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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


Licenciatura em Economia Agrária
Nível: 2º ano
2º Semestre

Economia de Moçambique

Estudante Código
Naqui Júlio Cumbane ..................................................2019713

Docente: Osório Chongo

Lionde, fevereiro, 2021


Índice
Introdução …………………………………………………………………………………… 1
Principais fontes de rendimento na era colonial e apos em 1975……………………………. 2
Continuação de fontes e rendimento…………………………………………………………. 3
Economia nos diversos períodos (antes e após de 1975)………………………………….. … 4
Formação da economia da guerra colonial………………………………………………….... 5
Conclusão ………………………………………………………………………………… …. 6
Referências bibliográficas …………………………………………………………………….. 7
Introdução

No presente trabalho de pesquisa tendo sido usado o método investigativo no âmbito da sua
elaboração, abordarei acerca das principais fontes de rendimento apos a era colonial, das
características e por fim abordarei acerca das implicações do desenvolvimento e economia de
Moçambique.

Tendo em vista que o tema a ser debruçado é bastante interessante e é de grande interesse para o
desenvolvimento de pais, tendo como iniciativa, enquadrou se com a Independência nacional em
1975 na economia socialista, porem, entre os objectivo, outra prerrogativa do estudo e abordar as
opções estruturais do modelo económico socialista em Moçambique ate aos finais da década dos
anos 1980. No âmbito da elaboração falarei acerca dos outros aspetos relacionados ao
desenvolvimento da economia em Moçambique.

Tem como finalidade avaliativa, espero que o trabalho seja coroado de êxito.
Principais fontes de rendimento na era colonial e apos 1975.

Temos como fontes de rendimento a:

 Agricultura - fonte de rendimento para a maioria da população. A agricultura


caracterizava se pela existência de um dualismo de estruturas que compreendia:
 A mão-de-obra assalariada usando técnicas relativamente avançadas de cultivo e
dedicando-se à produção mercantil.
 Um sector com 4700 propriedades agrícolas, nas quais centenas de milhares de
moçambicanos trabalhavam para os colonos, cuja produção se destinava ao mercado (ex:
açúcar, sisal e chá).
 A mão-de-obra familiar usando técnicas de cultivo atrasadas e produzindo para o auto-
consumo.
 Os excedentes de produção deste sector eram adquiridos pelos colonos à preços
extremamente baixos e destinavam-se ao mercado externo e à indústria nacional (ex:
algodão, cajú e sementes oleaginosas).
 Um outro sector de economia com cerca de 1.700.000 pequenas explorações de tipo
familiar e de subsistência cuja produção, pela sua natureza e dimensão, se destinava em
cerca de 80% para o auto-consumo.
 Estes fatores mantiveram a estrutura económica subdesenvolvida pois a grande maioria
da população manteve-se no campo produzindo apenas com a enxada.

 Indústria - pouco desenvolvida.


A indústria existente em Moçambique não surgiu em consequência da evolução da
estrutura económica global do país, mas como uma atividade subsidiária da exportação,
isto é, imposta pela necessidade de transformar produtos primários até à fase exportável.
As indústrias que primeiro apareceram em Moçambique foram as de transformações de
culturas de cana de açúcar, sisal, do coqueiro, do algodão, do chá, etc. Nos finais da
década de 40 surgiram as indústrias do sabão e do tabaco; depois, as da cerveja, do
cimento e do vestuário; mais tarde e já na década de 50 , a moagem de trigo e a fiação e
tecelagem de algodão e juta; e, por fim, já nos anos 60 , a refinação de petróleos, a
laminagem de ferro e aço, a construção e montagem de material de caminho de ferro, e o
descasque da castanha de cajú. Sendo assim, este tipo de indústria só garantia a
reprodução da dependência pois, o desenvolvimento industrial em Moçambique estava
bastante condicionado pelo protecionismo às indústrias da metrópole colonial.

 Comercio- mercado nacional limitado e subdesenvolvido. Dependência do exterior


importação de bens, equipamento e matérias-primas à indústria de exportação de
produtos agrícolas.

Toda a rede comercial na cidade e no campo pertencia e era gerida por estrangeiros
(desde a venda por grosso até à venda à retalho).

Daí que, neste sector, era visível a discriminação racial e era vedada aos moçambicanos
negros qualquer atividade comercial de conta própria, cabendo a estes assegurar a troca
desigual de produtos das suas machambas com os produtos industriais.

O poder de compra da população camponesa era limitado devido a um sistema de preços que
fazia com que os colonos portugueses recebessem mais que as famílias camponesas quando
vendiam os seus produtos agrícolas.

 Transportes - sistema orientado para o mercado internacional.

Os portos e caminhos de ferro foram orientados quase que exclusivamente para os países do
hinterland (África do Sul, Swazilândia, Zimbabwe, Malawi, Zâmbia), como reflexo da
política colonial de subordinação aos interesses dos países vizinhos, sem ter em conta as
necessidades do comércio e desenvolvimento dentro de Moçambique.

Contudo, o desenvolvimento do sector terciário criou uma desintegração espacial da economia


por carências da rede de transportes (quer rodoviários, quer ferroviários) e ausência de centros
polarizantes em vastas regiões do território.

As linhas férreas foram construídas na direcção Este-Oeste e não na direcção Norte-Sul. Nem as
linhas férreas, nem as estradas, ligam as diversas zonas do país.

 Classe Operária - pequena (incipiente) e desorganizada.


 Produtividade - baixa e baixo nível de desenvolvimento das forças produtivas.
Ocupando cerca de 75% da mão-de-obra activa, a produtividade na agricultura era baixíssima
devido à utilização de tecnologias e técnicas agrícolas rudimentares. A mecanização era
quase inexistente e a utilização de agro-químicos e de outros fatores modernos muito
reduzida. O segundo alicerce da economia colonial era a exportação de bens que
correspondia à outra metade dos rendimentos externos. Esta exportação era composta
essencialmente por produtos agrícolas tais como algodão, açúcar, chá, copra, castanha de
caju, camarão e produtos madeireiros.

Este sector dominava de facto a economia (os serviços contribuíam com 58% no PIB em
1973) e foi responsável pela grande maioria de investimento em infraestruturas durante o
período colonial, tendo atingido expressão económica muito significativa.

A economia nos diversos períodos (antes e depois da Independência)


Enquadrou se com a Independência nacional em 1975 na economia socialista, porem,
entre os objectivo, outra prerrogativa do estudo e abordar as opções estruturais do modelo
económico socialista em Moçambique ate aos finais da década dos anos 1980.
Economia colonial a socialista (1885-1962), seu objetivo e mostrar, de forma, mas direta
e especifica, como se processou a organização económica portuguesa em Moçambique.
Porem, historicamente, o núcleo central desta, consiste em trazer uma reflexão dos
aspectos relacionados a economia colonial em Moçambique e que foram posteriormente
usadas no novo governo socialista. Dessa forma, divide se em dois capítulos: o primeiro
capítulo, o processo da organização económica colonial nas regiões centro e norte de
Moçambique, procura apresentar a formação da economia colonial no centro e norte de
Moçambique no seculo XX. O segundo capitulo, organização económica no sul de
Moçambique, tem como objetivo mencionar como as politicas portuguesas de exploração
se processou na zona sul de Moçambique, para melhor compreensão, esse capitulo
subdivide em três partes nomeadamente; forca de trabalho, procura apontar a influencia
da Africa de Sul na organização económica de Moçambique, principalmente nos acordos
de fornecimentos de serviços e mão de obra assinado entre dois pais.
A segunda parte, com tema os colonatos agrícolas, tem como objetivo de evidenciar a
importância dos colonatos na organização da economia colonial e a sua ligação a
possibilidade de escoamento da produção agrícola. A terceira e última parte co o tema,
indústria principiante, mostrar quais foram as formas de produção industrial que
emergiram no período, e, no entanto, importante compreender que elas passaram a estar
integradas na economia de Moçambique durante socialismo.
Formação da economia socialista da guerra colonial a libertação (1962-1974): seu
objetivo é contextualizar a situação económica de Moçambique nos últimos anos de
colonização, esta caracterização serviria para melhor compreendemos a opção pelo
socialismo e as suas dificuldades de realizações dos objetivos. O surgimento das zonas
libertadas procura mostrar como foram surgindo zonas libertadas em que foram se
construindo as primeiras formas de organização económica da FRELIMO em moldes
socialista, que estava estruturada atentando, principalmente, para a experiência das
cooperativas.
Na década dos anos 1960 o despertar as ideias nacionalistas, combinado com as
experiências das novas realidades se acreditava num rompimento político com o sistema
colonial, acrescida dos sucessos alcançados por alguns movimentos de libertação e
africano, ausência de instituições políticas centralizadas, permitiram um desenvolvimento
imediato de crise política de como grave proporções. Fato este que culminou com várias
fornas de luta pela Independência. Foi inclusive na Tanzânia nos anos 1960 que a frente
de libertação de Moçambique (FRELIMO), se formou em Dar-essalam, hoje capital da
Tanzânia em 25 de junho de 1962.
Nos últimos anos de colonização, tinha como objetivo caracterizar a estrutura
económica colonial, para melhor compreender quais foram as heranças económicas
colonial em Moçambique. De uma forma geral, pretendesse também, compreender a
função objetiva de governo colonial de maximizar a extração de recursos através da
exploração massiva.
Economia socialista moçambicana (1977-1986): suas características gerais, procura
mostrar os passos da organização económica socialista desde a independência de
Moçambique, celebrada em 1975, quando a política e voltada para instauração do
socialismo.
no dia 03 de fevereiro de 1976, foi anunciada a nacionalização dos prédios de rendimento
e proibiu se o arrendamento privado de habitação, um golpe de misericórdia nas
expectativas dos pequenos e médios investidores que, apesar de muitos deles terem saído
de Moçambique ainda mantinham em aberto a possibilidade de regresso a Moçambique.
Essas nacionalizações foram entendidas como não económico, com realce para o
objectivo da medida de canalizar o esforço para acabar com a descriminação social nos
centros urbanos. Mas também pretendia vibrar um golpe na remanescente base
económica de estratos indesejados da chamada burguesia colonial.
Implicações que as fontes de rendimento tem para o desenvolvimento de
Moçambique são:
a) A integração de Moçambique na divisão internacional do trabalho como:
- Fornecedor de mão-de-obra barata;
- Receptor do capital estrangeiro;
-Produtor de matérias-primas e fornecedor de serviços para servir o desenvolvimento de
outras economias: África do Sul e sobretudo Portugal.
b) A forte dependência do exterior, traduzida pela necessidade de importar praticamente
todos os bens de equipamento e uma parte muito considerável dos bens de consumo
destinados à satisfação das necessidades primárias.
c) A forte dependência do exterior, traduzida pela necessidade de exportar produtos
primários ou com pequeno grau de transformação industrial, cujas cotações eram e
continuam a ser fortemente dominadas pelos interesses do comprador, apresentando o
comércio externo saldos fortemente negativos.
Estes saldos eram compensados por invisíveis provenientes de serviços prestados aos
países vizinhos, de tudo resultando uma Balança de pagamentos sistematicamente
positiva com o estrangeiro e sistematicamente negativa com a metrópole, em que, ao
contrário do que sucede com o estrangeiro, o desequilíbrio é fundamentalmente resultante
do movimento de invisíveis.
d) Estrutura económica subdesenvolvida e desequilibrada, com uma grande maioria da
população vivendo nas zonas rurais (sem condições mínimas) e produzindo apenas com a
enxada.
e) Agricultura atrasada, indústria rudimentar e estruturas ferro-portuárias deterioradas.
f) O carácter totalmente discriminatório do ensino colonial conduziu, naturalmente, à
marginalização de Moçambicanos no acesso ao ensino.
g) A cobertura sanitária era muito pobre, essencialmente reduzida aos grandes centros
urbanos.
h) Na produção e na gestão das unidades económicas e sociais, as ocupações e categorias
profissionais, incluindo funções técnicas ou de chefia eram preenchidas e ocupadas por
estrangeiros.
i) Desintegração espacial da economia por carência da rede de transportes e ausência de
centros polarizantes em vastas regiões do território.
Para o fim deste estudo, uma das mais importantes implicações da economia
moçambicana e que a mesma se expandiu de condicionada por forte dependência do
financiamento dos investimentos externos e crises internas vindo de crescimento de
negócios feito pelo governo que empurraram Moçambique para armadilha de dividas.
Acompanhada da queda dos preços das matérias primas, sobem os créditos no mercado
secundário, sem a degradação de taxa de juro, o pagamento se torna uma ginástica para o
governo moçambicano, uma vez que o orçamento e deficitário. Entretanto, a escolha
desse objeto pretende se a intenção de perceber, como o estado socialista numa altura em
que a economia estava em baixo, com a forte desvalorização da moeda, e com uma
redução da sua capacidade de prosseguir com política económica mais amplas projetou a
sua manutenção.
Conclusão
No presente trabalho de pesquisa tendo sido usado o método investigativo no âmbito da
sua elaboração concluiu se que o programa de desenvolvimento do setor estatal abarcava
outros ramos de atividades para responder as explorações dos grandes projetos
industriais, entretanto, quanto aos transportes e comunicações tinha em vista em
responder as necessidades dos setores de escoamento de produção de grandes projetos.
Conclui se também que apos a independência, foram poucos os investimentos realizados
em novas indústrias ou na moderação de parque existente.

O poder de compra da população camponesa era limitado devido a um sistema de preços que
fazia com que os colonos portugueses recebessem mais que as famílias camponesas quando
vendiam os seus produtos agrícolas.
Referências bibliográficas

ABRAHMSSON, Hans e NILSSON, Anders. The Washigton Conensus e Mocambique. A


importância de questionar o modo de pensar ocidental sobre o processo de desenvolvimento do
continente Africano. Maputo: Centro de Estudo Estrategico e Internacional do Instituto Superior
de Relacoes Internacionais, 1995.

Mozambique. Restoring Rural Prodution and Trade. Vol, I e II. Washigton, Banco Mundial
(1990).

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