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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

GEOVANA RAMALHO GOMES DA SILVA D768417

PESQUISA: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

SANTOS – SP
2021
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GEOVANA RAMALHO GOMES DA SILVA D768417

PESQUISA: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Relatório apresentado ao Curso


de Graduação em Enfermagem,
em cumprimento às exigências
legais, sob a orientação da Profsª
Lourdes Aparecida Galego
Valero e Liliane de Souza
Vieira, para obtenção do título
de avaliação.

SANTOS – SP
2021
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 5

2.1. Fisiopatologia ........................................................................................................ 5

2.2. Manifestações clínicas ........................................................................................... 6

2.3. Diagnóstico ............................................................................................................ 6

2.4. Tratamento Clínico ................................................................................................ 6

2.5. Cuidados de Enfermagem ...................................................................................... 7

2.6. Cuidados de Enfermagem na Administração dos Digitálicos ............................... 8

3. CONCLUSÕES.................................................................................................... 9

4. REFERÊNCIAS................................................................................................. 10
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1. INTRODUÇÃO

O edema pulmonar é caracterizado pelo acúmulo anormal de líquido nos espaço


intersticiais dos pulmões, que acabam se difundindo para dentro dos alvéolos pulmonares.
Esse é um evento que ocorre de forma aguda e resulta na insuficiência ventricular
esquerda, quando o ventrículo esquerdo não exerce a sua função adequadamente.
O ventrículo esquerdo é responsável por fazer o bombeamento do sangue rico em
oxigênio em direção ao nosso corpo. Após nutrir todos os tecidos, o sangue que já
transferiu todo o oxigênio para o corpo, está agora rico em gás carbônico, retornando para
o lado direito do coração, onde é imediatamente bombeado em direção aos pulmões.
Nos pulmões, o sangue é novamente oxigenado para retornar para o lado esquerdo do
coração, onde será mais uma vez bombeado em direção ao resto do corpo, reiniciando
todo ciclo cardíaco.
Quando o lado esquerdo do coração está afetado, no caso do edema pulmonar, há um
enfraquecimento de todo o lado esquerdo, resultando em uma dificuldade para bombear
o sangue para o resto do corpo.
Dessa maneira, quando a bomba cardíaca falha, ocorre um congestionamento,
provocando o acúmulo de sangue nos vasos pulmonares. Essa congestão acaba
aumentando a pressão sanguínea dentro dos vasos pulmonares, favorecendo o
extravasamento de água.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1.Fisiopatologia

O edema pulmonar pode ocorrer de forma aguda, como nos casos de Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM) ou pode surgir em decorrência de uma exacerbação da Insuficiência
Cardíaca Crônica (ICC), sendo a causa mais comum do edema pulmonar. Nela, o edema
pulmonar se manifesta lentamente, a não ser que haja algum outro fator que desencadeie
uma piora da função do coração.
O IAM também pode causar o edema pulmonar na presença de necrose de alguma área
grande do músculo cardíaco no lado esquerdo, consequentemente essa morte tecidual do
músculo cardíaco do lado esquerdo também leva a uma insuficiência cardíaca súbita no
paciente. Se grande parte desse músculo cardíaco morre, o coração também se torna
incapaz de bombear sangue adequadamente e acaba provocando a retenção desses
líquidos nos pulmões e o edema se instala de forma aguda.
A cicatrização do músculo cardíaco pode limitar essa distensão do ventrículo, tornando-
o vulnerável a um súbito aumento da carga de trabalho. O edema pulmonar também pode
ter outras causas como a Insuficiência Renal (IR) e outras condições que provocam a
retenção hídrica.
A IR indica que os rins não estão funcionando adequadamente, o que leva ao acúmulo de
água e sal no nosso organismo, provocando o aumento do volume de líquido nos vasos
sanguíneos. Em alguns casos, principalmente quando o paciente não consegue apresentar
urina em volumes adequadas a quantidade de líquido que fica retida nos vasos também
torna-se grande e começa extravasar. É onde também ocorre a causa dos edemas pelo
corpo e o edema pulmonar.
A fisiopatologia do edema pulmonar se assemelha muito a que é apresentada na IC, uma
vez que o ventrículo esquerdo não consegue processar a sobrecarga de volume com o
aumento do volume sanguíneo da pressão do átrio esquerdo. Esse líquido que esta
extravasando no tecido pulmonar, acaba se acumulando no interior dos alvéolos e esse
líquido acaba se misturando com o ar, o que faz com que o paciente apresente um dos
sintomas mais clássicos do edema pulmonar que é o escarro rosado, tinto de sangue,
espumoso que é característico do edema pulmonar.
O líquido presente dentro dos alvéolos cria um bloqueio de difusão dos gases
respiratórios, comprometendo as trocas gasosas, consequentemente o paciente pode
experimentar a hipoxemia que é frequentemente grave.
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Os sintomas podem começar com uma leve congestão pulmonar, embora também possa
se desenvolver rapidamente no paciente que tem um ventrículo com pouca reserva para
atender as demandas de necessidades de oxigênio.

2.2. Manifestações clínicas

• Angústia respiratória crescente, com a presença de inquietude, sensação de


sufocação;
• As mãos podem apresentar-se frias e úmidas, os leitos ungueais cianóticos e a pele
acinzentada;
• O pulso começa a ficar fraco e rápido e as veias do pescoço ficam distendidas;
• Sinais de esforço respiratório (tiragem intercostal, retração de fúrcula);
• Ansiedade e agitação;
• Expectoração de secreções espumosas e sanguinolentas (tosse produtiva);
• Confusão mental.

2.3. Diagnóstico

• Ausculta para detectar a presença de estertores nas bases pulmonares;


• Radiografia do tórax, para confirmar a extensão dessa ingurgitação dos tecidos e
vasos pulmonares;
• Gasometria arterial para confirmar a presença de hipoxemia.

2.4.Tratamento Clínico

Origem cardíaca: melhora da função ventricular esquerda, tratamento da causa;


Diuréticos: promove a excreção do sódio da água pelos rins, aumentando a micção do
paciente, ajudando a mobilizar esse líquido extravascular. Ex: furosemida, administrada
por via endovenosa ou por infusão contínua para produzir um efeito rápido, também
provoca a vasodilatação, um acúmulo de sangue nos vasos periféricos, gerando uma
diminuição na quantidade de sangue que está retornando ao coração;
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Agentes inotrópicos IV: digoxina (digitálico) aumento do débito cardíaco, redução da


pressão venosa, diurese, redução do edema. São utilizados para aumentar a contratilidade
do ventrículo esquerdo nessa disfunção miocárdica;
Antiarrítmicos: para arritmias relacionadas com o debito cardíaco diminuído;
Vasodilatadores arteriais (nitroprussiato): esses medicamentos acabam aumentando o
alívio de sintomas no edema pulmonar;
Morfina: administrada de forma titulada endovenosa em pequenas doses para reduzir
essa resistência periférica e também o retorno venoso, dessa forma o sangue é
redistribuído para circulação pulmonar e para outras regiões do corpo. A utilização da
morfina diminui a pressão nos capilares pulmonares e também a difusão do liquido do
tecido pulmonar, reduz a ansiedade do paciente;
Oxigênio: altas concentrações para alívio da hipóxemia e dispnéia;
Assistência ventilatória: máscara fácil, cânula nasal, pressão positiva contínua nas vias
respiratórias, intubação traqueal e ventilação mecânica

2.5.Cuidados de Enfermagem

• Auxiliar na administração de oxigênio, na intubação e ventilação mecânica;


• Administração e monitoramento de medicamentos:aos pacientes que estão
infusões endovenosas contínuas de medicamentos que são vasoativos requerem
monitoramento contínuo da atividade cardíaca através de um eletrocardiograma e
medições frequentes dos SSVV;
• Monitorar as respostas do paciente: observar depressão respiratória, hipotensão,
vômitos, ter sempre o antagonista da morfina naloxona;
• Posicionamento do paciente promoção da circulação: diminuição do retorno
venoso com a posição ereta pés e pernas sobre a lateral do leito pendentes
diminuindo os esforços, reduzindo o volume sistólico do ventrículo esquerdo;
• Apoio psicológico: medo e ansiedade que aumentam proporcionalmente,
tranquilizar o paciente, fornecer informações sobre tudo o que está sendo
realizado;

• Auxiliar na administração de oxigênio, na intubação e ventilação mecânica;


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• Administração e monitoramento de medicamentos: aos pacientes que estão


infusões endovenosas contínuas de medicamentos que são vasoativos requerem
monitoramento contínuo da atividade cardíaca através de um eletrocardiograma e
medições frequentes dos SSVV;
• Monitorar as respostas do paciente: observar depressão respiratória, hipotensão,
vômitos, ter sempre o antagonista da morfina naloxona;
• Posicionamento do paciente promoção da circulação: diminuição do retorno
venoso com a posição ereta pés e pernas sobre a lateral do leito pendentes
diminuindo os esforços, reduzindo o volume sistólico do ventrículo esquerdo;
• Apoio psicológico: medo e ansiedade que aumentam proporcionalmente,
tranquilizar o paciente, fornecer informações sobre tudo o que está sendo
realizado;

2.6.Cuidados de Enfermagem na Administração dos Digitálicos

• Verificar o pulso antes da administração dos digitálicos, pois são drogas que
induzem a bradicardia;

• Procurar o médico caso a FC esteja abaixo de 60bpm;

• Averiguar qualquer sinal ou sintoma de intoxicação digitálica, antes da


administração da droga;

• A administração dos digitálicos deve seguir a prescrição do dia, após a reavaliação


do paciente pelo medico;

• Monitorar a diurese do paciente, pois se a droga não for excretada pode haver
intoxicação;

• Conforme a prescrição médica, realizar coleta e encaminhar amostra para


dosagem periódica de potássio sérico no sangue;

• A aplicação endovenosa deve ser feita lentamente, observando-se as reações do


paciente. Recomenda se que o paciente esteja monitorizado.
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3. CONCLUSÕES

Pode-se concluir que o reconhecimento e a prevenção de agravos do edema agudo de


pulmão são de extrema importância, uma vez que essa condição clínica trás muitos
sofrimentos ao paciente.
O papel da enfermagem nas intervenções é fundamental, pois é através da tentativa de
amenizar esse sofrimento passado pelo paciente, com um atendimento de forma integral
e sempre buscando prestar um cuidado de forma que o paciente se sentirá mais seguro e
tranquilo a cerca de seu quadro e colaborando com a sua sobrevida e prognostico.
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4. REFERÊNCIAS

ANETTE E., MD, Greg S. M., MD, MSc, FACP, Gerald W. Staton Jr, MD, FACP.
Edema Pulmonar ACP Medicine 2012. Disponível em:
<https://internationaladoptionstories.com/edema-pulmonar-4497>. Acesso em: 24 set.
2021

ABREU, L. C. S. Edema agudo de pulmão: principais condutas de enfermagem. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 02, Vol. 02, pp. 70-
79. Fevereiro de 2019. ISSN: 2448-0959. Disponível em:
<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/edema-agudo-de-
pulmao#:~:text=CUIDADOS%20DE%20ENFERMAGEM,-
Conforme%20Brasil%20(2003&text=Manuten%C3%A7%C3%A3o%20de%20seu%20
conforto%2C%20colocando,opi%C3%A1ceos%2C%20diur%C3%A9ticos%20e%20di
git%C3%A1licos)%3B>. Acesso em: 24 set. 2021.

BARROS, M. N. D. S. Barros et al. Preditores da Doença Arterial Coronariana


Obstrutiva em Edema Agudo de Pulmão de Origem não Definida. International
Journal of Cardiovascular Sciences [online]. 2018, v. 31, n.2, pp. 133-142. Disponível
em: <https://doi.org/10.5935/2359-4802.20180013>. Acesso em: 24 set. 2021.

OLIVEIRA, A. A. Anatomia e fisiologia: a incrível máquina do corpo humano / Aline


de Albuquerque Oliveira, Francisco Herculano Campos Neto. – Fortaleza : EdUECE,
2015. 183 p. ; il. Disponível em: <
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/432728/2/Livro_Anatomia%20e%20Fisio
logia%20Humana.PDF>. Acesso em: 24 set. 2021.

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