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Orientador
Prof. Nelsom de Magalhães
Rio de Janeiro
2014
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo principal empreender uma análise das
práticas docentes no ensino superior em instituições privadas de ensino. Para
uma abordagem mais ampla do tema e sua melhor compreensão, realizou-se
também uma análise histórica destas práticas. Como suporte teórico para a
análise, utilizou-se a filosofia Behaviorista Radical de Skinner e os princípios
conceituais dela derivados, que foram sistematizados em um modelo científico
denominado Análise do Comportamento. A docência exercida no ensino
superior privado vem sofrendo transformações relevantes ao longo da história
de suas práticas, de modo que, atualmente, encontramos este setor de ensino
e os professores que nele atuam, não atendendo, na maior parte dos casos, às
demandas que surgem no campo.
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METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CONCLUSÃO 69
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 71
ANEXO 75
ÍNDICE 76
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
Todo este procedimento deve ser feito dentro dos limites de uma ciência
natural, ou seja, não é aconselhável, dentro da Análise do Comportamento, que
se evoque ficções explicativas não observáveis como, por exemplo, “mente”,
“personalidade”, “ego”, e assim por diante (SKINNER, 1953/2003).
Com base nas proposições vistas até aqui, podemos começar a abordar o
conceito-chave da teoria Skinneriana: o comportamento operante. Este
conceito marcou uma diferença essencial de outros modelos behavioristas
(como o de Watson) e de outros sistemas explicativos baseados no modelo S-
R (como o modelo reflexo de Pavlov) e constituiu-se em um paradigma na
Psicologia. Este paradigma, denominado “paradigma operante”, influenciou e
influencia até hoje toda uma corrente de pensamento e, consequentemente, as
práticas dos profissionais que seguem tal modelo.
Utilizando outras analogias para ilustrar esta metáfora, Skinner diz que
ensinar é uma espécie de alquimia:
Por fim, Skinner nos alerta que, embora estas três metáforas estejam
significativamente difundidas em nossa linguagem, elas devem ser evitadas
quando se pretende fazer uma análise científica válida dos processos de
aprendizagem.
CAPÍTULO II
Entretanto, este processo de criação das IES no país foi lento, como já
salientado. O Brasil não possuía tais instituições no período colonial,
33
Bicalho (2004) apud Bessa & Conselho (2007), enfatiza que a falta de
contextualização do conhecimento acadêmico com a realidade local é
incompatível com o objetivo de profissionalização almejado por estas escolas,
uma vez que a profissionalização deve estar pautada em uma metodologia de
ensino que produza um olhar voltado para fora da universidade. Em termos
atuais, podemos traduzir este problema como a dificuldade existente no campo
da educação em articular as disciplinas e áreas do conhecimento, e entre estas
e as práticas cotidianas, desafio constante da educação.
Ainda sobre o caráter elitista das IES, Fávero (2006) apud Nonnenmacher
(2008), afirma que, especificamente no Brasil, o ensino superior foi criado para
atender às elites e não para atender às necessidades fundamentais da
realidade da qual era e é parte. Este nível educacional era concebido como um
“bem cultural”, oferecido a minorias, e não havia a noção clara de que a
universidade deveria constituir um espaço de investigação científica e produção
do conhecimento.
Bessa & Conselho (2007) assinalam que, neste período, houve também
uma modificação do perfil dos estudantes que ingressavam nas universidades
em função da abertura de cursos à noite e no interior dos estados, o que, por
sua vez, permitiu o acesso de algumas pessoas de classe mais pobre ao nível
superior.
Sampaio (2000) apud Bessa & Conselho (2007) afirma que este
crescimento tão acentuado do sistema se deu em função de duas demandas
principais: a grande demanda de estudantes da época pelo ensino superior e a
demanda do mercado ocupacional por pessoas portadoras do diploma de nível
superior.
Após esta classificação das IES de uma forma geral, o que caracterizaria
cada uma delas especificamente? Que elementos são relevantes para
diferenciá-las e, além disso, podemos considerar que existem “tipos” de IES
melhores do que outras a partir destes elementos e de suas características?
Nesta linha de raciocínio, Sampaio (2003) afirma que, a partir dos anos
2000, embora não tenha havido mudanças radicais no que concerne à
demanda pelo ensino superior privado, este continuou a ocupar um espaço
muito mais expressivo do que o setor público e acirrou a competição por alunos
no interior do próprio sistema. Certamente, esta competição crescente entre as
IES privadas se refletiu na busca por um aperfeiçoamento do sistema como um
todo, com desdobramentos importantes que veremos mais adiante.
matrículas, enquanto que o setor público sofreu uma queda, onde sua
participação passou de 41,6% em 1994 para 31,0% em 2001. Bessa &
Conselho (2007) comentam que 70% dos alunos matriculados em IES em 2002
estavam matriculados em IES privadas.
Durham (2003, p.34), sobre isso, analisa que “com a renovação periódica
do reconhecimento, tornou-se possível estabelecer uma pressão continuada
sobre as instituições no sentido de que uma qualidade mínima fosse mantida.”
CAPÍTULO III
que é ascendente de acordo com o grau de titulação cada vez maior que lhe é
exigido.”
Isto pode ser explicado, em parte, pelas exigências legais que configuram
atualmente o campo da docência superior. O Decreto 2.207/97 determina que,
no segundo ano de sua vigência, as IES deverão contar com 15% de seus
docentes titulados na pós-graduação stricto sensu. No quinto ano de vigência,
com 25%, dos quais 10 % de doutores, pelo menos, e, no oitavo ano, com um
terço, dos quais 15% de doutores pelo menos.
Para Amaral (2010) apud Oliveira & Vasconcellos (2011), o bom professor
é aquele que é pesquisador do seu campo teórico, que compreende o processo
histórico do conhecimento que transmite, mas que reconhece também que a
“socialização” do corpo científico-cultural às novas gerações é sua principal
tarefa. A ênfase recai novamente sobre a pesquisa neste contexto.
Isto não significa, contudo, que o ensino em sala de aula não seja
importante ou que seja desvalorizado, muito pelo contrário. Oliveira &
Vasconcellos (2011) entendem que o ensino no nível superior significa,
literalmente, participar de um processo simultâneo de formação humana
discente e docente buscando promover, a todo momento, a consolidação e
emancipação intelectual, científica e cultural dos alunos, agregando,
necessariamente, ensino, pesquisa e extensão.
Vasconcelos (1996), apud Nassif, Hanashiro & Torres (2010) afirma que
as universidades, de um modo geral, têm buscado profissionais com um perfil
cada vez mais empreendedor e aberto ao aprendizado constante, atento à sua
capacidade de transmissão do conhecimento, habilidoso nas críticas e
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Neste contexto, Corrêa & Ribeiro (2013, p.3) enfatizam ainda que
Este parece ser um dos principais desafios das IES e dos professores
universitários que, antes de tudo, devem ser pautados pelo compromisso social
inerente de oferecer seus serviços – sejam eles de ensino, pesquisa ou
extensão – à própria sociedade da qual fazem parte. Só assim poderemos
68
Frente ao panorama atual das IES, sobretudo privadas, nota-se que ainda
há um longo caminho a percorrer para que o vínculo ensino-pesquisa-extensão
se fortaleça e se consolide não como uma prática exclusiva de determinados
modelos universitários, mas sim como uma prática que perpasse toda e
qualquer instituição de ensino superior que julgue ter e efetivamente tenha um
papel relevante no desenvolvimento da sociedade.
69
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SKINNER, B. F. Walden II: uma sociedade do futuro. São Paulo: Herder, 1972.
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WEBGRAFIA
Observatório da Educação.
http://www.observatoriodaeducacao.org.br/index.php/sugestoes-de-pautas/48-
sugestoes-de-pautas/1218-o-que-reivindicam-os-professores-do-ensino-
superior-privado. Data de acesso: 29-04-2014.
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ANEXO
http://www.observatoriodaed
iodaeducacao.org.br/index.php/sugestoes-de-pautas
pautas/48-
sugestoes-de-pautas/1218-oo-que-reivindicam-os-professores-do-ensino-su
superior-privado
Sugestões de Pautas
O que reivindicam
dicam os professores do ensin
ensino
superior privado?
vado?
Qua, 13 de Novembro de 2013 18:08
Levantamento do Observatório
atório aponta seis reivindicações dos professoress que trabalham em
Instituições de Ensino Superior
perior (IES) privadas*
Segundo levantamento do
o Grup
Grupo de Trabalho Docência e Qualidade, da Assem
ssembleia
Legislativa do Estado de São P
Paulo (Alesp), cerca de 40% dos docentes das
as IE
IES privadas não
ultrapassam dois anos no mesm
mesmo vínculo empregatício e mais de 10% permane
rmanecem menos do
que seis meses.
Com a colaboração do GT
T da A
Alesp, o Observatório da Educação destacou
cou se
seis pontos para
a melhoria das condições de tra
trabalho e, consequentemente neste caso, do
o dire
direito à educação
no ensino superior. Articulado
lado iinicialmente por professoras que foram demitidas
itidas após
reivindicarem seus salárioss atra
atrasados, o GT existe deste março deste ano e, qu
quinzenalmente
às quintas-feiras, realiza reuniõ
reuniões para estudar a questão docente no ensino
ino su
superior privado.
Para mais informações sobre
obre o grupo, os interessados devem entrar em contato
ontato pelo e-
mail docentesatuantes@gmail.
gmail.com
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CONCLUSÃO 69
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 71
WEBGRAFIA 74
ANEXO 75
ÍNDICE 76
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