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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, NATURAIS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Laboratório de Engenharia Química I

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS CINÉTICOS DE REAÇÕES


HOMOGÊNEAS
(Descoloração do Violeta de Metila)

Aline Assis Santos – 807943

Camila Borges – 813548

Francine Baranauskas – 813855

Franco Fabio – 813636

Tamires Kawahara Oishi – 759800

Ribeirão Preto – SP

2016
Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................3
2. OBJETIVO...................................................................................................................................3
3. MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................................3
3.1.1 Material................................................................................................................................3
3.2 Métodos...............................................................................................................................4
3.2.1 Calibração do Espectrofotômetro.....................................................................................4
3.2.2 Procedimento Experimental do Grupo 3.........................................................................4
4. RESULTADOS E CONCLUSÃO..............................................................................................5
4.1 Cálculos Preliminares...............................................................................................................5
4.2 Testes pelo Método Integral....................................................................................................9
4.3 CONCLUSÃO.............................................................................................................................15
5. REFERÊNCIA...........................................................................................................................15
6. APÊNDICE................................................................................................................................16
6.1 Grupo 1:.............................................................................................................................16
6.2 Grupo 2:.............................................................................................................................18
6.3 Grupo 4:.............................................................................................................................20
6.4 Grupo 5:.............................................................................................................................22
1. INTRODUÇÃO

Ao se estudar uma reação química leva-se em consideração, além da


espontaneidade da mesma, a rapidez com que ela ocorre (estudo cinético). Através
de estudos experimentais é possível determinar esses parâmetros.
A velocidade de uma reação pode ser determinada recorrendo a um gráfico da
concentração de um reagente ou produto em função do tempo e determinando o
declive da reta que passa pelos pontos de que se pretende determinar a velocidade.
Quanto maior for o declive dessa reta, maior será a velocidade média da reação no
intervalo de tempo correspondente.
A ordem global de uma reação é definida pela soma dos expoentes dos termos
de concentração na expressão da velocidade. As reações presentes na natureza
apresentam ordens globais diferenciadas, que nem sempre são diretamente
relacionadas com sua estequiometria, ou seja, reações não elementares, cujo
expoente de um ou mais termos da função concentração, diferem do seu respectivo
coeficiente estequiométrico. Uma reação pode ter ordem global com números
inteiros, fracionados e, até mesmo, ser nula. Por isso a importância de se obter
esses valores através de experimentos.
O nome violeta de metila é dado a um grupo de substâncias usadas como
indicadores de pH e corantes, também conhecidos como violeta cristal ou cristal
violeta. Elas são misturas de pentametila e hexametilas parasanilinas e podem ser
feitas em diferentes tons de violeta no corante final, devido à mistura de diferentes
versões que o fabricante pode criar. É obtido pela condensação da cetona de
Michler (4,4'-Bis-dimetilamino-benzofenona) com N,N-dimetilanilina em presença
de cloreto de fosforilo.
Suas principais aplicações são: tingimento têxtil; tintas de impressão e de
canetas esferográficas azuis; em química é usado como indicador de pH de 0 a 1,0
(violeta de metila 2B), 0 a 1,8 (violeta cristal 10B); na medicina é usado para
classificar bactérias, usado em desinfetantes de intensidade moderada; em ciências
biológicas é usado para ensaios de viabilidade celular devido à habilidade de se ligar
ao DNA.
A cor azul será mais intensa no composto quando ele tiver mais grupos de
metila ligados, sendo:
 Etrametila (quatro metilas) é conhecida como Violeta de metila 2B
 Pentametila (cinco metilas) é conhecida como Violeta de metila 6B
 Hexametila (seis metilas) é conhecida como Violeta de metila 10B, ou
especificamente violeta cristal

A reação do violeta de metila 10B (C 25H30N3Cl) com hidróxido de sódio (NaOH)


está esquematizada na Figura 1 abaixo, na qual é mostrado que no produto da
reação a ligação dupla no carbono central é destruída pela adição do hidróxido.
Dessa forma, a conjugação entre os três anéis é destruída pela reação, tornando o
produto incolor.

A + B → C
Figura 1 – Reação entre violeta de metila e hidróxido de sódio.

Nesta reação todos os reagentes e produtos são incolores, exceto o violeta de


metila que possui uma coloração violeta intensa. Sendo assim, durante o progresso
da reação, a cor da mistura reacional torna-se menos intensa, até se tornar
totalmente incolor ao final da reação, consumindo totalmente o violeta de metila.
Além da reação em questão, muitos outros experimentos podem envolver
reações que são coloridas ou descoloridas com o passar do tempo. Um método
muito utilizado para determinar a concentração de um dado material é incidir um
feixe de luz monocromático sobre a amostra e então se analisa a quantidade
absorvida pela amostra. A partir dessa relação, surgiu a Lei de Beer, onde a
absorbância inerente ao material em análise é diretamente proporcional a sua
concentração.
2. OBJETIVO

O objetivo desse experimento foi à obtenção dos valores das ordens de reação
em relação aos dois reagentes (Violeta de Metila e Hidróxido de Sódio) e a ordem de
reação global.
Foi utilizado um reator de mistura perfeita e medido a absorbância de alíquotas
da amostra durante um intervalo de tempo.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1.1 Material

 2 Erlenmeyer de 100 mL;


 1 Pipeta graduada de 25 mL;
 1 Espectrofotômetro (colorímetro);
 1 Cubeta de 1 cm;
 1 Agitador magnético;
 1 Pulga magnética (para a agitação);
 Água destilada;
 Papel higiênico (para secar a cubeta).

3.1.2 Reagentes

 Solução aquosa 0,05 M de Hidróxido de Sódio ( NaO H );


 Solução 1,5x10-5 M de Violeta de Metila.
3.2 Métodos

Cálculo das concentrações através da medida de absorbância.

3.2.1 Calibração do Espectrofotômetro

 O colorímetro foi ligado na tomada;


 Foi adicionado água destilada na cubeta, que estava limpa e seca, e
introduzido na máquina;
 O colorímetro, que estava medindo a absorbância no comprimento de
onda de 590 nm, foi zerado.
 A cubeta foi retirada e secada.

3.2.2 Procedimento Experimental do Grupo 3

 Foi pipetado, com o auxílio da pipeta graduada, 85 mL de solução de


Violeta de Metila 1,5x10-5 M e transferido para um erlenmeyer de 100
mL;
 Foi pipetado, com o auxílio da pipeta graduada, 15 mL de solução de
Hidróxido de Sódio 0,05 M e transferido para o mesmo erlenmeyer de
100 mL que já possuía o Violeta de Metila;
 O cronômetro foi acionado no momento em que os dois reagentes se
misturaram;
 A solução foi levada ao agitador magnético;
 Foi retirado uma alíquota de 4 mL, que foi introduzido na cubeta e
levado ao colorímetro. Após o fechamento da tampa do mesmo foi
medido a absorbância no início da reação (tempo zero);
 O líquido da cubeta foi descartado em um novo Erlenmeyer de 100 mL
para futuro descarte apropriado;
 A cubeta foi limpa com água destilada e sacada com papel higiênico,
com extrema cautela para não arranhar;
 Em seguida foram realizadas as coletas de novas alíquotas e a medição
da absorbância no equipamento nos seguintes tempos indicados na
Tabela 1.

4. RESULTADOS E CONCLUSÃO

4.1 Cálculos Preliminares

Genericamente, a reação entre os reagentes (Cloreto de Metila e Hidróxido de


Sódio) podem ser expressas da seguinte forma:

A+BC

As concentrações iniciais desses reagentes no Erlenmeyer foram calculadas


através das Equações (1) e (2) que seguem:

C A 0 frasco ×V A 0
C A 0= (1)
V A 0+ V B 0

C B 0 frasco ×V B 0
C B 0= (2)
V A 0 +V B 0

Onde:
C A 0 frasco = Concentração, em molar, do reagente A armazenado no frasco;
C B 0 frasco = Concentração, em molar, do reagente B armazenado no frasco;
V A 0 = Volume, em litro, adicionado do reagente A no Erlenmeyer;
V B 0= Volume, em litro, adicionado do reagente B no Erlenmeyer.

1,5 ×10−5 ×0,085


C A 0=
0,0085+0,015
C A 0 = 1,275 x 10-5 M

10,05× 0,015
C B 0=
0,0085+0,015

C A 0= 7,5 x 10-3 M

Utilizando dois pontos para a calibração do espectrofotômetro, foi possível


construir a curva de calibração da concentração de violeta de metila no meio
reacional, como mostra a figura a seguir:

Calibração
1.60E-05
Concentração do Violeta de Metila (M)

1.40E-05 f(x) = 0 x − 0
R² = 1
1.20E-05
1.00E-05
8.00E-06
Linear ()
6.00E-06 Linear ()
4.00E-06
2.00E-06
1.00E-19
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
-2.00E-06
Absobância (-)

Figura 1 - Gráfico da calibração do Violeta de Metila.

A Tabela 1 mostra a relação dos valores obtidos, pelo terceiro grupo, da


absorbância medida no espectrofotômetro em função do tempo:
Experiment
o Tempo(s) Absorbância
0 0 -
1 105 0,57
2 197 0,493
3 286 0,421
4 428 0,341
5 558 0,282
6 662 0,248
7 859 0,194
8 988 0,164
9 1108 0,149
10 1238 0,138
11 1414 0,119
12 1566 0,107
13 2046 0,103
14 2086 0,092
15 2384 0,09
Tabela 1 - Absorbância em função do tempo

A partir da curva de calibração da Violeta de Metila foi determinada a Equação


(3). Esta foi utilizada para calcular os valores das concentrações molares do
reagente Violeta de Metila(C A ).

y = 2.10-5 * x (3)

Utilizando estes valores obtidos pela Equação (3) e a Regra do Número de


Equivalentes pode-se calcular os valores do reagente Hidróxido de Sódio (C B ). A
Tabela 2 mostra os valores calculados referentes às concentrações molares de
Violeta de Metila( C A ) e Hidróxido de Sódio(C B ).

Experiment
Absorbância C A (M ) C B (M )
o
0,0000163
0 0,818 0,007500
6
0,0000114
1 0,57 0,007500
0
0,0000098
2 0,493 0,007500
6
0,0000084
3 0,421 0,007500
2
0,0000068
4 0,341 0,007500
2
0,0000056
5 0,282 0,007500
4
0,0000049
6 0,248 0,007500
6
0,0000038
7 0,194 0,007500
8
0,0000032
8 0,164 0,007500
8
0,0000029
9 0,149 0,007500
8
0,0000027
10 0,138 0,007500
6
0,0000023
11 0,119 0,007500
8
0,0000021
12 0,107 0,007500
4
0,0000020
13 0,103 0,007500
6
0,0000018
14 0,092 0,007500
4
0,0000018
15 0,09 0,007500
0
Tabela 2 - Concentração Molar dos reagentes ao longo da reação.

No Apêndice encontram-se os resultados dos outros grupos.


Com as informações obtidas na Tabela 2 e com as medidas de tempo do da
Tabela 1 foi possível determinar a variação de concentração do reagente A ao longo
da reação.
Concentração Violeta de Metila CA (M)

Concentração Vs. Tempo


0.00001600
0.00001400
0.00001200
0.00001000
0.00000800
0.00000600
0.00000400
0.00000200
0.00000000
0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Tempo (segundos)

Série 1 Logarithmic (Série 1)

Figura 2 - Concentração do Violeta de Metila ao longo da reação.

4.2 Testes pelo Método Integral

Foi testado a ordem da reação (0, 1, 2 e 3).

Assumindo que:

CB = CB0 = constante (3)

(−r A )=k ' . C ∝A (4)

k ' =k .C Bβ 0 (5)

As Tabelas 3, 4, 5 e 6 mostram os valores encontrados da constante de


velocidade da reação (k ' ) para as ordens 0, 1, 2 e 3 respectivamente.
C A0 mol
C A 0−C A k ' (s−1) ln ( ) k '( )
CA L.s
0 0 0 0
0,00000360 3,42857E-08 0,274436846 0,002613684
0,00000514 2,60914E-08 0,419564032 0,002129767
0,00000658 2,3007E-08 0,577440373 0,002019022
0,00000818 1,91121E-08 0,788190729 0,001841567
0,00000936 1,67742E-08 0,978166136 0,001752986
0,00001004 1,51662E-08 1,10664446 0,001671668
0,00001112 1,29453E-08 1,352215047 0,001574174
0,00001172 1,18623E-08 1,520206779 0,001538671
0,00001202 1,08484E-08 1,616126901 0,001458598
0,00001224 9,88691E-09 1,692819521 0,001367382
0,00001262 8,92504E-09 1,840949713 0,001301945
0,00001286 8,21201E-09 1,947244372 0,001243451
0,00001294 6,32454E-09 1,985344218 0,000970354
0,00001316 6,30872E-09 2,098284629 0,001005889
0,00001320 5,53691E-09 2,120263536 0,000889372
Tabela 3 - Valores de k’ para ordem 0 Tabela 4 - Valores de k’ para ordem 1

1 1 ' L 1 1 1 L2
( − ) k( ) ×( 2 − ) '
k( )
CA C A0 mol . s 2 C A C A 02 mol 2 . s
0 0 0 0
21052,63158 200,5012531 1625115420 15477289,72
34753,21163 176,4122418 2920773635 14826262,1
52098,17894 182,1614648 4830322054 16889237,95
79960,89932 186,8245311 8527599331 19924297,5
110638,2979 198,2765195 13496303003 24186922,94
134946,2366 203,8462788 18101659151 27343896
191065,2921 222,427581 30990659062 36077600,77
238211,3821 241,1046378 44253090092 44790577,02
268903,8031 242,6929631 54081547878 48810061,26
295652,1739 238,814357 63415248897 51223949,03
353501,4006 250,0009905 86048380136 60854582,84
400623,053 255,8257043 1,06958E+11 68299884,3
418770,2265 204,6775301 1,15602E+11 56501596,49
476811,5942 228,5769867 1,45462E+11 69732544,49
488888,8889 205,0708427 1,52099E+11 63799817,71
Tabela 5 - Valores de k’ para ordem 2 Tabela 6 - Valores de k’ para ordem 3

A análise gráfica realizada em cada ordem pode-se estipular que a ordem da


reação é de Segunda Ordem, como mostra a Figura 3:
Segunda Ordem
3000

2500
(1/CA)-(1/Cao)

2000 f(x) = 0 x + 19.7


R² = 0.98 Linear ()
1500 Linear ()
Linear ()
1000 Linear ()

500

0
0 100000 200000 300000 400000 500000 600000

Tempo (segundos)

Figura 3 - Gráfico de ajuste de modelo cinético de segunda ordem para reação.

Sendo assim, os resultados obtidos para α e k’ foram:


α =2
' L2
k =0,0044
mol2 . s

A Tabela 7 mostra os resultados obtidos de cada grupo no ensaio reacional.

Grupo CBo (mol/L) k'


-3
1 2,5 x 10 1 x 10 (L3/mol3 * s)
-7

-3
2 5 x 10 0,0014 (s-1)
3 7,5 x 10-3 0,0044 (L2/mol2 * s)
4 0,01 0,0023 (s-1)
5 0,01 0,0019 (s-1)
Tabela 7 - Valores da Ordem de Reação de cada Grupo
Linearizando a equação (5), obteve-se a Equação (6).

ln ( k ' ) =ln ( k )+ β . ln ⁡(C B 0) (6)

A Tabela 8 demonstra os valores de C B 0 e de k ' de cada grupo e os valores de

ln ( k ' ) e l n ⁡(C B 0 ).
A temperatura do reator medida foi de 27ºC.

L
Grupos C B0( M ) k '( ) ln (k ' ) ln (C B 0)
mol . s
1 0,0025 1*10^(-7) -16,118095 -5,991464
2 0,0050 0,0014 -6,571283 -5,298317
3 0,0075 0,0040 -5,426150738 -4,892852258
4 0,0100 0,0023 -6,074846 -4,60517
5 0,0100 0,0019 -6,265901 -4,60517
Tabela 8 - Dados obtidos de cada grupo com os valores de C B 0 e de k '.

Como k ' representa o produto da constante de velocidade da reação pela


concentração do reagente B e o valor da constante k e do coeficiente β da reação
foram obtidos pelo ajuste linear feito no Excel através da substituição das incógnitas
da Equação (6) pelos valores da Tabela 8. A Figura 4 mostra o ajuste linear e a
equação da reta com o valor do coeficiente β. Nota-se que no ajuste linear, os
valores deC B 0eram idênticos para os grupos 4 e 5, portanto houve a sobreposição
dos pontos.
Todos Grupos
0
-6.2 -6 -5.8 -5.6 -5.4 -5.2 -5 -4.8 -4.6 -4.4
-2
-4
f(x) = 6.82 x + 26.55 -6
R² = 0.78
Ln (k')

-8 Linear ()
-10 Linear ()
Linear ()
-12
-14
-16
-18

Ln (CBo)

Figura 4 - Gráfico de ajuste do modelo cinético para encontrar o valor do


coeficiente β.

Como observado, o valor de β ficou muito elevado (6,8217). Logo,


desconsiderando os resultados do grupo 1, foi construído o gráfico da tabela a
seguir:

Grupos 2 ao 5
0
-5.4 -5.3 -5.2 -5.1 -5 -4.9 -4.8 -4.7 -4.6 -4.5
-1

-2
Ln (k')

-3
Linear ()
-4 Linear ()
-5

-6
f(x) = 0.46 x − 3.86
R² = 0.1 -7

Ln (CBo)

Figura 5.2.3) Gráfico 2 de ajuste do modelo cinético para encontrar o valor do coeficiente β.

Dessa forma,

β = 0,4585.
Portanto, a ordem global da equação (α + β) = 2,4585

E o coeficiente linear da equação representa o valor de Ln (k) = - 3,8605

Exponencial e−3,8605 =2,1057 x 10(−2)

Portanto, k = 2,1057 x 10-2 L1,4585.mol-1,4585.min-1

A expressão de velocidade para a temperatura de 27ºC é dada, pela Equação


5.2.5.

(−r A )=2,1057 x 10(−2 ) ∙ C2A ∙ C 0,4585


B (5.2.5)
4.3 CONCLUSÃO

A técnica realizada em laboratório de determinação de parâmetros cinéticos de


reações homogêneas, reação de descoloração do Violeta de Metila, mostrou uma
fácil realização.

Através de pesquisas realizadas na literatura, pode-se confirmar que a reação


é elementar, ou seja, sua ordem é de 1 para cada reagente e a global é 2.
O valor encontrado no tratamento dos dados dos experimentos, utilizando o
Método Integral, ficou bem próximo da literatura (2,4585).
Foram observadas as seguintes hipóteses para o problema ocorrido:

 Leitura errada do tempo no momento da coleta do valor de absorbância;


 Perda de calibração do equipamento durante realização do experimento;
 Concentração da solução diferente da informada no rótulo.

Portanto, concluiu-se que o espectrofotômetro deveria ter sido manuseado de


forma correta afim de evitar os erros apresentados.

5. REFERÊNCIA

INNOCENTINI, M. D. M., Apostila de Laboratório de Engenharia Química 1:


Determinação de parâmetros cinéticos de reações homogêneas, 2013.

LEVENSPIEL, Octave. Engenharia das Reações Químicas. 3 ed. São Paulo: Edgard

WILLARD, H.H., MERRITT Jr., L.L., DEAN, J.A., SETLE Jr., F.A..“Instrumental
Methods of Analysis”. Seventh Edition. p159-161.Wadsworth Publishing Company.

CIENFUEGOS, F., VAITSMAN, D.. “Análise Instrumental”. p 7-17. Editora


Interciência.
HARRIS, D.C.. “Análise Química Quantitativa”. Quinta Edição. P 444-445. LTC
Editora.

6. APÊNDICE

6.1 Grupo 1:

A Tabela 8.1.1 representa os valores de CA e CB (M) calculados através da


equação de calibração e dos valores obtidos na medida de absorbância ao longo da
reação.

Experimento Absorbância CA (M) CB (M)


0 0,779 0,00001425 0,002500
1 0,624 0,00001248 0,002498
2 0,596 0,00001192 0,002498
3 0,533 0,00001066 0,002496
4 0,503 0,00001006 0,002496
5 0,446 0,00000892 0,002495
6 0,405 0,00000810 0,002494
7 0,364 0,00000728 0,002493
8 0,333 0,00000666 0,002492
9 0,303 0,00000606 0,002492
10 0,273 0,00000546 0,002491
11 0,255 0,00000510 0,002491
12 0,237 0,00000474 0,002490
13 0,203 0,00000406 0,002490
14 0,185 0,00000370 0,002489
15 0,172 0,00000344 0,002489
Tabela 8.1.1) CA e CB (M) ao longo da reação.

O gráfico que melhor representou a ordem da reação para esse experimento


segue logo abaixo:
Ordem 3
45000000000
[1/2 * ((1/CA^2)-(1/CAo^2))]

40000000000
f(x) = 9836215.95 x − 1955381877.92
35000000000 R² = 0.99

30000000000

25000000000
Linear ()
20000000000
Linear ()
15000000000

10000000000

5000000000

0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Tempo (segundos)

Figura 8.1.1) Determinação da Ordem e Constante de velocidade da Reação.

Pode-se concluir que nesse experimento, o valor de k’ foi de 1 x 10-7(L3/mol3 *s).


6.2 Grupo 2:

A Tabela 8.1.2 representa os valores de CA e CB (M) calculados através da


equação de calibração e dos valores obtidos na medida de absorbância ao longo da
reação.

Experimento Absorbância CA (M) CB (M)


0 0,9299 0,0000135 0,005000
1 0,5161 0,00001032 0,004997
2 0,45 0,000009 0,004996
3 0,3901 0,0000078 0,004994
4 0,3474 0,00000695 0,004993
5 0,3262 0,00000652 0,004993
6 0,2558 0,00000512 0,004992
7 0,2353 0,00000471 0,004991
8 0,0564 0,00000113 0,004988
9 0,0534 0,00000107 0,004988
10 0,0126 0,00000025 0,004987
11 0,0112 0,00000022 0,004987
12 0,0096 0,00000022 0,004987
13 0,007 0,00000019 0,004987
14 0,0025 0,00000014 0,004987
Tabela 8.1.2) CA e CB (M) ao longo da reação.

O gráfico que melhor representou a ordem da reação para esse experimento


segue logo abaixo:
Ordem 1
6

5 f(x) = 0 x − 0.27
R² = 0.96
Ln (CA0/CA)

3
Linear ()
Linear ()
2

0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Tempo (segundos)

Figura 8.1.2) Determinação da Ordem e Constante de velocidade da Reação.

Pode-se concluir que nesse experimento, o valor de k’ foi de 0,0014 (s-1).


6.3 Grupo 4:

A Tabela 8.1.4 representa os valores de CA e CB (M) calculados através da


equação de calibração e dos valores obtidos na medida de absorbância ao longo da
reação.

Experimento Absorbância CA (M) CB (M)


0 0,817 0,000015 0,01
1 0,54 0,000012 0,00999
2 0,481 0,0000108 0,00998
3 0,404 0,00000962 0,00996
4 0,336 0,00000808 0,00995
5 0,29 0,00000672 0,00994
6 0,252 0,00000504 0,00993
7 0,172 0,00000344 0,00992
8 0,106 0,00000212 0,00991
9 0,077 0,00000154 0,0099
10 0,042 0,00000084 0,00989
11 0,034 0,00000068 0,00989
12 0,023 0,00000046 0,00988
Tabela 8.1.4) CA e CB (M) ao longo da reação.

O gráfico que melhor representou a ordem da reação para esse experimento


segue logo abaixo:
Ordem 1
3.5
f(x) = 0 x + 0.01
3 R² = 1

2.5
Ln (CA0/CA)

Linear ()
1.5 Linear ()

0.5

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Tempo (segundos)

Figura 8.1.4) Determinação da Ordem e Constante de velocidade da Reação.

Pode-se concluir que nesse experimento, o valor de k’ foi de 0,0023 (s-1).


6.4 Grupo 5:

A Tabela 8.1.5 representa os valores de CA e CB (M) calculados através da


equação de calibração e dos valores obtidos na medida de absorbância ao longo da
reação.

Experimento Absorbância CA (M) CB (M)


0 0,884 0,000012 0,01
1 0,456 0,000000912 0,01
2 0,366 0,000000732 0,01
3 0,264 0,000000528 0,01
4 0,183 0,000000366 0,01
5 0,135 0,00000027 0,01
6 0,098 0,000000196 0,01
7 0,075 0,00000015 0,01
8 0,064 0,000000128 0,01
9 0,055 0,00000011 0,01
10 0,047 0,00000082 0,01
11 0,041 0,00000082 0,01
12 0,036 0,00000072 0,01
13 0,03 0,0000006 0,01

Tabela 8.1.5) CA e CB (M) ao longo da reação.

O gráfico que melhor representou a ordem da reação para esse experimento


segue logo abaixo:
3.5
Ordem 1
3 f(x) = 0 x + 0.12
R² = 0.99
2.5
Ln (CA0/CA)

1.5
Linear ()
1

0.5

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
-0.5

Tempo (segundos)

Figura 8.1.5) Determinação da Ordem e Constante de velocidade da Reação.

Pode-se concluir que nesse experimento, o valor de k’ foi de 0,0019 (s-1).

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