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FORMULÁRIO PARA

APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA DE INICIAÇÃO


CIENTÍFICA

1) GRANDE ÁREA: Exatas ( ) Humanas (X) Vida ( )


2) DADOS DO (A) ALUNO (A)
Nome: Amanda Lopes(PIBIC) / Bryan Mariano Martinez Alves (VIC)
Curso: Ciências Econômicas Semestre/Ano: 3o semestre (Amanda) / 9o semestre
(Bryan)
Dados da Bolsa: ( ) Renovação (X) Nova
PIBIC ( Amanda ) OU VIC ( Bryan ) Período do relatório: Agosto/2009 a Julho/2010
2) DADOS DO (A) ORIENTADOR (A)
Nome: Margarida Garcia de Figueiredo
Instituto/Faculdade: Faculdade de Economia Deptº:
3) DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título do Projeto e/ou sub-projeto: Recuperação de áreas com pastagem degrada: estudo
comparativo entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
N° de registro na CAP: 006/CAP/2009
4) APRECIAÇÃO SUCINTA DO ORIENTADOR (A): Tanto a Amanda quanto o Bryan
apresentaram bastante interesse pela pesquisa, participaram satisfatoriamente de todas as
atividades à eles atribuídas, além de demonstrarem bom relacionamento com colegas no
desenvolvimento de atividades coletivas.

Assinatura do (a) aluno (a)

Assinatura do (a) orientador (a)


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Resumo ................................ ................................ ................................ ............................. 4c
1. Introdução................................ ................................ ................................ ...................... 5c
2. Revisão de Literatura ................................ ................................ ................................ ..... 7c
3. Metodologia ................................ ................................ ................................ ................... 9c
4. Resultados e Discussão ................................ ................................ ................................ 10c
5. Conclusões................................ ................................ ................................ ................... 17c
6. Atividades desenvolvidas ................................ ................................ ............................. 17c
7. Dificuldades encontradas e ações adotadas para superação das dificuldades................. 18c
8.Considerações finais ................................ ................................ ................................ ..... 19c
9. Referências Bibliográficas ................................ ................................ ........................... 19c
Anexos ................................ ................................ ................................ ............................ 20c





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"
A despeito da grande importância econômica da pecuária extensiva no Brasil, em especial
no Estado de Mato Grosso, um problema que vem sendo atualmente enfrentado pelo setor
diz respeito à sustentabilidade da atividade, especialmente nas áreas localizadas próximas
ao bioma amazônico. Nesse contexto, a recuperação de pastagens degradadas é uma
possível solução tecnológica que pode ser utilizada para reduzir o impacto que a atividade
pecuária representa. Assim, o objetivo geral do projeto é desenvolver uma análise
comparativa para recuperação de áreas com pastagem degradada entre os Estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, considerando duas propriedades típicas. Como ferramenta
de análise foram utilizados alguns métodos de avaliação de viabilidade econômica de
projetos, a saber: Método do Valor Presente Líquido (VPL); Método da Razão
Benefício/Custo (B/C); e Método da Taxa Interna de Retorno (TIR). Tais métodos foram
empregados sob diferentes cenários, considerando a utilização do sistema de integração
lavoura-pecuária, uma das formas usuais de se recuperar áreas com pastagem degradada.
Até o presente momento foram efetuadas as análises para a propriedade localizada no
estado de Mato Grosso do Sul, e no segundo semestre deste ano serão realizadas as
análises para a propriedade localizada em Mato Grosso, bem como a análise comparativa
entre os dois estados. Vale ressaltar que a principal dificuldade no desenvolvimento do
estudo foi quanto à disponibilidade de dados para o estado de Mato Grosso, os quais ainda
não foram disponibilizados conforme o combinado com o produtor. A previsão é de que
estes dados estejam disponíveis até meados de setembro, para que o projeto seja finalizado
até dezembro de 2010. Como principais resultados parciais, verificou-se que, no caso da
propriedade localizada no Mato Grosso do Sul, o aumento gradual das áreas de lavoura, no
sistema integração lavoura-pecuária, será benéfico à fazenda como um todo. Tal benefício
ocorre porque esta prática faz girar mais dinheiro na propriedade, recupera áreas de
pastagens degradadas, e reduz a proporção de custos fixos, representando uma boa opção
para o pecuarista que necessita recuperar áreas com pastagens degradadas.

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23 '45
O Brasil possui grandes vantagens comparativas em relação a outros países
produtores de carne bovina, destacando-se a disponibilidade de áreas de pastagem e a boa
oferta e distribuição de chuvas nas principais regiões produtoras, que juntamente às
variedades forrageiras adaptadas aos solos de cada região, tornam o país importante
ofertante de animais de pasto. A maior vantagem do sistema de produção brasileiro é sem
dúvida o baixo custo de produção, basicamente por não depender de grãos para
alimentação do rebanho, mas ainda se destaca pelo enorme potencial de crescimento, pela
possibilidade de aumentar a produção em áreas subaproveitadas (com baixa lotação) ou
degradadas, e em rotação com agricultura.
O Brasil dispõe um estoque inicial, de aproximadamente 180 milhões de cabeças
de gado, com uma produção de 9,5 milhões de toneladas de carne. Cerca de 90% da carne
é produzida em sistemas em que a alimentação do rebanho está baseada exclusivamente
em pastagens. A área total de pastagens cultivadas soma aproximadamente 100 milhões de
hectares. Somente na região dos Cerrados existem 49,4 milhões de hectares de pastagens
cultivadas, as quais abrigam cerca de 40 milhões de cabeças de bovinos, representando
mais de 35% do rebanho nacional. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2008), a maior porção do rebanho bovino do Brasil está
localizada na região Centro-Oeste, com destaque para os Estados de Mato Grosso, com 26
milhões de cabeças, seguido por Mato Grosso do Sul com 22 milhões de cabeças, fazendo
que a região represente 34,07% do total nacional em 2008.
A despeito da grande importância econômica da pecuária extensiva no Brasil, em
especial no Estado de Mato Grosso do Sul, um problema que vem sendo atualmente
enfrentado pelo setor diz respeito à sustentabilidade da atividade. Na região dos Cerrados,
para comportar o rápido crescimento do rebanho bovino, ocorreram aumentos
significativos nas áreas de pastagens cultivadas. O avanço na proporção de pastos chegou a
saltar de 18% para 65% em 2002 (MULLER e MARTHA JR., 2008), indicando que a
degradação de pastagens vem se acelerando.
O manejo inadequado do sistema solo-planta forrageira-animal e o gerenciamento
ineficiente do negócio explicam o fato de que, atualmente, 60% a 70% das pastagens
cultivadas nos Cerrados ± cerca de 35 milhões de hectares ±, apresentam algum grau de
degradação (MARTHA JR. e VILELA, 2002). Geralmente os fatores que causam a
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degradação das pastagens estão associados ao manejo, contudo, falhas técnicas durante o
processo de semeadura e estabelecimento podem concorrer para esta degradação.
Nesse contexto, a recuperação de pastagens degradadas é uma possível solução
tecnológica que pode ser útil na tentativa de reduzir o impacto que a atividade pecuária
representa nas áreas de cerrado e, ao mesmo tempo, melhorar a produtividade animal,
favorecendo a economia regional. Diante do anuncio do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) de que pretende incentivar a produção agropecuária
sustentável e a recuperação de pastagens degradadas, com uma linha especial de
financiamento, supondo que crédito se torne disponível em condições atrativas, é de se
esperar que um grande número de produtores se engaje na tarefa de recuperar seus pastos.
Aos que a isso se lançarem, duas decisões fundamentais se apresentam: primeiramente,
escolher o processo de recuperação mais adequado ao estado em que se encontra a área
degradada e aos recursos disponíveis (condições do solo, máquinas, equipamentos, mão-
de-obra, capital e capacidade administrativa, principalmente); em segundo lugar, mas
talvez mais importante e difícil, definir a dimensão em que deve empreender este processo.
Traduzindo estes condicionantes na forma de um questionamento do produtor,
delineia-se a seguinte pergunta: ³dado o capital, as pastagens e o rebanho de que disponho,
quanto da área degradada devo recuperar a cada ano, vendendo ou não gado para financiar
este processo, ou, contrariamente, comprando gado, de forma a otimizar a utilização dos
pastos e assim gerar o maior retorno econômico?´. A recomendação de se recuperar
pastagens degradadas, muitas vezes, baseia-se na experiência e intuição dos autores,
entretanto, no intuito de embasar tomadas de decisões mais seguras faz-se necessário a
realização de estudos que procurem oferecer subsídios, para responder aos
questionamentos do produtor.
O objetivo geral do trabalho é realizar um estudo de caso para uma propriedade
típica, localizada na região de Sidrolândia, no centro-norte de Mato Grosso do Sul, de
modo a analisar comparativamente, e identificar se a utilização do sistema de integração
lavoura-pecuária apresenta-se como opção economicamente viável para a recuperação de
áreas com pastagens degradadas. Objetivos específicos incluem: I. a elaboração de um
diagnóstico da propriedade, e construir o fluxo de caixa para a atividade; II. O
desenvolvimento de cenários para análise de recuperação de pastagens degradadas em
diferentes sistemas de produção; III. A análise da viabilidade econômica de cada cenário;
IV. O estabelecimento de comparações entre os resultados obtidos nos diferentes cenários,
de modo a identificar a melhor alternativa para a propriedade.
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Segundo a opinião de especialistas, como justificativa para este trabalho, é


possível intensificar a produção nacional de carne bovina sem a expansão das áreas de
pastagem e sim com a introdução de novas tecnologias de recuperação de pastagens
degradadas (BAPTISTA, 2008). Somente no Estado de Mato Grosso do Sul, dos 16
milhões de hectares de pastagem cultivados, 60% a 70% apresentam algum grau de
degradação e 30% a 40% já estão em um processo avançado de degradação (ZIMMER et
al; 1998).

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De acordo com Macedo (1995), a degradação de pastagens consiste no processo
evolutivo de perda de vigor, de produtividade e de capacidade de recuperação natural das
pastagens para sustentar os níveis de produção e qualidade exigida pelos animais. Além
disso, consiste na incapacidade de superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e
invasoras, culminando com a degradação avançada dos recursos naturais, em razão de
manejos inadequados. Existem diferentes métodos para a recuperação e renovação de
pastagens, conforme descritos a seguir:
Recuperação e renovação direta: Entende-se por recuperação direta as práticas
mecânicas e químicas aplicadas a uma pastagem com o intuito de revigorá-la, sem
substituir a espécie forrageira existente. Apresenta menor risco ao produtor, e é
aconselhada para áreas que se encontram com clima e solos desfavoráveis para produção
de grãos, com falta ou pouca infra-estrutura de máquinas e implementos, aporte de
insumos, menor disponibilidade de recursos financeiros, e utilização da pastagem no curto
prazo (MACEDO, KICHEL e ZIMMER, 2000).
Renovação direta: seriam as ações relativas às praticas agronômicas aplicadas
sobre pastagens degradadas no sentido de substituir a espécie presente e reverter o
processo de degradação através da implantação de uma nova espécie forrageira. Baseia-se
em procedimentos mecânicos e químicos com uso de herbicidas.
Recuperação e renovação indireta: A recuperação indireta de pastagens
degradadas pode ser compreendida como aquela efetuada através de práticas mecânicas,
químicas e culturais, utilizando-se de uma pastagem anual ou lavoura anual de grãos, por
certo período de tempo, a fim de revigorar a espécie forrageira existente. A renovação
indireta de pastagens, por sua vez, pode ser entendida como aquela efetuada através de
práticas mecânicas, químicas e culturais, utilizando-se de uma pastagem anual ou de uma
lavoura anual de grãos, por certo período de tempo, objetivando substituir a espécie
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forrageira existente por outra de melhor valor nutritivo ou com diferentes características
que as da espécie em degradação. Recomenda-se para estágios de degradação muito
avançados, onde o solo apresente baixa fertilidade e alta acidez, baixa produtividade de
forragem, grande quantidade de invasores. Entretanto seu custo é elevado, pois exige infra-
estrutura de máquinas e equipamentos e conhecimento tecnológico (MACEDO, KICHEL e
ZIMMER, 2000).
Integração lavoura - pecuária: Este sistema permite um uso mais racional de
insumos, máquinas e mão-de-obra na propriedade agrícola, além de diversificar a produção
e o fluxo de caixa dos produtores, dando uma melhor sustentabilidade da produção
agropecuária. A integração lavoura - pecuária permite um sistema de exploração em
esquema de rotação, onde se alternam anos ou períodos de pecuária com a produção de
grãos ou fibras, etc. Tem-se apresentado eficiente na melhoria das propriedades químicas,
físicas e biológicas do solo, controlando invasoras e quebrando ciclos de pragas e doenças
(MACEDO, KICHEL e ZIMMER, 2000).
Plantio direto sobre pastagens: O sistema de plantio direto sobre pastagens
também é uma tecnologia alternativa de manutenção da produtividade e de
recuperação/renovação de pastagens em estádios iniciais de degradação, para áreas que
apresentem apenas perda de vigor ou rápida queda na produtividade. Este sistema pode ser
utilizado para o plantio de pastagens anuais (milheto ou sorgo forrageiro), leguminosas
(estilosantes ou guandu) ou culturas anuais de grãos (soja ou milho), sobre pastagens de
Brachiaria ou Panicum. O sucesso da produção da cultura utilizada no plantio direto está
associado ao nível de degradação da pastagem.
Estudos realizados na década de 80 descreveram uma redução da fertilidade do
solo, apontando a importância da recuperação dos pastos degradados. A viabilidade da
atividade pecuária sem os benefícios concedidos nas décadas anteriores passa, então, a ser
questionada. Falesi & Veiga (1986) concluem que a técnica de recuperação de pastagens só
se torna viável através de financiamentos acessíveis devido ao alto custo da utilização de
máquinas pesadas e de fosfato aplicado em grande quantidade. A necessidade do uso de
tecnologia na pecuária no Brasil centro-norte não foi percebida somente nos últimos anos.
No trabalho realizado no Brasil Central e descrito por Mueller (1977), que utiliza
simulações com modelos de programação linear, o autor ressalta a importância das
pesquisas destinadas à melhoria das variedades de pastagens mais adaptadas, como é o
caso da introdução do gênero þ    , forrageira desenvolvida para o cerrado
que contribuiu para a expansão da pecuária na região permitindo ganhos significativos na
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taxa de lotação animal, desempenho e produtividade. Diante de toda esta discussão, torna-
se interessante a realização de estudos que definam as tecnologias e estratégias mais
viáveis econômica e ambientalmente, resultantes da combinação de métodos para a
recuperação de áreas que seriam eventualmente abandonadas.

3 ')
O primeiro passo foi selecionar duas propriedades típicas (uma no Mato Grosso e
outra no Mato Grosso do Sul), que viriam a servir como foco de estudo. Procurou-se
selecionar os dados necessários ao desenvolvimento das análises, estabelecendo-se um
diagnóstico preciso das atuais características das propriedades, devendo contemplar: o
tamanho da fazenda, a proporção da área com pastagem degradada, a capacidade de
suporte das demais áreas na propriedade, a disponibilidade de capital de giro e de
investimento, a atual disponibilidade de estoque de capital (incluindo-se máquinas,
equipamentos, construções e benfeitorias), a capacidade administrativa, a disponibilidade
de mão-de-obra, as condições do solo, o tamanho do rebanho existente, os atuais índices de
desempenho zootécnico, dentre outros fatores. Vale ressaltar que, dentro do programa
desenvolvido para os alunos de iniciação científica, foi possível desenvolver somente as
atividades relacionadas à propriedade situada no Mato Grosso do Sul, conforme justificado
no item das dificuldades encontradas. Como principais métodos para a análise econômica,
adotou-se as medidas de mérito do Valor Presente Líquido (VPL), da Taxa Interna de
Retorno (TIR) e da relação Benefício-Custo (RBC).
O VPL é amplamente utilizado como medida de mérito na tomada de decisão em
projetos de viabilidade econômica, sendo definido como a diferença entre o valor presente
dos benefícios e o valor presente dos custos. Os valores de custos e benefícios esperados
durante a vida útil de um projeto são trazidos para o tempo zero, descontando-se a taxa de
juros, também denominada taxa de desconto (FRIZZONE; 2005). Analisando-se um único
projeto, independentemente de alternativas, o critério a ser adotado deve ser o de se
investir apenas se o VPL > 0; caso contrário, não se deve investir. Quando existirem
projetos alternativos, e o tomador de decisão tiver que escolher em qual investir, o mais
apropriado será o que apresentar o maior VPL, com a ressalva de que todos devem ser
expressos no mesmo prazo.
A relação benefício-custo (RBC) é o quociente entre o valor dos benefícios e o
valor dos custos. Este critério pode ser aplicado tanto para valor presente, quanto para
valores anuais, contanto que os benefícios e custos a serem comparados estejam sempre em
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iguais instantes referidos. Neste caso, o projeto deve ser aceito para investimento apenas se
RBC > 1. Ao comparar projetos alternativos, deve-se optar pelo que tiver a maior RBC.
A TIR é a taxa de juros que torna nulo o valor presente líquido (VPL), ou seja,
representa a taxa mínima de retorno do projeto, necessária para recuperar pelo menos o
valor do investimento. Após o cálculo da TIR, seu valor deve ser comparado ao da taxa
mínima de atratividade (taxa de desconto), de modo que o projeto apenas deva ser
implementado se a TIR for maior ou igual a esta taxa.
Para comparação entre diferentes projetos, todos devem apresentar o mesmo
horizonte de tempo e, caso isto não ocorra, devem ser transformados através de artifícios
matemáticos. Além disso, ao comparar alternativas de investimento pelo método da TIR,
deve-se analisar a TIR do valor incremental, ou seja, da ǻVPL. A alternativa de maior
investimento deve ser aceita, caso a TIR do valor incremental seja maior do que a taxa
mínima de atratividade.

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Toda a análise foi baseada na manutenção constante das áreas de lavoura, com os
anos, em 521 ha dentre 7680 ha de área total. Sem considerar as áreas para produção de
silagem de cana, essas áreas exclusivas lavoura são:
4c Reservatório (silagem de sorgo): 64,5 ha
4c Reservatório (soja seguido de aveia): 64,5 ha
4c Lanchonete (soja seguido de aveia branca): 33 ha
4c Piquete dos carneiros (soja seguido de milheto): 53 ha
4c Piquete 13 (soja seguido de milheto): 98 ha
4c Invernada 02 (soja seguido de milho safrinha): 158 ha
4c Área de silagem de Aruana: 50 ha
Das áreas acima, as de produção de silagem totalizam 114,5 ha, demandam custos
variáveis diretos mas não produzem receita bruta direta de lavoura. Isso porque o material
colhido é convertido em produto animal. Estas áreas foram mantidas constantes e,
portanto, seus custos operacionais variaram, ao longo dos anos, apenas em função da
expectativa de inflação. O fato de não haver receita direta das áreas de silagem não implica
que elas podem ser transformadas em áreas de soja ou outra cultura não-forrageira, mais
rentáveis, posto que tais áreas são fundamentalmente contabilizadas no planejamento de
oferta de forragem. Por outro lado, pode-se optar pela substituição de silagem do sorgo e
capim Aruana por culturas forrageiras mais mais produtivas (ex.: cana-de-açúcar), caso a
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oferta de forragem apresente-se crítica, ou então por forrageiras mais interessantes em


termos de custo-tonelada na dieta final (nos casos em que é elevado o custo de obtenção de
proteína na propriedade, pode não ser a cana-de-açúcar).
A substituição de sorgo e/ou capim Aruana por outras forrageiras não sensibiliza
significativamente a economicidade (para cima ou para baixo) da Fazenda como um todo
porque as áreas envolvidas são relativamente pequenas. Entretanto, a opção pela cana-de-
açúcar tende a ser sempre mais econômica em função da produtividade desta cultura.
Dessa forma, desconsiderando-se as áreas para produção de volumosos de sorgo e
capim Aruana, tem-se uma área inicial (atualmente) de lavoura de 406,5 ha. A análise da
expansão das áreas de lavoura em 10% ao ano mostrou-se satisfatória na economicidade
geral da Fazenda. Cabe ressaltar que este incremento guarda consigo a proporcionalidade
das atividades empregadas anteriormente. O planejamento de semeadura das áreas ao
longo dos anos agrícolas é apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 ± Planejamento aproximado para áreas de lavoura (ha) ao longo dos anos.

Ano agrícola (Agostoi ± Julhoi+1 )


1 2 3 4 5 6 7 8
Soja / aveia 70,95 78,05 85,85 94,43 103,88 114,27 125,69 138,26

Soja / aveia branca 36,30 39,93 43,92 48,32 53,15 58,46 64,31 70,74

Soja / milheto 166,10 182,71 200,98 221,08 243,19 267,51 294,26 323,68

Soja / milho safrinha 173,8 191,18 210,30 231,33 254,46 279,91 307,90 338,69

Área total 447,15 491,87 541,05 595,16 654,67 720,14 792,15 871,37

Porcentagem da área útil


que é convertida em 8 8 9 10 11 12 13 15

lavoura* (%)
*Não considera as áreas voltadas para a produção de forragem, nem os arrendamentos.
O custo variável de produção foi assumido em R$/ha 1800 para áreas de soja /
aveia, soja / aveia branca e soja milheto. Para as áreas de soja / milho safrinha, assumiu-se
R$ / ha 2500. As produtividades de soja foram consideradas em 50 sacas/ha, e os preços de
nivelamento deste produto foram adotados como sendo R$/saca 39,00. Para o milho
safrinha, as produtividades e os preços foram considerados como sendo 62 sacas/ha e
R$/saca 17,00; respectivamente. Na medida em que se emprega o progama de gestão
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proposto pela Propaga, a intenção é levantar estes valores e colocá-los em análises


posteriores com o intuito de melhorar a fidedignidade da mesma.
A expansão das áreas de lavoura, que ao final resultará em uma área de ~871 ha
de soja, irá demandar áreas que anteriormente eram pastagens. Um dos benefícios gerados
é a melhoria das terras selecionadas devido ao emprego da integração Agricultura-
Pecuária, pois adiciona nutrientes às pastagens que serão novamente formadas, melhora a
estrutura do solo e rompe ciclos de pragas que por ventura possam ocorrer. Outro benefício
é a minimização do custo de oportunidade dessas terras. Ainda, o aumento de lavoura
confere maior estabilidade à expectativa de lucro líquido anual, o que pode ser averiguado
quando se confere a faixa verde da Figura 1. Por último, o aumento gradual das áreas de
integração lavoura-pecuária contribui para o aumento do }

da mão-de-obra e
execução de serviços da propriedade.
Observa-se na Figura 1 que a receita líquida fica negativa no primeiro ano. Isso se
deve ao fato de ter sido adotado o descarte de 500 matrizes no Ano 0, ocasionando assim a
redução no número de bezerros que seriam produzidos e vendidos para o Ano 1. A
evolução do rebanho foi toda modificada em função da contagem de plantel que foi
atualizada e repassada para esta análise, e será discutida mais adiante.
Pela Figura 1, observa-se também uma tendência crescente de custos fixos,
variáveis e receitas brutas, embora a receita líquida (faixa verde) tende a ser constante.
Uma parte dessa tendência é explicada pela inflação, que é a majoração expontânea dos
preços de insumos e produtos. A outra parte é explicada pela intensificação da pecuária
associada ao aumento de áreas de lavoura. Estima-se que, no final de 8 anos, o custeio para
tocar ~1000 ha de lavoura (culturas + forrageiras + cana) mais a pecuária e seu
confinamento seja da ordem de ~5.700.000 (cinco milhões e setecentos mil), valor este
considerado alto em relação à receita líquida correspondente. Deve-se levar em conta ainda
que esta última análise contemplou a saída de recursos, via investimento, da ordem de R$
300.000,00 nos anos 3 e 5 para futuras aquisições de máquinas e implementos.
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7,500,000
7,200,000
6,900,000 Receita líquida (R$)
6,600,000 Custos fixos (R$)
Custos variáveis (R$)
6,300,000
6,000,000
5,700,000
5,400,000
5,100,000
4,800,000
4,500,000
4,200,000

Valor (R$)
3,900,000
3,600,000
3,300,000
3,000,000
2,700,000
2,400,000
2,100,000
1,800,000
1,500,000
1,200,000
900,000
600,000
300,000
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Ano pecuário

Figura 1 ± Variação temporal da receita líquida, dos custos fixos e variáveis decorrentes da
intensficação gradual da pecuária associada ao aumento gradual das áreas de
lavoura.

No geral, isso representa uma TIR = 5,74% (inferior à TIR do cenário em que as
áreas de lavoura eram consideradas constantes), e um VPL = R$ ± 1.410.012,00. Estas
medidas de mérito econômico (TIR e VPL) só se tornaram inferiores aos do primeiro
cenário pelo fato de o rebanho ter sido atualizado com números diferentes. Se os mesmos
números fossem mantidos, TIR e VPL do cenário de aumento gradual de lavoura seriam
maiores, e o VPL positivo. Contudo, se atualizarmos também as taxas de desconto (TD) e
de inflação (TI) para 0,6% a.m. e 8% a.a., verifica-se que TIR e VPL sobem para 7,60% e
R$ 520.109,71; respectivamente. Se por um lado o aumento da inflação pode balancear o
aumento do custo de capital expresso pela taxa de juros, o lado obscuro do aumento da
inflação é o aumento do risco. Pelas análises, por exemplo, nota-se as taxas de aumento
dos custos variáveis (CV) são maiores, ao passo que a receita líquida (RL) não aumenta
substancialmente (Figura 2). A Figura 1 e a Figura 2 apresentam-se em escalas diferentes
(observar que, com a taxa de inflação aumentada, a receita bruta ± linha superior da faixa
verde ± ultrapassa a casa de R$ 8.500.000,00). Embora rudimentar, a relação CV/RL pode
ser considerada como uma primeira medida para se avaliar o risco do empreendimento. Na
medida em que o programa de gestão vai sendo implementado, os custos unitários e
receitas vão sendo coletados, possibilitando que se estime o risco por métodos mais
consagrados, como o de minimização dos desvios negativos da receita líquida.
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,00,000
,400,000
,100,000 Receita líquida (R$)
,00,000 ustos fixos (R$)
,500,000 ustos variáveis (R$)
,200,000
,00,000
, 00,000
,300,000
,000,000
5,00,000
5,400,000
5,100,000
4,00,000

Valor (R$)
4,500,000
4,200,000
3,00,000
3, 00,000
3,300,000
3,000,000
2,00,000
2,400,000
2,100,000
1,00,000
1,500,000
1,200,000
00,000
00,000
300,000
0
1 2 3 4 5  

no pecuário

Figura 2 ± Variação temporal da receita líquida, dos custos fixos e variáveis decorrentes da
intensficação gradual da pecuária associada ao aumento gradual das áreas de
lavoura com a atualização também das taxas de desconto e de inflação.

Os componentes de custo são apresentados na Figura 3. Verifica-se que há uma


tendência de aumento na fração de custos representada pelos custos operacionais de
lavoura (barras verdes), exceto nos anos 3 e 5, já que para estes anos está previsto o
desembolso de R$ 300.000,00 (em cada ano) em investimentos com maquinário de
lavoura. Os custos fixos (barras vermelhas) tendem a cair, uma vez que que se planeja um
processo de intensificação da propriedade.

Fração de custo representada por custo fixo Fração de custo representada por custos de lavoura
Fração de custo representada por suplementação Fração de custo representada por custo de aquisição de animais

Fração de custo representada por outros custos variáveis Fração de custo representada por produtos farmacol gicos

45 43.02


40.42

40    
3 .40 3 .35

34.3

35


32.1


32.0

32.01
31.3

2 .
30
 
2 .35

25 
22.5 
21.44
20.20
 
20.1
20
 

     
1 . 1  
1 . 0 1 .14
1 .55
    1 .02   1 .01
  
15.20
 1 .2 1 .01 1 .05 15. 3 1 .0

15  13.
 14.
13. 4

 12.14

12.0

10
.5

 .2  . 3
 .
  . 5  .4  .11

5. 5

5 

 2.12
 2.31  
 
1. 5 1. 1. 4 1. 5 1. 1. 5

0
1 2 3 4 5  

no pecuário

Figura 3 ± Frações de custo total representado pelos diversos componentes de custo.


15

Com a atualização do rebanho, a evolução também foi levemente alterada, bem


como as ocupações nos períodos de águas, secas e confinamento. Devido ao aumento das
áreas de lavoura, há de se adequar também o rebanho em função da área reduzida de
pastagens para que o sistema não entre em colapso em termos de lotação e disponibilidade
de volumosos. Mantendo-se o mesmo número de animais de compra, a ocupação dos
animais em confinamento tende a permanecer constante, a partir do Ano 4, em
aproximadamente 2200 rêses, conforme mostra a Figura 4, que também mostra a ocupação
total de animais nos períodos das águas e das secas.



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Número de rêses


 
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Figura 4 ± Número de rêses nas águas, nas secas e no confinamento.

Como conseqüência, a área requerida para o plantio de cana-de-açúcar ficou


também reduzida, conforme mostra a Tabela 2, levando em conta a preservação dos 114,5
ha de produção de silagem de Aruana e Sorgo.

Tabela 2 ± Requerimento de área de cana-de-açúcar (ha) ao longo dos anos.

Ano pecuário
Cultura
1 2 3 4 5 6 7 8
Cana-de-açúcar 14 16 25 28 30 34 37 37

O único índice zootécnico que foi alterado, em relação à original, foi a meta de
descarte de matrizes. Originalmente, definiu-se que 15 e 20% seriam descartadas nos anos
7 e 8, respectivamente. Na nova formatação, deve-se buscar manter o descarte de matrizes
16

em 5% ao ano, visando que se atinja, no último ano, um plantel de matrizes semelhante ao


plantel inicial, ou seja, em torno de 1600 matrizes adultas. As modificações nos objetivos
do projeto também modificam as expectativas de receitas líquidas, que se alteram
levemente com o novo cenário de evolução do rebanho. Há uma expectativa crescente para
a receita líquida com o tempo, conforme mostra a linha média de tendência da Figura 5.
Com o aumento gradual das áreas de lavoura e com a leve alteração da evolução
do rebanho, não há um aumento substancial de receita total em relação à primeira Análise,
mas há uma expectativa de maior estabilização das receitas ao longo dos anos. Pela Figura
5, por exemplo, observa-se que as maiores receitas líquidas estão previstas, de acordo com
os índices zootécnicos preconizados e com o aumento das áreas de lavoura, para os anos
intermediários 3, 4 e 5, tendendo a cair após este ano devido às expectativas de baixa no
ciclo pecuário, mas tendendo a subir novamente com a intensificação via aumento do
número de rêses confinadas. As Relações Benefício-Custo tendem a acompanhar a
tendência das variações das receitas líquidas. Em média, estima-se uma receita líquida
anual não superior a R$ 380.000,00; já descontando todos os custos fixos e variáveis,
depreciações, custo do capital e pro-labores do proprietário.

1,200,000.00 1.20

1,120,000.00
Receita líquida
1,040,000.00
Relação Benefício-custo
960,000.00
Linha média da receita líquida
880,000.00

800,000.00
Relação Benefício-custo

720,000.00
Receita líquida (R$)

640,000.00
1.10
560,000.00

480,000.00

400,000.00

320,000.00

240,000.00

160,000.00

80,000.00

0.00 1.00
1 2 3 4 5 6 7 8
Ano pecuário

Figura 5 ± Expectativas de projeção de receitas líquidas e as respectivas tendências de


crescimento, expresso pela linha média da receita líquida, ao longo dos anos.

Em linhas gerais, o aumento gradual das áreas de lavoura será benéfico à Fazenda
como um todo porque fará girar mais dinheiro na propriedade, renovará áreas de pastagens,
e reduzirá a proporção de custos fixos. Restará apenas gerir adequadamente os custos
17

operacionais (desembolsos anuais) com lavoura. Já o cenário macroeconômico aponta,


para os próximos tempos, para taxas de juros mais elevadas que as taxas praticadas nos
últimos três anos. Assim, o custo do capital fica maior, fazendo com que os créditos sejam
menos acessíveis e interessantes. As bases para o aumento das taxas de juros são duas,
isoladamente ou de forma conjugada: i) internamente, por parte do governo brasileiro, para
tentar conter a taxa de inflação em eminência de crescimento espontâneo devido ao
aumento da demanda da população crescente por alimentos; e ii) externamente, por parte
da queda de grandes instituições financeiras americanas, que retirarão dinheiro do mercado
financeiro brasileiro, reduzindo assim a disponibilidade de dinheiro no país e,
conseqüentemente, tornando-o mais caro.
Com as moedas estrangeiras fortalecidas devido à retirada de investimentos do
mercado financeiro brasileiro, a carne bovina torna-se mais barata em dólar (ou em moeda
estrangeira). Isso se traduz em vantagens, já que a demanda externa por este produto fica
potencialmente aumentada, conferindo maior robustez à procura por carne, mas não
necessariamente estabilidade de preços, já que poucos frigoríficos dominam maior parte do
mercado brasileiro. Em síntese, até que a economia mundial não se defina em termos de
hegemonia, os planejamentos das diversas atividades econômicas devem continuar sendo
feitos para longos prazos, mas as decisões deverão ser tomadas em curto prazo, requerindo
então que os planejamentos sejam feitos de forma a permitir flexibilidade de ajuste e
constante revisão. A flexibilidade de ajuste residirá justamente em processos graduais, que
permitam retornar a um patamar imediatamente anterior em caso de revés das
externalidades econômicas. Isto está em consonância com o planejamento de aumento
gradual das áreas de lavoura da Fazenda, principalmente se a gestão de custos deste
planejamento seja adequadamente monitorada.

>3 )"6"
Para a propriedade rural analisada, localizada em Mato Grosso do Sul,
recomenda-se que seja feito o processo gradativo de renovação de pastagens por
intermédio do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária, especificamente nas áreas
propícias desta propriedade e não em toda ela. Esta opção mostrou-se viável a partir dos
dados obtidos.

73'*"" *)*"
Conforme exposto no plano de trabalho (tanto do PIBIC quanto do VIC), durante
o ano de desenvolvimento da pesquisa, os alunos colaboraram na tabulação dos dados
18

utilizados para as análises, participaram das discussões sobre a forma de organização das
atividades na propriedade localizada em Mato Grosso do Sul e contribuíram na elaboração
das planilhas para a análise de viabilidade econômica dos diversos cenários considerados
no estudo. Paralelamente à estas atividades, desenvolveram uma série de leituras e
elaboraram uma revisão bibliográfica sobre o assunto. Finalmente, elaboraram junto à
orientadora, um resumo para inscrição do trabalho e participação do XVII Seminário de
Iniciação Científica.

U38)"  '"46"'"!"!45"8)"
Uma primeira dificuldade surgida ao longo do período foi quanto à metodologia
de análise. Ao iniciar a tabulação dos dados e estabelecer os cenários e formas de análise
dos resultados, verificou-se que a utilização de modelos de Programação Linear não seria
interessante aos propósitos do estudo. Chegou-se a conclusão de que a maneira mais eficaz
de se avaliar os modos de recuperação de áreas com pastagens degradadas seria através da
elaboração de fluxos de caixa para os diferentes cenários. De posse dos fluxos de caixa, foi
possível realizar a análise de viabilidade econômica a partir da utilização de medidas de
mérito, tais como: Método do Valor Presente Líquido, Método da relação Benefício/Custo
e Método da Taxa Interna de Retorno. Os resultados dos diferentes cenários foram
comparados ao final da análise.
A segunda dificuldade surgida, e talvez a mais relevante quanto ao
desenvolvimento da pesquisa, foi quanto à disponibilidade dos dados referentes ao estado
de Mato Grosso. Foram estabelecidos alguns contatos com produtores rurais, os quais
iriam disponibilizar as informações necessárias para elaboração das análises, tal como foi
feito para o Mato Grosso do Sul. Porém, até o presente momento, nenhum deles forneceu
os dados necessários aos propósitos do estudo, ou porque não tinham ou por não estarem
dispostos a passar. Diante do exposto, foi estabelecido um contato com um pesquisador
que está desenvolvendo estudos com pecuaristas de Mato Grosso, e este ficou de
disponibilizar os dados até meados de agosto de 2010. Portanto, no mês de setembro serão
realizadas as mesmas análises desenvolvidas até o presente momento, para uma
propriedade situada em Mato Grosso. Depois os resultados serão confrontados com aqueles
obtidos para o Mato Grosso do Sul e o projeto será finalizado até dezembro de 2010. Como
os dados de Mato Grosso ainda não foram liberados, os alunos de PIBIC e VIC não
puderam participar da análise completa, participando apenas das análises desenvolvidas
para o Mato Grosso do Sul. Vale ressaltar que, mesmo diante das dificuldades, todo o
19

trabalho desenvolvido pelos alunos durante este ano foi de grande valia, e estes tiveram a
oportunidade de aprender a desenvolver um estudo científico.

ƒ3 "46"8 "


Diante do exposto anteriormente, verificou-se que no caso da propriedade
localizada no Mato Grosso do Sul, a integração lavoura-pecuária, com aumento gradativo
da área destinada à esta finalidade, mostrou-se como opção economicamente viável para
recuperação de áreas com pastagens degradas. O próximo passo será realizar as mesmas
análises para a propriedade localizada em Mato Grosso. A comparação entre os resultados
encontrados para as duas propriedades será fundamental para o fechamento do estudo, com
expectativas de se chegar a conclusões interessantes.

938: "$+),8"
BAPTISTA, M. Outro norte para a produção. Produtor Rural, Cuiabá, v. 17, n. 181, p. 40 -42, jun. 2008.
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MACEDO, M. C. M. 1995. Pastagens no ecossistema cerrados: pesquisas para o desenvolvimento
sustentável. In: ANAIS DO SIMPÓSIO SOBRE PASTAGENS NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS:
Pesquisas para o Desenvolvimento Sustentável, Brasília. XXXII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
Zootecnia, Julho de 1995. p.28-62.
MACEDO, M.C.M.; KICHEL, A.N.; ZIMMER, A.H. Degradação e alternativas de recuperação e renovação
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MARTHA JR., G.B.; VILELA, L. Pastagens no cerrado: baixa produtividade pelo uso limitado de
fertilizantes. Planaltina: Embrapa Cerrados. 2002. 32p.
MUELLER, C.C. Pecuária de corte no Brasil cent ral: resultado das simulações com modelos de programação
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Cerrado. In: SIMPÓSIO NACIONAL CERRADO. Brasíl ia: Embrapa Cerrados, 2008. 41p.
ZIMMER, A.H, et.al. Considerações sobre índices de produtividade da pecuária de corte em Mato Grosso do
Sul. Campo Grande, MS, 1998. 
20

 ; 

+<'*" '")  +)/=))'>"',* )

+<'*"

O objetivo geral do projeto é desenvolver uma análise comparativa para


recuperação de áreas com pastagem degradada entre os Estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, considerando duas propriedades típicas. Dadas as disponibilidades de
capital, pastagens e rebanho, em cada propriedade, o estudo pretende identificar qual a
proporção de área de pastagem degradada a ser recuperada a cada ano, de forma a otimizar
a utilização dos pastos, gerando assim o maior retorno econômico possível. No caso da
participação dos alunos de IC, o objetivo é o de aproximar o aprendizado teórico com as
aplicações práticas, bem como aumentar a integração entre aluno e professor. Esta é uma
atividade importante, que possibilita aos alunos de graduação a participação no
desenvolvimento de pesquisa científica, o que seguramente trará uma série de vantagens no
decorrer da trajetória acadêmica.

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