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BIVALIRUDINA - anticoagulante parenteral - e
acao de inibição DIRETA DA TROMBINA. Tem
como mecanismo de ação o bloqueio da
atividade da trombina em dois sítios, ou seja,
livre no plasma e ligadada ao trombo.
Consequentemente impedindo a conversão de
fribrinogênio em fibrina, interferindo sobre as
fases de amplificação e propagação
estabelecidas pelo modelo celular da
coagulação pela diminuição da geração de Mas quem devemos anticoagular? Em 2001, unindo
trombina. (Ainda não disponível no BR) estudos prévios (SPAF + AFI), foi criado um escore de
VARFARINA (AVK ) –anticoagulante oral- risco de eventos tromboembólicos – o CHADS2. Se
antagonista da vitamina K tem como pontuação de 2 ou mais, estaria indicada a
mecanismo de ação antagonizar a vit k, anticoagulação plena, pelo alto risco de eventos
interferindo principalmente, sobre os fatores (warfarina, para um INR de 2,0 a 3,0). Se risco
da coagulação II, VII, IX, X. O risco de intermediário (escore de 1), poderiamos antiagregar
complicações hemorrágicas (principalmente ou anticoagular, dependendo do paciente (com
intracraniana) tendência a um
DABIGATRANA – anticoagulante oral- de ação maior
direta. É um inibidor direto da trombina, benefício da
potente, competitivo, reversível e é o principal anticoagulação
princípio ativo no plasma. Visto que a trombina para esses
possibilita a conversão de fibrinogênio em pacientes).
fibrina durante a cascata de coagulação, a sua
inibição previne a formação do trombo. Uma crítica ao
escore CHADS2
e à outros
O risco de complicações hemorrágicas (principalmente escores
intracraniana) ou a ocorrência de eventos existentes
tromboembólicos são a grande preocupação em (como o
pacientes sob terapia com anticoagulantes. Framingham)
Dependendo dos fatores genéticos, ambientais, é que eles
alimentícios, socioculturais, patologias de base, tinham muitos pacientes em risco intermediário,
interações medicamentosas que influenciam na quando seria questionável a anticoagulação. Por isso,
absorção, farmacocinética e farmacodinâmica, o efeito foi desenvolvido um novo escore de risco – o CHA2DS2-
dos AVK varia de individuo para individuo. VASc. Esse escore foi validado em um estudo
Com isso o monitoramento do efeito dos AVK sobre a apresentado no Chest. Avaliou 5.333 pacientes
coagulação – ex lab de TP é o mais indicado. Este teste ambulatoriais ou internados com FA. Foram incluídos
avalia a via extrínseca da coagulação e indiretamente a aqueles que tinham mais de 18 anos, com FA
via comum, tendo seus valores expressos pelo INR; documentada em ECG ou Holter nos últimos 12 meses.
Foram excluídos aqueles com estenose mitral ou
A fibrilação atrial é a arritmia cardíaca sustentada cirurgia valvar prévia. Foi avaliado mortalidade,
mais comum, acometendo 1-2% da população em eventos adversos (AVC, AIT, embolia periférica, TEP) e
geral. Sabe-se que a FA aumenta consideravelmente o fatores de risco. Dos pacientes que tinham todos dados
risco de eventos tromboembólicos. Assim, a avaliados, 1084 (69%) foram incluídos, com um
anticoagulação é sempre uma preocupação em seguimento de 1 ano.
pacientes que apresentam essa arritmia.
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O escore HAS-BLED deve ser utilizado para estimativa
da probabilidade de sangramento (aumento
considerável quando > 3), mas principalmente para se
lembrar dos fatores de risco modificáveis antes do
início da anticoagulação. Por exemplo: se o paciente
apresenta hipertensão arterial mal controlada, ela
deve ser corrigida antes de se iniciar a anticoagulação.
Se faz uso de aspirina, ela deve ser interrompida,
quando possível, antes da introdução do
anticoagulante, etc. Esse escore não deve ser utilizado
de forma isolada para contraindicar a anticoagulação,
pois apresenta modesta capacidade de predizer
eventos hemorrágicos, além de os pacientes que mais
se beneficiam da anticoagulação serem também os que
Foi considerado alto risco se pontuação de 2 ou mais, possuem, muitas vezes, maior risco de sangramento.
risco intermediário se 1 ponto, e baixo risco se sem
A fibrilação atrial é uma das principais causas de AVC
fatores de risco. A comparação entre a distribuição dos
no mundo. Atualmente existem vários escores
riscos e eventos entre esse novo esquema e o CHADS2
diferentes para medir o risco do pcte com esta arritmia
está demonstrado na tabela abaixo.
ter no futuro um evento cerebral (como o CHADS2 ou
Foi considerado alto risco se pontuação de 2 ou mais, o CHA2DS2 VASc). Os pacientes com risco maior
risco intermediário se 1 ponto, e baixo risco se sem geralmente são tratados com anticoagulantes.
fatores de risco. A comparação entre a distribuição dos Contudo, estes protegem o indivíduo de eventos
riscos e eventos entre esse novo esquema e o CHADS2 embólicos mas os coloca em risco de sangramento. O
está demonstrado na tabela abaixo. ideal então seria ter algum escore que dissesse ao
médico de forma mais precisa qual o risco de
A conduta de acordo com a classificação, segundo
determinado pcte apresentar sangramentos
sugerido nesse artigo, seria:
importantes quando do uso de marevan ou outros
ALTO RISCO (2 pontos ou mais): anticoagulação anticoagulantes. Foi com esse objetivo que criou-se o
plena (warfarina, para INR entre 2,0 e 3,0) escore HAS-BLED, recentemente validado em mais um
RISCO INTERMEDIÁRIO (1 ponto): estudo. O escore traz 9 fatores de risco para
anticoagulação plena ou antiagregação (AAS sangramento em pctes usando marevan. Cada fator
75 a 325mg/dia) – o algoritmo da ACCP soma 1 ponto na conta final. Quanto maior o número
recomenda anticoagulação plena sempre que de FATORES DE RISCO, maior o risco de sangramento.
possível. Os fatores são os seguintes:
BAIXO RISCO (0 pontos): antiagregação (AAS)
Hipertensão – PAS >160 mmHg
ou nada – o benefício do uso do AAS para esse
Alteração da função renal (1 ponto) ou
grupo não está bem estabelecido. Além disso,
hepática (1 ponto) – Cr>2,6, necessidade de
o uso do AAS pode levar a eventos adversos.
diálise ou transplantado renal; Cirrose ou
Devemos levar em consideração que 31% dos Bilirrubinas >2x normal associado a
pacientes incluídos no início desse estudo não tiveram TGO/TGP/Fosfatase alacalina>3x o normal
a coleta adequada dos dados de eventos Stroke (AVC prévio)
tromboembólicos, e portanto não foram utilizados na Bleeding (sangramento prévio ou
análise. O CHA2DS2-VASc classificou uma pequena predisposição a sangramento como
parcela em risco intermediário. Pacientes em baixo coagulopatia)
risco tiveram uma pequena taxa de eventos. O Labile INRs (RNIs que variam muito ou que
CHA2DS2-VASc mostrou-se então um esquema simples estão em <60% das vezes na faixa terapêutica)
para estratificação de risco, com algumas melhorias em Elderly (>65 anos)
relação ao escore CHADS2.
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Drogas (1 ponto) ou alcoolismo (1 ponto) – uso Substâncias químicas: o benzeno é uma causa
de antiplaquetários, AINES ou corticóide; uso notória de insuficiência da medula óssea;
abusivo de álcool (>8 doses por semana) Fármacos;
Infecções: a hepatite é a infecção precedente
De forma geral, pctes com escore maior ou igual a 3 são
mais comum, e a insuficiência medular pós-
considerados de alto risco para sangramento. Um dado
hepatite é responsável por cerca de 5% das
importante estes pctes não possuem contra-indicação
etiologias na maioria das séries. Em geral, os
ao uso de anticoagulantes mas se forem submetidos a
pacientes são homens jovens que se
tal terapêutica têm que ser acompanhados de forma
recuperaram de um episódio de inflamação
mais intensiva. Outro dado importante é que este
hepática há 1 ou 2 meses; a pancitopenia
escore também prediz risco aumentado de
subsequente é muito grave. A hepatite é
sangramento com o uso de aas. Assim, não vale aquele
soronegativa (não A, não B, não C) e
conceito de: Ah, o pcte tem um HAS-BLED alto então
possivelmente causada por um agente
vamos usar aas no lugar do marevan. Isto não se aplica.
infeccioso ainda desconhecido;
O risco de sangramento com o marevan quando bem
Doenças imunológicas: doença do enxerto
controlado (RNI entre 2 e 3) não é superior ou do pcte
versus hospedeiro, associada a transfusão,
que usa aas e o marevan protege de forma muito mais
fasceíte eosinofílica, lúpus eritematoso
eficaz o indivíduo contra eventos embólicos.
sistêmico;
Outro dado relevante é que este escore não foi Gestação: rara, resolvendo-se com o parto ou
validado para os novos anticoagulantes (rivaroxaban, aborto espontâneo/induzido;
apixaban, dabigatrana). Hemoglobinúria paroxística noturna: é
necessária uma mutação adquirida no gene
PIG-A em uma célula-tronco hematopoiética
ANEMIA APLASICA para o desenvolvimento de HPN, porém
mutações em PIG-A provavelmente são
comuns em indivíduos normais. Se a célula-
(HIPOCELULARIDADE, PANCITOPENIA, tronco mutante para o gene PIG-A proliferar, o
MACROCITOSE). resultado será um clone de células deficientes
em proteínas da superfície da membrana
É uma doença rara e heterogênea, caracterizada por celular ligadas ao glicosilfosfatidilinositol (GPI).
pancitopenia no sangue periférico, associada à medula A falência em sintetizar uma molécula madura
óssea hipocelular , e sem evidências de infiltração de GPI gera ausência de todas as proteínas de
neoplásica, mieloproliferativa ou fibrose. Por definição, superfície normalmente ancoradas por ela;
a biopsia de medula será intensamente hipocelular Distúrbios constitucionais: anemia de Fanconi,
substituída por gordura, e no mielograma serão vistos disceratose congênita, síndrome de
escassos linfócitos, plasmócitos e fibroblastos.
Shwachman-Diamond.
FISIOPATOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A maior evidência da participação do sistema imune A maioria dos pacientes procura auxílio médico devido
na fisiopatologia da anemia aplástica é a melhora da aos sintomas resultantes da queda dos valores
função hematopoética após tratamento hematimétricos. As três séries podem estar
imunossupressor e, na maioria dos transplantes diminuídas (eritrócitos, neutrófilos e plaquetas),
singènicos, a pega do enxerto somente é obtida porém a intensidade delas pode diferir e, por isso, a
utilizando o condicionamento prévio com sintomatologia relacionada a uma linhagem
ciclofosfamida. hematopoética pode ser mais expressiva.
- Leucemia = câncer.