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Outubro de 2019
GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: PROCESSOS ENDÓGENOS E
EXÓGENOS/ GEOMORFOLOGIA ESTRUTURAL: TIPOS DE FALHAS/
TIPOS DE DOBRAS
“As quatro unidades principais do relevo dos oceanos são: plataforma continental, bacias
oceânicas, cristas ou dorsais, fossas submarinas.
“A Geofísica mostra que o Globo é formado de camadas sucessivas, de densidade
decrescente a partir do centro.” (p. 12)
Penteado faz, nesse trecho, e em outros mais a frente, o uso de termos que hoje são
obsoletos. SIAL (fig. 1) que é uma das denominações usadas, é o que é chamado
atualmente de Crosta continental, que corresponde à parte da placa litosférica referente
as áreas de continente, menos densas e mais espessas. Tal como SIMA (fig. 1), que se
refere, na literatura atual a Crosta oceânica, que se refere às áreas de oceano na placa,
sendo porções mais finas e mais pesadas que são levadas para o manto quando se chocam
em movimentos convergentes acontecendo o que é chamado de subducção.
“A Geofísica demonstra que, de modo geral, a crosta é menos densa nas massas
montanhosas do que sob as planícies e menos densa sob as planícies do que sob os
oceanos. Os blocos da crosta emergem tanto mais quanto menos densos são, como
flutuadores de madeira colocados numa cuba com água: quanto menos densa é a madeira
mais emergem. gem na proporção de seus pesos respectivos. Assim nasceu a noção de
equilíbrio hidrostático de porções da crosta.” (p. 14)
A teoria de Wegener, célebre em 1912, foi muito criticada e contestada, mas modernos
estudos de geofísica, geologia estrutural e astronomia, dão-lhe apoio novamente.” (p. 15)
A teoria da Deriva Continental de Wegener deu base para outra teoria extremamente
importante para os estudos geomorfológicos, que é a teoria da Tectônica Global de Placas,
que demonstra o movimento das placas, que podem ser divergentes, convergentes ou
transformantes, como na figura a seguir (fig. 2):
Iniciais- Formas resultantes dos soerguimentos originais da crosta por forças internas e
por erupções vulcânicas.
“O estudo das rochas é objeto da Petrografia. Distinguem-se três grandes grupos de rochas
pela sua gênese: magmáticas ou ígneas metamórficas sedimentares.” (p. 19)
As rochas têm, no geral, gênese e minerais distintos arranjados de forma distinta para a
sua consolidação, porém, as rochas por serem corpos naturais, têm um ciclo que pode ser
definido com 3 momentos, no primeiro existe o magma extravasado formando rochas
ígneas ou magmáticas, no segundo momento essas rochas será erodidas, e seus detritos
serão depositados em lugares mais baixos que por sua vezes cimentarão e formarão rochas
sedimentares e por fim as rochas sedimentares expostas a temperaturas e pressões
distintas indo em direção a camada superior do manto terrestre, podem formar as rochas
metamórficas, em uma zona que pode ser chamada de zona de metamorfismo. (fig. 3)
“Uma rocha magmática expressa as condições geológicas sob as quais se formou, através
da sua textura, (tamanho e disposição dos minerais constituintes) e da composição
química.” (p. 20)
“O magma consolidado no interior da crosta dá origem às rochas intrusivas, plutônicas
ou abissais. São intrusivas porque penetram corpos rochosos previamente formados.” (p.
20)
“Geralmente são poucos os minerais que tomam parte essencial na constituição de uma
rocha magmática. São os minerais essenciais e servem para caracterizar uma determinada
rocha. Os demais minerais são chamados de acessórios.” (p. 20)
A – Plutônicas
C – Rochas Vulcânicas
“Qualquer tipo de rocha ígnea ou sedimentar pode ser alterado sob fortes pressões e altas
temperaturas, que acompanham os movimentos de formação das montanhas. O resultado
é que as rochas são modificadas em aparência e composição, pois os minerais estáveis
em condições pré-existentes se transformam, debaixo das novas condições de
temperatura, pressão, de agentes voláteis e de atrito. As rochas assim formadas são
chamadas metamórfica.” (p. 22)
“Geralmente, as rochas metamórficas são mais compactas e mais duras do que seus tipos
originais, exceto quando provêm de rochas ígneas. Cada rocha sedimentar e ígnea tem
uma equivalente metamórfica. O termo metassedimento engloba todas as rochas
metamórficas originadas de estratos sedimentares.” (p. 22)
“Os minerais podem consistir de apenas um elemento químico como: ouro, diamante,
enxofre, grafita, etc., ou de vários, passando a ser compostos químicos, podendo ser
expressos na sua fórmula química.” (p. 24)
As rochas são submetidas a várias formas de erosão: pelas águas correntes (erosão linear
ou incisão vertical); erosão mecânica sob variações de temperatura· decomposição
química por dissolução.” (p. 25)
Em temperaturas mais quentes a rocha se dissecará muito mais rápido do que em zonas
de temperaturas mais baixas e mais secas, conservando muito mais as marcas e cicatrizes
deixadas pelas intempéries do tempo e espaço nas rochas ou no solo.
“A quantidade de precipitações também tem papel importante no ataque das rochas.
Pluviosidade elevada, associada a temperaturas médias altas e cobertura vegetal
exuberante, tem papel muito eficaz na decomposição das rochas, pelo aumento do teor
em ácidos húmicos e gás carbônico.” (p. 27)
“Mais ricas em sílica, como os dioritos, ou em micas brancas, são menos sensíveis à
decomposição química. Quanto maiores forem os cristais constituídos de elementos
solúveis, mais rapidamente os granitos perdem a coesão, sob alteração.” (p. 27)
“São muito resistentes pela homogeneidade, natureza dos grãos, e pelo fissuramento que
reduz o escoamento superficial. A sua composição silicosa torna-os rochas menos
solúveis. Eles constituem, pois, as cristas e as arestas mais elevadas no meio de regiões
graníticas ou calcárias.” (p. 27)
Formas curiosas de detalhes como peões, agulhas, pontões, cogumelos etc., enfim relevo
ruiniforme.” (p. 27)
“As grandes unidades estruturais do globo são: escudos antigos, bacias sedimentares e
cadeias dobradas.” (p. 33)
“Bacias sedimentares - Porções dos escudos, deprimidas e recobertas pelo mar, atulhadas
de sedimentos e posteriormente exodadas.” (p. 33)
Essas cadeias são o que são chamadas de dobramentos modernos provocadas pela
tectônica global de placas e o movimento convergente das mesmas.
“Bacias sedimentares de estrutura calma são aquelas que, após a sua formação, não foram
perturbadas por orogênese, com dobras, falhas ou fraturas, a ponto de modifica-las” (p.
33)
“Uma área continental, após sofrer arrasamento é sujeita a uma transgressão marinha
(avanço do mar). Essa área recebe sedimentação.
“Uma bacia sedimentar comporta, como vimos, três tipos de estruturas: concordante
horizontal, concordante inclinada e discordante” (p. 35)
“Quando as camadas duras são muito delgadas os ressaltas desaparecem, salvo nos climas
semi-áridos. Nos climas úmidos o manto de decomposição mascara as estruturas.
A cornija é a escarpa mantida pela camada dura e ela recua mais ou menos rapidamente
em função da espessura da camada dura, da resistência da rocha e da intensidade da
erosão.” (p. 36)
“As formas de relevo resultantes desse tipo de estrutura são: plataformas estruturais,
mesas, morros testemunhos e vales em "manjedoura"” (p. 36)
“Os relevos derivados desse tipo de estrutura estão na dependência de dois fatores:
Os relevos são dissimétricos: cuestas, costão, hog-backs, cristas isoclinais” (p. 38)
“Front
Um morro testemunho é uma colina de topo plano situado adiante de uma escarpa de
cuesta, mantido pela camada resistente.” (p. 39)
“Reverso
“O traçado das cuestas varia na forma: retilíneo, festonado, em arcos, etc. O desenho, em
planta, de uma cuesta e a sua forma topográfica dependem de uma série de fatores de
ordem estrutural e escultural.” (p. 41)
“A análise dos relevos em estrutura dobrada exige, entretanto, algum conhecimento sobre
a gênese dos dobramentos (tectônica de dobras) e sobre os tipos de dobra (estilo).” (p. 44)
“A gênese dos dobramentos se prende a movimentos de compressão lateral exercida em
superfície e em profundidade. A formação de uma cadeia dobrada depende, antes de mais
nada, da natureza do material rochoso, que será afetado nas zonas de sedimentação. O
estilo das dobras dependerá não só dos esforços de compressão lateral, mas também da
heterogeneidade do material, da sucessão rápida de camadas de dureza diferente, do grau
de cimentação e plasticidade, da espessura das camadas.
O material da maioria das cadeias dobradas do Globo, especialmente das que comportam
dobras de fundo, é formado em geossinclinais.” (p. 44)
“Plano axial - a superfície ideal passando por charneiras sucessivas. (p. 46)”
“Flanco da dobra - são as superfícies onduladas que ligam uma charneira anticlinal a uma
charneira sinclinal” (p. 46)
“Elevação estrutural da dobra - é a medida de uma vertical, perpendicular aos dois planos
horizontais que tangenciam a charneira anticlinal e a sinclinal.” (p. 46)
“Um dobramento caracteriza-se pelo seu estilo (tipo das dobras) e pela disposição no
plano longitudinal (direções dos dobramentos).” (p. 47)
“No início da evolução a drenagem é radial. Num estágio erosivo mais evoluído a
drenagem é anelar ou circular.” (p. 52)
“Os maciços antigos são porções da crosta correspondentes ao antigo assoalho de velhos
dobramentos que foram várias vezes soerguidos e arrasados pela erosão.” (p. 59)
“Um escudo pode se apresentar recoberto por sedimentos, depositados sobre o continente
ou sob o mar, durante um período de submersão. Essa cobertura é discordante em relação
ao embasamento rígido, pois repousa sobre uma superfície que corta as antigas dobras ou
as primitivas raízes das cadeias.
Uma rede de drenagem dendrítica corresponde a uma corrente principal que vai aparecer
como tronco, aos tributários como ramos, e as correntes de menor categoria como as
folhas. (fig. 5)
“Os maciços antigos, pelo tempo que estão emersos sob ação dos agentes de desnudação
subaéreos, apresentam extensas superfícies de erosão. Frequentemente essas superfícies
são embutidas, mostrando fases sucessivas de aplainamento e entalhe.” (p. 62)
Em suma o texto do capítulo 6 do livro Decifrando a Terra nos traz de forma específica e
clarificada diversas teorias da tectônica global.
“A constatação da existência das placas deu uma nova roupagem às teorias de Deriva
Continental explicando satisfatoriamente, muitas das grandes feições geológicas da
Terra” (p. 98)