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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA


CENTRO DAS HUMANIDADES
GEOMORFOLOGIA
Docente: Georgea do Vale de Melo
Discente: Aléxia Manuela Silva Nunes – 2018004649

FICHAMENTO: GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: PROCESSOS


ENDÓGENOS E EXÓGENOS/ GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: TIPOS DE
FALHAS/ TIPOS DE DOBRAS

Barreiras – BA
Outubro de 2019
GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: PROCESSOS ENDÓGENOS E
EXÓGENOS/ GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: TIPOS DE FALHAS/
TIPOS DE DOBRAS

PENTEADO, Margarida M. Fundamentos da Geomorfologia, Rio de Janeiro, 3ª edição,


1983, p. 11 – 64.

Cap. 2 (RELEVO TERRESTRE: processos endógenos na elaboração), Cap. 3 (RELEVO


TERRESTRE - Materiais constituintes), Cap. 4 (EVOLUÇÃO E TIPOS DE
ESTRUTURA E RELEVOS DERIVADOS), Cap. 5 (EVOLUÇÃO E TIPOS DE
ESTRUTURA E RELEVOS DERIVADOS: Estrutura e Relevo dos Maciços Antigos).

Cap. 2: RELEVO TERRESTRE: processos endógenos na elaboração

Neste primeiro momento, Penteado menciona como funcionam os processos construtivos


do relevo, os chamados de processos endógenos, além disso, ela menciona as grandes
unidades topográficas, isto é, de altitude que constituem a superfície terrestre.

“As grandes unidades topográficas do globo são:

➢ áreas continentais onde dominam planaltos, colinas e planícies com menos de 2.


000 metros de altitudes, que se prolongam, sem solução de continuidade, pela
plataforma continental recoberta de mares epicontinentais como o mar da
Mancha, o Báltico, o golfo da Gasconha, etc.;
➢ bacias oceânicas - vastas extensões compreendidas entre - 3. 000 metros e 6.000
metros. As planícies ábissais formam 58,7% da superfície total do globo.
➢ áreas continentais limitadas, cujas altitudes ultrapassam 2.000 metros: cadeias de
montanhas, sempre alongadas como os Andes, o Himalaia, as Rochosas;
➢ depressões limitadas em extensão, cavadas abaixo das bacias oceânicas: fossas
marinhas, que ultrapassam 7.000 metros de profundidade. Como as cadeias de
montanhas, elas são alongadas e arqueadas” (p. 11)

“Somente a estrutura superficial das terras é conhecida diretamente. As zonas profundas


só podem ser pesquisadas por métodos indiretos da Geofísica” (p. 11)

“As quatro unidades principais do relevo dos oceanos são: plataforma continental, bacias
oceânicas, cristas ou dorsais, fossas submarinas.
“A Geofísica mostra que o Globo é formado de camadas sucessivas, de densidade
decrescente a partir do centro.” (p. 12)

“A parte mais superficial constitui o SIAL

, magmas ricos em silicatos de alumina. A porção inferior o SIMA é rico em silicatos de


magnésio.” (p. 13)

Penteado faz, nesse trecho, e em outros mais a frente, o uso de termos que hoje são
obsoletos. SIAL (fig. 1) que é uma das denominações usadas, é o que é chamado
atualmente de Crosta continental, que corresponde à parte da placa litosférica referente
as áreas de continente, menos densas e mais espessas. Tal como SIMA (fig. 1), que se
refere, na literatura atual a Crosta oceânica, que se refere às áreas de oceano na placa,
sendo porções mais finas e mais pesadas que são levadas para o manto quando se chocam
em movimentos convergentes acontecendo o que é chamado de subducção.

“A Geofísica demonstra que, de modo geral, a crosta é menos densa nas massas
montanhosas do que sob as planícies e menos densa sob as planícies do que sob os
oceanos. Os blocos da crosta emergem tanto mais quanto menos densos são, como
flutuadores de madeira colocados numa cuba com água: quanto menos densa é a madeira
mais emergem. gem na proporção de seus pesos respectivos. Assim nasceu a noção de
equilíbrio hidrostático de porções da crosta.” (p. 14)

“O equilíbrio é imperfeito e é chamado ISOSTÁTICO.” (p.14)

“Teoria de Wegener - Os blocos continentais não se deslocam só no sentido vertical, mas


também no horizontal (Deriva dos continentes).
Wegener admitiu que os continentes foram soldados numa única massa de SIAL na Era
Primária. Essa massa foi fragmentada (zonas das dorsais e rift valleys oceânicos) e os
fragmentos deslocados da sua posição para ocupar a posição atual.” (p.15)

“Argumentos favoráveis à teoria da deriva:

➢ Semelhança entre as costas da África e América do Sul.


➢ Semelhança de senes estratigráficas e floras antigas da América do Sul, África,
Madagascar, índia e Austrália.
➢ Os dobramentos pré-cambrianos das massas cristalinas se relacionam dos dois
lados do continente.
➢ As glaciações da Era Primária aparecem e desaparecem, no mesmo momento, nas
terras do continente de Gondwana.
➢ Atualmente ainda existe mobilidade lateral dos continentes e das bacias oceânicas,
especialmente as do Atlântico que sofrem alongamento.

A teoria de Wegener, célebre em 1912, foi muito criticada e contestada, mas modernos
estudos de geofísica, geologia estrutural e astronomia, dão-lhe apoio novamente.” (p. 15)

A teoria da Deriva Continental de Wegener deu base para outra teoria extremamente
importante para os estudos geomorfológicos, que é a teoria da Tectônica Global de Placas,
que demonstra o movimento das placas, que podem ser divergentes, convergentes ou
transformantes, como na figura a seguir (fig. 2):

“Há duas classes fundamentais de formas de relevo: iniciais e sequenciais.

Iniciais- Formas resultantes dos soerguimentos originais da crosta por forças internas e
por erupções vulcânicas.

Sequenciais - Formas esculpidas pelos agentes de desnudação. Essas vêm em seguida as


originais.” (p. 16)

Cap. 3: RELEVO TERRESTRE - Materiais constituintes

“As rochas influem na forma, no tamanho e na evolução do relevo.” (p. 19)


“Umas rochas são resistentes, outras tenras. A maior ou menor resistência aos agentes
erosivos depende da origem e constituição das rochas - aspecto litológico. Rochas tenras
tendem a formar vales enquanto as resistentes mantêm as cristas, escarpas, planaltos e
divisores.” (p. 19)

“O estudo das rochas é objeto da Petrografia. Distinguem-se três grandes grupos de rochas
pela sua gênese: magmáticas ou ígneas metamórficas sedimentares.” (p. 19)

As rochas têm, no geral, gênese e minerais distintos arranjados de forma distinta para a
sua consolidação, porém, as rochas por serem corpos naturais, têm um ciclo que pode ser
definido com 3 momentos, no primeiro existe o magma extravasado formando rochas
ígneas ou magmáticas, no segundo momento essas rochas será erodidas, e seus detritos
serão depositados em lugares mais baixos que por sua vezes cimentarão e formarão rochas
sedimentares e por fim as rochas sedimentares expostas a temperaturas e pressões
distintas indo em direção a camada superior do manto terrestre, podem formar as rochas
metamórficas, em uma zona que pode ser chamada de zona de metamorfismo. (fig. 3)

“Apesar da existência de grande variedade de rochas ígneas, os seus principais minerais


constituintes são poucos e também poucas as rochas que possuem importância na
constituição geral da crosta.” (p. 19)

“Para o cálculo da composição química da crosta é necessário o conhecimento da


composição e volume de diferentes rochas.” (p. 20)

“Uma rocha magmática expressa as condições geológicas sob as quais se formou, através
da sua textura, (tamanho e disposição dos minerais constituintes) e da composição
química.” (p. 20)
“O magma consolidado no interior da crosta dá origem às rochas intrusivas, plutônicas
ou abissais. São intrusivas porque penetram corpos rochosos previamente formados.” (p.
20)

“Geralmente são poucos os minerais que tomam parte essencial na constituição de uma
rocha magmática. São os minerais essenciais e servem para caracterizar uma determinada
rocha. Os demais minerais são chamados de acessórios.” (p. 20)

A – Plutônicas

B – Rochas magmáticas hipabissais

C – Rochas Vulcânicas

“Rochas sedimentares são formadas a partir da destruição de rochas pré-existentes


(qualquer tipo). Num sentido amplo incluem-se, também, nessa categoria as rochas
provenientes de atividade biológica: corais; e de reações químicas e precipitações.” (p.
21)

“Os sedimentos elásticos são principais tipos formados de partículas provenientes do


ataque de rochas pré-existentes por processos de intemperismo.” (p. 21)

➢ “Calcário e marga - Cores: cinza, amarelada, preta. São compactos. Grãos


microscópicos. Quando ocorrem cristais podem-se apresentar como pequenas
esferas (calcário oolítico).
Os calcários podem apresentar impurezas de areia e argila.” (p. 21)

“Qualquer tipo de rocha ígnea ou sedimentar pode ser alterado sob fortes pressões e altas
temperaturas, que acompanham os movimentos de formação das montanhas. O resultado
é que as rochas são modificadas em aparência e composição, pois os minerais estáveis
em condições pré-existentes se transformam, debaixo das novas condições de
temperatura, pressão, de agentes voláteis e de atrito. As rochas assim formadas são
chamadas metamórfica.” (p. 22)

“Geralmente, as rochas metamórficas são mais compactas e mais duras do que seus tipos
originais, exceto quando provêm de rochas ígneas. Cada rocha sedimentar e ígnea tem
uma equivalente metamórfica. O termo metassedimento engloba todas as rochas
metamórficas originadas de estratos sedimentares.” (p. 22)

“Ardósias e folhelhos - formados a partir da transformação de argilitos.” (p. 22)


“Cada tipo de rocha possui planos naturais que caracterizam a sua estrutura. Tais planos
são medidos geometricamente. Esses planos são reconhecidos nos estratos sedimentares,
nos lados de um dique, na superfície superior e inferior de um sill na clivagem xistosa de
um folhelho, nas juntas de um granito.” (p. 23)

➢ “Mineral - É um elemento ou composto químico, resultante de processos


inorgânicos, de composição química geralmente definida e encontrado em estado
natural na crosta terrestre. Em geral são sólidos.” (p. 23)
➢ “Rocha - É um agregado natural formado de um ou mais minerais, e constitui
parte essencial da crosta terrestre.” (p. 24)

“Os minerais podem consistir de apenas um elemento químico como: ouro, diamante,
enxofre, grafita, etc., ou de vários, passando a ser compostos químicos, podendo ser
expressos na sua fórmula química.” (p. 24)

➢ “Grupo dos Feldspatos: potássio, sódio e cálcio. Constituem o grupo mais


importante na composição das rochas.” (p. 24)
➢ “Grupo das Micas - É um grupo de minerais de clivagem alta e laminar. São
silicato-minerais.” (p. 24)
➢ “Grupo dos Piroxênios e anfibólios - são minerais de aparência muito
semelhante.” (p. 25)

“A estrutura só não permite explicar todas as formas de relevo chamadas estruturais. O


comportamento de uma estrutura em relação à erosão depende da natureza das rochas
(propriedades físicas e químicas) sob ação de diferentes meios morfoclimáticos.

As rochas são submetidas a várias formas de erosão: pelas águas correntes (erosão linear
ou incisão vertical); erosão mecânica sob variações de temperatura· decomposição
química por dissolução.” (p. 25)

“As temperaturas intervêm na velocidade da decomposição química. Esta é mais rápida


em climas quentes do que em climas temperados e frios. As amplitudes térmicas,
sensíveis nas regiões tropicais, favorecem à dilatação e contratação das rochas e a
desagregação, predispondo-as ao intemperismo químico.” (p. 27)

Em temperaturas mais quentes a rocha se dissecará muito mais rápido do que em zonas
de temperaturas mais baixas e mais secas, conservando muito mais as marcas e cicatrizes
deixadas pelas intempéries do tempo e espaço nas rochas ou no solo.
“A quantidade de precipitações também tem papel importante no ataque das rochas.
Pluviosidade elevada, associada a temperaturas médias altas e cobertura vegetal
exuberante, tem papel muito eficaz na decomposição das rochas, pelo aumento do teor
em ácidos húmicos e gás carbônico.” (p. 27)

“Mais ricas em sílica, como os dioritos, ou em micas brancas, são menos sensíveis à
decomposição química. Quanto maiores forem os cristais constituídos de elementos
solúveis, mais rapidamente os granitos perdem a coesão, sob alteração.” (p. 27)

“São muito resistentes pela homogeneidade, natureza dos grãos, e pelo fissuramento que
reduz o escoamento superficial. A sua composição silicosa torna-os rochas menos
solúveis. Eles constituem, pois, as cristas e as arestas mais elevadas no meio de regiões
graníticas ou calcárias.” (p. 27)

“As características mais importantes dos relevos de arenitos são:

➢ A nitidez das formas com contrastes entre planaltos tabulares ou subtabulares e


vales fortemente encaixados de paredes íngremes.
➢ Densidade de drenagem fraca, rios longos e retilíneos, acompanhando o padrão
de diáclases e fissuras.

Formas curiosas de detalhes como peões, agulhas, pontões, cogumelos etc., enfim relevo
ruiniforme.” (p. 27)

“As propriedades dessa rocha explicam seu modelado:

➢ Composição química homogênea à base de silicatos de alumina.


➢ Elementos pouco solúveis e talhe micrométrico dos grãos.
➢ Alta impermeabilidade devido à incomunicabilidade dos poros.
➢ Grande plasticidade, característica que torna a rocha pouco resistente. Essas
características tornam a rocha pouco resistente.” (p. 28)

“O modelado dos calcários exige estudo em um capítulo à parte, devido à complexidade


dos processos atuantes, graças a sua alta solubilidade e ao fissuramento que permitem
escoamento subterrâneo e dissolução, criando as formas típicas de um relevo conhecido
como relevo cárstico.” (p. 28)

“Rochas duras, heterogêneas e diaclasadas traduzem no relevo por duas características


importantes:
➢ predominância da erosão linear sobre a erosão das vertentes;
➢ decomposição em matacões e elementos muito finos e ausência de elementos
intermediários” (p. 28)

Cap. 4: EVOLUÇÃO E TIPOS DE ESTRUTURA E RELEVOS DERIVADOS

“As grandes unidades estruturais do globo são: escudos antigos, bacias sedimentares e
cadeias dobradas.” (p. 33)

“O relevo dos maciços antigos é de planaltos relativamente pouco elevados (menos de


2.000 metros).” (p. 33)

“Bacias sedimentares - Porções dos escudos, deprimidas e recobertas pelo mar, atulhadas
de sedimentos e posteriormente exodadas.” (p. 33)

“As cadeias dobradas constituem a zona de terrenos sedimentares e metamórficos de


geossinclinal, dobradas por orogênese recente (do Mesozóico ao Terciário) e
incorporadas às bordas dos velhos continentes” (p. 33)

Essas cadeias são o que são chamadas de dobramentos modernos provocadas pela
tectônica global de placas e o movimento convergente das mesmas.

“Bacias sedimentares de estrutura calma são aquelas que, após a sua formação, não foram
perturbadas por orogênese, com dobras, falhas ou fraturas, a ponto de modifica-las” (p.
33)

“A sedimentação é definida como depósitos no fundo de mares ou lagos que, por


dessecação e pressão ou cimentação, tornam-se rochas.” (p. 34)

“Uma área continental, após sofrer arrasamento é sujeita a uma transgressão marinha
(avanço do mar). Essa área recebe sedimentação.

Uma regressão do mar ou um soerguimento da costa faz esses sedimentos emergirem. O


resultado é uma bacia sedimentar onde os estratos apresentam mergulho suave em direção
à plataforma continental.” (p. 34)

A regressão ou avanço do mar pode provocar diferentes formas de sedimentação em uma


mesma área.
“Se a sucessão de ciclos de sedimentação se desenvolver regularmente, sem perturbações
internas, a estrutura resultante, após a exondação, será a mais simples possível: estrutura
concordante horizontal ou suborizontal.” (p. 34)

“Chama-se discordância o contacto correspondente ao plano estratigráfico inferior da


série geológica superior, cortando mais ou menos obliquamente o mergulho da série
inferior” (p. 35)

“Uma bacia sedimentar comporta, como vimos, três tipos de estruturas: concordante
horizontal, concordante inclinada e discordante” (p. 35)

“Se as camadas são homogeneamente tenras ou homogeneamente duras, não aparece


relevo estrutural, mas uma série de cristas e vales mais ou menos entalhados, de acordo
com a resistência da rocha. Se as camadas têm resistências diferentes e a bacia é enxadada
os rios iniciam o entalhe, seguindo zonas de fraqueza da rocha.” (p. 36)

“Quando as camadas duras são muito delgadas os ressaltas desaparecem, salvo nos climas
semi-áridos. Nos climas úmidos o manto de decomposição mascara as estruturas.

A cornija é a escarpa mantida pela camada dura e ela recua mais ou menos rapidamente
em função da espessura da camada dura, da resistência da rocha e da intensidade da
erosão.” (p. 36)

“As formas de relevo resultantes desse tipo de estrutura são: plataformas estruturais,
mesas, morros testemunhos e vales em "manjedoura"” (p. 36)

“Os relevos derivados desse tipo de estrutura estão na dependência de dois fatores:

➢ Camadas de resistência diferente.


➢ Retomadas de erosão para permitir a superimposição da drenagem.

Os relevos são dissimétricos: cuestas, costão, hog-backs, cristas isoclinais” (p. 38)

“Ocorre em vários tipos de estrutura onde aparecem mergulhos fracos, homoclinais:

➢ Periferia de bacias sedimentares interiores em contacto com escudos antigos.


Exemplo: cuestas de Botucatu, Itaqueri, São Pedro, ·no Estado de São Paulo.
➢ Planícies costeiras. Exemplo: a cuesta do Apodi, no Ceará. Foto 15.
➢ Borda de grandes arcos de dobramentos, periferia de dobras.
➢ Periferia de domos.” (p. 38)
“Cuesta

É uma forma de relevo dissimétrica, constituída de um lado por um perfil côncavo em


declive íngreme e do outro por um planalto suavemente inclinado” (p. 38)

“Front

O front é constituído dos seguintes elementos: cornija e tálus” (p. 38)

“Morros testemunhos (buttes-temoin)

Um morro testemunho é uma colina de topo plano situado adiante de uma escarpa de
cuesta, mantido pela camada resistente.” (p. 39)

“Depressão ortoclinal ou subsequente

Desenvolve-se abaixo do tálus. É a vertente do vale subsequente e delimita a cuesta. É o


negativo da cuesta.” (p. 39)

“Reverso

É o topo do planalto, suavemente inclinado no sentido oposto ao front. A superfície do


reverso pode corresponder ao mergulho das camadas. Nesse caso o reverso é diretamente
derivado da estrutura.” (p. 41)

“O traçado das cuestas varia na forma: retilíneo, festonado, em arcos, etc. O desenho, em
planta, de uma cuesta e a sua forma topográfica dependem de uma série de fatores de
ordem estrutural e escultural.” (p. 41)

“Se as camadas de resistência diferente apresentam mergulhos fortes, superiores a 30° a


forma resultante será um hog-back, relevo disimétrico com cornija e reverso mais curto e
mais inclinado do que nas cuestas.” (p. 44)

“Desenvolve-se em estruturas de camadas quase verticais. As cristas apresentam simetria.


de flancos.” (p.44)

“Estrutura dobrada é caracterizada por deformações do material rochoso plástico


terminando em plissamento ou pregueamento das camadas geológicas, sendo o elemento
fundamental dessas deformações a dobra.” (p. 44)

“A análise dos relevos em estrutura dobrada exige, entretanto, algum conhecimento sobre
a gênese dos dobramentos (tectônica de dobras) e sobre os tipos de dobra (estilo).” (p. 44)
“A gênese dos dobramentos se prende a movimentos de compressão lateral exercida em
superfície e em profundidade. A formação de uma cadeia dobrada depende, antes de mais
nada, da natureza do material rochoso, que será afetado nas zonas de sedimentação. O
estilo das dobras dependerá não só dos esforços de compressão lateral, mas também da
heterogeneidade do material, da sucessão rápida de camadas de dureza diferente, do grau
de cimentação e plasticidade, da espessura das camadas.

O material da maioria das cadeias dobradas do Globo, especialmente das que comportam
dobras de fundo, é formado em geossinclinais.” (p. 44)

“Os elementos de uma dobra são:

Anticlinais - ondulações convexas para o céu.

Inclinais - ondulações côncavas para o céu.

Charneiras - os setores fortemente encurvados do anticlinal e do sinclinal (pontos mais


altos e mais baixos, estruturalmente).” (p. 45)

“Plano axial - a superfície ideal passando por charneiras sucessivas. (p. 46)”

“Flanco da dobra - são as superfícies onduladas que ligam uma charneira anticlinal a uma
charneira sinclinal” (p. 46)

“Elevação estrutural da dobra - é a medida de uma vertical, perpendicular aos dois planos
horizontais que tangenciam a charneira anticlinal e a sinclinal.” (p. 46)

“Simétricas - o melhor exemplo é a dobra direita. Se os flancos convergem para o pico, a


dobra é normal. Se convergem para baixo a dobra é um avental (f).

Dissimétricas· - é o caso da dobra arqueada ou inclinada. Os flancos são dissimétricos em


relação ao plano axial. Exemplo: a dobra em joelho, caracterizada por um flanco
horizontal e um vertical.” (p. 46)

“Um dobramento caracteriza-se pelo seu estilo (tipo das dobras) e pela disposição no
plano longitudinal (direções dos dobramentos).” (p. 47)

“A estrutura domática é resultante de arqueamento convexo de estratos sedimentares


dando origem a zonas circulares ou ovais, podendo atingir de 100 a 300 km de diâmetro.”
(p. 50)

“A drenagem que se organiza de início sobre um domo é radial.” (p. 51)


Uma drenagem radial se caracteriza por drenagens que irradiam uma área central, os
cursos dispõem-se como os raios de uma roda, divergindo de uma área mais alta para a
periferia. (fig. 4)

“No início da evolução a drenagem é radial. Num estágio erosivo mais evoluído a
drenagem é anelar ou circular.” (p. 52)

“A originalidade geomorfológica da estrutura falhada é a sua reprodução, no relevo, em


forma de escarpas (abruptos de falha). O estilo dos falhamentos origina no relevo tipos
característicos de formas.” (p. 52)

“A falha é o produto de esforços de compressão e tensão sobre material rígido da crosta,


traduzida no terreno por deslocamentos ou desnivelamentos.” (p. 52)

Cap. 5: EVOLUÇÃO E TIPOS DE ESTRUTURA E RELEVOS DERIVADOS:


Estrutura e Relevo dos Maciços Antigos

“Os maciços antigos são porções da crosta correspondentes ao antigo assoalho de velhos
dobramentos que foram várias vezes soerguidos e arrasados pela erosão.” (p. 59)

Os escudos mais antigos e mais rígidos datam do pré-Cambriano. São profundamente


metamorfisados e constituídos, essencialmente de rochas cristalinas e cristalofilianas,
como o Escudo Brasileiro e o Escudo Canadense.” (p. 59)

“Um escudo pode se apresentar recoberto por sedimentos, depositados sobre o continente
ou sob o mar, durante um período de submersão. Essa cobertura é discordante em relação
ao embasamento rígido, pois repousa sobre uma superfície que corta as antigas dobras ou
as primitivas raízes das cadeias.

Se a coberta é delgada ela não mascara os deslocamentos do escudo. Se é de grande


espessura, como os depósitos da Bacia do Paraná, ela pode esconder as irregularidades
do escudo, ainda que seja afetada pelos diastrofismos do embasamento.” (p. 59)
“Nos maciços antigos os fatores litológicos e estruturais comandam a erosão diferencial.
O grau de metamorfismo é importante porque está relacionado à resistência da rocha.” (p.
60)

“A impermeabilidade é responsável pela densa rede de drenagem dendrítica porque


facilita o escoamento superficial.” (p. 62)

Uma rede de drenagem dendrítica corresponde a uma corrente principal que vai aparecer
como tronco, aos tributários como ramos, e as correntes de menor categoria como as
folhas. (fig. 5)

“Os maciços antigos, pelo tempo que estão emersos sob ação dos agentes de desnudação
subaéreos, apresentam extensas superfícies de erosão. Frequentemente essas superfícies
são embutidas, mostrando fases sucessivas de aplainamento e entalhe.” (p. 62)

“O vulcanismo pode, pois, desorganizar a rede de drenagem. modificando traçados e


gerando capturas; criar lagos <de crateras); dar origem a uma drenagem radial divergente
a partir do alto dos cones e criar fenômenos de superimposição, isto é: os rios
estabelecidos sobre os derrames podem atingir o substrato por cavamento.” (p. 63)

TEIXEIRA, WILSON (ORGS.) ET AL. Decifrando a Terra. 2.ed. São Paulo:


Companhia Editora Nacional, 2009, p. 98 – 112

Cap. 6: Tectônica Global

Em suma o texto do capítulo 6 do livro Decifrando a Terra nos traz de forma específica e
clarificada diversas teorias da tectônica global.

“A constatação da existência das placas deu uma nova roupagem às teorias de Deriva
Continental explicando satisfatoriamente, muitas das grandes feições geológicas da
Terra” (p. 98)

“A Tectônica Global ou Tectônica de Placas é a chave para a compreensão da história


geológica da Terra e de como será o futuro do planeta em que vivemos.” (p. 98)
A obra como um todo trás de forma mais destrinchada o que Penteado trouxe no
fichamento anterior, demonstrando os movimentos das placas, os tipos de placas, as
partes internas da Terra, as diferenças entre a camada superficial da crosta Terrestre.

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