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1 INTRODUÇÃO
entendendo que só é possível conhecer as causas daquilo que foi feito pelo próprio
sujeito cognoscente:
I- Filosofia do espírito:
a) A estética como ciência da expressão e linguística geral, 1902;
b) A lógica como ciência do conceito puro, 1905;
c) Filosofia da prática. Economia e ética, 1909;
d) Teoria e história da historiografia, 1917;
II- Ensaios filosóficos:
a) Materialismo histórico e economia marxista, 1900;
b) Problemas de estética, 1910;
c) A filosofia de Giambattista Vico, 1911;
d) Ensaio sobre Hegel, 1912;
e) Novos ensaios de estética, 1920;
f) A poesia, 1936;
g) A história como pensamento e ação, 1938;
h) O caráter da filosofia moderna, 1941;
i) Discursos de filosofia, 1945;
j) Filosofia e historiografia, 1949;
k) Escritos de história literária e política (ao longo da vida);
l) Escritos diversos (ao longo da vida).
Desse modo, para Croce, o grande trunfo de Hegel foi perceber, ao contrário
dos sistemas filosóficos precedentes, que os opostos não eram simplesmente
coincidências. Assim, as verdades anteriormente apontadas pela filosofia não são
destruídas pela dialética de Hegel, mas encontram a partir de sua filosofia a sua real
possibilidade de confirmação. (REALE, 2006).
Com este princípio, Croce quer dizer antes de tudo que cada uma das
quatro atividades [distintos] é irredutível e originária. Cada atividade tem seu
valor como expressão primária e inconfundível do espírito. Mas, [...] embora
distintas, não são separadas nem opostas: existe entre elas um nexo que
implica reciprocidade. (MONDIN, 1983, p. 171).
A proposição estética mais instigante de Croce (apud Reale 2006), afirma que
a arte é algo que todos sabem o que é. De tal modo que se não se soubesse o que
é arte, nem mesmo seria possível perguntar por tal conceito. Essa concepção
demonstra que Croce entende o homem como um ser com uma capacidade de
perceber e compreender verdades de maneira intuitiva, de modo que a tarefa da
filosofia autêntica é simplesmente sistematizar e esclarecer tais compreensões
prévias. Ou seja, a filosofia explica logicamente o que, na realidade, todos entendem
pela arte.
Portanto, para Croce, a arte é conhecimento intuitivo, afirmando que este tipo
de conhecimento é autônomo, livre em relação ao intelecto, baseado no conceito
dos distintos da dialética croceana, segundo a qual, a intuição é um distinto
irredutível aos outros:
Filosofia e história já não são duas formas, e sim uma só forma, e não se
condicionam reciprocamente, mas até se identificam. A síntese a priori, que
é a concretude do juízo individual e da definição, é ao mesmo tempo a
concretude da filosofia e da história. [...] Nem a história precede a filosofia,
nem a filosofia precede a história: uma e outra nascem do mesmo parto.
(CROCE apud REALE, 2006, p. 122).
Segundo o que já foi apresentado, para Croce (apud REALE, 2006) filosofia e
história confundem-se, o que significa que qualquer período na história torna-se
atual ao ser submetido a um juízo histórico que procura dar significado a uma
situação do presente. Por isso a história, na verdade, é sempre contemporânea
porque vive no próprio ser humano e não fora dele. Ou seja, o homem é um
microcosmo, pois traz consigo a história, não num sentido naturalista, mas universal:
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS