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• Introdução.

Para a realização desta pesquisa, utilizou-se dados referente a Colheitadeira de Grão S790, do fabricante
John Deere.

IMAGEM

• O que é manutenção.

De uma forma simples, podemos entender manutenção como a atividade de manter os equipamentos
em funcionamento adequado para terem o desempenho para o qual os mesmos foram projetados e
construídos.

• Tipo das Manutenções.

Não é exatamente uma novidade que não existe um modelo único de indústria. Afinal, cada
empreendimento precisa se adequar tanto às exigências do mercado em que atua quanto às
necessidades de seus clientes para ser capaz de se estabelecer.
Como não existe um modelo único de indústria, é fácil presumir que uma única solução em manutenção
não seria capaz de atender todos os negócios em operação.
Por esse motivo existem diferentes tipos de manutenção industrial. Assim, dependendo das
necessidades de uma indústria, ela pode adotar um ou mais, para garantir a eficiência de sua produção.
Portanto, temos as seguintes manutenções:
• Corretiva;
• Preventiva;
• Preditiva;
• Produtiva Total.

• Manutenção Corretiva.
É aquela que ocorre após uma pane em um equipamento ou sistema, e consiste em substituir ou reparar
componentes que falharam ou se desgastaram causando a parada ou desempenho inaceitável desses
equipamentos ou sistemas.

Essas situações geram bastante stress no pessoal envolvido, e demandam ações rápidas, normalmente
mais custosas que as ações planejadas e que requerem equipes disponíveis para ações intensivas.
Com relação às equipes de manutenção, atualmente as mesmas tem caráter permanente dentro da
empresa, e previstas nos organogramas formais. No passado, tais equipes eram constituídas para
soluções emergenciais em caráter temporário, sendo compostas por profissionais de dentro da própria
empresa ou terceirizados.

• Manutenção Preventiva.
É aquela que ocorre com o propósito de eliminar ou reduzir a possibilidade de pane de um equipamento
ou sistema, ou a perda significativa de sua performance, e é executada com base em cronogramas de
desempenho construídos conforme indicadores de funcionamento, que normalmente estão inseridos
nos manuais dos equipamentos. A manutenção preventiva requer disciplina da organização para que
ocorra dentro da periodicidade prevista.

São muitas as vantagens da manutenção preventiva, dentre elas estão redução de custos, aumento da
vida útil dos equipamentos e melhora da qualidade dos produtos.

• Manutenção Preditiva
Esta se assemelha à anterior, ocorrendo da mesma forma, antes da ocorrência da pane.
Considera, contudo, o uso de programas especiais de acompanhamento do equipamento, que permitem
a detecção de mudanças no desempenho dos sistemas e equipamentos e programadas intervenções
com tempo hábil para evitar quebras ao mesmo tempo que se atinge a maximização de sua vida útil.

• Manutenção Produtiva Total


Manutenção Produtiva Total é uma filosofia, uma mudança de cultura para muitas empresas, pois altera
o modo de pensar sobre manutenção.
Baseia-se em 8 pilares:
1 – Manutenção Autônoma: Capacitação da mão de obra. Objetiva treinar e capacitar os operadores
para que os mesmos se envolvam nas rotinas de manutenção e nas atividades de melhorias que
previnem a deterioração dos equipamentos
2 – Manutenção Planejada: Foca no Quebra zero e no aumento da eficiência e eficácia do equipamento.
Atua sob três formas: planejamento das manutenções preditivas, preventivas e paradas. Enquanto que
as duas primeiras objetivam eliminar paradas, a terceira, quando é necessária deve ser muito bem
planejada a fim de proporcionar uma parada assertiva que siga o cronograma e os custos planejados. Por
isso é cada vez mais comum as empresas utilizarem ferramentas de gestão de projetos aplicadas nas
paradas.
3 – Melhorias Específicas: Objetiva reduzir o número de quebras e aumentar a eficiência global do
equipamento através do envolvimento de times multidisciplinares compostos por engenheiros de
processo, operadores e manutentores. Com um time de pessoas com conhecimento diversificado, a
chance de melhorias eficazes serem implantadas é muito maior.
4 – Educação e Treinamento: Elevar o nível e capacitação da mão de obra. Mão de obra escassa e sem
conhecimento é um dos grandes problemas industriais atualmente. Como estamos em uma época
direcionada à indústria 4.0 em que a tecnologia muda constantemente, o problema se agrava mais ainda
e o treinamento torna-se parte fundamental do sucesso das empresas. A Educação e treinamento devem
ser sistemáticos na companhia.
5 – Manutenção da Qualidade: Zero Defeito, através do controle de equipamentos, materiais, ações das
pessoas e métodos utilizados. Hoje em dia podemos citar algumas ferramentas que auxiliam neste
processo como sistemas automáticos de inspeção e controle da qualidade (sensores de visão,
micrômetro laser e softwares online de controle estatístico de processo).
6 – Controle Inicial: Reduzir o tempo de introdução do produto e processo. Se baseia na análise
detalhada dos produtos e equipamentos antes mesmo de serem fabricados ou instalados. O objetivo é
focar a energia em criar produtos fáceis de fazer e equipamentos fáceis de utilizar.
7 – Área Administrativa: Reduzir as perdas administrativas e criar escritórios de alta eficiência. Como o
departamento administrativo fornece recursos às atividades de produção, a qualidade e a precisão das
informações supridas por estes departamentos devem ser asseguradas.
8 – Segurança, Saúde e Meio Ambiente: Zero Acidente. Assegurar a segurança e prevenir impactos
ambientais adversos, além de serem fundamentais atualmente, motiva os funcionários e faz com que a
empresa conquiste mais clientes.
Contudo, somente a adoção de um ou mais tipos de manutenção descritos acima é insuficiente para que
tal atividade seja desenvolvida de forma eficiente e produtiva.
Para aumentar a produtividade dos equipamentos é preciso atacar as seis grandes perdas:
• quebras,
• ajustes,
• pequenas paradas / tempo ocioso,
• baixa velocidade,
• qualidade insatisfatória
• perdas com start-up.
A qualidade e produtividade relacionadas à atividade de manutenção estão associadas a um conjunto
grande de variáveis que necessitam ser trabalhadas inteligentemente.
Somente assim será possível atingir elevados percentuais de uso ininterrupto dos equipamentos e
sistemas, dando estabilidade, produtividade e confiabilidade ao sistema produtivo

• Lubrificantes
A lubrificação de máquinas e equipamentos industriais é uma ação de manutenção realizada com o
objetivo de ampliar a vida útil dos componentes desses instrumentos, maximizando a durabilidade e
melhorando a capacidade de desempenho no ambiente industrial.

As substâncias responsáveis pela lubrificação de máquinas e equipamentos industriais são os


lubrificantes, que podem ser líquidos, pastosos ou sólidos. Nesse processo, o lubrificante é colocado em
meio a duas superfícies, gerando uma película protetora que reduz os efeitos do atrito entre as duas
partes.
Além disso, no processo de lubrificação de máquinas e equipamentos industriais, o lubrificante é o
responsável pela limpeza dos componentes de uma estrutura mecânica, pela refrigeração dessa
estrutura, pela proteção contra o desgaste e pelo auxílio na transmissão de força e movimento,
reduzindo a necessidade de exaustão dos equipamentos e de suas peças.
Para produzir resultados benéficos, é importante que a lubrificação de máquinas e equipamentos
industriais seja realizada de forma correta. Se praticada de maneira não eficiente, pode resultar na
exposição dos componentes a altas temperaturas, gerando um envelhecimento rápido das peças.

• Lubrificantes Líquidos
Os lubrificantes industriais podem ser categorizados segundo o seu estado físico. Assim, eles podem ser
líquidos, que são os mais comuns na lubrificação industrial, como os óleos graxos, aditivados, os
sintéticos e minerais; pastosos ou graxas, que são usadas quando o óleo lubrificante não é suficiente
para manter a película lubrificante.
Eles também podem ser classificados segundo a sua origem, como minerais sintéticos e semissintéticos,
que são óleos solúveis em água.
Os óleos lubrificantes integrais não são solúveis em água.
Eles possuem muitas utilidades, tais como: óleos hidráulicos, óleo de barramento, óleo de engrenagem,
óleo para compressor, óleo pneumático, óleo integral de corte, fluido de corte integral, estampagem e
etc.
As principais características para um lubrificante industrial são o seu índice de viscosidade, os pontos de
combustão, de fulgor e a sua densidade.

• Lubrificantes de Motor
Os lubrificantes são indispensáveis para um bom funcionamento de um motor de combustão interna e
merecem atenção diária dos operadores de máquinas agrícolas. Lubrificantes em forma de óleo são
classificados de acordo com sua viscosidade (SAE) e qualidade (API).
PLUS-50™ II

O Plus-50™ II (API CK-4) é um lubrificante de motor que permite maior intervalos de trocas em seu
equipamento John Deere, garantindo proteção máxima em motores de alta temperatura. Formulado
especificamente para inibir oxidação, depósitos, corrosão e desgaste com excelente controle de fuligem;
é alta tecnologia com baixo teor de cinzas para prolongar a vida útil do filtro; reduz os custos de
manutenção e o tempo de parada, por conta do maior intervalo entre as trocas. Além disso, oferece
maior controle de viscosidade em baixas e altas temperaturas. Imagine a economia e a tranquilidade que
o lubrificante de motores Plus-50™ II traz ao garantir maior vida útil comparado aos óleos comuns do
mercado.

• Lubrificantes de Transmissão
O óleo lubrificante transmissão é um item muito versátil, encontrado nos mais diferentes tipos de
equipamentos e veículos. Sua versatilidade ocorre pelo fato de o óleo conseguir desenvolver uma série
de funções junto ao equipamento e ao veículo, por exemplo: consegue auxiliar no controle da
temperatura, ajuda na vedação e auxilia na limpeza dos componentes. Além disso, o óleo lubrificante
consegue também diminuir o atrito entre as peças, fazendo com que estas se desgastem menos
enquanto trabalham.
85W-90

O Óleo de Transmissão SAE 85W-90 é um óleo mineral multiviscoso com aditivação para resistir à
extrema pressão. Recomendado para lubrificação de engrenagens, transmissões, reduções finais e
diferenciais. Especialmente desenvolvido para resistir às condições mais exigentes de trabalho,
proporcionando a redução dos custos de manutenção. Garante excelente proteção antidesgaste para
engrenagens de transmissão, reduz perda de potência nos diferenciais e possibilita mudança de marcha
fácil e suave.

• Lubrificantes Multifuncionais
Alguns fabricantes desenvolveram um óleo lubrificante chamado de universal ou multifuncional, que
possui um alto índice de viscosidade e aditivos que garantem boa proteção a motores turboalimentados
ou de aspiração natural, a todos os tipos de transmissão mecânica convencional e também à maioria dos
circuitos hidráulicos clássicos.
Muitos fabricantes de tratores atualmente indicam esse tipo de lubrificante para a transmissão e sistema
hidráulico.

HY-GARD™
Formulado com modificadores de atrito que proporcionam engate suave das marchas e alta capacidade
de frenagem com vibração mínima;

O conjunto de aditivos empregados no Hy-GARD™ é elaborado, exclusivamente, para a John Deere e não
é encontrado em nenhum óleo, no mercado;

O Hy-Gard™ é o único que ultrapassa as especificações JDM J20C.

• Fluidos de Freio
O fluido de freio é o meio pelo qual a energia é transmitida entre o cilindro mestre, a unidade de
controle hidráulica e os freios das rodas. A tarefa do fluido de freio é garantir a transmissão da pressão
hidráulica para os componentes do freio dentro da faixa de temperaturas operacionais especificadas.

Os fluidos de freios são classificados de acordo pelo Departamento de Transporte dos Estados Unidos da
América (Department of Transportation). Então, surgiu a nomenclatura DOT, utilizada por varios
fabricantes. Na tabela abaixo podemos ver os quatro tipos de freios e suas principais caracteristicas:

Tabela 1 – Tipos de fluidos

Tipo de Fluido
Características DOT3 DOT4 DOT5/5.1
Ponto de Ebuliçao Seco [ºC] 205 230 260
Ponto de Ebuliçao Úmido [ºC] 140 155 180
Viscosidade Fria -40ºC [mm²/s] 1500 1800 900
Fonte: Departamento de Transporte dos Estados Unidos da América (2020)

Existem dois tipos de fluido: à base de glicol e à base de silicone. Os fluidos baseados em glicol citados
na tabela acima (DOT3, DOT4 e DOT5) são higroscápicos, ou seja, tendem a aborver vapor d’água do ar e,
com isso, alterar uma de suas características essenciais que é a diminuição da temperatura de ebulição.

Os freios geram calor e o fluido, que é transmitido pelo sistema, pode provocar a formação de bolhas de
vapor d’água afetando o desempenho de todo o sistema de frenagem. O vapor é compressivo e aumenta
o curso do pedal ou, em alguns casos, não gera pressão suficiente.

Os fluidos baseados em silicone (DOT 5.1) não apresentam o problema de absorver vapor d’água; porém,
em altas temperaturas se tornam compressivos.
• Fluido direção hidráulica

O óleo da direção hidráulica é muito útil para lubrificar os mecanismos de direção do carro. Sendo assim,
o bom estado desse fluido é essencial para que a condução do veículo funcione harmonicamente.

Sendo responsável por lubrificar as peças do sistema hidráulico e controlar a temperatura dos itens da
caixa de direção, o óleo também conta com outras funções muito importantes.
Entre elas, a principal é produzir a força hidráulica necessária para auxiliar o motorista a movimentar o
volante, aliviando o peso e preservando a direção do automóvel. Assim, o óleo contribui diretamente
para a eficiência e a leveza de todo o sistema hidráulico.

• Lubrificantes pastosos
Graxas são lubrificantes pastosos, compostos por um óleo mineral liquido e um espessante
(sabão metálico), que oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante
líquido no lugar. Por isso são classificadas pela consistência e pelo tipo de sabão.

Consistência é a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração e é classificada pelo
NGLI em: 000, 00, 0, 1, 2, 3, , e 6. Quanto maior o número, mais consistente é a graxa.
De acordo com o sabão utilizado, as graxas podem ser à base de cálcio, sódio, alumínio,
lítio, etc.
Outra propriedade importante da graxa é o ponto de gota, que indica a temperatura em
que a graxa passa do estado sólido ou semi-sólido para o estado líquido. Na prática, esta
medida serve como orientação da temperatura máxima em que a graxa pode ser submetida
durante o trabalho.

A graxa de uso agrícola mais recomendada é a de consistência número 2, de sabão de lítio,


que reúne as características desejáveis como resistência à umidade, poeira, variações de
temperatura e altas rotações.
SKF - LGEP 2/1

A SKF LGEP 2 é uma graxa à base de óleo mineral espessada com sabão de lítio com aditivos para
pressões extremas. A graxa proporciona boa lubrificação em aplicações gerais submetidas a condições
rigorosas e vibrações.
• Planos de manutenção preventiva
Um plano de manutenção preventiva é um documento (ou série de documentos) que registram todas as
atividades de manutenção preventiva, bem como a sua frequência, periodicidade, localização do
equipamento, materiais e peças que deverão ser utilizados e quem são os profissionais responsáveis pela
execução das atividades.
O plano de manutenção preventiva deve ser elaborado em forma de roteiro, em que servirá de apoio
para que todos os profissionais envolvidos com a manutenção possam realizar as tarefas de forma
padronizada, segura e com alto índice de qualidade.
No plano de manutenção preventiva deve constar todas as informações que instruam os colaboradores
de forma intuitiva e sirvam de base para tomada de decisões em tempo hábil.
Toda e qualquer tarefa do setor de manutenção deve ser planejada previamente, o planejamento de
ações está relacionado diretamente com a redução de custos de manutenção e elevação de indicadores
importantes como MTBF, Confiabilidade e Disponibilidade.
• Custo de Manutenção

O cálculo do custo de uma operação agrícola pode ser determinado a partir da quantificação de dois
principais componentes: os custos fixos e variáveis. 

O modelo como são calculadas as variáveis dentro de cada componente muda conforme a realidade de
cada propriedade. É preciso considerar, por exemplo:

• a preexistência de um controle de dados das máquinas e implementos ao longo do ano;

• gasto HYPERLINK "https://blog.aegro.com.br/custo-abastecimento-maquinas/" HYPERLINK


"https://blog.aegro.com.br/custo-abastecimento-maquinas/"de combustível de cada trator nas
diferentes operações;

• registro das informações de manutenção;

• quantidade de horas para as trocas de filtros e óleos.

Como você pode perceber, tudo isso acaba tornando a estimativa do custo operacional de cada atividade
mais preciso. 

Veja a seguir quais variáveis podem ser utilizadas para obter os valores dos custos fixos (CF) e variáveis
(CV) de cada operação e que somados possibilitam estimar o custo operacional total (CT):

CT = CF + CV

• Referências
Manutenção. O que é preciso saber? Uma discussão conceitual sobre a importância da e os desafios da
manutenção industrial Equipe Técnica SGS 2018
https://www.citisystems.com.br/pilares-manutencao-produtiva-total/
https://engeteles.com.br/tipos-de-manutencao/
https://www.bruhel.com.br/dicas/quais-os-tipos-de-lubrificantes-e-suas-aplicacoes-descubra-aqui/
https://www.deere.com.br/pt/pe%C3%A7as-e-servi%C3%A7os/pe%C3%A7as/produtos-de-manuten
%C3%A7%C3%A3o/%C3%B3leos-lubrificantes/
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/lubrificantes-especiais
https://www.skf.com/br/products/lubrication-management/lubricants/high-load-extreme-pressure

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