal;

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Definição
Basicamente, um transformador consiste em dois ou mais enrolamentos
acoplados por meio de um fluxo magnético comum. Se um desses
enrolamentos, o primário, for conectado a uma fonte de tensão
alternada, então será produzido um fluxo alternado cuja amplitude
dependerá da tensão do primário, da frequência da tensão aplicada e
do número de espiras.

Ao se estabelecer uma proporção adequada entre os números de


espiras do primário e do secundário, praticamente qualquer relação de
tensões, ou relação de transformação, pode ser obtida.

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Configuração dos transformadores


Laço de histerese para o aço M5

Vistas esquemáticas de transformadores de (a) núcleo envolvido e (b) núcleo envolvente.

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Exemplo

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Transformador a vazio

Uma pequena corrente, de regime estacionário iϕ, denominada corrente de


excitação, circula no primário e estabelece um fluxo alternado no circuito
magnético.2 Esse fluxo induz uma FEM3 no primário igual a

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Transformador a vazio
Está se desconsiderando nas análises a seguir a resistência do enrolamento e o
fluxo disperso dos enrolamentos:
Em transformadores comuns, esse fluxo é uma porcentagem pequena do fluxo do
núcleo, por isso é justificável desprezá-lo aqui para nossos propósitos. Entretanto,
representa um papel bem importante no comportamento dos transformadores e será
discutida posteriormente.
Assim o fluxo instantâneo será:

E a tensão:

O valor eficaz da tensão induzida, será:

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Transformador a vazio
Por sua vez o fluxo máximo que pode ser estabelecido no núcleo, a vazio é:

A corrente de excitação for analisada por métodos baseados em série de Fourier,


constata-se que ela consiste em uma componente fundamental e uma série de
harmônicas ímpares. A componente fundamental pode, por sua vez, ser decomposta
em duas componentes: uma em fase com a FCEM e a outra atrasada 90° em
relação à FCEM. A componente em fase fornece a potência absorvida no núcleo
pelas perdas por histerese e por correntes parasitas. É referida como a componente
de perdas no núcleo da corrente de excitação. Quando a componente de perdas no
núcleo é subtraída da corrente total de excitação, o resultado é denominado corrente
de magnetização.
No caso de transformadores de potência comuns, a terceira harmônica representa
cerca de 40% da corrente de excitação.

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Transformador a vazio

Ic – Corrente de perdas;
Im – corrente de magnetização;
Iφ – Corrente de excitação;

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Transformador a vazio
O valor das perdas no núcleo Pnúcleo, igual ao produto das componentes em fase
de Ê1 e Îϕ, é dado por

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Transformador a vazio
Ao surgir uma corrente I2 no secundário do transformador o primário reage,
aumentando a corrente I1 de tal forma que

Disso deriva que:

Assim a relação entre correntes de um transformador é inversamente proporcional a


seu número de espiras.
Como consequência disso o fluxo no núcleo se mantem praticamente inalterado.

Além disso em um transformador ideal a potência instantânea do primário e do


secundário é a mesma:

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Transformador com carga


No Exemplo 1.8, as perdas no núcleo e os volts-ampères de excitação do núcleo da
Fig. Abaixo para Bmax = 1,5 T e 60 Hz, foram calculados obtendo-se
Pnúcleo = 16W (V I)ef = 20 VA e a tensão induzida foi V = 274 / = 194 V eficaz,
quando o enrolamento tinha 200 espiras.
Encontre o fator de potência, a corrente Ic das perdas no núcleo e a corrente de
magnetização Im.

Solução:

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Transformação de referência
Devido às propriedades citadas, pode-se mover as impedâncias do transformador do
primário para o secundário, relacionando-as com o número de espiras de cada um
dos enrolamentos. Abaixo a figura mostra três circuitos idênticos, a partir dos quais é
possível calcular as correntes e tensões.

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