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O GERENCIAMENTO DE ACIDENTES POR SERPENTES PEÇONHENTAS EM


PROFISSIONAIS NA ZONA RURAL ENFATIZADAS PELA NR 31.

Márcio Aurélio Freire

RESUMO

O aumento populacional de animais peçonhentos em áreas urbanizadas e rurais,


está diretamente ligada às atividades relacionadas à exploração de áreas naturais,
extração de madeiras, desmatamentos, atividades agrícolas não mecanizadas, lazer
(caça e pesca) e grandes plantações, Penedo e Schlindwein (2004). Favorecendo o
contato do homem com os animais peçonhentos (serpentes, escorpiões, aranhas e
outros) e consequentemente os acidentes, constituindo um dos maiores agravos,
principalmente aos profissionais rurais. Uma das principais dificuldades em elaborar
um plano de ação na empresa, está justamente na identificação desses animais e
posterior prevenção de acidentes por serpentes peçonhentas na zona rural,
constituindo o objetivo principal desta pesquisa, para atingir o objetivo, foi elaborado
um questionário direcionado aos diversos trabalhadores da zona rural do estado de
Mato Grosso. As serpentes peçonhentas no país pertencem a duas famílias:
Viperidae (acidentes botrópico, crotálico e laquético) e Elapidae (acidente elapídico).
Costa et al. (2008); Bernarde (2014). A serpente peçonhenta é definida por três
características fundamentais: presença de fosseta loreal; presença de guizo ou
chocalho no final da cauda; presença de anéis coloridos (vermelho, preto, branco ou
amarelo). Uma das principais dificuldades na empresa rural ou fazenda, está
justamente em traçar estratégias e visualizar metodologias direcionadas para a
prevenção de acidentes por serpentes peçonhentas na zona rural, portanto, este
trabalho visa mostrar a importância de identificar as principais serpentes brasileiras,
focando na prevenção de acidentes por serpentes peçonhentas em profissionais na
zona rural, enfatizadas pela Norma Regulamentadora nº 31 do Ministério do
Trabalho e Emprego.
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INTRODUÇÃO

O Brasil devido a sua grande dimensão tornou – se industrializado em


grandes áreas das regiões Sul e Sudeste, extrativista nas regiões Norte e Nordeste
e ficando para a região Centro Oeste uma vasta área rural, isso desencadeou a
procura nessa área de trabalho e provocando um forte impacto sobre a saúde e a
segurança do profissional envolvido, no que se refere a acidentes, principalmente
com animais peçonhentos.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho - OIT, o setor rural é uma
das atividades de maior índice de acidentes no mundo, os acidentes fatais giram em
torno de 170 mil trabalhadores por ano na agroindústria mundial, desde 1921, a OIT
adota diversas convenções referentes a aspectos das atividades agrícolas, inclusive
a segurança e saúde no desenvolvimento do trabalho (GALVÃO, 2011).
O aumento populacional de animais peçonhentos em áreas urbanizadas e
rurais, está diretamente ligada às atividades relacionadas à exploração de áreas
naturais, extração de madeiras, desmatamentos, atividades agrícolas não
mecanizadas, lazer (caça e pesca) e grandes plantações, Penedo e Schlindwein
(2004). Favorecendo o contato do homem com os animais peçonhentos (serpentes,
escorpiões, aranhas e outros) e consequentemente os acidentes, constituindo um
dos maiores agravos, principalmente aos profissionais rurais.
Os acidentes por animais peçonhentos constituem um problema de saúde
pública para países em desenvolvimento, dada a incidência, a gravidade e as
sequelas ao trabalhador rural Minton Jr.(1974). Destacando-se os acidentes com as
serpentes peçonhentas encontradas no Brasil pertencentes aos gêneros: Bothrops,
Crotalus, Micrurus, Lachesis, com exceção da Lachesis encontrada mais
frequentemente na região da amazônica, as demais podem aparecer nas outras
regiões do Brasil, conforme Pereira (2001).
A partir de uma revisão bibliográfica nas principais normas regulamentadoras
e leis direcionadas ao setor rural, procura-se enfatizar as orientações de prevenção
de acidentes com animais peçonhentos, reconhecer o risco significa identificar, no
ambiente de trabalho, fatores ou situações com potencial de danos à saúde do
trabalhador, conforme orientações especificas do Ministério do Trabalho e Emprego
relacionadas nas Normas Regulamentadoras.
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Uma das principais dificuldades na empresa rural ou fazenda, está justamente


em traçar estratégias e visualizar metodologias direcionadas para a prevenção de
acidentes por serpentes peçonhentas na zona rural, portanto, este trabalho visa
mostrar a importância de identificar as principais serpentes brasileiras, focando na
prevenção de acidentes por serpentes peçonhentas em profissionais na zona rural,
enfatizadas pela Norma Regulamentadora nº 31.
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DESENVOLVIMENTO
O Ofidismo e os principais grupos de serpentes peçonhentas.

“Ofidismo é o conjunto de acidentes causados por serpentes ou intoxicação


causadas pela peçonha dela”, os acidentes ofídicos passaram ter importância
médica, em virtude de sua grande frequência e gravidade, o conceito de Animal
Peçonhento seguido no presente estudo é o mesmo sugerido por Freitas (1991).
As serpentes ou cobras (Classe Reptilia; Subordem Serpentes) são
conhecidas principalmente pelo fato de algumas espécies serem peçonhentas e
capazes de causar acidentes com envenenamentos em humanos, Bernarde (2014).
O termo "serpente" será empregado ao invés de simplesmente "cobra" como
são mais conhecidas no Brasil, na verdade, “cobra” é um termo trazido pelos
portugueses para designar nossas serpentes, porém o termo foi mal empregado,
pois cobra é o termo único e exclusivo para designar as famosas najas e cobras-rei
da Ásia e África, sendo assim, correto se chamar serpente ou mesmo ofídio, Freitas
(1991).
O Brasil apresenta uma das mais ricas faunas de serpentes do Planeta,
sendo conhecidas 366 espécies de serpentes para o Brasil, pertencentes
atualmente a 10 famílias: Anomalepididae (6 espécies), Leptotyphlopidae (14),
Typhlopidae (6), Aniliidae (1), Tropidophiidae (1), Boidae (12), Colubridae (34),
Dipsadidae (237), Elapidae (27) e Viperidae (28), Bernils (2009).
As serpentes ou até mesmo ofídios pertencem ao reino Animalia, Filo
Chordata, Subfilo Vertebrata, Ordem Squamata, Subordem Ophidia, Paula (2010), e
desde os mais remotos tempos exercem simultaneamente enorme fascínio e
imenso temor nos seres humanos, pois despertam tanto a curiosidade como o
medo, Almeida (2013).
Não possuem ouvidos e têm a língua bifurcada (com extremidade dividida em
duas partes), que serve para coletar partículas de odor do ambiente, por
apresentarem conjuntos de espécies pertencentes a uma mesma linhagem e,
portanto, com pelo menos parte da história evolutiva em comum, taxocenoses
podem fornecer informações valiosas sobre as diferentes formas pelas quais
distintas espécies respondem a fatores ecológicos (bióticos e abióticos) para Borges,
(2001).
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As serpentes peçonhentas no país pertencem a duas famílias: Viperidae


(acidentes botrópico, crotálico e laquético) e Elapidae (acidente elapídico), a
serpente peçonhenta é definida por três características fundamentais: presença de
fosseta loreal; presença de guizo ou chocalho no final da cauda; presença de anéis
coloridos (COSTA et al. 2008; BERNARDE, 2014).

As principais características dos grupos das Serpentes Peçonhentas

Gênero Bothrops spp.


As serpentes do gênero Bothrops compreendem cerca de 30 espécies,
distribuídas por todo o território nacional, encontradas no cerrado da região central e
em florestas tropicais do sudeste e ao sul do país, possuem cauda lisa, não tem
chocalho e as suas cores variam muito, dependendo da espécie e da região onde
vivem. 8
São popularmente conhecidas como jararaca, ouricana, jararacuçu, urutu-
cruzeira, jararaca do rabo branco, malha de sapo, patrona, surucucurana, combóia e
caiçaca. Habitam zonas rurais e periferias de grandes cidades, preferindo ambientes
úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para
proliferação de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). Tem hábitos
predominantemente noturnos ou crepusculares 8,10.
A região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas
arroxeadas (edemas e equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em
gengivas, pele e urina. Pode haver complicações, como grave hemorragia em
regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal.
proteolítica (atividade inflamatória aguda), coagulante e hemorrágica.

Gênero Crotalus spp.

As serpentes do gênero Crotalus estão representadas no Brasil por apenas


uma espécie, a Crotalus durissus, e, 9, são popularmente conhecidas por cascavel,
boicininga, maracambóia e maracá8,16. São encontradas em campos abertos,
áreas secas, arenosas e pedregosas, raramente na faixa litorânea. Não têm hábito
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de atacar e, quando ameaçadas, denunciam sua presença pelo ruído característico


do guizo ou chocalho, presente na cauda8,9,13
Na picada por cascavel, o local da picada muitas vezes não apresenta dor
ou lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento; dificuldade de manter
os olhos abertos, com aspecto sonolento (fácies miastênica), visão turva ou dupla,
mal-estar, náuseas e cefaleia são algumas das manifestações, acompanhadas por
dores musculares generalizadas e urina escura nos casos mais graves.
Neurotóxica, Miotóxica e Coagulante.

Gênero Lachesis spp.


As serpentes do gênero Lachesis pertencem à espécie L. muta com duas
subespécies. É a maior das serpentes peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5
m de comprimento e possuem cauda com escamas eriçadas. São popularmente
conhecidas por surucucu, surucucu-pico-de-jaca, surucutinga e malha-de-fogo.
Habitam áreas florestais como Amazônia, Mata Atlântica e alguns enclaves de
matas úmidas do Nordeste8
Quadro semelhante ao acidente por jararaca, a picada pela surucucu-pico-
de-jaca pode ainda causar dor abdominal, vômitos, diarreia, bradicardia e
hipotensão. Proteolítica (Atividade Inflamatória Aguda), Hemorrágica, Coagulante
e Neurotóxica.

Gênero Micrurus spp.


As serpentes do gênero Micrurus compreendem 18 espécies distribuídas em
todo o território brasileiro. As espécies mais comuns são a M. corallinus, encontrada
na região sul e litoral da região sudeste; M. frontalis, também encontrada nas região
sul, sudeste e parte do centro-oeste e M. lemniscatus, distribuídas nas regiões norte
e centro-oeste.
Apresentam anéis vermelhos, pretos e brancos em qualquer tipo de
combinação, denominação de Padrão Coralino, as cores devem ser como anéis, ou
seja, contornarem o corpo todo e não faixas, frequentemente na região preta deve
e/ou aparecer dois anéis claros em números impares de anéis pretos/escuros.
Cabeça não proeminente, pouco destacada do corpo (Rômbica), olhos
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negros/escuros sem pupila aparente e pequenos, distanciados da boca e os olhos


maior; cauda afina rapidamente e apresentação de dentição Proteróglifa.
Estas serpentes são bem menos agressivas, tem habitat subterrâneo,
apresentam presa inoculadora pequena e não tem a mesma possibilidade de
abertura da boca que as outras serpentes, raramente causam acidentes, e quando o
fazem, geralmente picam os dedos da mão de indivíduos que as manipulam 8,9,11.
O mesmo padrão de coloração possuem as falsas-corais, porém a
configuração dos anéis não envolve toda a circunferência e são desprovidas de
dentes inoculadores, portanto, não peçonhentas8.
O acidente por coral-verdadeira não provoca, no local da picada, alteração
importante, as manifestações do envenenamento caracterizam-se por dor de
intensidade variável, visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto
sonolento, devido a sua ação neurotóxica, os óbitos estão relacionados à paralisia
dos músculos respiratórios, muitas vezes decorrentes da demora na busca por
socorro médico.

Acidentes no trabalho causados por serpentes peçonhentas

Os acidentes causados pelas serpentes peçonhentas representam


significativo problema de saúde pública para o Brasil, de acordo com a espécie
envolvida no acidente e com a quantidade de veneno introduzido, quando não
socorrido em tempo hábil e tratado de forma correta com a aplicação de soros
apropriados podem ocasionar a morte do acidentado (BRASIL, 2001a).
A ocorrência desse tipo de acidente é multifatorial e está relacionado
principalmente a fatores como o clima, nos meses mais quentes e chuvosos do ano,
e ao aumento e desenvolvimento do trabalho humano em atividades agrícolas nas
zonas rurais. Bochner, Struchiner (2009).
As razões para essa omissão são diversas e provavelmente se baseiam na
percepção de que, como a picada de serpentes não é uma doença infecciosa, as
estratégias para o seu alívio não se enquadram estratégias usadas para combater
as DTNs “típicas”, acidentes com taxas significativas de mortalidade, morbidade,
desfiguração e sequelas psicológicas crônicas, e provoca uma grande perda de
produtividade devido a incapacidade física, Gutiérrez, et al (2013).
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Destacando que os mais expostos a este agravo à saúde são os


trabalhadores das áreas rurais e os povos que vivem nas florestas, lugares que na
maioria das vezes se encontra distantes do atendimento hospitalar, pois nessas
regiões onde vivem populações de baixa renda geralmente não apresentam acesso
aos recursos hospitalares para o tratamento dos casos de envenenamentos por
serpentes. SBMT (2018).
Essas populações mais expostas precisam também ter condições de serem
devidamente atendidas, pois a demora no atendimento é um fator agravante de
complicações e associado ao risco da evolução para óbito, SBMT (2018).
De acordo com Freitas (2003), a matança de serpentes ocorre devido à falta
de informação de algumas pessoas que, por acreditarem que aquele animal é vil,
optam por matá-lo sem ao menos separarem o que é mito do que é realidade.
FREITAS, M.A. (2003) Serpentes Brasileiras. Bahia. Proquigel Química, 160p.
O manejo é um conjunto de ações que vai desde a apreensão até a
destinação do animal, há cinco tipos básicos de manejo: Acondicionamento,
Alimentação, Reprodução, Sanitário e Transporte. Deutsch,1988
É o conjunto de metodologias e práticas, que concorrem para a preservação
da qualidade do meio ambiente saudável, e que dependem da necessária
compatibilidade com a ação de agentes sociais envolvidos e com a ordem político-
institucional. FILHO; LIMA 2000.
Espera-se que ocorra um menor extermínio de serpentes quanto maior for a
conscientização a respeito das mesmas. Dessa forma, investigar o conhecimento
que uma determinada comunidade demonstra sobre a fauna local é fundamental
para definir e orientar campanhas de educação ambiental que visem a subsequente
conservação das espécies (Costa-Neto 2000, Santos-Fita & Costa-Neto 2007).
COSTA-NETO, E.M. 2000. Conhecimento e usos tradicionais de recursos
faunísticos por uma comunidade afro-brasileira: resultados preliminares. Interciencia
25(9):423-431
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A lei Federal nº 5.889, de 8 de junho de 1973 instituiu normas reguladoras do


trabalho rural em seu Artigo nº13, coloca que nos locais de trabalho rural serão
observadas as normas de segurança e higiene estabelecidas em portaria do
ministério do Trabalho e Previdência Social (BRASIL,1973). E em 22 de dezembro
de 1977, a lei nº 6.514 de, estabeleceu a redação dos Art. 154 a 201 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à segurança e medicina do
trabalho, dando destaque aos artigos:

Art. 157 – Cabe às empresas:


I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
[...]
Art. 158 – Cabe aos empregados:
I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo anterior;
II – colaborar com a empresa [...]
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa.

E conforme, o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT cabe ao


Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares às normas
relativas à segurança e medicina do trabalho na premissa de prevenção ao acidente
no trabalho.
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho".
Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:
Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo MTb e da MPAS; Doença do trabalho,
assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.

Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º


do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional,
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constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste
artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho"
BRASIL (1991).
Além disso, sabe-se que milhares de trabalhadores no Brasil, ao longo da
história, já morreram ou tiveram sérios problemas de saúde, devido à precariedade
das condições laborais, negligência dos trabalhadores em cumprirem seus papeis na
organização, mas, principalmente por não atenderem as orientações das NRs, no
contexto da segurança do trabalho Koschek et al (2012).
Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a
Portaria nº 3.214 que em seu Artigo nº 01º Aprova as Normas Regulamentadoras -
NR - do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho,
sendo de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos
órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Na primeira Norma Regulamentadora nº 01 - Item 1.6, direciona a aplicação


das Normas Regulamentadoras – NR, considerando: a) empregador, a empresa
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. [...] b) empregado, a pessoa
física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário (NR 01, 1978), estabelecendo o campo de
aplicação de todas as NRs, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos
empregadores e dos trabalhadores;

Destaca-se a Norma Regulamentadora Nº05 que determina a obrigatoriedade


de organizar e manter uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),
um grupo formado por funcionários que zelam pela saúde e segurança do trabalho a
partir desta NR origina-se o item 31.7 (CIPATR) da NR 31;

A Norma Regulamentadora Nº 06 no item 6.1, considera - se Equipamento de


Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho e que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
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gratuitamente, nas seguintes circunstâncias:


a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência, conforme a item 6.3 (NR 06, 1978).

A Norma Regulamentadora Nº 07 - item 7.1.1, que estabelece a


obrigatoriedade de elaboração e implementação, do Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da
saúde do conjunto dos seus trabalhadores, ou seja, um documento base
relacionando o monitoramento da saúde ocupacional do trabalhador.

A Norma Regulamentadora Nº 09 define o Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais – PPRA e no Item 9.1.1, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte das empresas, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, esse documento base faz o
mapeamento das áreas em todos os níveis do processo, mostrando o risco
ambiental em que o trabalhador está exposto.
No item 9.1.5 Para efeito desta Norma Regulamentadora, consideram-
se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes
nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador, é tudo o que pode causar acidentes, ou seja, tudo
com potencialidade ou probabilidade de causar acidentes.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa


no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo
estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR Nº07.
O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de
trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no
Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de
planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases item 9.6.2. (NR 09,
1994).
Portaria n.º 25, de 29 de dezembro de 1994, O Mapa de Riscos é a
representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de
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trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo ser afixado em


locais acessíveis e de fácil visualização no ambiente de trabalho, com a
finalidade de informar e orientar todos os que ali atuam e outros que,
eventualmente, transitem pelo local.

Os riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do


ambiente físico e do processo de trabalho) e tecnológicas, impróprias, capazes de
provocar lesões à integridade física do trabalhador, Grupo 5 - Risco de acidentes
com animais peçonhentos (escorpiões, aranhas, serpentes, etc.) (NR 09).
Em 1988, este mesmo ministério, por meio da Portaria no 3.067 de 12 de
abril, aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais, relativas à segurança e
higiene do trabalho rural (BRASIL, 1988).
E em 2005 em substituição às Normas Regulamentadoras Rurais (revogadas
pela Portaria GM 191 de 15/04/2008), entrou em vigor a Norma Regulamentadora
31, que trata da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. (BRASIL, 2005)
Dentre as inúmeras normas regulamentadoras (36 no total), a que rege o
setor rural é a NR 31, essa norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer os
preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a
tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura,
pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e
meio ambiente do trabalho, relacionados no item 31.1 (NR 31, 2005).
31.3.3 Cabe ao empregador rural ou equiparado:
a) garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas
nesta Norma Regulamentadora, para todos os trabalhadores, segundo as
especificidades de cada atividade;
b) realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com
base nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que
todas as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e
processos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de
segurança e saúde;
c) promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a
preservar o nível de segurança e saúde
dos trabalhadores;
d) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança
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e saúde no trabalho;
[...]
f) assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores
devam conhecer em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
g) adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e
doenças do trabalho;
h) assegurar que se forneça aos trabalhadores instruções compreensíveis em
matéria de segurança e saúde, bem como
toda orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro;
j) informar aos trabalhadores:
1. os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteção implantadas, inclusive
em relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador;
2. os resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos,
quando realizados por serviço
médico contratado pelo empregador;
3. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
k) permitir que representante dos trabalhadores, legalmente constituído, acompanhe
a fiscalização dos preceitos legais
e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
l) adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de
prioridade:
1. eliminação dos riscos;
2. controle de riscos na fonte;
3. redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou
organizacionais e de práticas seguras inclusive através de capacitação;
4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma
a complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.
Nos itens da 31.5.1 e 31.5.1.2, referente a Gestão de Segurança, Saúde e
Meio Ambiente de Trabalho Rural, coloca que os empregadores rurais ou
equiparados devem implementar ações de segurança e saúde [...] atendendo a
seguinte ordem de prioridade:
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[...] c) adoção de medidas de proteção pessoal e essas ações de melhoria


das condições e meio ambiente de trabalho devem abranger os aspectos
relacionados a: a) riscos químicos, físicos, “mecânicos ou de acidentes” e
biológicos;
31.5.1.3.10 Em casos de acidentes com animais peçonhentos, após os
procedimentos de primeiros socorros, o trabalhador acidentado deve ser
encaminhado imediatamente à unidade de saúde mais próxima do local.
31.7.20 Do Treinamento 31.7.20.1 [...] promover treinamento [...]:
b) [...] animais peçonhentos [...];
31.20.1 É obrigatório o fornecimento aos trabalhadores, gratuitamente, de
equipamentos de proteção individual (EPI), nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente comprovadas
inviáveis ou quando não oferecerem
completa proteção contra os riscos decorrentes do trabalho; [...]
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender situações de emergência.
31.20.2 O empregador rural ou equiparado, de acordo com as necessidades
de cada atividade, deve fornecer aos trabalhadores os seguintes equipamentos de
proteção individual:
e) proteção dos membros superiores; [...]1.6. Picadas de animais
peçonhentos;
f) proteção dos membros inferiores; [...]
4. botas com cano longo ou botina com perneira, onde exista a presença de
animais peçonhentos;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Os acidentes por animais peçonhentos, em especial os acidentes ofídicos (ou


seja, relacionados à serpentes), foram incluídos na lista de doenças tropicais
negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde; tais acidentes acontecem em
sua maioria com trabalhadores Rurais e Urbanos. Uma das hipóteses está
relacionada com os desmatamentos de seu habitat, pois os animais são obrigados a
sair de seus esconderijos naturais.
É essencial que se estabeleçam rotinas de trabalho a serem rigorosamente
seguidas, havendo, a nosso ver, tendência, depois do período de treinamento
básico, ao descuido ou relaxamento dos procedimentos em consequência de um
excesso de confiança no trabalho realizado de forma frequente.
A medida de prevenção mais comum para evitar acidentes que envolvam
Serpentes é evitar os locais onde elas podem ser encontradas. Se tiver que adentrar
o habitat das serpentes a pessoa deve fazer isso calçando botas de cano longo,
calças compridas de tecido grosso e camisa de manga comprida do mesmo tipo de
tecido.
Em depósitos de grãos, por exemplo, os cuidados devem ser redobrados e os
trabalhadores devem se movimentar sempre com muita atenção. Nos casos em que
as pessoas sofram ataque devem procurar, imediatamente, ajuda médica na
unidade de saúde mais próxima.
Existe a necessidade da atividade padronizada e do trabalho de equipe para
a prevenção de acidentes. Levar sempre em conta o comportamento das serpentes,
em especial a distância que podem atingir no bote, que varia com os gêneros e
espécies, sendo cerca de 30% do comprimento corporal em Crotalus, cerca de 50%
em Bothrops e superior a este percentual em Lachesis; a padronização dos
instrumentos de trabalho e dos equipamentos de proteção individuais EPI’s (bota de
borracha, luva de raspa e gancho) de acordo com a (NR-06) e o rigoroso
treinamento dos membros da equipe de trabalho.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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