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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA SOCIAL

PROCESSO SELETIVO EDITAL N. 18 – 2020

Identificação da prova
CPF: 082.XXX.157 - 40.

Mestrado

Questão obrigatória.

Memória social como construção de identidade individual e coletiva, contribui para o


norteamento e validação de condutas e processos do presente e futuro.
Para tal de forma hibrida buscamos elementos na memoria material e imaterial.
Na memória imaterial construímos de forma empírica conforme afirma:
Halbwachs (2004, p. 71) “Os quadros coletivos da memória não se resumem em datas,
nomes e fórmulas, eles representam correntes do pensamento e de experiência onde
reencontramos nosso passado porque este foi atravessado por isso tudo.”

A questão principal é que hoje com tanta preocupação em registrar e produzir


memória material as experiências estão artificiais, a memoria material é
importantíssima, mas o monumento sem a aurea e o culto perde seu valor, como
Walter Benjamin já mencionava em seu livro - A obra de arte na era da sua
reprodutibilidade técnica.
Temos como exemplo atual o reconhecimento pela UFMG que aprovou uma resolução
reconhecendo 60 pessoas, mestres de quilombos e comunidades indíginas, que vão
poder receber o título de notório saber da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG).que equivale a um doutorado, a medida é uma iniciativa pioneira nas
universidades brasileiras.( Fonte: portal G1).
Em paralelo amargamos a realidade da falta de responsabilidade de nossos líderes,
que não oferece a atenção devida ou melhor cuidam com descaso a nossa memória
material, não é incomum ouvirmos no noticiário que o fogo ou a chuva enlutou nossa
história, ou até mesmo por mero descaso do capitalismo avassalador destombam
prédios históricos, retiram monumentos e assim destroem as referencias deixadas por
nosso antepassados, contribuindo para construção de lacunas em nossa trajetória.

E como Jô Gondar e Vera Dodebei mencionam na apresentação deste livro, essas


questão são realmente como fecundação, tendo em vista que a medida que a
proletariado ganha a oportunidade de se aproximar da cultura e até se reconhecer em
nossa história, perdemos um pouco do culto e da aurea.
Questão de livre escolha numero 3.

Para a memória social existe uma questão cinequacon que é o saber, e para isso
trabalhamos a idéia de memória pessoal e coletiva separadas e juntas.
Conforme menciona Tardy e Dodebey observamos o passado e o futuro, dividindo o
nosso presente.
A todo momento surge uma nova tecnologia, com elas vários formas de cultura se
constroem, com essa nova realidade a cada momento é necessário se reinventar e
criar mecanismos para que a memoração e a patrimonialização sejam preservados.
E com tanta informação percebo que falta o cuidado e respeito com a trajetória que
cada povo e cultura.
É importante que o conhecimento seja acompanhado da relevância daquela história,
que o conhecimento não seja só o tema e sim o conteúdo por completo e ao mesmo
tempo cuidar para que os registros atuais carreguem a verdade que e consigam
descrever a trajetória real década história.
Além da falta de memória, ainda lidamos com as informações inverídicas, que muitas
pessoas tomam como verdade, é uma prática cada dia mais frequente como exemplo
as fake news que norteiam todos os acontecimentos importantes.
Como será que em 2050 será a memória do nosso momento atual?
Hervé Fischer (2008, p. 351-352) pondera sobre esse assunto e vai além

“Para muitos pensadores do contemporâneo não há memória no ambiente virtual, o


que nos apontaria para um futuro insípido e cruel. “
Sabemos que o desenvolvimento das tecnologias para mantermos nossa memória viva
está sendo desenvolvida conforme fala Pierre Lévy (2007).
A identidade para ser forjada depende dessas informações.

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