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DIREITO DO TRABALHO
QUESTÕES:
1. "A" foi contratado por "B" como trabalhador autônomo. Todavia, mesmo havendo
contrato escrito, "A" ajuizou ação pleiteando verbas trabalhistas. Pergunta-se: Em
quais circunstâncias esta demanda poderá ser julgada procedente?
R: Vemos no Art. 422-B da CLT, que o trabalhador autônomo pode exercer suas
atividades para vários tomadores de serviço, assim deixando de lado a exclusividade e
colocando a necessidade de não poder haver um contrato celebrado entre as partes.
Nesse caso, o trabalhador não possui direitos garantidos pela CLT, como as licenças,
FGTS, férias, e afins, pois não possui subordinação e contrato com o tomador de
serviço.
No entanto, se o trabalhador autônomo começa a exercer suas atividades na empresa
tomadora, de forma rotineira, assim excluindo a pessoalidade, e não obstante, começa
a ser fiscalizado e regulamentado, vemos que a empresa tomadora começa a tratar o
trabalhador autônomo como um empregado, e nesse caso, ele poderá pleitear o
reconhecimento do vínculo trabalhista, bem como verbas e demais direitos garantidos
pela CLT, pois desse modo ele deixa de cumprir com o disposto no artigo supracitado, e
começa a preencher os requisitos para ser considerado um empregado.
Não obstante, esse princípio é também embasado pelo Art. 448 da CLT, em que vemos
que alterações na empresa não afetam o contrato entre o empregador e o empregado,
in verbis:
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
4. É correto dizer que, tendo em vista os termos do parágrafo único do Art. 442 da CLT,
jamais haverá vínculo de emprego entre cooperado e tomador dos serviços da
cooperativa? Fundamente.
R: A cooperativa nada mais é do que uma reunião de esforços de vários trabalhadores
que visam o feito de um determinado fim. A cooperativa pode prestar serviços para um
determinado tomador, inclusive com contrato celebrado entre as partes. No entanto, o
tomador de serviços pode fiscalizar os serviços prestados pela cooperativa, e não pelo
trabalhador. Inclusive, o cooperador deve forneceres serviços ao tomador de forma
esporádica e ocasional, de modo que ele não deve possuir como única fonte de renda o
labor prestado ao tomador, assim havendo a necessidade de possuir outras fontes de
renda.
Desse modo, vemos que não há vínculo empregatício entre a cooperativa e o tomador
de serviços, então, vemos que o parágrafo único do artigo supracitado possui nexo.
O grande problema é se houver o desvirtuamento dessa eventualidade, de modo que
uma a cooperativa disponibilize um cooperador para o tomar de serviços de forma
rotineira, o fazendo ser um verdadeiro empregado da empresa tomadora, assim como
vimos na pergunta primeira deste trabalho.
Não obstante, vale ressaltar que essa legitimidade se faz algo essencial para alguns
lugares, por exemplo, policiais em shoppings, eventos, estabelecimentos etc.
Se é nulo o contrato celebrado entre as partes quando há ilicitude em seu objeto, não
somente atividades relacionadas ao jogo do bicho serão inválidas, mas todas as
atividades que cerceiam a ilicitude do objeto.