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ANATOMIA HUMANA

Anatomia – Generalidades

Osteologia

DIVISÃO

 Esqueleto axial: conjunto crânio-vertebral (crânio + coluna vertebral + sacro + cóccix).


 Esqueleto apendicular: membros inferiores e superiores.
 Cíngulo escapular: clavícula + escápula (une a caixa torácica aos membros superiores).
 Cíngulo pélvico: ossos do quadril (une a caixa torácica aos membros inferiores).
Obs.: Os cíngulos são considerados parte do esqueleto axial.

FUNÇÕES

 Suporte: arcabouço do corpo.


 Movimento: os músculos estão ligados ao esqueleto; articulações móveis.
 Proteção: dos órgãos internos vitais.
 Reserva de mineral: estoque de cálcio, fósforo, sódio e potássio.
 Hematopoiese: a medula óssea vermelha de certos ossos produz células adultas do sangue.

CLASSIFICAÇÃO

 Longos: têm um eixo longo; a maioria dos ossos dos membros superiores e inferiores.
 Curtos: falta um eixo longo; ossos do carpo e do tarso.
 Planos ou Chatos: ossos delgados; esterno.
 Arqueados: costelas, mandíbula.
 Alongados: falanges, metacarpo, metatarso.
 Papiráceos: lacrimal.
 Irregulares ou Radiados: vértebras.
 Pneumáticos: ossos do crânio.
 Sesamóides: encontram-se dentro de tendões ou ligamentos; patela.

ESTRUTURA

Anatomia Macroscópica:

Ossos Longos:
 Diáfise: haste do osso ( corpo ); contém uma cavidade medular onde se estoca gordura
 Epífises: extremidades do osso; contêm medula óssea vermelha
 Medula óssea vermelha: encontra-se na substância esponjosa, é altamente vascularizada e
tem como função renovar as células do sangue
 Cartilagem epifisária: região que separa a diáfise da epífise, responsável pelo crescimento do
osso, em comprimento, durante a infância. Ossifica-se posteriormente ( linha epifisária )

Ossos Planos:
 Não há cavidade medular num osso plano. Este tipo de osso é formado por osso esponjoso
chamado díploe que fica prensado entre duas camadas superficiais de osso compacto.

Periósteo:
 É uma camada dupla de tecido conjuntivo que reveste o osso, com exceção das saliências
articulares (cartilagem articular) e saliências de Inserção muscular. A camada externa do
periósteo é suprida por vasos sangüíneos e nervos, alguns dos quais penetram no osso.
Anatomia Microscópica

Osso compacto: é formado por muitos sistemas organizados de canais interconectados.

Osso esponjoso: não mostra a mesma organização do osso compacto.  

Artrologia (Sinesmologia)

CLASSIFICAÇÃO 

1. Articulações fibrosas (sinartroses ou articulações imóveis): articulações nas quais os ossos são
mantidos juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso. Exemplos: Suturas (encontradas somente
entre os ossos achatados do crânio). Sindesmose (articulação entre as extremidades distais da tíbia e
da fíbula).

2. Articulações cartilaginosas (anfiartroses ou articulações semimóveis): ossos unidos por


cartilagem, permitem movimentos limitados. Não possuem cavidade articular. Exemplos: Sínfises
(união dos osso do quadril; entre vértebras adjacentes). Sincondroses: os ossos são mantidos juntos
por cartilagem hialina (primeiras dez costelas e suas cartilagens costais).

3. Articulações sinoviais ( diartroses ou articulações móveis): movimento limitado somente por


ligamentos, músculos, tendões e ossos adjacentes.
Características:
 Cavidade articular cheia de líquido.
 Cartilagem articular: fina camada de cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares
lisas dos ossos.
 Cápsula articular: tecido conjuntivo fibroso denso que envolve a articulação; unida ao
periósteo.
 Membrana sinovial: superfície mais interna da cápsula articular; vascularizada.
 Líquido sinovial: secreção viscosa transparente da membrana sinovial; lubrifica e nutre.
 Discos articulares: presentes em algumas articulações sinoviais; fibrocartilagem que se
estende para dentro da cápsula; favorecem a concordância.
 Lábios articulares: formações cartilaginosas que aumentam a superfície articular.

Obs.: Podem ser classificadas em: Plana; Gínglimo; Trocíde; Elipsóide ou Condilar; Selar;

4. Esferóide.

Miologia

CLASSIFICAÇÃO

Tipos de músculo
 Músculo estriado esquelético (controle voluntário)
 Músculo estriado cardíaco (controle involuntário)
 Músculo liso (controle involuntário)

Tipo de controle exercido em sua atividade


 Músculos involuntários: controlados pelo sistema nervoso autônomo, hormônios e fatores
intrínsecos
 Músculos voluntários: controlados pelo sistema nervoso somático

Forma
 Longos
 Largos
 Curtos
 Anulares
Direção
 Retilíneos
 Transversos
 Oblíquos

Profundidade
 Superficiais
 Profundos

ENVOLTÓRIOS DE TECIDO CONJUNTIVO

O músculo esquelético é composto de células musculares – chamadas fibras musculares – que são
mantidas juntas por bainhas membranosas de tecido conjuntivo chamadas fáscias.

Epimísio: fáscia que envolve o músculo todo.

Perimísio: fáscia que penetra nos músculos; separam as fibras em feixes chamados fascículos.

Endomísio: delgadas extensões da fáscia que envolvem a membrana celular de cada fibra muscular.

FIXAÇÕES DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS

 Inserções: são os pontos de fixação dos músculos; existem inserções de origem ( usualmente
proximal ) e inserções terminais ( usualmente distais ).
 Tendões: extensões do tecido conjuntivo ( endomísio, perimísio e epimísio ) além da extremidade
do músculo; comprimento variado; continuam-se com o periósteo.
 Aponeuroses: bainhas tendinosas que contêm os tendões em contato com superfícies ósseas.
 Bolsas sinoviais: existem no espaço entre músculos e ossos para facilitar o deslizamento.
Anatomia - Membros Superiores

Ossos
 Cíngulo escapular
 Braço
 Antebraço
 Mão

1. CÍNGULO ESCAPULAR

Formado pelos ossos: escápula e clavícula.

ESCÁPULA: Borda medial, borda lateral, borda superior, ângulo inferior, ângulo superior, ângulo
lateral, espinha da , acrômio, face articular acromial, fossa supraespinhal, fossa infraespinhal,
processo coracóide, incisura da, colo da, cavidade glenoidal, tubérculo supragleinodal, tubérculo
infraglenoidal, fossa subescapular.

CLAVÍCULA: Extremidade acromial, face articular acromial ( articulação acromiclavicular ),


extremidade esternal, face articular esternal ( articulação esternoclavicular ), corpo da, tubérculo
conóide, impressão do ligamento costoclavicular.

2. BRAÇO

Formado pelo osso: úmero.

ÚMERO: Cabeça do, colo anatômico, colo cirúrgico, tubérculo maior, tubérculo menor, sulco
intertubercular, crista do tubérculo maior, crista do tubérculo menor, tuberosidade deltóide, sulco do
nervo radial, fossa radial, fossa coronóide, côndilo do, tróclea, capítulo, epicôndilo medial, epicôndilo
lateral, face posterior, fossa do olécrano, sulco do nervo ulnar.

3. ANTEBRAÇO

Formado pelos ossos: ulna e rádio.

ULNA: Ólecrano, processo coronóide, incisura troclear, incisura radial, tuberosidade da, corpo da,
margem interóssea, cabeça da, proceeso estilóide da.

RÁDIO: Cabeça do, fóvea da cabeça do, circunferência articular da cabeça do, colo do, tuberosidade
do, corpo do, margem interóssea, incisura ulnar, processo estilóide do, face articular do carpo.

4. MÃO

Formado por: ossos do carpo, metacarpo e falanges.

OSSOS DO CARPO: Trapézio, trapezóide, capitato, hamato, piramidal, pisiforme, escafóide,


semilunar.

OSSOS DO METACARPO: Metacarpos I,II,III,IV,V, cabeça dos, corpo dos, base dos

FALANGES: Falanges proximais, médias e distais.


O polegar da mão é chamado de pólux e não possui falange média
O metacarpo I ( do pólux) está sempre ladeado por ossos sesamóides, um medial e um
lateral, próximos à sua cabeça.

Obs.: Ossos sesamóides são formados em certos tendões que estão sujeitos a compressão
ou a forças de pressão não usuais.
Musculatura
 Músculos do ombro e axila
 Músculos da região anterior do braço
 Músculos da região posterior do braço
 Músculo do cotovelo
 Músculos da região anterior do antebraço
 Músculos da região lateral do antebraço
 Músculos da região posterior do antebraço
 Anexos
 Nervos
 Veias
 Artérias
 
1. MÚSCULOS DO OMBRO E DA AXILA

CAMADA SUPERFICIAL

M. DELTÓIDE
- Origem: terço acromial da clavícula, acrômio, espinha da escápula.
- Inserção: tuberosidade deltóidea do úmero.
- Ação: abdução e adução, rotações medial e lateral, flexão e extensão do braço.
- Inervação: nervo axilar.
- Vascularização: artéria circunflexa umeral posterior (ramo da artéria axilar).

CAMADA PROFUNDA POSTERIOR

M. SUPRA-ESPINHAL
- Origem: fossa supra-espinhal da escápula.
- Inserção: tubérculo maior do úmero.
- Ação: abdução do braço.
- Inervação: nervo supra-escapular (sai do tronco superior).
- Vascularização: artéria supra-escapular.

M. INFRAESPINHAL
- Origem: fossa infra-espinhal da escápula.
- Inserção: tubérculo maior do úmero.
- Ação: rotação lateral do braço, reforço da cápsula articular do ombro.
- Inervação: nervo supra-escapular.
- Vascularização: artéria supra-escapular.

M. REDONDO MAIOR
- Origem: margem lateral e ângulo inferior da escápula.
- Inserção: crista do tubérculo menor do úmero.
- Ação: rotação medial e adução do braço.
- Inervação: nervo subescapular inferior (sai do fascículo posterior).
- Vascularização: artéria subescapular (ramo da artéria axilar).

M. REDONDO MENOR
- Origem: parte superior da margem lateral da escápula e fossa infra-espinhal.
- Inserção: tubérculo maior do úmero.
- Ação: rotação lateral do braço.
- Inervação: nervo axilar.
- Vascularização: artéria circunflexa umeral posterior.
CAMADA PROFUNDA ANTERIOR

M. SUBESCAPULAR
- Origem: fossa subescapular.
- Inserção: tubérculo menor do úmero.
- Ação: rotação medial e adução do braço.
- Invervação: nervos subescapulares.
- Vascularização: artéria torácica lateral, artéria subescapular e ramos perfurantes das artérias
intercostais posteriores.
 
2. MÚSCULOS DA REGIÃO ANTERIOR DO BRAÇO

M. BÍCEPS BRAQUIAL:
- Origem: (a) cabeça curta: processo coracóide da escápula.
(b) cabeça longa: tubérculo supraglenoidal da escápula.
- Inserção: tuberosidade do rádio e aponeurose bicipital.
- Ação: supinação e flexão do antebraço; flexão do braço.
- Invervação: nervo musculocutâneo.
- Vascularização: artéria braquial.

M. CORACOBRAQUIAL:
- Origem: processo coracóide da escápula.
- Inserção: face ântero-medial da diáfise do úmero.
- Ação: adução do braço.
- Invervação: nervo musculocutâneo.
- Vascularização: artéria axilar.

M. BRAQUIAL:
- Origem: face ântero-medial do úmero, inferiormente à tuberosidade deltóidea.
- Inserção: processo coronóide e tuberosidade da ulna.
- Ação: flexão do antebraço.
- Invervação: nervo musculocutâneo.
- Vascularização: artéria braquial.
 
3. MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR DO BRAÇO

M. TRÍCEPS BRAQUIAL:
- Origem: (a) cabeça longa: tubérculo infraglenoidal da escápula.
(b) cabeça lateral: faces lateral e posterior do corpo do úmero.
(c) cabeça medial: face posterior do corpo do úmero.
- Inserção: olécrano da ulna.
- Ação: extensão do antebraço, adução do braço ( cabeça longa ).
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: artéria braquial profunda, artéria colateral ulnar superior, artéria braquial e artéria
circunflexa umeral posterior.
   
4. MÚSCULO DO COTOVELO

M. ANCÔNEO:
- Origem: epicôndilo lateral do úmero, prolongamento da cabeça medial do músculo tríceps
braquial.
- Inserção: face posterior da ulna e margem lateral do olécrano.
- Ação: extensão do antebraço.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria braquial profunda.
 
5. MÚSCULOS DA REGIÃO ANTERIOR DO ANTEBRAÇO

SUBGRUPO SUPERFICIAL:

I CAMADA:

M. PRONADOR REDONDO:
- Origem: epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna.
- Inserção: face lateral e posterior do rádio.
- Ação: pronação e flexão do antebraço.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artéria recorrente ulnar anterior e artéria radial.

M. FLEXOR RADIAL DO CARPO:


- Origem: epicôndilo medial do úmero.
- Inserção: face palmar da base do matacarpo II.
- Ação: flexão e abdução da mão, flexor e pronação do antebraço.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artéria recorrente ulnar e artéria radial.

M. PALMAR LONGO:
- Origem: epicôndilo medial do úmero.
- Inserção: aponeurose palmar.
- Ação: tensiona a aponeurose palmar e flexão da mão.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artéria recorrente ulnar anterior.

M. FLEXOR ULNAR DO CARPO:


- Origem: epicôndilo medial do úmero e olécrano da ulna.
- Inserção: osso pisiforme, base do metacarpo V e osso hamato.
- Ação: flexão e adução da mão.
- Invervação: nervo ulnar.
- Vascularização: artéria recorrente ulnar posterior.

II CAMADA

M. FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS:


- Origem: epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna.
- Inserção: falanges médias dos dedos II, III, IV e V.
- Ação: flexão das falanges médias dos quatro dedos mediais.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artérias radial e ulnar.

SUBGRUPO PROFUNDO

M. FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS:


- Origem: face anterior da ulna e membrana interóssea.
- Inserção: falanges distais dos dedos II, III, IV e V.
- Ação: flexão das falanges distais dos quatro dedos mediais.
- Invervação: nervos ulnar e mediano.
- Vascularização: artéria interóssea anterior ou artéria ulnar.

M. FLEXOR LONGO DO POLEGAR:


- Origem: face anterior do rádio, membrana interóssea e epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: base da falange distal do polegar.
- Ação: flexão do polegar.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artéria radial.
M. PRONADOR QUADRADO:
- Origem: parte distal da face anterior da ulna.
- Inserção: parte distal da face anterior do rádio.
- Ação: pronação do antebraço.
- Invervação: nervo mediano.
- Vascularização: artéria interóssea anterior.
 
6. MÚSCULOS DA REGIÃO LATERAL DO ANTEBRAÇO

M. BRAQUIORRADIAL:
- Origem: borda lateral do úmero.
- Inserção: processo estilóide do rádio.
- Ação: flexão e supinação do antebraço.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: artéria recorrente radial anterior e artéria radial.

M. EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO:


- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: base do metacarpo II.
- Ação: extensão e abdução da mão.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: artéria recorrente radial anterior.

M. EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO:


- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: base do metacarpo III.
- Ação: extensão e abdução da mão.
- Invervação: ramo profundo do nervo radial.
- Vascularização: artéria recorrente radial e ramos da artéria interóssea posterior.
 
7. MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR DO ANTEBRAÇO

SUBGRUPO SUPERFICIAL

M. EXTENSOR DOS DEDOS:


- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: falanges médias e distais dos dedos II, III, IV e V.
- Ação: extensão e abdução dos quatro dedos mediais.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.

M. EXTENSOR DO DEDO MÍNIMO:


- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: aponeurose dorsal do dedo mínimo.
- Ação: extensão do dedo mínimo, extensão e abdução da mão.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.

M. EXTENSOR ULNAR DO CARPO:


- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: base do metacarpo V.
- Ação: extensão e abdução da mão.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.
SUBGRUPO PROFUNDO

M. SUPINADOR:
- Origem: epicôndilo lateral do úmero.
- Inserção: face posterior do rádio.
- Ação: supinação do antebraço.
- Invervação: ramo profundo do nervo radial.
- Vascularização: artéria recorrente radial anterior e artéria interóssea posterior.

M. ABDUTOR LONGO DO POLEGAR:


- Origem: faces posteriores do rádio e da ulna, membrana interóssea.
- Inserção: base do metacarpo I.
- Ação: abdução e extensão do polegar, flexão e abdução da mão.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.

M. EXTENSOR CURTO DO POLEGAR:


- Origem: face posterior do rádio, membrana interóssea.
- Inserção: base da falange proximal do metacarpo I.
- Ação: extensão e abdução do polegar.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.

M. EXTENSOR LONGO DO POLEGAR:


- Origem: face posterior da ulna e membrana interóssea.
- Inserção: base da falange distal do metacarpo I.
- Ação: extensão e abdução do polegar.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.

M. EXTENSOR DO INDICADOR (ÍNDEX):


- Origem: face posterior da ulna e membrana interóssea.
- Inserção: aponeurose dorsal do dedo indicador.
- Ação: extensão do índex e da mão.
- Invervação: nervo radial.
- Vascularização: ramos da artéria interóssea posterior.
  
Anexos
 Articulações do cíngulo do membro superior
 Articulação do ombro
 Articulação do cotovelo
 Articulação radiocárpica
 Espaços triangular e quadrangular
 Canal do carpo
 Manguito rotador
 Tabaqueira anatômica
 Retináculo dos flexores
 Retináculo dos extensores
 Fossa cubital
 

1. ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR

ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

Põe em contato o esterno e a primeira cartilagem costal com a clavícula. É uma articulação sinovial
plana, selar, de pequena mobilidade.
Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos (costoclavicular, esternoclaviculares anterior e
posterior, interclavicular).

ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Une a extremidade lateral da clavícula à margem medial do acrômio. É uma articulação sinovial
plana.
Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos (conóide e trapezóide).

2. ARTICULAÇÃO DO OMBRO OU GLENOUMERAL

Une a escápula ao úmero. É do tipo sinovial esferóide.


Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos coraco-umeral, gleno-umerais superior, médio e
inferior.
Vascularização: artérias circunflexas anterior e posterior do úmero, e ramos da artéria
supraescapular.
Inervação: ramos dos nervos axilar e supraescapular.

3. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO

Une o esqueleto do braço ao do antebraço. Trata-se de uma articulação sinovial composta por duas
articulações diferentes: uma é entre o úmero e o antebraço ( úmero-ulnar e úmero-radial ), que é do
tipo gínglimo, e a outra é a rádio-ulnar proximal ( trocóide ).
Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos anterior, posterior, colateral radial e colateral
ulnar.
Vascularização: as artérias da articulação do cotovelo originam-se nos círculos anastomóticos
periarticulares que unem as artérias do braço e do antebraço.
Inervação: ramos dos nervos mediano, radial, ulnar e musculocutâneo.

4. ARTICULAÇÃO RADIOCÁRPICA

É uma articulação sinovial do tipo elipsóide que une a epífise distal do rádio ao carpo ( ossos
escafóide, semilunar e piramidal ). Denomina-se radiocárpica porque a ulna não participa diretamente
de sua constituição.
Meios de união: cápsula cartilaginosa e ligamentos anterior, posterior, colateral ulnar do carpo,
colateral radial do carpo e rádio-escafo-lunar.
Vascularização: ramos das artérias interósseas do antebraço e ramos das artérias radial e ulnar.
Inervação: nervos interósseos anterior e posterior.
5. ESPAÇOS TRIANGULAR E QUADRANGULAR

São definidos como o espaço compreendido entre os músculos redondo menor ( posterior )e músculo
subescapular acima, músculo redondo maior ( anterior ) abaixo e colo cirúrgico do úmero
lateralmente, dividido pela porção longa do músculo tríceps braquial. Pelo espaço triangular passa a
artéria escapular circunflexa e pelo espaço quadrangular passam a artéria umeral circunflexa
posterior e o nervo axilar.

6. CANAL DO CARPO

Trata-se de um túnel osteofibroso situado entre a região anterior do antebraço e a palma da mão,
desenvolvido atrás do retináculo dos flexores, pelo qual passam os tendões flexores superficiais e
profundos dos dedos circundados por suas bainhas sinoviais e o nervo mediano. O feixe
vasculonervoso ulnar (artéria e nervo ulnares) passa ao lado do canal do carpo, situando-se na parte
medial do retináculo dos flexores.

7. MANGUITO ROTADOR (estabilizador da articulação gleno-umeral)

É a denominação dada aos músculos infra-espinhal e redondo menor, em associação com as fibras
posteriores do deltóide, que agem como rotadores laterais do úmero, e ao subescapular, que auxilia
na rotação medial.

8. TABAQUEIRA ANATÔMICA

Formada pelos tendões dos músculos abdutor longo do polegar, extensores curto e longo do polegar.
Contém a artéria radial e os tendões dos músculos estensores radiais curto e longo do carpo.
 
Nervos (Plexo braquial)
É formado pelo entrelaçamento dos ramos ventrais dos quatro últimos nervos cervicais, com o
primeiro nervo torácico.

TRONCOS DO PLEXO
 C5 une-se a C6 formando o tronco superior.
 C7 constitui o tronco médio.
 C8 une-se a T1 para formar o tronco inferior.

FASCÍCULOS DO PLEXO
 Posterior: formado pelas divisões posteriores dos três troncos do plexo.
 Lateral: formado por ramos anteriores dos troncos superior e médio.
 Medial: formado pelo ramo anterior do tronco inferior.

FASCÍCULO POSTERIOR: origina os nervos radial, axilar, subescapulares superior e inferior, e


toracodorsal.

FASCÍCULO LATERAL: origina o nervo musculocutâneo e a raiz lateral do nervo mediano.

FASCÍCULO MEDIAL: origina os nervos cutâneos mediais do braço e do antebraço, o nervo ulnar
e a raiz medial do nervo mediano.

1. NERVO RADIAL

Nasce na axila, em contato com margem inferior do músculo peitoral menor, acompanha o feixe
vasculonervoso axilar, penetra no espaço axilar inferior e chega à face posterior do úmero aplicado
contra seu corpo, percorrendo o sulco radial. Perfura de trás para frente o septo intermuscular lateral
para aparecer na face ântero-lateral do braço, terminando um pouco acima da fossa cubital, onde se
bifurca em ramos terminais: um superficial ( sensitivo ) e outro profundo ( motor ). O ramo superficial
une-se à artéria radial e desce paralelamente à margem anterior do músculo braquiorradial, cruzando
posteriormente os músculos supinador, pronador redondo e flexor superficial dos dedos. O ramo
profundo atravessa o músculo supinador e divide-se em diversos ramos ( entre eles, o nervo
interósseo posterior ). Inerva o tríceps braquial e os músculos da região lateral e posterior do
antebraço sendo responsável pela extensão do antebraço, da mão e dos dedos ( falange proximal ),
além da abdução do polegar.

2. NERVO AXILAR

Nervo misto cuja principal característica é ser nervo motor do músculo deltóide. Origina-se abaixo da
margem inferior do músculo peitoral menor e acima da margem inferior do músculo peitoral maior,
acompanha o feixe vasculonervoso axilar acima do nervo radial. Passa por baixo da articulação do
ombro, em contato com a sua cápsula articular, e chega à região posterior aplicado à margem inferior
do músculo redondo menor ( espaço quadrangular ). Contorna o colo cirúrgico do úmero e termina em
ramos para o músculo deltóide. Inerva os músculos deltóide e redondo menor sendo responsável pela
abdução do braço.

3. NERVO MUSCULOCUTÂNEO

Origina-se na axila atrás do músculo peitoral menor, cruza o tendão do músculo subescapular e
atravessa o músculo coracobraquial, indo situar-se na face anterior do braço ( entre os músculos
braquial e bíceps braquial ). Termina na parte ântero-lateral do antebraço após a fossa cubital, como
nervo cutâneo lateral do antebraço. Inerva os músculos braquial, coracobraquial e o bíceps braquial,
garantindo a flexão do antebraço sobre o braço.

4. NERVO MEDIANO

Origina-se na axila acompanhando a artéria axilar, com a qual penetra no braço. Desce medialmente
pelo braço ( lateralmente à artéria braquial, mas depois fica posterior ) e, chegando à fossa cubital,
vai situar-se no eixo mediano do antebraço até o canal do carpo. Dá Origem ao nervo interósseo
anterior no terço superior do antebraço ( com percurso profundo ). Divide-se em ramos terminais na
região palmar. Inerva os músculos da região anterior do antebraço, exceto o músculo flexor ulnar do
carpo, sendo responsável pela pronação do antebraço e flexões da mão, dedos e polegar.

5. NERVO ULNAR

Origina-se na axila e acompanha a face medial do braço ( atrás do septo intermuscular medial do
braço ). Chegando ao epicôndilo medial passa pelo sulco do nervo ulnar, indo situar-se na região
anterior do antebraço, onde acompanha o músculo flexor ulnar do carpo. Passa pela frente do
retináculo dos flexores e divide-se em dois ramos terminais. Inerva os músculos flexor ulnar do carpo,
parte do flexor profundo dos dedos e alguns músculos da mão, sendo responsável pela flexão da
mão, das falanges proximais dos dedos, pela extensão das falanges mediais e distais e pela adução
do polegar.

6. NERVO CUTÂNEO MEDIAL DO BRAÇO

Trata-se de um nervo unicamente sensitivo. Cruza a face anterior da veia axilar, perfura a fáscia do
braço e termina na pele da face medial do braço.

7. NERVO CUTÂNEO MEDIAL DO ANTEBRAÇO

Trata-se de um nervo unicamente sensitivo. Origina-se na axila, acompanha o feixe vasculonervoso


axilar, medialmente ao nervo ulnar. Penetra na região anterior do braço, descendo medialmente à
artéria braquial, e dirige-se à fáscia superficial do braço, chegando ao ponto onde a veia basílica se
une à veia braquial. Desce verticalmente encostado à veia basílica terminando por bifurcação um
pouco acima do cotovelo.
 
Veias
 Veia cefálica
 Veia basílica
 Veia intermédia do antebraço
 Veias braquiais
 Veia axilar
 Veia subclávia

1. VEIA CEFÁLICA

Origina-se no polegar, na margem lateral do dorso da mão, e dirige-se para o dorso do antebraço.
Passa para a face anterior e continua até o epicôndilo lateral. Sobe ao longo da superfície lateral do
braço e, um pouco abaixo da clavícula, no trígono deltopeitoral, aprofunda-se perfurando a fáscia
clavipeitoral e termina na veia axilar. Durante seu trajeto tem anastomose com a veia basílica.

2. VEIA BASÍLICA

Começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do antebraço em seu terço distal e
situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do
braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço. Perfura a fáscia do braço para terminar numa
veia braquial.

3. VEIAS BRAQUIAIS

Têm Origem no cotovelo, de acordo com a forma de união das duas veias radiais e das duas
ulnares profundas, que darão Origem às veias braquiais lateral e medial, interligadas por
anastomoses. Na parte superior do braço, ambas as veias podem unir-se num único tronco: veia
braquial comum.

4. VEIA AXILAR

É resultante da união das duas veias braquiais ou da união da basílica com a braquial. Situa-se
medialmente e um pouco abaixo da artéria axilar.

5. VEIA SUBCLÁVIA

É a continuação da veia axilar. Começa sob a clavícula, passa por cima da primeira costela ( pela
frente do músculo escaleno superior ). Termina atrás da articulação esternoclavicular, alcançando a
veia jugular interna e dando Origem à veia braquiocefálica.
 
Artérias
 Artéria subclávia
 Artéria axilar
 Artéria braquial
 Artéria radial
 Tronco das artérias ulnar e interóssea
 Artéria ulnar
 Artéria interóssea comum

1. ARTÉRIA AXILAR

É continuação da artéria subclávia. Estende-se da metade da face inferior da clavícula até a margem
inferior do músculo peitoral maior, a partir de onde continua como artéria braquial. Dá ramos: artéria
toracoacromial, torácica lateral, subescapular ( que se bifurca em toracodorsal e circunflexa da
escápula ), torácica superior e umerais circunflexas posterior e anterior.

2. ARTÉRIA BRAQUIAL

Continuação da artéria axilar, desce verticalmente pela face ântero-medial do braço. Na fossa cubital
bifurca-se em artérias radial e ulnar. É a artéria examinada quando se mede a pressão arterial.

3. ARTÉRIA RADIAL

Ramo lateral da artéria braquial, seu trajeto pode ter como ponto de referência superficial uma linha
que une o meio da fossa cubital ao canal do carpo. Acompanha o ramo superficial do nervo radial.
Entre seus ramos está a artéria recorrente radial.

4. TRONCO DAS ARTÉRIAS ULNAR E INTERÓSSEA

Rramo medial da artéria braquial.

5. ARTÉRIA ULNAR

Ramo medial do tronco das artérias ulnar e interóssea, adota a direção vertical pela margem medial
do antebraço até o retináculo dos flexores ( pelo qual passa anteriormente ). Acompanha o nervo
ulnar.

6. ARTÉRIA INTERÓSSEA COMUM

Constitui o ramo lateral do tronco das artérias ulnar e interóssea, que chega até a margem superior
da membrana interóssea, onde se divide em artérias interósseas anterior e posterior

Anatomia - Membros Inferiores


Ossos
Segmentos

 Cíngulo pélvico
 Região femoral
 Perna
 Pé

1. CÍNGULO PÉLVICO

Formado pelos dois ossos do quadril articulados atrás com o sacro ( articulação sacroilíaca )
e unidos entre si na frente pela sínfise púbica.

Pelve: pelve maior ( falsa ), pelve menor ( verdadeira ou cavidade pélvica ).

OSSO DO QUADRIL ( ilíaco ou pélvico )

É um osso único formado pela fusão de três ossos embrionários separados: ílio, ísquio e
púbis.

Na face lateral, onde esses três ossos se fundem, há uma reentrância chamada acetábulo.

Acetábulo: fossa do, incisura do, face semilunar, limbo do.

Abaixo do acetábulo está situado o forâme obturado.

Ílio: corpo do, asa do, fossa ilíaca, crista ilíaca, espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca
ântero-inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca póstero-inferior, incisura
isquiática maior, face glútea, face sacropélvica, face auricular, linha arqueada, linhas glúteas (
posterior, anterior e inferior ).

Ísquio: corpo do, ramo do, túber isquiático, incisura isquiática menor, espinha isquiática.

Púbis: corpo do, ramo superior do, ramo inferior do, tubérculo púbico, linha pectínea,
superfície pectínea, crista do púbis, superfície da sínfise.

A união dos dois ramos inferiores do púbis, ao nível da sínfise púbica, forma o arco púbico.

2. REGIÃO FEMORAL

FÊMUR

É um osso longo que forma o esqueleto da coxa.

Fêmur: cabeça do, fóvea da cabeça do, colo anatômico, trocânter maior, trocânter menor,
linha intertrocantérica (visão anterior), crista intertrocantérica (visão posterior), fossa
trocantérica, corpo do, colo cirúrgico, tuberosidade glútea, linha pectínea, linha áspera (lábios
lateral e medial), face poplítea, côndilo medial, côndilo lateral, epicôndilo medial, epicôndilo
lateral, linhas supracondilares (medial e lateral), fossa intercondilar, tubérculo adutor, face
patelar.
3. PERNA

O esqueleto da perna consiste num osso medial, a tíbia, e num osso lateral, a fíbula. Na parte
média são separados pelo espaço interósseo, ocupado por uma membrana fibrosa, a
membrana interóssea. Aos ossos acima acrescenta-se um terceiro, a patela, que protege a
articulação do joelho entre a coxa e a perna.

PATELA

É um osso do tipo sesamóide. Além de proteger a articulação do joelho, a patela melhora a


Ação de alavanca para o grupo de músculos do quadríceps femoral, em cujo tendão ela está
incluída.

Patela: base da, ápice da, face anterior, face articular ( lateral e medial ).

TÍBIA

É o osso medial da perna.

Tíbia: côndilo medial, côndilo lateral, eminência intercondilar ( tubérculos intercondilares


lateral e medial ), face articular fibular, tuberosidade da tíbia, corpo da, borda ou margem
anterior ( canela ), borda ou margem interóssea, borda ou margem medial, superfície lateral,
superfície medial, maléolo medial, superfície articular maleolar tibial.

FÍBULA

É o osso lateral da perna.

Fíbula: ápice da, cabeça da, colo da, corpo da, borda ou margem anterior, borda ou margem
interóssea, borda ou margem posterior, superfície lateral, superfície medial, superfície
posterior, maléolo lateral, fossa do maléolo lateral, superfície articular maleolar fibular.

4. PÉ

Formado por: ossos do tarso, metatarso e falanges.

OSSOS DO TARSO

Tarso: tálus, calcâneo, navicular, cubóide, cuneiformes lateral, intermédio e medial.

OSSOS DO METATARSO

Metatarsos I, II, III, IV, V, cabeça dos, corpo dos, base dos, tuberosidade do
metatarso V.

FALANGES

Falanges: falanges proximais, médias e distais.

O dedo maior do pé é chamado de hálux e não possui falange média.

O metacarpo I ( do hálux) está sempre ladeado por ossos sesamóides, um medial e


um lateral, próximos à sua cabeça.

Obs.: Ossos sesamóides são formados em certos tendões que estão sujeitos a
compressão ou a forças de pressão não usuais.
 

Musculatura
Segmentos

 Músculos pelvitrocantéricos
 Músculo iliopsoas
 Músculos da região anterior da coxa
 Músculos mediais da região anterior da coxa
 Músculos da região posterior da coxa
 Anexos I
 Músculos da região anterior da perna
 Músculos da região lateral da perna
 Músculos da região posterior da perna
 Anexos II
 Nervos
 Veias
 Artérias

1. MÚSCULOS PELVITROCANTÉRICOS

Unem o osso do quadril ao trocânter maior ou à região adjacente.

A. Músculos da região glútea

I Camada:

M. glúteo máximo:

Origem: face glútea da asa do osso ílio, atrás da linha glútea posterior; face posterior
do sacro, cóccix e ligamento sacrotuberal.

Inserção: trato iliotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea.

Ação: extensão e rotação lateral da coxa, auxilia a adução da coxa, tensiona a fáscia
lata e extensão do tronco.

Invervação: nervo glúteo inferior.

Vascularização: ramos das artérias glúteas superior e inferior. Suas veias são
extremamente calibrosas, favoráveis à circulação rápida dos produtos injetados na
região ( local preferido para as injeções intramusculares ).

M. tensor da fáscia lata:

Origem: espinha ilíaca ântero-superior e lábio externo da crista ilíaca.

Inserção: tuberosidade da tíbia, através do trato iliotibial.

Ação: tensiona a fáscia lata, especialmente o trato iliotibial, contribuindo assim para
equilibrar o corpo na posição ereta; abdução e rotação medial da coxa; flexiona a
coxa.

Invervação: nervo glúteo superior.


Vascularização: artéria circunflexa lateral ( ramo da artéria femoral profunda ).

II Camada:

M. glúteo médio:

Origem: face glútea da asa do osso ílio, entre as linhas glúteas anterior e posterior.

Inserção: trocânter maior do fêmur.

Ação: abdução e rotações medial e lateral da coxa; a contração bilateral com ponto
fixo nos fêmures auxilia a manter a posição ereta.

Invervação: nervo glúteo superior.

Vascularização: ramo da artéria glútea superior.

III Camada:

M. glúteo mínimo:

Origem: face glútea da asa do osso ílio, entre as linhas glúteas anterior e inferior.

Inserção: trocânter maior do fêmur.

Ação: abdução e rotação medial ( com os feixes anteriores ) e rotação lateral ( com
os feixes posteriores ) da coxa.

Invervação: nervo glúteo superior.

Vascularização: ramo da artéria glútea superior.

B. Músculos pelvitrocantéricos propriamente ditos

III Camada

M. piriforme:

Origem: face anterior do sacro e ligamento sacrotuberal.

Inserção: trocânter maior do fêmur.

Ação: abdução, extensão e rotação lateral da coxa.

Invervação: ramo colateral do plexo sacral.

Vascularização: ramos colaterais das artérias sacral lateral, glúteas superior e


inferior e pudenda interna.
M. obturador interno:

Origem: face pélvica da membrana obturatória e contornos superior e medial do


forâme obturado.

Inserção: trocânter maior do fêmur e fossa trocantérica.

Ação: abdução e rotação lateral da coxa.

Invervação: nervo obturatório interno.

Vascularização: (?)

M. gêmeo superior:

Origem: espinha isquiática.

Inserção: tendão do músculo obturador interno e fossa trocantérica.

Ação: rotação lateral da coxa.

Invervação: nervo obturatório interno.

Vascularização: (?)

M. gêmeo inferior:

Origem: tuberosidade isquiática.

Inserção: tendão do músculo obturador interno e fossa trocantérica.

Ação: rotação lateral da coxa.

Invervação: ramo do nervo femoral.

Vascularização: (?)

M.quadrado do fêmur:

Origem: tuberosidade isquiática.

Inserção: crista intertrocantérica.

Ação: rotação lateral e adução da coxa.

Invervação: ramo do nervo obturatório.

Vascularização: artéria obturatória.

1. MÚSCULO ILIOPSOAS

M. ilíaco:

Origem: fossa ilíaca e asa do sacro.


Inserção: tendão do músculo psoas maior e trocânter menor do fêmur.

Ação: flexão e rotações lateral e medial da coxa; quando a perna está fixa, traz a pelve e o
tronco para a frente.

Invervação: ramos ventrais dos nervos lombares.

Vascularização: ramos das artérias lombares, da artéria iliolombar, da artéria circunflexa


profunda e às vezes da artéria obturatória.

M. psoas maior:

Origem: corpos, processos transversos e discos intervertebrais de T12 a L5.

Inserção: trocânter menor do fêmur.

Ação: flexão da coxa e estabilização da articulação do quadril.

Invervação: ramos ventrais dos nervos lombares.

Vascularização: ramos das artérias lombares, da artéria iliolombar, da artéria circunflexa


profunda e às vezes da artéria obturatória.

M. psoas menor:

Origem: corpo da T12 e L1.

Inserção: fáscia ilíaca.

Ação: auxilia o músculo psoas maior na flexão da coluna vertebral.

Invervação: ramos musculares do plexo lombar.

Vascularização: ramos das artérias lombares, da artéria iliolombar, da artéria circunflexa


profunda e às vezes da artéria obturatória.

2. MÚSCULOS DA REGIÃO ANTERIOR DA COXA

M. sartório:

Origem: espinha ilíaca ântero-superior.

Inserção: parte medial da tuberosidade da tíbia.

Ação: flexão, abdução e rotação lateral da coxa; flexão da perna.

Invervação: ramos da nervo femoral.

Vascularização: ramos da artéria femoral.

M. quadríceps da coxa:

Formado por:

a. M. reto da coxa:
Origem: espinha ilíaca ântero-inferior e margem superior do acetábulo.

Inserção: base da patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade da tíbia.

Ação: extensão da perna e flexão da coxa.

Invervação: ramos do nervo femoral.

Vascularização: ramos da artéria circunflexa lateral da coxa ( que, por sua vez, é ramo da
artéria profunda

femoral ).

b. M. vasto lateral:

Origem: trocânter maior do fêmur.

Inserção: base da patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade da tíbia.

Ação: extensão da perna.

Invervação: ramos do nervo femoral.

Vascularização: ramos da artéria circunflexa lateral da coxa ( que, por sua vez, é ramo da
artéria profunda

femoral ).

c. M. vasto intermédio:

Origem: região anterior do corpo do fêmur.

Inserção: base da patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade da tíbia.

Ação: extensão da perna.

Invervação: ramos do nervo femoral.

Vascularização: ramos da artéria circunflexa lateral da coxa ( que, por sua vez, é ramo da
artéria profunda

femoral ).

d. M. vasto medial:

Origem: linha intertrocantérica e lábio medial da linha áspera do fêmur.

Inserção: base da patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade da tíbia.

Ação: extensão da perna.

Invervação: ramos do nervo femoral.

Vascularização: ramos da artéria circunflexa lateral da coxa ( que, por sua vez, é
ramo da artéria profunda femoral ).
1. MÚSCULOS MEDIAIS DA REGIÃO ANTERIOR DA COXA

I Camada:

M. pectíneo:

Origem: linha pectínea do púbis.

Inserção: linha pectínea do fêmur.

Ação: adução, flexão e rotação medial da coxa.

Invervação: ramo colateral do nervo femoral.

Vascularização: ramo da artéria femoral profunda.

M. adutor longo:

Origem: corpo do púbis.

Inserção: lábio medial da linha áspera do fêmur.

Ação: adução da coxa; auxilia na flexão da coxa.

Invervação: nervo obturatório.

Vascularização: ramo da artéria femoral profunda, ramos da artéria obturatória e da femoral.

M. grácil:

Origem: corpo e ramo inferior do púbis.

Inserção: parte superior do corpo da tíbia, medialmente à sua tuberosidade.

Ação: adução da coxa, flexão da perna.

Invervação: ramo do nervo obturatório.

Vascularização: artérias provenientes da artéria femoral ou da artéria circunflexa medial da


coxa.

II Camada:

M. adutor curto:

Origem: corpo e ramo inferior do púbis.

Inserção: lábio medial da linha áspera do fêmur.

Ação: adução e flexão da coxa.

Invervação: ramos do nervo obturatório.

Vascularização: artérias provenientes da artéria femoral ou da artéria circunflexa medial da


coxa.
 III Camada:

M. adutor magno:

Origem: ramo do ísquio e tuberosidade isquiática.

Inserção: lábio medial da linha áspera do fêmur; linha supracondilar medial e tubérculo
adutor do côndilo medial do fêmur.

Ação: adução e rotações lateral e medial da coxa.

Invervação: ramo posterior do nervo obturatório, parte tibial do nervo isquiático.

Vascularização: artérias provenientes da artéria femoral ou da artéria circunflexa medial da


coxa.

IV Camada:

M. obturador externo:

Origem: face externa da membrana obturatória e contorno ósseo do forâme obturado.

Inserção: fossa trocantérica.

Ação: rotação lateral e adução da coxa.

Invervação: nervo obturatório.

Vascularização: artéria obturatória.

2. MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR DA COXA

M. bíceps do fêmur:

Origem: (a) cabeça longa: tuberosidade isquiática;

(b) cabeça curta: linhas áspera e supracondilar lateral do fêmur.

Inserção: ápice da cabeça da fíbula, côndilo lateral da tíbia e fáscia da perna.

Ação: flexão da perna; rotação lateral e extensão da coxa, quando atravessa a articulação do
quadril; extensão da pelve e do tronco, quando o membro inferior está fixo.

Invervação: (a) cabeça longa: parte tibial do nervo isquiático;

(b) cabeça curta: parte fibular do nervo isquiático.

Vascularização: ramos perfurantes da artéria femoral profunda.

M. semitendíneo:

Origem: tuberosidade isquiática.

Inserção: face medial da parte superior da tíbia.


Ação: flexão da perna; rotação medial e extensão da coxa, quando atravessa a articulação
do quadril; extensão da pelve e do tronco, quando o membro inferior está fixo.

Invervação: parte tibial do nervo isquiático.

Vascularização: artérias das artérias circunflexas da coxa.

M. semimembranáceo:

Origem: tuberosidade isquiática.

Inserção: côndilo medial da tíbia e ligamento poplíteo oblíquo.

Ação: flexão da perna; rotação medial e extensão da coxa, quando atravessa a articulação
do quadril; extensão da pelve e do tronco, quando o membro inferior está fixo.

Invervação: parte tibial do nervo isquiático.

Vascularização: ramos perfurantes da artéria femoral profunda.

ANEXOS I

 Articulações do cíngulo do membro inferior


 Articulação do quadril
 Articulação do joelho
 Forâmes isquiáticos
 Membrana obturadora
 Fáscias lata e glútea
 Região do trígono femoral
 Bainha femoral
 Canal dos adutores
 Hiato safeno

Articulações do cíngulo do membro inferior

a. articulação sacroilíaca: une a parte lateral do sacro ao osso do quadril. É uma articulação
sinovial plana, pouco móvel, entre as faces articulares desses ossos. Meios de união: cápsula
cartilaginosa e ligamentos. A Vascularização é feita pelos vasos íliolombares, glúteos
superiores e sacrolaterais. A Inervação provém dos primeiros nervos sacrais.
b. sínfise púbica: reúne os dois ossos do quadril na linha mediana anterior. É uma articulação
cartilaginosa. Meios de união: disco interpúbico e ligamentos. Circulam correntes arteriais e
venosas que unem os vasos epigástricos inferiores ou os pudendos externos.

A. Articulação do quadril

Une o membro inferior ao cíngulo do membro inferior, mais exatamente o fêmur ao osso do
quadril. É uma articulação sinovial esferóide perfeita. Meios de união: cápsula articular, que
se insere no limbo do acetábulo e no colo do fêmur, e os ligamentos iliofemoral, pubofemoral,
isquiofemoral e ligamento da cabeça do fêmur ( intra-articular ). As artérias e veias pertencem
ao sistema dos vasos circunflexos, originários e tributários dos vasos femorais profundos. As
artérias glúteas enviam ramos articulares. O ramo acetabular da artéria obturatória penetra na
incisura do acetábulo, irrigando o fundo da cavidade e o ligamento da cabeça do fêmur. Os
nervos anteriores procedem do plexo lombar ( ramos dos n. femoral e n. obturatório ) e os
posteriores procedem do plexo sacral ( ramos do n. isquiático ou n. cutâneo posterior da
coxa; e n. do músculo quadrado da coxa ).
B. Articulação do joelho

É a articulação que une a coxa à perna, pondo em contato o fêmur, a tíbia e a patela. É uma
articulação sinovial ( gínglimo ). A falta de concordância entre os côndilos do fêmur e as faces
articulares da tíbia é parcialmente corrigida pela presença dos meniscos ( medial e lateral ),
que servem para aumentar a profundidade das duas faces articulares. Meios de união:
cápsula cartilaginosa e os ligamentos da patela, polplíteo oblíquo, poplíteo arqueado,
colateral tibial, colateral fibular, cruzado anterior e cruzado posterior. O ligamento cruzado
anterior vai para o côndilo lateral e o ligamento cruzado posterior vai para o côndilo medial.
As artérias que irrigam a articulação provêm das artérias femoral, poplítea e tibial anterior. Os
nervos são: n. tibial, n. fibular comum, n. obturatório e n. femoral.

C. Forâmes isquiáticos

a. Forâme isquiático maior: é formado pelo ligamento sacrotuberal e pela incisura isquiática
maior. É atravessado pelo músculo piriforme.
b. Forâme isuiático menor: é formado pelo ligamento sacroespinhal e pela incisura isquiática
menor. É atravessado pelo músculo obturador interno.

A. Membrana obturadora

Trata-se de uma formação fibrosa bastante heterogênea que se insere nos dois semicírculos
ósseos ( interno e externo ) do forâme obturado. Sua margem superior é livre e forma o canal
obturatório por onde passam o nervo e os vasos obturatórios.

B. Fáscias lata e glútea

A fáscia glútea estende-se sobre a região de mesmo nome. Origina-se na crista ilíaca e na
margem posterior do músculo tensor da fáscia lata. Cobre os músculos glúteos médio e
máximo, e o tensor da fáscia lata.

A fáscia lata envolve a coxa e o trígono femoral. A espessura máxima é observada na parte
lateral ( trato iliotibial ). Posteriormente liga-se à fáscia glútea (superior); anteriormente, no
ligamento inguinal (superior); e inferiormente liga-se à fáscia da perna. A fáscia lata é muito
sensível à dor.

C. Região do trígono femoral

O trígono femoral é um espaço subfascial, cujo teto é a fáscia lata. O limite superior do
trígono femoral é o ligamento inguinal, o limite lateral, a margem medial do músculo sartórioe,
medialmente, é limitado pela margem medial do músculo adutor longo. O seu assoalho é
formado pelos músculos iliopsoas, lateralmente, e pectíneo e adutor longo, medialmente.
Tem como conteúdo o nervo femoral, os vasos femorais e os nodos inguinais superficiais e
profundos.

D. Bainha femoral

É um prolongamento da fáscia transversal que passa por baixo do ligamento inguinal e


distingue três compartimentos. No lateral, está a artéria femoral, no médio, a veia femoral e
o medial é denominado canal femoral. Este canal é o menor dos compartimentos e
normalmente contém vasos linfátivos, um nodo e tecido adiposo. Neste local pode haver a
protrusão de vísceras da cavidade peritoneal, constituindo a hérnia femoral ( ou crural ).

E. Canal dos adutores

É formado por fáscias no qual passam os vasos femorais da face anterior da coxa para a
fossa poplítea. É limitado anteriormente pelo músculo sartório, anteromedialmente pelos
músculos vasto medial e fibras do adutor magno e, lateralmente, pelo músculo vasto medial.
Passam pelo canal a artéria femoral, a veia femoral e o nervo safeno.

F. Hiato safeno

A cerca de quatro centímetros abaixo do ligamento inguinal, lateralmente ao


tubérculo púbico, encontra-se uma abertura denominada de hiato safeno, pela qual
passa a veia safena magna antes de desembocar na veia femoral. É preenchido por
um tecido frouxo: a fáscia crivosa.

1. MÚSCULOS DA REGIÃO ANTERIOR DA PERNA

M. tibial anterior:

Origem: epicôndilo lateral da tíbia; parte superior da face lateral da tíbia; membrana
interóssea; fáscia da perna.

Inserção: osso cuneiforme medial e base do metatarso I

Ação: dorsiflexão do pé e inversão do pé

Invervação: n. fibular profundo

Vascularização:

M. extensor longo dos dedos:

Origem: epicôndilo lateral da tíbia e borda anterior da fíbula

Inserção: falanges médias e distais dos quatro dedos laterais

Ação: extensão dos dedos e flexão dorsal do pé

Invervação: n. fibular profundo

Vascularização:

M. extensor longo do hálux:

Origem: face anterior da fíbula

Inserção: falange distal do hálux

Ação: extensão do hálux e adução do pé

Invervação: n. fibular profundo

Vascularização:

M. fibular terceiro:

Origem: terço distal do corpo da fíbula


Inserção: face dorsal do metatarso V

Ação: extensão do pé

Invervação: n. fibular profundo

Vascularização:

2. MÚSCULOS DA REGIÃO LATERAL DA PERNA

M. fibular longo:

Origem: cabeça da fíbula; parte proximal da face lateral e borda posterior da fíbula

Inserção: face lateral do metatarso I e cuneiforme medial

Ação: flexão plantar e eversão do pé

Invervação: n. fibular superficial

Vascularização:

M. fibular curto:

Origem: parte distal da face lateral e borda anterior da fíbula

Inserção: tuberosidade do metatarso V

Ação: flexão plantar e eversão do pé

Invervação: n. fibular superficial

Vascularização:

3. MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR DA PERNA

Camada superficial:

M. tríceps da sura:

Formado por:

a. M. gastrocnêmio:

Origem: côndilos medial e lateral do fêmur

Inserção: túber do calcâneo

Ação: flexão plantar do pé e flexão da perna

Invervação: n. tibial

Vascularização:
b. M. sóleo:

Origem: terço proximal e cabeça da fíbula e linha solear da tíbia

Inserção: túber calcâneo

Ação: flexão plantar e inversão do pé

Invervação: n. tibial

Vascularização:

  M. plantar:

Origem: côndilo lateral do fêmur

Inserção: fáscia da perna e tendão calcâneo

Ação: flexão plantar do pé

Invervação: n. tibial

Vascularização:

Camada Profunda:

M. poplíteo:

Origem: epicôndilo lateral do fêmur

Inserção: face posterior da tíbia acima da linha solear

Ação: flexão daperna

Invervação: n. tibial

Vascularização:

M. flexor longo dos dedos:

Origem: face posterior e borda interóssea da tíbia

Inserção: base das falanges distais dos quatro dedos laterais

Ação: flexão das falanges distais dos quatro dedos laterais

Invervação: n. tibial

Vascularização:

M. flexor longo do hálux:

Origem: parte distal da face posterior da fíbula

Inserção: base da falange distal do hálux


Ação: flexão do hálux

Invervação: n. tibial

Vascularização:

M. tibial posterior:

Origem: face posterior da tíbia e face medial da fíbula

Inserção: tuberosidade do navicular, face plantar dos cuneiformes e base dos


metatarsos II, III e IV

Ação: flexão plantar, inversão e adução do pé

Invervação: n. tibial

Vascularização:

ANEXOS II

 Articulação do tornozelo
 Fáscia crural e poplítea
 Retináculos superior e inferior dos músculos extensores
 Retináculo dos músculos flexores
 Retináculo dos músculos fibulares

NERVOS

Plexo lombo-sacro:

Ramos do plexo lombar

1. Nervo cutâneo lateral da coxa ( L2 e L3 ): Atravessa o músculo psoas maior e emerge de


sua margem lateral para situar-se na frente do músculo ilíaco, sob a fáscia ilíaca. Passa por
baixo do ligamento inguinal, entre as duas espinhas ilíacas anteriores, penetra na espessura
da fáscia lata e torna-se subcutâneo, lateralmente ao músculo sartório. Divide-se em ramos
terminais glúteo e femoral. Trata-se de um nervo exclusivamente sensitivo.

2. Nervo femoral ( L2, L3 e L4 ): Atravessa o músculo psoas maior e emerge na margem


lateral deste na fossa ilíaca. Na região do ligamento inguinal o nervo é separado da artéria
ilíaca externa pelo músculo psoas maior (arco íliopectíneo). Esse nervo termina na base do
trígono femoral, nas proximidades do ligamento inguinal, dando Origem a: ramos colaterais
(para o músculo iliopsoas, para a artéria femoral e para o músculo pectíneo ) e ramos
terminais ( cutâneos anteriores mediais e laterais, para o músculo quadríceps da coxa e para
o nervo safeno ).

3. Nervo obturatório ( L2, L3 e L4 ): sai do músculo psoas maior, por sua face medial, cruza a
articulação sacroilíaca e vai situar-se sob a abertura superior da pelve, acompanhando-a um
pouco abaixo da linha arqueada até o forâme obturador, onde se introduz no canal obturatório
e se divide em seus dois ramos terminais, anterior ( que emite ramos musculares e um
cutâneo ) e posterior ( que emite ramos musculares e articulares ).

4. Nervo genitofemoral ( L1 e L2 ): emerge do músculo psoas maior por sua face anterior e
vai situar-se na frente das artérias ilíacas comum e externa, depois de cruzar a face posterior
do ureter. Termina acima do ligamento inguinal, dividindo-se em dois ramos, genital e
femoral.

5. Nervos ilio-hipogástrico e ilioinguinal ( L1 ): o nervo ilio-hipogástrico está situado acima do


ilioinguinal. Os dois têm direção lateral emergindo horizontalmente pela margem lateral do
músculo psoas.

Nota: Tronco lombossacral: junção dos ramos L4 e L5.

Ramos do plexo sacral

6. Nervo glúteo superior ( L4, L5 e S1 ): emerge da pelve pela incisura isquiática maior, acima
do músculo piriforme. Divide-se em ramos superior e inferior.

7. Nervo glúteo inferior ( L5, S1 e S2 ): sai da pelve pela incisura isquiática maior por baixo do
músculo piriforme. É um nervo misto.

8. Nervo cutâneo posterior da coxa ( S1, S2 e S3 ): sai da pelve atravessando a incisura


isquiática maior sob o músculo piriforme. Desce apoiado na face posterior do nervo isquiático
e coberto pelo músculo glúteo máximo. Na coxa situa-se sob a fáscia lata. Dá Origem a
ramos cutâneos ( nervos clúneos inferiores ou inferiores da nádega ), perineais, femorais e
terminais.

9. Nervo isquiático ( L4, L5, S1, S2 e S3 ): sai da pelve pela parte inferior da incisura
isquiática maior. Acompanha o eixo da região posterior da coxa até o vértice da fossa
poplítea, onde termina por bifurcação em nervos tibial e fibular comum ( essa bifurcação às
vezes é mais alta ). Comporta-se como um nervo essencialmente motor, encarregado da
flexão da perna sobre a coxa. O nervo fibular comum dá o nervo cutâneo lateral da sura e
divide-se em nervo fibular profundo e nervo fibular superficial. O nervo tibial dá o nervo
cutâneo medial da sura. Os nervos cutâneos lateral e medial da sura unem-se formando o
nervo sural.

10. Nervo pudendo ( S2, S3 e S4 ): sai da pelve pelo forâme isquiático maior sob o músculo
piriforme e penetra na pelve depois de contornar a face posterior da espinha isquiática, pelo
forâme isquiático menor. Percorre a parede lateral da fossa isquioanal, no canal pudendo, em
companhia dos vasos pudendos internos.

Aí termina bifurcando-se em ramos inferior ( nervo perineal ) e superior ( nervo dorsal do


pênis ou clitóris ).

VEIAS

 Arco venoso dorsal do pé


 Veia safena magna
 Veias acessórias ( tributárias ) da veia safena magna
 Veia safena parva
 Veia pudenda externa
 Veia epigástrica superficial
 Veia circunflexa superficial do ílio
 Veia femoral
 Veia femoral profunda
 Veia femoropoplítea
 Veia poplítea

A. Veia safena magna


É a mais longa veia do corpo humano e a principal do sistema venoso superficial do membro
inferior. Inicia-se ao nível do maléolo medial, transita na face medial da perna e da coxa e
desemboca na veia femoral, ao nível do hiato safeno.

B. Veia femoral

É a continuação da veia poplítea, ocorrendo a alteração de nomenclatura no hiato tendíneo,


e passando a chamar-se de veia ilíaca externa ao cruzar o ligamento inguinal. Seu trajeto é
posterior ao da artéria femoral até a base do trígono femoral, quando torna-se medial.
Recebe numerosas tributárias, sendo as mais importantes a veia femoral profunda e a veia
safena magna.

C. Veia safena parva

Inicia-se ao nível do maléolo lateral e passa pela parte posterior da perna. Ao nível da fossa
poplítea aprofunda-se e desemboca na veia poplítea (não totalmente) e continua-se como
veia femoropoplítea passando pela parte posterior da coxa.

ARTÉRIAS

 Artéria femoral
 Artéria profunda da coxa
 Artéria obturatória
 Artéria poplítea
 Artéria tibial posterior
 Artéria fibular
 Artéria tibial anterior
 Artéria sural

A. Artéria femoral

Ao cruzar o ponto médio do ligamento inguinal a artéria ilíaca externa passa a denominar-se
artéria femoral. Esta emite três ramos superficiais: artéria epigástrica superficial, artéria
circunflexa ilíaca superficial e artéria pudenda externa superficial; e três ramos
profundos; artéria pudenda externa profunda, artéria profunda da coxa e artéria
descendente do joelho. A artéria femoral passa pelo canal adutor e no hiato tendíneo, entra
na fossa polítea, passando a denominar-se artéria poplítea.

B. Artéria prfunda da coxa

Ramo da artéria femoral, divide-se em artérias perfurantes ( primeira, segunda e terceira ).

C. Artéria poplítea

Continuação da artéria femoral, dá ramos: artéria sural e artéria tibial anterior; após a fossa
poplítea divide-se em artérias tibial posterior e fibular.
Anatomia – Tronco

Ossos
 Coluna vertebral
 Costelas
 Esterno

1. COLUNA VERTEBRAL

É formada por vértebras em número de 33 a 34. Compreende quatro porções que, de cima
para baixo, são: cervical, torácica, lombar e pélvica.

As vértebras livres ( cervicais, torácicas e lombares ) apresentam como características


comuns: dois processos transversos, quatro processos articulares (dois superiores e dois
inferiores), um processo espinhoso, duas lâminas vertebrais e dois pedículos.

Coluna vertebral: canal vertebral, forâmes intervertebrais, curvaturas ântero-posteriores


( cervical, torácica, lombar e sacral ).

VÉRTEBRAS CERVICAIS

São em número de sete ( 7 ).

Vértebras cervicais: corpo da vértebra, tubérculos anterior e posterior, pedículos do arco da


vértebra, processos articulares superiores, processos articulares inferiores, lâmina do arco
vertebral, processo espinhoso bífido, forâmes dos processos transversos, forâme vertebral.

Atlas ( C1 ): arco anterior, face articular superior, processo transverso, sulco da artéria
vertebral, tubérculo posterior, tubérculo anterior, arco posterior, forâme do processo
transverso, massa lateral, fóvea do dente e forâme vertebral.

Áxis ( C2 ): dente, face articular anterior, corpo do, processo transverso, face articular inferior,
forâme vertebral, processo espinhoso bífido, lâmina do arco vertebral, forâme do processo
transverso, face articular para o atlas e fóvea para o ligamento transverso.

VÉRTEBRAS TORÁCICAS

São em número de doze ( 12 ) e articulam-se com as costelas.

Vértebras torácicas: corpo da vértebra, pedículos, fóvea articular costal superior, fóvea
articular costal inferior, processo transverso com a fóvea articular para a tuberosidade costal (
fóvea articular costal transversal ), processo articular superior, processo articular inferior,
processo espinhoso, lâmina do arco vertebral, forâme vertebral, incisura vertebral inferior,
incisura vertebral superior.

VÉRTEBRAS LOMBARES
São em número de cinco ( 5 ).

Vértebras lombares: corpo da vértebra, pedículos, processo transverso ou costiforme, forâme


vertebral, processo articular superior, processo articular inferior, processo espinhoso,
processo mamilar e processo acessório.

VÉRTEBRAS PÉLVICAS

São em número de nove ou dez; separadas na infância, elas se fundem depois, dando
Origem ao sacro e ao cóccix.

Sacro: S1, S2, S3, S4, S5, face articular para L5, base, processo articular superior
( articulação lombo-sacral ), asa sacral, forâmes sacrais anteriores, forâmes sacrais
posteriores, forâme sacral superior, ápice, corno sacral, faces auriculares, canal sacral,
tuberosidade sacral, promontório.

Cóccix: face anterior ( ventral ), face posterior ( dorsal ), face superior, base do cóccix com
sua face articular para o sacro, ápice e cornos coccígeos.

2. COSTELAS

São ossos alongados, comparáveis a arcos, que se estendem da coluna vertebral até o
esterno, ao qual se unem através das cartilagens costais. Há doze de cada lado. As seis
primeiras articulam-se na frente com o esterno por meio de uma cartilagem, que lhes é
própria ( costelas verdadeiras ). Da sétima à décima costela elas se unem através de suas
cartilagens a uma cartilagem comum, que se articula com o esterno ( costelas falsas ). A 11 ª.
e a 12ª. costela não se articulam com o esterno ( costelas flutuantes ).

Costelas: cabeça com duas faces articulares para o processo transverso, colo, tubérculo,
ângulo costal, sulco da costela, face interna, face externa, margem superior, margem inferior,
cartilagens costais.

3. ESTERNO

É um osso simétrico plano situado na parte anterior do tórax, entre as cartilagens costais da
direita e esquerda.

Esterno: manúbrio, incisuras claviculares, incisuras intercostais, corpo do, processo xifóide.

Musculatura
 Região dorsolombar
 Região peitoral e axila
 Região abdominal
 Músculo diafragma
 Anexos
 Vascularização
 Nervos

1. REGIÃO DORSOLOMBAR

I Camada:

M. trapézio:
Origem: terço medial da linha nucal superior, protuberância occipital superior, ligamento da
nuca, processos espinhosos de C7 a T12.

Inserção: margem posterior do terço lateral da clavícula, margem medial do acrômio e crista
da espinha escapular.

Ação: fixa a escápula, puxa a escápula e a clavícula para trás, gira a escápula, eleva o
ombro e estende o braço.

Invervação: nervo acessório XI par e ramos do plexo cervical.

Vascularização: artéria escapular descendente ( ramo da artéria subclávia ).

M. grande dorsal ( m. latíssimo do dorso ):

Origem: processos espinhosos de T8 a L5 e crista ilíaca.

Inserção: sulco intertubercular do úmero.

Ação: adução, extensão e rotação medial do braço, puxa o ombro para trás e para baixo;
atua também na expiração forçada e tosse.

Invervação: nervo toracodorsal.

Vascularização: artérias intercostais e artéria subescapular.

II Camada:

M. rombóide maior:

Origem: processos espinhosos de T2 a T5.

Inserção: borda medial da escápula.

Ação: retrai, eleva e fixa a escápula.

Invervação: nervo escapular dorsal.

Vascularização: artéria escapular descendente (ramo da artéria subclávia).

M. rombóide menor:

Origem: processos espinhosos de C7 e T1.

Inserção: borda medial da escápula.

Ação: retrai, eleva e fixa a escápula.

Invervação: nervo escapular dorsal.

Vascularização: artéria escapular descendente ( ramo da artéria subclávia ).

M. levantador da escápula:

Origem: processos transversos de C1 a C4.


Inserção: borda medial da escápula.

Ação: elevação da escápula.

Invervação: nervo escapular dorsal e ramos do plexo cervical.

Vascularização: artéria escapular descendente ( ramo da artéria cervical profunda ).

III Camada:

M. serrátil posterior superior:

Origem: parte inferior do ligamento da nuca até o processo espinhoso de T3.

Inserção: ângulo das costelas II a V.

Ação: eleva as costelas ( músculo inspirador ).

Invervação: ramos posteriores dos nervos intercostais.

Vascularização: ramos posteriores das artérias intercostais.

M. serrátil posterior inferior:

Origem: processos espinhosos de T11 a L2.

Inserção: quatro últimas costelas ( IX a XII ).

Ação: abaixa as costelas ( músculo expirador ).

Invervação: ramos posteriores dos nervos intercostais.

Vascularização: ramos posteriores das artérias intercostais.

Camada profunda:

M. quadrado lombar:

Origem: ligamento ílio-lombar, crista ilíaca e processos transversos de L3, L4 e L5.

Inserção: costela XII e face posterior de todas as vértebras lombares.

Ação: inclina lateralmente o tronco e ajuda na expiração.

Invervação: nervo subcostal e ramos posteriores dos três primeiros nervos lombares.

2. REGIÃO PEITORAL E AXILA

I Camada:

M. peitoral maior:

Origem: metade medial da clavícula, face anterior do esterno e segunda a sexta cartilagens
costais.
Inserção: crista do tubérculo maior do úmero.

Ação: adução, flexão e rotação medial do braço, abaixa o ombro anteriorizando-o e auxilia na
inspiração.

Invervação: nervos peitorais lateral e medial (ramos dorsais dos nervos espinhais ).

Vascularização: ramos torácicos da artéria toracoacromial ( ramo da artéria axilar ) e ramos


perfurantes anteriores das artérias intercostais.

II Camada:

M. peitoral menor:

Origem: faces laterais das costelas II a V.

Inserção: processo coracóide da escápula.

Ação: abaixa o ombro, gira a escápula lateralmente, eleva as costelas quando a escápula
está fixa ( contribui para a inspiração ).

Invervação: nervos peitorais lateral e medial.

Vascularização: ramos peitorais da artéria toracoacromial ( ramo da artéria axilar ).

M. subclávio:

Origem: I costela.

Inserção: extremidade acromial da clavícula.

Ação: auxilia a puxar o ombro ântero-inferiormente e protege os vasos sbclávios e troncos do


plexo braquial.

Invervação: nervo subclávio.

Vascularização: ramos da artéria torácica superior ( ramo da artéria axilar ).

III Camada:

M. serrátil anterior:

Origem: faces laterais das costelas I a VIII ou IX.

Inserção: borda medial da escápula.

Ação: fixa a escápula ao tórax, gira a escápula lateralmente, auxilia na elevação do braço,
eleva as costelas ( auxilia na inspiração ). É o "músculo do boxeador".

Invervação: nervo torácico longo.

Vascularização: artérias subescapular e torácica lateral, e ramos perfurantes das artérias


intercostais posteriores.

3. REGIÃO ABDOMINAL
M. reto do abdômen:

Origem: crista e sínfise púbicas.

Inserção: processo xifóide e cartilagens costais V a VII.

Ação: gira, flete e inclina lateralmente o tronco; comprime as vísceras do abdômen. Se os


músculos antagonistas ( extensores ) impedem a flexão, ele abaixa as costelas e atua como
expirador.

Invervação: ramos ventrais dos nervos espinhais.

Vascularização: artérias intercostais posteriores, lombares e epigástricas superior e inferior;


ramos das artérias circunflexa do ílio e epigástrica superficial.

Obs.: Entre a Origem e a Inserção , o músculo reto do abdômen, é interrompido


transversalmente por tendões intermediários, as três intersecções tendíneas. Essas
intersecções são evidentes na superfície anterior, onde se unem à lâmina anterior da bainha
do reto, não chegando até a superfície posterior.

Os músculos retos do abdômen estão separados na linha mediana pela linha alba.

M. piramidal:

Origem: crista púbica.

Inserção: linha alba.

Ação: tensão da linha alba.

Invervação: nervo subcostal.

Vascularização: artérias lombares e epigástricas superior e inferior; ramos das artérias


circunflexa do ílio e epigástrica superficial.

M. oblíquo externo do abdômen:

Origem: fáscia toracolombar, parte anterior da crista ilíaca e metade lateral do ligamento
inguinal.

Inserção: margem inferior das três últimas costelas, bainha do músculo reto do abdômen,
linha alba, tendão conjunto.

Ação: sustenta e comprime as vísceras abdominais, flete o tronco.

Invervação: ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos e nervos ílio-hipogástrico e
ílio-inguinal.

Vascularização: artérias intercostais posteriores, lombares e epigástricas superior e inferior;


ramos das artérias circunflexa do ílio e epigástrica superficial.

M. oblíquo interno do abdômen:

Origem: através de oito digitações carnosas da face externa das últimas oito costelas.
Inserção: lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdômen, linha alba, parte anterior
da crista ilíaca e tubérculo púbico.

Ação: sustenta e comprime as vísceras abdominais, flete o tronco.

Invervação: ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos e nervos ílio-hipogástrico e
ílio-inguinal.

Vascularização: artérias intercostais posteriores, lombares e epigástricas superior e inferior;


ramos das artérias circunflexa do ílio e epigástrica superficial.

M. transverso do abdômen:

Origem: face interna das seis últimas costelas, fáscia toracolombar, crista ilíaca, fáscia ilíaca
e ligamento inguinal.

Inserção: bainha do músculo reto do abdômen, tendão conjunto e linha alba.

Ação: sustenta e comprime as vísceras abdominais, flete o tronco.

Invervação: ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos e nervos ílio-hipogástrico,
ílio-inguinal e genitofemoral.

Vascularização: artérias intercostais posteriores, lombares e epigástricas superior e inferior;


ramos das artérias circunflexa do ílio e epigástrica superficial.

Obs.: Os músculos da região ântero-lateral do abdômen são importantes na expiração,


micção, evacuação, no trabalho de parto e no vômito.

M. cremáster:

Origem: fibras inferiores do músculo oblíquo interno do abdômen e/ou do músculo transverso
do abdômen, e tubérculo púbico.

Inserção: os feixes descem ao longo do funículo espermático. Há uma porção funicular e


outra testicular. Os feixes saem com o funículo pelo ângulo inguinal superficial até o testículo.
Ao redor deste formam uma membrana que constitui um dos envoltórios do testículo. Na
mulher há poucas fibras que se dirigem ao ligamento redondo do útero.

Ação: suspensor do testículo ( por estímulo sexual, mecânico ou térmico ).

Invervação: ramo genital do genitofemoral.


Vascularização: artéria cremastérica.

4. MÚSCULO DIAFRAGMA

Septo muscular toracoabdominal que separa o tórax do abdômen. Tem forma de cúpula com
convexidade superior. Insere-se na abertura inferior do tórax e se ajusta posteriormente à
coluna toracolombar. Apresenta na parte central uma formação fibrosa – o centro tendíneo ou
frênico.

Esse músculo é atravessado por órgãos que passam do tórax ao abdômen e vice-versa. A
maioria de suas inserções é sobre os elementos móveis da caixa torácica.

É dividido em duas metades, uma direita e uma esquerda, que são separadas topográfica e
funcionalmente, possuindo dupla Inervação.
Tem funcionamento automático e involuntário decorrente de impulsos nervosos.

Seus orifícios principais são: forame da veia cava inferior, hiato aórtico e hiato esofágico.

É vascularizada por ramos da artéria torácica interna e inervada por nervos frênicos e nervos
intercostais.

5. ANEXOS

 Trígono deltopeitoral
 Ligamento inguinal
 Região inguinal
 Foice inguinal
 Canal inguinal
 Linhas alba e semilunar
 Bainha do músculo reto do abdômen
 Tríade peritoneal
 Pregas e fossas infra-umbilicais

( vista interna da parede do abdômen )

A. Trígono deltopeitoral

Espaço triangular delimitado pela margem ântero-inferior da clavícula, margem súpero-lateral


do músculo peitoral maior e pela margem ântero-medial do músculo deltóide. Pelo trígono
passam a veia cefálica e o ramo deltóide da artéria toracoacromial.

B. Ligamento inguinal

É uma cinta fibrosa que se estende da espinha ilíaca ântero-superior ao tubérculo púbico. É
formado por fibras próprias, reforçadas pelas inserções da aponeurose do músculo oblíquo
externo ( que as circundam ), conferindo ao ligamento inguinal uma forma de canal aberto de
concavidade superior, em cuja parte externa ( lateral ) se fixam as fibras dos músculos
oblíquo interno e transverso do abdômen.

C. Região inguinal

Região delimitada: por uma linha imaginária que une as duas espinhas ilíacas ântero-
superiores, pela borda lateral do músculo reto do abdômen ( linha semilunar ) e pelo
ligamento inguinal.

D. Foice inguinal

A porção inferior da aponeurose de Inserção do músculo transverso, reforçada por fibras


tendíneas do músculo oblíquo interno, forma uma prega côncava para baixo e para fora que
constitui a foice inguinal ( ou ligamento falciforme, ou tendão conjunto ). A foice inguinal
reforça medialmente a parede posterior do canal inguinal.

E. Canal inguinal

É um interstício situado entre as inserções inferiores dos músculos largos do abdômen, que
se localiza na região inguinal, entre o tubérculo púbico e a parte intermédia do ligamento
inguinal. Seu anel lateral é profundo, enquanto seu anel medial é superficial.

O conteúdo do canal inguinal difere no homem e na mulher.


No homem encontramos o funículo espermático circundado por um prolongamento da fáscia
transversalis reforçado por fibras do músculo cremáster. No funículo há o ducto deferente ( e
sua artéria ), as artérias testiculares, as veias testiculares que formam o plexo venoso
panpiniforme, linfonodos e os ramos genitais do nervo genitofemoral e do nervo ílio-inguinal.
O ramo genital do nervo genitofemoral também pode se encontrar externamente ao funículo,
em volta de sua parede, juntamente à artéria cremastérica.

Na mulher o canal inguinal contém o ligamento redondo do útero.

O canal peritoneovaginal, expansão cilíndrica do peritônio que acompanha o canal inguinal na


sua migração à bolsa testicular, pode persistir depois do nascimento e dar Origem às hérnias
genitais congênitas.

F. Linhas alba e semilunar

A linha alba é uma lâmina fibrosa situada entre as margens mediais dos músculos retos do
abdômen. Estende-se verticalmente do processo xifóide à margem superior da sínfise púbica.
É formada pelo entrecruzamento dos fascículos fibrosos provenientes das aponeuroses que
formam a bainha do músculo reto, de cada lado.

A linha semilunar é a transição músculo-aponeurótica das fibras musculares do músculo


transverso do abdômen que se dirigem transversalmente para a região anterior.

G. Bainha do músculo reto do abdômen

Trata-se de um envoltório fibromuscular próprio de cada um dos músculos retos, fechado


medialmente por um entrecruzamento na linha alba. Sua constituição anatômica é diferente
acima e abaixo da linha arqueada.

Na seção acima da linha arqueada, a aponeurose do músculo oblíquo interno do abdômen


divide-se para formar as camadas anterior e posterior da bainha do músculo reto do
abdômen. A aponeurose do músculo oblíquo externo do abdômen une-se à camada anterior
da bainha. A aponeurose do músculo transverso do abdômen une-se à camada posterior. As
camadas anterior e posterior da bainha do reto unem-se medialmente para formar a linha
alba.

Na seção abaixo da linha arqueada, a aponeurose do músculo oblíquo interno do abdômen


não se divide neste nível, mas passa inteiramente anterior ao músculo reto do abdômen e
fusiona-se ali com as aponeuroses dos músculos oblíquo externo e transverso do abdômen.
Assim, a parede posterior da bainha do reto está ausente abaixo da linha arqueada, e o
músculo reto do abdômen fica anterior à fáscia transversalis.

H. Tríade peritoneal

É formado pela fáscia transversalis, pela gordura pré-peritonial e pelo peritônio parietal.

I. Pregas e fossas infra-umbilicais

Pela vista interna da parede abdominal podem ser identificados três relevos verticais: na linha
mediana, o do úraco, vestígio do canal alantóideo; de ambos os lados, o cordão fibroso da artéria
umbilical, obliterada desde o nascimento; a terceira prega corresponde aos vasos epigástricos
inferiores.

Esses elementos dividem o peritônio parietal em três fossas:

 fossa supravesical ( entre o úraco e o cordão fibroso da artéria umbilical );


 fossa inguinal medial ( entre o cordão fibroso da artéria umbilical e os vasos epigástricos
inferiores );
 fossa inguinal lateral ( situada lateralmente aos vasos epigástricos inferiores; é a maior
fossa ).

6. VASCULARIZAÇÃO

 Artérias intercostais e seus ramos


 Artéria subcostal
 Artérias epigástricas superior e inferior
 Artéria epigástrica superficial
 Artéria circunflexa superficial do ílio
 Artéria pudenda externa superficial
 Artéria subclávia e seus ramos
 Artéria axilar e seus ramos

Obs.: As artérias são acompanhadas por suas respectivas veias.

    7. NERVOS

 Nervos intercostais
 Nervos cervicais
 Nervos do plexo braquial
 Nervos do plexo lombar
Anatomia - Cabeça e Pescoço

Ossos

 Ossos do crânio
 Ossos da face
 Ossos da orelha média
 Osso hióide

1. OSSOS DO CRÂNIO

O crânio é formado por oito ossos, quatro dos quais ímpares: frontal, etmóide, esfenóide e occipital; e
quatro pares: parietais e temporais. São ossos planos, revestidos externamente por um periósteo
delgado e internamente pela dura-máter(meninge). São formados por duas lâminas de tecido ósseo
compacto: lâmina externa e lâmina interna. Entre essas encontra-se uma camada de tecido
esponjoso: díploe.

O crânio pode ser estudado por diferentes normas: vertical, frontal, occipital, lateral e basal; e pelo
interior.

Norma vertical: o contorno pode ser oval ou mais próximo do circular. A calvária é a calota craniana.
Apresenta suturas coronal, sagital e lamdóide, bregma e lambda, e no crânio do recém-nascido,
fontanelas ou fontículos anterior e posterior ( centros de ossificação ).

Norma frontal: na vista anterior o crânio é aproximadamente oval.

Norma occipital: é visto a parte posterior dos osso parietais e a maior parte do occipital.

Norma lateral: a parte central da vista lateral é formada pela asa maior do esfenóide, que participa
da formação das fossas temporal e infratemporal, do arco zigomático e do osso temporal.

Norma basal: estende-se dos dentes incisivos da maxila até as linhas nucais do occipital.na parte
anterior encontramos o palato ósseo. Na parte média vemos o vômer e a parte basilar do occipital.

Interior do crânio: fossas anterior, média e posterior.

OSSO FRONTAL

Articula-se com os ossos etmóide, esfenóide, parietais, nasal, zigomáticos, lacrimais e maxilares.

Frontal: margem parietal, parte escamosa, túber ou eminência frontal, face temporal, arco superciliar,
processo zigomático do, margem supra-orbital, incisura supra-orbital, glabela, forame supra-orbital,
parede superior da órbita, fossa da glândula lacrimal, fóvea troclear, espina nasal, sulco do seio
sagital, crista frontal, forame cego, incisura etmoidal, seio frontal, canais etmoidais anterior e
posterior.
 Sutura metópica: linha de separação dos dois ossos frontais fetais que observa-se na
linha mediana em indivíduos jovens. Pode ou não desaparecer no adulto.

OSSO PARIETAL

Articula-se com os ossos frontal, temporais e occipital.

Parietal: margem sagital, margem escamosa, margem occipital, margem frontal, túber parietal, linhas
temporais superior e inferior, forame parietal, ângulo frontal, ângulo esfenoidal, ângulo occipital, fossa
parietal, sulcos vasculares ( vasos meníngeos ), sulco do seio sigmóide, linhas temporais superior e
inferior, fossa temporal, sulco do seio sagital superior.

OSSO OCCIPITAL

Articula-se com os ossos parietais, temporais e esfenóide.

Occipital: ângulo lateral, ângulo superior, margem mastóidea, margem lambdóidea, eminência
cruciforme, processo jugular, côndilo occipital, forame magno, protuberância occipital externa ( ínio ),
crista occipital externa, linha nucal suprema ou superior, linha nucal inferior, escama occipital, parte
basilar, canal do nervo hipoglosso, canal condilar, sulco do seio sagital superior, sulco do seio
transverso, crista occipital interna, protuberância occipital interna, fossa occipital superior, fossa
occipital inferior ou cerebelar, tubérculo jugular, tubérculo faríngeo, clivo, sulco do seio sigmóide,
incisura jugular.

 Forame jugular: formado pela articulação dos ossos occipital ( incisuras jugulares ) e
temporais.

OSSO TEMPORAL

Articula-se com os ossos frontal, occipital, parietais e esfenóide. Contém o órgão vestíbulococlear. No
recém-nascido podem ser identificadas três partes: parte escamosa, parte timpânica e parte petrosa.

Temporal: parte escamosa, processo zigomático do, tubérculos articulares anterior e posterior, fossa
mandibular, canal carótico, fissura petrotimpânica, processo estilóide do, meato acústico externo,
incisura mastóidea, forame mastóideo, processo mastóideo, incisura parietal, fossa temporal, forame
estilomastóideo, sulco da artéria occipital, sulco do seio sigmóide, fossa jugular, óstio do canalículo
timpânico, sulco do seio petroso superior, depressão do gânglio trigeminal, sulco do seio lateral,
meato acústico interno, incisura timpânica.

 Canal músculo-tubário: por onde passa o músculo tensor do tímpano e a parte óssea
da tuba auditiva.
 Arco zigomático: articulação entre o processo zigomático do temporal e o processo
temporal do zigomático.

OSSO ESFENÓIDE

Articula-se com os ossos frontal, temporais, occipital, parietais, etmóide, palatino e vômer.

Esfenóide: corpo do, asas menores, asas maiores, processos clinóides anteriores, posteriores e
médios, fissura orbital superior, rostro, seio esfenoidal, processos pterigóides ( lâminas laterais e
mediais ), fossas pterigóideas, incisuras pterigóideas, espinha do, canais ópticos, forames redondos,
canal pterigóideo, forame espinhoso, forame oval, sulco pterigopalatino, hâmulo, sulco carótico, sela
túrcica ( fossa hipofisal, processo clinóide médio, tubérculo da, sulco pré-quiasmático, língula
esfenoidal ).

 Cristas esfenotemporais: separa as fossas temporais das infratemporais.


 Forame lácero: é formado pela articulação dos ossos esfenóide e temporal. No ser
vivo ele é obliterado, preenchido por cartilagem.

OSSO ETMÓIDE

Articula-se com os ossos frontal, esfenóide, maxilar e lacrimais.

Etmóide: processo crista galli, lâmina cribrosa ou crivosa, lâmina perpendicular ( na cavidade nasal ),
concha nasal média.

CALVÁRIA

É limitada, inferiormente, por um plano que passa pela frente acima das margens supra-orbitais;
lateralmente, pelos processo zigomático, terminando atrás na protuberância occipital externa.

Calvária: forame parietal, sulco sagital, fovéolos granulares.

 SUTURAS E PONTOS CRANIOMÉTRICOS

Sutura coronal: entre o osso frontal e os dois parietais.

Sutura sagital: entre os dois ossos parietais.

Sutura lambdóide: entre o osso occipital e os dois parietais.

Sutura escamosa: entre o parietal e a porção escamosa do osso temporal.

Bregma: encontro das suturas coronal e sagital.

Lambda: encontro das suturas lambdóide e sagital.

Astério: encontro dos ossos occipital, parietal e temporal.

Ptério: encontro dos ossos parietal, frontal, temporal e esfenóide.

Násio: encontro das suturas fronto-nasal e internasal.

Dácrio: ponto anterior da sutura fronto-lacrimal.

Básio: ponto mais anterior do forame magno.

Opístio: ponto mais posterior do forame magno.

Ínio: parte mais proeminente da protuberância occipital externa.

Vértex: parte mais alta do crânio.

2. OSSOS DA FACE

OSSO MAXILAR

É um osso par que participa da constituição da órbita, do palato ósseo, da cavidade do nariz
e das fossas nasais e da fossa intratemporal. Um processo horizontal (palatino) une os ossos
maxilares formando o palato ósseo. Os ossos maxilares assim unidos formam a maxila, que
é fixa.
Maxilar: articulação com o processo orbital medial do osso frontal, processo frontal, Inserção
da concha nasal inferior, incisura lacrimal, espinha nasal anterior, canal incisivo, margem
alveolar, processo palatino, margem posterior, articulação com o osso palatino, seio maxilar,
canal infra-orbital, sulco infra-orbital, forames alveolares, túber do maxilar, incisura nasal,
forame infraorbital, crista conclal, processo zigomático, processos alveolares.

OSSO ZIGOMÁTICO

Articula-se com os ossos maxilar, frontal, esfenóide e temporais.

Zigomático: processo frontal, margem orbital, face orbital, forame zigomático, articulação com
o maxilar, articulação com o processo zigomático do osso temporal, processo temporal,
processo frontal,

OSSO NASAL

Nasal: margem superior, margem inferior, margem lateral, margem medial, óstio vascular.

OSSO LACRIMAL

Lacrimal: margem superior, margem inferior, margem anterior, margem posterior, crista
lacrimal anterior, sulco nasolacrimal.

OSSO PALATINO

É um osso par que contribui para formar o palato ósseo, a cavidade do nariz, a órbita e a
fossa infratemporal.

Palatino: lâmina perpendicular, lâmina horizontal, crista nasal, processo piramidal, incisura
esfenopalatina, processo esfenoidal, processo orbital.

CONCHA NASAL INFERIOR

Concha nasal inferior: extremidade anterior, processo nasal, margem superior, processo
etmoidal, extremidade posterior, margem inferior, processo maxilar.

VÔMER

Forma a parte posterior do septo da cavidade do nariz.

Vômer: face direita, face esquerda, margem inferior, margem posterior, asa do vômer,
margem superior, margem anterior.

MANDÍBULA

É um osso ímpar simétrico.

Mandíbula: corpo da, sínfise da, forame mental, linha oblíqua, margem inferior, ângulo da
mandíbula, ramo da mandbula, processo condilar com a cabeça e o colo, incisura da
mandíbula, processo coronóide, parte alveolar, forame do canal mandibular, língula, sulco
milo-hióideo, fossa digástrica, espinha mental, fóvea sublingual, fóvea submandibular

3. OSSOS DA ORELHA MÉDIA

A orelha média possui três ossículos: martelo, bigorna e estribo. Constituem uma cadeia
articulada que vai da membrana timpânica até a janela do vestíbulo.
OSSO MARTELO

É o maior dos ossículos.

Martelo: cabeça, colo, manúbrio, processo lateral, processo anterior.

OSSO BIGORNA

Bigorna: corpo, ramo curto ( horizontal ), ramo longo ( vertical ).

OSSO ESTRIBO

É o menor e mais medial dos ossículos.

Estribo: cabeça, ramo anterior, ramo posterior, base.

4. OSSO HIÓIDE

É um osso ímpar, mediano e simétrico. Não possui nenhuma articulação com outros ossos. É unido à
laringe por ligamentos e músculos e tem uma união especial com o processo estilóide do osso
temporal.

Hióide: corpo do, corno maior, corno menor.

 Relações envolvendo os acidentes ósseos do crânio

OSSO FRONTAL

Incisura supra-orbital: vasos supra-orbitais ( originados dos vasos oftálmicos ) e nervo supra-orbital

( originado do nervo frontal ).

Canal etmoidal anterior: vasos etmoidais anteriores ( originados dos vasos oftálmicos ) e nervo
etmoidal anterior ( originado do nervo nasociliar ).

Canal etmoidal posterior: vasos etmoidais posteriores ( originados dos vasos oftálmicos ) e nervo
etmoidal posterior ( originado do nervo nasociliar ).

Forame cego: geralmente é fechado.

Fossa lacrimal: aloja a glândula lacrimal.

Fóvea troclear: da polia ( tróclea ) do músculo oblíquo superior do olho.

OSSO OCCIPITAL

Forame magno: transição entre medula oblonga e medula espinhal. Passam as meninges, raízes
espinhais do nervo XI ( acessório ), ramos meníngeos do primeiro ao terceiro nervos cervicais,
artérias vertebrais, artérias espinhais.

Canal condilar: passa uma veia emissária.

Canal do hipoglosso: passa o nervo XII ( hipoglosso ) e uma veia emissária.


OSSO PARIETAL

Forame parietal: passa uma veia emissária.

OSSO ZIGOMÁTICO

Forame zigomaticoorbital: nervo zigomático ( originado do nervo maxilar ).

Forame zigomaticotemporal: nervo zigomaticotemporal ( originado do nervo zigomático )

Forame zigomaticofacial: nervo zigomaticofacial ( originado do nervo zigomático )

OSSO TEMPORAL

Fissura petrotimpânica: nervo corda do tímpano ( originado do nervo VII – facial ).

Forame mastóideo: passa uma veia emissária.

Sulco occipital: passa a artéria occipital.

Canal carótico: artéria carótida interna ( originada da artéria carótida comum ).

Impressão trigeminal: aloja o gânglio trigeminal.

Meato acústico interno: passam os nervos VII ( facial ) e VIII ( vestibulococlear ) e a artéria labiríntica

( originada da artéria basilar ).

Fossa jugular: aloja o bulbo superior da veia jugular interna

Forame estilomastóideo: nervo VII ( facial ) e artéria estilomastóidea (originada da artéria auricular
posterior)

Canal músculo-tubário: passa o músculo tensor do tímpano e a parte óssea da tuba auditiva.

OSSO MANDÍBULA

Forame mental: passam os vasos mentonianos ( originados dos vasos alveolares ) e o nervo
mentoniano (originado do nervo alveolar inferior).

Fóvea sublingual: aloja a glândula sublingual.

Fóvea submandibular: aloja a glândula submandibular.

Forame mandibular: passam os vasos alveolares inferiores ( originados dos vasos maxilares ) e o
nervo alveolar inferior ( originado em um tronco comum ao nervo milohióideo do nervo mandibular ).

Sulco milohióideo: passam os vasos milohióideos ( originados dos vasos alveolares inferiores ) e o
nervo milohióideo ( originado em um tronco comum ao nervo alveolar inferior do nervo mandibular ).

Incisura mandibular: passam os vasos massetéericos ( originados dos vasos maxilares ) e o nervo
massetérico ( originado do nervo mandibular ).

OUTROS
VISTA SUPERIOR

Lâmina crivosa: passam os ramos do nervo I ( olfatório ) e apóia o bulbo olfatório.

Canal óptico: nervo II ( óptico ) e a artéria oftálmica 9 originada da artéria carótida interna ).

Fossa hipofisal: aloja a hipófise ( é a porção mais profunda da sela túrcica ).

Sulco carótico: passa a artéria carótida interna ( originada da artéria carótida comum ), dentro do seio
esfenoidal.

Poro acústico interno: nervos VII ( facial ) e VIII ( vestibulococlear ) e a artéria labiríntica ( Origem a
artéria basilar ).

Forame jugular: nervos IX ( glossofaríngeo ), X ( vago ) e XI ( acessório ), a veia jugular interna e o


seio petroso inferior.

Forame espinhoso: vasos meníngeos médios ( originados dos vasos maxilares ) e o ramo meníngeo
do nervo mandibular.

Forame oval: nervo mandibular ( que vai do gânglio trigeminal para a fossa pterigopalatina ) e a
artéria meníngea acessória ( originada da artéria maxilar ).

Forame lácero: obstruído por cartilagem no vivo.

Canal pterigóideo: nervo do canal pterigóideo.

Fissura orbital superior: nervos III (oculomotor), IV (troclear), V1(oftálmico) e VI (abducente).

VISTA INFERIOR

Fossa incisiva: nervo nasopalatino (originado do gânglio pterigopalatino) e a artéria nasopalatina


(originada da artéria esfenopalatina).

Forame palatino maior: vasos palatinos maiores ou descendentes (originados dos vasos maxilares ) e
o nervo palatino maior ( originado do gânglio pterigopalatino).

Forames palatinos menores: vasos palatinos menores (originados dos vasos palatinos maiores) e o
nervo palatino menor (originado do nervo palatino maior).

Fissura orbital inferior: artéria infraorbital (originada da artéria maxilar), o nervo infraorbital
(continuação do nervo maxilar) e o nervo zigomático (originado do nervo maxilar).

Musculatura

 Músculos cutâneos da cabeça


 Músculos cutâneos da face
 Músculos da mastigação
 Músculo cutâneo do pescoço
 Músculos supra-hióideos
 Músculos infra-hióideos
 Músculos laterais do pescoço
 Músculos posteriores do pescoço
 Músculos pré-vertebrais
 Músculos da cavidade timpânica

1. Músculos cutâneos da cabeça

M. epicrânio

Formado por: M. occipital e M. frontal

2. Músculos cutâneos da face

M. orbicular do olho

M. corrugador do supercílio

M. depressor do supercílio

M. prócero

M. nasal

M. depressor do septo

M. orbicular da boca

M. risório

M. bucinador

M. levantador do lábio superior e da asa do nariz

M. levantador do lábio superior

M. zigomático menor

M. zigomático maior

M. levantador do ângulo da boca

M. depressor do ângulo da boca

M. mentoniano

3. Músculos da mastigação

M. temporal

M. masseter

M. pterigóideo medial

M. pterigóideo lateral

4. Músculo cutâneo do pescoço


M. platisma

5. Músculos supra-hióideos

M. digástrico

M. estilohióideo

M. milohióideo

M. geniohióideo

6. Músculos infra-hióideos

M. omohióideo

M. esternohióideo

M. esternotireóideo

M. tirohióideo

7. Músculos laterais do pescoço

M. esternocleidomastóideo

M. escaleno anterior

M. escaleno médio

M. escaleno posterior

8. Músculos posteriores do pescoço

M. trapézio

M. esplênio da cabeça

M. esplênio do pescoço

M. semi-espinhal do pescoço

M. semi-espinhal da cabeça

M. reto posterior menor da cabeça

M. reto posterior maior da cabeça

M. oblíquo inferior da cabeça

M. oblíquo superior da cabeça

9. Músculos pré-vertebrais

M. longo da cabeça
M. longo do pescoço

10. Músculos da cavidade timpânica

M. tensor do tímpano

M. estapédio

Anatomia – Neuroanatomia

CONCEITOS BÁSICOS DE NEUROANATOMIA

 Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de neuróglia, corpos de neurônios e fibras


predominantemente amielínicas.
 Substância branca: tecido nervoso formado de neuróglia e fibras predominantemente
mielínicas.
 Núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância branca, ou grupo delimitado de
neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e mesma função.
 Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do
cerebelo.
 Tracto: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma Origem, mesma função e
mesmo destino. As fibras podem ser mielínicas ou amielínicas.
 Fascículo: usualmente o termo se refere a um tracto mais compacto.
 Lemnisco: feixe em forma de fita.
 Funículo: o termo é usado para a substância branca da medula; um funículo contém vários
tractos ou fascículos.
 Decussação: formação constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano
mediamento e que têm aproximadamente a mesma direção.
 Comissura: formação constiuída por fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano
mediano e que têm, por conseguinte, direções diametralmente opostas.
 Fibras de projeção: são fibras que saem de uma determinada área ou região.

 Fibras de associação: são fibras que associam pontos mais ou menos distantes de uma área
ou órgão, entretanto, sem abandoná-lo.

ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS

A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada no canal vertebral sem ocupá-
lo totalmente. Cranialmente a medula limita-se com o bulbo ao nível do forame magno do osso
occipital. O limite caudal da medula situa-se geralmente na segunda vértebra lombar (L2). Ela termina
afilando-se para formar um cone, o cone medular que continua com um delgado filamento meníngeo,
o filamento terminal.

A medula apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente ântero-posterior. Seu


calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervial e
intumescência lombar, que correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas
raízes nervosas que formam o plexo cervical e lombo-sacro. A formação destas intumescências se
deve à maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas
áreas e que são necessárias para a Inervação dos membros superiores e inferiores.

A superfície apresenta os seguinte sulcos longitudinais, que a percorrem em toda extensão: sulco
mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. Na medula
cervical existe ainda o sulco intermédio posterior, situado entre o mediano posterior e o lateral
posterior e que continua em septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos
lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos
nervos espinhais.

Na medula a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de um H. Nela
distinguimos de cada lado três colunas que aparecem nos cortes como cronos e que são as colunas
anterior, posterior e lateral. A coluna lateral, entretanto, só aparece na medula torácica e parte da
medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula ou canal do
epêndima, resquício da luz do tubo neural do embrião. A substância branca é formada por fibras, a
maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado
em três funículos ou cordões: funículo anterior (entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral
anterior),funículo lateral (entre os sulcos laterais anterior e posterior), funículo posterior (entre o sulco
lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ligado à substância cinzenta pelo septo
mediano posterior). Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio
poaterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.

Nos sulcos laterais anterior e posterior fazem conexão pequenos filamentos nervosos denominados
filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos
nervos espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe
na raiz dorsal. Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da medula onde
fazem conexão os filamentos radiculares que entram na composição deste nervo. Existem 31 pares
de nervos espinhais medulares: 8 cervicais (mas 7 vértebras), 12 torácico, 5 lombare, 5 sacrais ,
geralmente, 1 coccígeo. O primeiro par carvical (C1) emerge acima da primaira vértebra cervical
(entre ela e o osso occipital). Já o oitavo par (C8) emerge abaixo da sétima vértebra, o mesmo
acontecendo com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado, sempre abaixo da
vértebra correspondende.

No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, pois termina ao nível da Segunda vértebra
lombar (L2). Abaixo deste nível o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas
dos últimos nervos espinhais que, dispostas em torno do cone medular e filamento terminal,
constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. A diferença de tamanho entre a medula e o canal
vertebral, assim como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, formando a cauda
eqüina, resultam de ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, entre a medula e a
coluna vertebral. Até o quarto mês de vida intra-uterina, medula e coluna crescem no mesmo ritmo.
Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral, e os nervos, passando pelos
respectivos forames intervertebrais, dispõem-se horizontalmente formando com a medula um ângulo
reto. Entretanto, a partir do quarto mês, a coluna começa a crescer mais do que a medula,
especialmente em sua porção caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações com os
respectivos forames intervertebrais, há o alongamento das raízes e diminuição do ângulo que elas
fazem com a medula.

Como todo sistema nervoso central, a medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas
meninges (dura-máter, aracnóide e pia-máter). A meninge mais externa é a dura-máter, formada por
abundantes fibras colágenas, que a tornam espessa e resistente. A dura-máter espinhal envolve toda
a medula formando o saco dural, cranialmente a dura-máter espinhal se continua com a dura-máter
craniana e caudalmente termina em um fundo-de-saco ao nível de S2. Prolongamentos laterais da
dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando-se com o tecido conjuntivo
(epineuro) que envolve estes nervos. A aracnóide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-
máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas, as
trabéculas aracnóideas, que une este folheto à pia-mater. A pia-máter é a menige mais delicada e
mais interna. Ela adere-se intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula e penetra na
fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua
caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento
perfura o fundo-de-saco dural e continua caudalmente até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural,
o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser
denominado filamento da dura-máter espinhal. Este, ao inserir-se no periósteo da superfície dorsal do
cóccix constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma de cada lado da medula uma prega
longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo de toda a
extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da
medula ao longo de uma linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem
lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares, que se inserem firmemente na aracnóide e na
dura-máter em pontos que se alternam com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos
denticulados são elementosde fixação da medula.

Em relação com as meninges que envolvem a medula existem três cavidades ou espaços, epidural,
subdural e subaracnóideo. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo
do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo
venoso vertebral interno, cujas veias não possuem válvulas e têm comunicação com veias das
cavidades torácica, abdominal e pélvica. O espaço subdural situado entre a dura-máter e a aracnóide
é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido, suficiente apenas para evitar
aderência das paredes. O espaço subaracnóideo é o mais importante e contém uma quantidade
razoavelmente grande de líquor.

Substância Cinzenta

A substância cinzenta da medula tem forma de H e pode ser dividida em coluna anterior, coluna
posterior e substância cinzenta intermédia. Por sua vez a substância cinzenta intermédia pode ser
dividida em substância cinzenta intermédia central e lateral, por duas linhas ântero-posteriores. De
acordo com este critério, a coluna lateral faz parte da substância cinzenta intermédia lateral. Na
coluna anterior distinguem-se uma cabeça e uma base, esta em conexão com a substância cinzenta
intermédia lateral. Na coluna posterior observa-se da frente para trás uma base, um pescoço e um
ápice. Neste último existe uma área constituída por tecido nervoso translúcido, rico em células
neurogliais e pequenos neurônios, a substância gelatinosa.

Classificação dos neurônios medulares na substância cinzenta

Podem ser classificados em neurônos radiculares e cordonais, com axônio longo, e neurônios com
axônio curto, ou internunciais.

 Neurônios radiculares: recebem este nome porque seu axônio, muito longo, sai da medula
para constituir a raiz ventral. Podem ser viscerais ou somáticos. Os viscerais são os
neurônios pré-ganglionares do sistema nervos autônomo, cujos corpos localizam-se na
substância cinzenta intermédia lateral, de T1 a L2 (coluna lateral), ou de S2 a S4. Destinam-
se à Inervação de múscuos lisos, cardíacos ou glândulas. Os somáticos são neurônios
destinados à Inervação de músculos estriados esqueléticos e têm seu corpo localizado na
coluna anterior. São também denominados neurônios motores primários, neurônios motores
inferiores, via motora final comum de Sherrington. Costuma-se distinguir na medula dos
mamíferos dois tipos de neurônios radiculares somáticos: alfa e gama. Os neurônios alfa são
muito grandes e seu axônio, bastante grosso, destina-se à Inervação de fibras musculares
que contribuem efetivamente para a contração dos músculos. Esta fibras são extrafusais, ou
seja, localizadas fora dos fusos neuromusculares. Cada neurônio alfa juntamente com as
fibras motoras que ele inerva constituem uma unidade motora. Os neurônios gama são
menores e mais finos e são responsáveis pela Inervação motora das fibras intrafusais. Eles
recebem influência de vários centros supra-segmentares relacionados com a atividade
motora e para a execução de um movimento voluntário eles são ativados simultaneamente
com os neurônios gama (coativação alfa-gama). Isso permite que os fusos neuromusculares
continuem a enviar informações propioceptivas ao sistema nervoso central, mesmo durante a
contração muscular desencadeada pela atividade dos neurônios alfa.

 Neurônios cordonais: são aqueles cujos axônios ganham a substância branca da medula,
onde tomam direção ascendente ou dessendente, passando a constituir as fibras que formam
os funículos da medula. O axônio de um neurônio cordonal pode passar ao funículo situado
do mesmo lado onde se localiza o seu corpo, ou do lado oposto. No primeiro caso, diz-se que
ele é homolateral (ou ipsilateral), e, no segundo caso, heterolateral (ou contralateral). Os
neurônio cordonais de projeção possuem um axônio ascendente longo, que termina fora da
medula. Os neurônios cordonais de associação possuem um axônio que, ao passar para a
substância branca, se bifurca em um ramo ascendente e outro descendente, ambos
terminado na substância cinzenta da própria medula. Constituem, pois, um mecanismo de
integração de segmentos medulares, situados em níveis diferentes, permitindo a realização
de reflexos intersegmentares na medula. As fibras nervosas formadas por este neurônios
dipõem-se em torno da substância cinzenta, onde formam os chamados fascículos próprios,
existentes nos três funículos da medula.

 Neurônios de axônio curto: o axôno destes neurônos permanece sempre na substância


cinzenta em razão do seu pequeno tamanho. Seus prolongamentos ramificam-se próximo ao
corpo celular e estabelecem conexão entre as fibras aferentes, que penetram pelas raízes
dorsais e os neurôinios motores, interpondo-se, assim, em vários arcos reflexos medulare.
Além disto, muitas fibras que chegam à medula trazendo impulsos do encéfalo terminam em
neurônios intrnunciais.

Núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula

Os neurônios medulares não se distribuem de maneira uniforme na substância cinzenta, mas


agrupam-se em núcleos ora mais, ora menos definidos. Estes núcleos formam colunas longitudinais
dentro das três colunas da medula. Alguns núcleos, entretanto, não se estendem ao longo de toda a
medula. Os núcleos descritos na coluna anterior podem ser agrupados em dois grupos: medial e
lateral. Os núcleos do grupo medial existem em toda a extensão da medula e os neurônios motores aí
localizados inervam a musculatura relacionada com o esqueleto axial através de fibras que emergem
principalmente através dos ramos dorsais dos nervos espinhais. Já os núcleos do grupo lateral dão
Origem a fibras que inervam a musculatura relacionada com o esquelto apendicular, ou seja, os
músculos dos membros superiores e inferiores. Em função disto, estes núcleos aparecem apenas nas
regiões das intumescências cervical e lombar. No grupo lateral, os neurônios motores situados mais
medialmente inervam a musculatura proximal dos membros, enquanto os situados mais lateralmente
inervam a musculatura distal dos membros, ou seja, os músculos intrínsecos e extrínsecos da mã e
do pé.

Na coluna posterior são mais evidentes dois núcleos: o núcleo torácico (núcleo dorsal), evidente
apenas na região torácica e lombar alta (L1e L2), relacionqa-se com a propriocepção inconsciente e
contém neurônios cordonais de projeção, cujos axônios vão ao cerebelo; e a substância gelatinosa,
que recebe fibras sensitivas que entram pela raiz dorsal e nela funciona o chamado portão da dor, um
mecanismo que regula a entrada, no sitema nervoso, de impulsos dolorosos. Para o funcionamento
do portão da dor são importantes as fibras serotoninérgicas que chegam à substância gelatinosa
vindas do tronco encefálico.

Através de estudos de Rexed pôde-se verificar que os neurônios medulares se distribuem em


extratos ou lâminas bastante regulares, as lâminas de Rexed, numeradas de I a X no sentido dorso-
ventral. As l6aminas de I a IV constituem uma área receptora, onde terminam os neurônios das fibras
exteroceptivas que penetram pelas raízes dorsais. As lâminas V e VI recebem informações
propriocepstivas. A lâmina IX, que no adulto não é contínua, contém os neurônios, correspondendo
aos núcleos da coluna anterior.

Substância branca da medula

As fibras da substância branca da medula agrupam-se em tractos e fascículos que formam


verdadeiros caminhos, ou vias, por onde passam os impulsos nervosos que sobem e descem. Não
existem septos delimitando os diversos tractos e fascículos, e as fibras da periferia de um tracto se
dispõem lado a lado com as do tracto vizinho. Durante o desenvolvimento fetal e pós-natal, as fibras
que compõem os tractos mielinizam-se aproximadamente na mesma época. Têm-se assim tractos e
fascículos descendentes e ascendentes, que constituem as vias ascendentes e vias descendentes da
medula. Existem ainda vias que contêm fibras ascendentes e descendentes misturadas e que
constituem as vias de associação da medula, que são formadas pelos prolongamentos dos neurônios
cordonais de associação que, em conjunto, formam os fascículos próprios da medula.

Vias descendentes

São formadas por fibras que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas do tronco encefálico e
terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares. Algumas terminam nos neurônios pré-
ganglionares do SNA, constituindo as vias descendentes viscerais. Outras terminam fazendo sinapse
com neurônios da coluna posterior e participam dos mecanismos qu regulam a penetração dos
impulsos sensoriais no sistema nervoso central. Contudo, o contingente mais importante termina
direta ou indiretamente nos neurônios motores somáticos, constituindo as vias motoras descendentes
somáticas. Essas vias dividem-se em dois grupos: vias piramidais e vias extrapiramidais. As primeiras
recebem esse nome porque, antes de penetrar na medula, passam pelas pirâmides bulbares,
enquanto as segundas não passam pelas pirâmides.

Vias piramidais

As vias piramidais na medula compreendem dois tractos: córitco-espinhal anterior e córitco-espinhl


lateral. Ambos originam-se no córtex cerebral e conduzem impulsos nervosos aos neurônios da
coluna anterior da medula, relacionando-se com estes neurônios diretamente ou através de neurônios
internunciais. No trajeto do córtex até o bulbo as fibras dos tractos córtico-espinhais lateral e anterior
constituem um só feixe, o tracto córtico-espinhal. Ao nível da decussação das pirâmides, uma parte
das fibras deste tracto se cruza e vai constituir o tracto córtico-espinhal lateral. Entretanto um número
de fibras não se cruza e continua em sua posição anterior e constitui o tracto córtico-espinhal anterior.

O tracto córtico-espinhal lateral é denominado também piramidal cruzado e o córtico-espinhal


anterior, piramidal direto. Os dois tractos são cruzados, o que significa que o córtex de um hemisfério
cerebral comanda os neurônios motores situados do lado oposto, visando a realização de
movimentos voluntários. Assim a motricidade voluntária é cruzada. O tracto córtico-espinhal lateral
localiza-se no funículo lateral da medula e o córtico-espinhal anterior no funículo anterior, próximo à
fissura mediana anterior.

Vias extrapiramidais

Os tractos extrapiramidais da medula são: tecto-espinhal (Origem no tecto mesencefálico – colículo


superior), vestíbulo-espinhal (Origem nos núcleos vestibulares, situados na área vestibular do IV
ventrículo), rubro-espinhal (Origem no núcleo rubro), retículo-espinhal (formação reticular). Todos
esses tractos terminam na medula em neurônios internunciais, através dos quais eles se ligam aos
neurônios motores da coluna anterior e assim exercem sua função motora. O tracto rubro-espinhal
liga-se aos neurônios motores situados lateralmente na coluna anterior, que controlam os músculos
responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (músculos intrínsicos da mão e do pé).
Os demais tractos extrapiramidais ligam-se aos neurônios motores situados na parte medial da
coluna anterior, e controlam a musculatura axial, ou seja, do tronco, assim com a musculatura
proximal dos membros. Os tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal são importantes para a
manutenção do equilíbrio e da postura básica, sendo que este último controla também a motricidade
voluntária da musculatura axial e proximal. Já o tracto tecto-espinhal parece ter funcões relacionadas
com certos reflexos em que a movimentação decorre de estímulos visuais.

Vias Ascendentes

As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam-se direta ou indiretamente com as
fibras que penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo. Cada
filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o sulco lateral posterior, divide-se em dois grupos de
fibras: um grupo lateral e outro medial. As fibras do grupo lateral são mais finas e dirigem-se ao ápice
da coluna posterior, enquanto as fibras do grupo medial dirigem-se à face medial da coluna posterior.
Antes de penetrar na coluna posterior, cada uma desta fibras se bifurca, dando um ramo descendente
e outro ascendente, além de um grande número de ramos colaterais mais finos. Todos estes ramos
terminam na coluna posterior da medula, exceto um grande contingente de fibras do grupo medial,
cijos ramos ascendentes muito longos terminam no bulbo. Estes ramos constituem as fibras dos
fascículos grácil e cuneiforme, que ocupam os funículos posteriores da medula e terminam fazendo
sinapse nos núcleos grácil e cuneiforme, nos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme do
bulbo. Assim, as fibras que formam as vias ascendentes da medula são ramos ascendentes de fibras
da raiz dorsal (fascículos grácil e cuneiforme) ou axônios de neurônios cordonais de projeção
situados na coluna posterior.

Vias ascendentes do funículo posterior

No funículo posterior existem dois fascículos, grácil, medialmente, e cuneiforme, lateralmente,


separados pelo septo intermédio posterior. Esses fascículos são formados pelos ramos ascendentes
longos das fibras do grupo medial da raiz dorsal, que sobem no funículo para terminar no bulbo. Nada
mais são do que prolongamentos centrais de neurônios sensitivos situados nos gânglios espinhais.

O fascículo grácil inicia-se no limite caudal da medula e é formado por fibras que penetram na medula
pelas raízes coccígea , sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil. Conduz,
portanto, impulsos provenientes dos membros inferiores e metade inferior do tronco.

O fascículo cuneiforme, evidente apenas a partir da medula torácica alta, é formado por fibras que
penetram pelas raízes cervicais e torácicas superiores, terminando no núcleo cuneiforme. Conduz,
portanto, impulsos originados nos membros superiores e metade superior do tronco.

Do ponto de vista funcional não existe diferença entre os fascículos grácil e cuneiforme, sendo assim,
o funículo posterior da medula é funcionalmente homogêneo, conduzindo impulsos relacionados com:

a. propiocepção consciente, ou sentido de posição e de movimento (cinestesia) – permite, sem


o auxílio da visão, situar uma parte do corpo ou perceber o seu moviento.
b. tato discriminativo ou epicrítico – permite localizar e descrever as características táteis de um
objeto.
c. sensibilidade vibratória – percepção de estímulos mecânicoa repetitivos. A perda da
sensibilidade vibratória é um dos sinais precoces de lesão do funículo posterior.
d. estereognosia – capacidade de perceber com as mãos a forma e o tamanho de um objeto. A
estereognosia provavelmente depende de receptores tanto para o tato como para
propiocepção.

Vias ascendentes do funículo anterior

No funículo anterior localiza-se o tracto espino-talâmico anterior, formado por axônios de neurônios
cordonais de projeção situaos na coluna posterior. Estes axônios cruzam o plano o plano mediano e
fletem-se cranialmente para formar o tracto espino-talâmico anterior cujas fibras nervosas terminam
no tálamo e levam impulsos de pressão e tato leve (tato protopático). Esse tipo de tato, ao contrário
daquele que segue pelo funículo posterior, é pouco discriminativo e permite apenas a localização da
fonte do estímulo tátil, de maneira grosseira.

Vias ascendentes do funículo lateral

 tracto espino-talâmico lateral – neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior


emitem axônios que cruzam o plano mediano na comissura branca, ganham o funículo lateral
onde se fletem cranialmente para constituir o tracto, cujas fibras terminam no tálamo. O
tamanho deste tracto aumenta à medida que ele sobe na medula pela constante adição de
novas fibras. Conduz impulsos de temperatura e dor. Em certos casos de dor aconselha-se a
secção do tracto, a cordotomia.
 traco espino-cerebela posterior- neurônios cordonais de projeção situados no núcleo torácico
da coluna posterior emitem axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado, fletindo-se
cranialmente para formar o tracto. As fibras deste tracto penetram no cerebelo pelo
pedúnculo cerebelar inferior, levando impulsos de propiocepção inconsciente originados em
fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos.
 tracto espino-cerebelar anterior – neurônios cordonais de projeção situados na coluna
posterior e na substância cinzenta intermédia emitem axônios que ganham o funículo lateral
do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se cranialmente para formar o tracto. As fibras
deste tracto penetram no cerebel, principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior. Admite-
se que as fibras cruzadas na medula tornam a se cruzar ao entrar no cerebelo, de tal modo
que o impulso nervoso termina no hemisfério cerebelar situado do mesmo lado em que se
originou. Ao contrário do tracto espino-cerebelar posterior, que veicula somente impulsos
nervosos originados em receptores periféricos, as fibras do tracto epino-cerebelar anterior
informam também eventos que ocorrem dentro da medula relacionados com a atividade
elétrica do tracto córitco-espinhal. Assim, através do tracto espino-cerebelar anterior, o
cerebelo é informado de quando os impulsos motores chegam à medula e qual sua
intensidade. Essa informação é usada pelo cerebelo para controle da motricidade somática.

ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TRONCO ENCEFÁLICO

O tronco encefálico situa-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, ventralmente ao cerebelo. Divide-
se em: bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situado entre ambos.

Bulbo

O bulbo raquídeo ou medula oblonga tem a forma de um tronco de cone, cuja extremidade menor
continua caudalmente com a medula espinhal. Como não existe uma linha de demarcação nítida
entre medula e bulbo, considera-se que o limite entre eles está em um plano horizontal que passa
acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do
forame magno do osso occipital. O limite superior é visível ventralmente, o sulco bulbo-pontino. A
fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão denominada forame cego. De cada
lado da fissura mediana anterior existe uma eminência alongada, a pirâmide, formada por um feixe
compacto de fibras nervosas descendentes que ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios
motores da medula, o tracto córtico-espinhal ou tracto piramidal. Na parte caudal do bulbo, fibras
deste tracto cruzam obliquamente o plano mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura
mediana anterior e constituem a decussação das pirâmides. Entre os sulcos anterior e lateral
posterior tem-se a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por
uma grande massa de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior, situado logo abaixo da superfície.
Ventralmente à oliva emergem do sulco lateral anterior os filamentos radiculares do nervo hipoglosso.
Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos
glossofaríngeo e vago, além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo
acessório, a qual se une com a raiz espinhal, proveniente da medula.

A metade caudal do bulbo ou porção fechada é percorrida por um estreito canal, continuação direta
do canal da medula. Este canal abre-se para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é em parte
constituído pela metade rostral, ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia
altura do bulbo, em virtude do afastamento de seus lábios, que contribuem para a formação dos
limites laterais do IV ventrículo. Entre este sulco e o sulco lateral posterior está situada a área
posterior do bulbo, continuação do funículo posterior da medula e, como este, dividida em fascículo
grácil e fasacículo cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. Estes fascículos são constituídos por
fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância
cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos respectivos fascículos,
onde determinam o aparecimento de duas eminências, o tubérculo do núcleo grácil, medialmente, e o
tubérculo do núcleo cuneiforme ou cuneado, lateralmente. Em virtude do aparecimento do IV
ventrículo, os tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme afastam-se lateralmente como os
dois ramos de um V e gradualmente continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (ou
corpo restiforme), que é formado por um grosso feixe de fibras que forma as bordas laterais da
metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo.

Estrutura do bulbo
A organização interna das porções caudais do bulbo é bastante semelhante à da medula. Entretanto,
à medida que se examinam secções mais altas de bulbo, notam-se diferenças cada vez maiores, até
que ao nível da oliva já não existe aparentemente qualquer semelhança. Estas modificações são
devidas:

 ao aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo, sem correpondentes na medula, como


os núcleos grácil, cuneiforme e olivar inferior;
 à decussação das pirâmides (motora);
 à decussação dos lemniscos (sensitiva). Fibras originadas nos núcleos grácil e cuneiforme,
as fibras arquedas internas, mergulham ventralmente, passam através da coluna posterior,
contribuindo para fragmentá-la, cruzam o plano mediano (decussação sensitiva), e infletem-
se cranialmente para constituir de cada lado o lemnisco medial, que conduz ao tálamo os
impulsos nervosos vindos pelos fascículos grácil e cuneiforme, relacionados com a
propiocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória;
 abertura do IV ventrículo.

Substância cinzenta do bulbo

 Substância cinzenta homóloga (núcleos de nervos cranianos)

 núcleo ambíguo: motor, para musculatura estriada de Origem branquimérica; saem fibras
eferentes viscerais especiais do IX, X e XI pares cranianos, destinados à musculatura da
laringe e da faringe;
 núcleo do hipoglosso: motor, fibras eferentes somática para a musculatura da língua; situa-se
no trígono do hipoglosso;
 núcleo dorsal do vago: motor, pertencente ao parassimpático; nele estão situados neurônios
pré-ganglionares cujos axônios saem pelo vago; situa-se no trígono vagal;
 núcleo vestibulares: sensitivos, recebem fibras que penetram pela porção vestibular do VIII
par; situa-se na área vestibular do assoalho do IV ventrículo atingindo o bulbo somente os
núcleos vestibulares inferior e medial;
 núcleo do tracto solitário: sensitivo, recebe fibras aferentes viscerais gerais e especiais
(relacionadas com a gustação) que entram pelo VII, IX e X pares; antes de penetrarem no
núcleo, as fibras têm trajeto descendente no tracto solitário;
 núcleo do tracto espinhal do nervo trigêmeo: chegam fibras aferentes somáticas gerais
trazendo a sensibilidade de quase toda a cabeça pelos nervos V, VII, IX e X; contudo as
fibras que chegam pelos nervos VII, IX e X trazem apenas a sensibilidade geral do pavilhão
auditivo externo; corresponde à substância gelatinosa da medula com a qual se continua;
 núcleo salivatório inferior: origina fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo
glossofaríngeo para Inervação da parótida.

Substância cinzenta própria do bulbo

 núcleos grácil e cuneiforme: originam fibras arqueadas internas que cruzam o plano mediano
para formar o lemnisco medial;
 núcleo olivar inferior: corresponde à formaçãp da oliva; recebe fibras do córtex cerebral, da
medula e do núcleo rubro; liga-se ao cerebelo através das fibras olivo-cerebelares que
cruzam o plano mediano, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. As
conexões olivo-cerebelares estão envolvidas na aprendizagem motora;
 núcleos olivares acessórios medial e dorsal: têm mesma estrutura, conexão e função do
núcleo olivar inferior, constituindo com ele o complexo olivar inferior.

Substância branca do bulbo

 Fibras transversais (ou fibras arqueadas)

1. fibras arqueadas internas: formam dois grupos principais de significação


completamente diferentes: algumas são constituídas pelos axônios dos neurônios
dos núcleos grácil e cuneiforme no trajeto entre estes núcleos e o lemnisco medial;
outras são constituídas pelas fibras olivo-cerebelares, que do complexo olivar inferior
cruzam o plano mediano, penetrando no cerebelo do lado oposto pelo pedúnculo
cerebelar inferior;
2. fibras arqueadas externas: têm trajeto próximo à superfície do bulbo e penetram no
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.

 Fibras longitudinais

1. Vias ascendentes: são constituídos pelos tractos e fascículos ascendentes oriundos


da medula, que terminam no bulbo ou passam por ele em direção ao cerebelo ou ao
tálamo.

a. fascículos graçil e cuneiforme


b. lemnisco medial
c. tracto espino-talâmico lateral (medialmente ao tracto espino-cerebelar
anterior)
d. tracto espino-talâmico anterior
e. tracto espino-cerebelar anterior (entre o núcleo olivar e o tracto espino-
cerebelar posterior – entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior)
f. tracto espino-cerebelar posterior (entre o tracto espino-cerebelar anterior e o
pedúnculo cerebelar inferior)
g. pedúnculo cerebelar inferior, ou corpo restiforme (feixe de fibras ascendentes
que percorrem as bordas laterais da metade inferior do IV ventrículo até o
nível dos recessos laterais, onde se flete dorsalmente para penetrar no
cerebelo – as fibras que o constituem são: fibras olivo-cerebelares, fibras do
tracto espino-cerebelar posterior e fibras arqueadas externas)

2. Vias descendentes

a. tracto córtico-espinhal, ou tracto piramidal (fibras do córtex para a medula em


trânsito pelo bulbo)
b. tracto córtico-nuclear (fibras do córtex que terminam em núcleos motores do
tronco encefálico – no caso do bulbo, nos núcleos ambíguo e do hipoglosso,
permitindo o controle voluntário da laringe, farínge e lingua)
c. tractos extrapiramidais (fibras do tronco encefálico para a medula – tracto
tecto-espinhal; tracto rubro-espinhal; tracto vestíbulo-espinhal; e tracto
retículo-espinhal)
d. tracto espinhal do nervo trigêmeo (fibras sensitivas que penetram pela ponte
do trigêmeo e tomam trajeto descendente lateralmente ao núcleo do tracto
espinhal do nevo trigêmeo
e. tracto solitário (fibras aferentes viscerais que penetram no tronco encefálico
pelos nervos VII, IX e X e tomam trajeto descendente ao longo do núcleo do
tracto solitário

3. Vias de associação: são formadas por fibras que constituem o fascículo longitudinal
medial, presente em toda a extensão do tronco encefálico e níveis mais altos da
medula. Corresponde ao fascículo próprio, que é via de associação da medula. O
fascículo longitudinal medial liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos
sendo especialmente importantes suas conexões com os núcleos dos nervos
relacionados com o movimento do bulbo ocular (III,IV,VI) e da cabeça (núcleo de
Origem da raiz espinhal do nervo acessório que inerva os músculos trapézio e
esternocleidomastóideo). Recebe ainda um importante contingente de fibras dos
núcleos vestibulares, trazendo impulsos que informam sobre a posição da cabeça,
sendo assim importante para a realização de reflexos que coordenam os movimentos
da cabeça com os do olho, além de outros.

Formação reticular do bulbo


Ocupa uma grande área do bulbo, onde preenche todo o espaço não ocupado por núcleos de tracto
mais compactos. É na formação reticular do bulbo que se localizam o centro repiratório, centro
vasomotor e o centro do vômito.

Ponte

Repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base,
situada ventralmente, apresenta estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes
de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada lado para formar um
volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio (ou braço da ponte), que penetra no hemisfério
cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o braço da ponte o ponto de
emergência do nervo trigêmeo, que se faz por duas raízes, uma maior, sensitiva, e outra menor,
motora. Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar,
que geralmente aloja a artéria basilar.

A parte ventral é separada do bulbo-pontino, de onde emergem de cada lado a partir da linha
mediana os nervos abducente (entre a ponte e a pirâmide do bulbo), facial (medialmente ao VIII par)
e vestíbulo-coclear (lateralmente, próximo a um pequeno lóbulo do cerebelo, denominado flóculo).
Entre os nervos facial e vestíbulo-coclear emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par.
A presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma área relativamente pequena explica a
riqueza de sintomas observados nos casos de tumores que acometem esta área, levando à
compressão dessas raízes e causando a chamada síndrome do ângulo ponto-cerebelar. A parte
dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo,
constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.

Estrutura da ponte

É formada por uma parte ventral, ou base da ponte, e uma parte dorsal, ou tegmento da ponte. O
tegmento da ponte tem estrutura muito semelhante ao bulbo e ao tegmento do mesencéfalo. Já a
base da ponte tem estrutura muito diferente das outras áreas do tronco encefálico. No limite entre o
tegmento e a base da ponte observa-se um conjunto de fibras mielínicas de direção tranversal, o
corpo trapezóide.

Parte ventral da ponte

É uma área própria da ponte sem correspondente em outros níveis do tronco encefálico. São
observadas:

 fibras longitudinais:

a. tracto córtico-espinhal (fibras do córtex para a medula)


b. tracto córtico-nuclear (fibras do córtex para neurônios motores situados em núcleos
motores de nervos cranianos, no caso da ponte, os núcleos do trigêmeo, abducente e
facial
c. tracto córtico-pontino (fibras do córtex que terminam fazendo sinapse com os
neurônios dos núcleos pontinos.

 fibras transversais e núcleos pontinos

Os núcleos pontinois são pequenos aglomerados de neurônios dispersos em toda a base da ponte.
Neles terminam fazendo sinapse as fibras córtico-pontinas. Os axônios dos neurônios dos núcleos
pontinos constituem as fibras transversais da ponte, também chamadas fibras pontinas ou ponto-
cerebelares. Estas fibras têm direção transversal e cruzam o plano mediano penetrando no cerebelo
pelo pedúnculo cerebelar médio. Forma-se assim a via córtico-ponto-cerebelar.
Parte dorsal ou tegmento da ponte

O tegmento da ponte assemelha-se estruturamente ao bulbo e ao tegmento do mesencéfalo com os


quais continua. Apresenta fibras ascendentes, descendentes e transversais, além de núcleos de
nervos cranianos e substância cinzenta própria da ponte.

Componentes:

 núcleos do nervo vestíbulo-coclear: as fibras sensitivas que constituem as partes coclear e


vestibular do nervo vestíbulo-coclear terminam, respectivamente, nos núcleos cocleares e
vestibulares da ponte. Os núcleos cocleares são dois, dorsal e ventral, situados ao nível do
pedúnculo cerebelar inferior. Nestes núcleos terminam as fibras que constituem a porção
coclear do nervo vestíbulo-coclear e são os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos
do gânglio espiral. A maioria das fibras originadas nos núcleos cocleares dorsal e ventral
cruza para o lado oposto, constituindo o corpo trapezóide. A seguir estas fibras contornam o
núcleo olivar superior e inflectem-se cranialmente para constituir o lemnisco lateral,
terminando no colículo inferior, de onde os impulsos nervosos seguem para o corpo
geniculado medial. Entretanto um número significativo de fibras termina no núcleo olivar
superior, do mesmo lado ou do lado oposto, de onde os impulsos nervosos seguem pelo
lemnisco lateral. Todas estas formações são parte da via da audição. Assim, a via auditiva
apresenta componentes cruzados e não-cruzados, ou seja, o hemisfério cerebral de um lado
recebe informações auditivas dos dois ouvidos. Os núcleos vestibulares localizam-se no
assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a área vestibular. São em número de quatro, lateral,
medial, superior e inferior. Cada um tem suas características e suas conexões. Os núcleos
vestibulares recebem impulsos nervosos originados da parte vestibular do ouvido interno e
que informam sobre a posição e os movimentos da cabeça. Estes impulsos passam pelos
neurônios sensitivos do gânglio vestibular e chegam ao núcleos vestibulares pelos
prolongamentos centrais destes neurônios, que, em conjunto, formam a parte vestibular do
nervo. Chegam ainda aos núcleos vestibulares fibras provenientes do cerebelo relacionadas
com a manutenção do equilíbrio. As fibras eferente dos núcleos vestibulares formam ou
entram na composição dos: fascículo vestíbulo-cerebelar, fascículo longitudinal medial, tracto
vestíbulo-espinhal (suas fibras levam impulsos aos neurônios motores da medula e são
importantes para a manutenção do equilíbrio), fibras vestíbulo-talâmicas.

 núcleos dos nervos facial e abducente: as fibras que emergem do núcleo do nervo facial têm
inicialmente direção dorso-medial, formando um feixe compacto que logo abaixo do assoalho
do IV ventrículo se encurva em direção cranial. Estas fibras após percorrerem uma certa
distância medialmente ao núcleo do nervo abducente, encurvam-se lateralmente sobre a
superfície dorsal deste núcleo, contribuindo para formar a elevação do assoalho do IV
ventrículo, o colículo facial. A curvatura das fibras do nervo facial em torno do núcleo do
abducente constitui o joelho interno do nervo facial. Após contornar o núcleo do abducente,
as fibras tomam direção ventro lateral e ligeiramente caudal para emergir no sulco bulbo-
pontino.

 núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal: pertencentes à parte craniana do sistema


parassimpático, dão Origem a fibras pré-ganglionares que emrgem pelo nervo intermédio,
conduzindo impulsos para a Inervação das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal.

 núcleos do nervo trigêmeo: além do núcleo do tracto espinhal, possui ainda o núcleo sensitivo
principal (continuação cranial do núcleo do tracto espinhal), o núcleo do tracto mesencefálico
(estende-se cranialmente acompanhado pelas fibras do tracto mesencefálico do trigêmeo) e o
núcleo motor (origina fibras para os músculos mastigadores – núcleo ) Os núcleos sensitivo
principal e do tracto mesencefálico do trigêmeo recebem impulsos relacionados com a
sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça e deles saem fibras ascendentes,
que se reúnem para constituir o lemnisco trigeminal, que termina no tálamo.

 
Quarto ventrículo

É a cavidade do rombencéfalo, situado entre o bulbo e a ponte ventralmente, e o cerebelo,


dorsalmente. Continua caudamente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto
cerebral, cavidade do mesencéfalo, através da qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo.
A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os recessos laterais, situados na
superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior. Estes recessos se comunicam de cada lado com o
espaço subaracnóideo por meio das aberturas laterais do IV ventrículo (forames de Luschka). Há
também uma abertura mediana do IV ventrículo (forame de Magendie), situado no meio da metade
caudal do tecto do ventrículo. Por meio destas cavidades o líquido cérebro-espinhal, que enche a
cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.

O assoalho do IV ventrículo, ou fossa rombóide, tem forma losângica e é formado pela parte dorsal da
ponte e da porção aberta do bulbo. Limita-se ínfero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares
inferiores e pelos tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme. Súpero-lateralmente limita-se pelos
pedúnculos cerebelares superiores, ou braços conjuntivos, feixes de fibras nervosas compacto que,
saindo de cada hemisfério cerebelar, fletem-se cranialmente e convergem para penetrar no
mesencéfalo. O assoalho do IV ventrículo é percorrido em toda a sua extensão pelo sulco mediano,
que se perde cranialmente no aqueduto cerebral e caudamente no canal central do bulbo. De cada
lado do sulco mediano há uma eminência, a eminência medial, limitada lateralmente pelo sulco
limitante. Este sulco, separa os núcleos motores, derivados da lâmina basal e situados medialmente,
dos núcleos sensitivos, derivados da lâmina alar e situados lateralmente. De cada lado, o sulco
limitante se alarga para constituir duas depressões, a fóvea superior e a fóvea inferior, situadas
respectivamente nas metades cranial e caudal da fossa rombóide. Medialmente à fóvea superior, a
eminência medial dilata-se para constituir de cada lado o colículo facial, formado por fibras do nervo
facial, que neste nível contornam o núcleo do nervo abducente. Na parte caudal da eminência medial
observa-se, de cada lado, uma pequena àrea triangular, o trígono do nervo hipoglosso,
correspondente ao núcleo do nervo hipoglosso, e lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso e
caudamente à fóvea inferior, existe uma outra área triangular, o trígono do nervo vago, que
corresponde ao núcleo dorsal do vago. Lataralmente ao sulco limitante e estendendo-se de cada lado
em direção aos recessos laterais, há uma grande área triangular, a área vestibular, correspondendo
aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear. Cruzando transversalmente a área vestibular
para se perderem no sulco mediano, freqüentemente existem finas cordas de fibras nervosas que
constituem as estrias medulares do IV ventrículo. Estendendo-se da fóvea superior em direção ao
aqueduto cerebral, lateralmente à eminência medial, encontra-se o locus ceruleus, área de coloração
ligeiramente escura, cuja função se relaciona com o mecanismo do sono.

A metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma fina lâmina de substância branca, o
véu medular superior, que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na
constituição da metade caudal do tecto tem-se: uma pequena parte da substância branca do nódulo
do cerebelo; o véu medular inferior, preso medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo; tela
coróide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas da metade caudal do
assoalho do IV ventrículo. Quando a tela coróide é retirada, suas borda permanecem como duas
linhas , as tênias do IV ventrículo, que se unem sobre o ângulo caudal da cavidade para formar uma
pequena lâmina triangular, o óbex. A tela coróide é formada pela união do epitélio ependimário, que
reveste internamente o ventrículo, com a pia-máter, que reforça externamente este epitélio. A tela
coróide emite projeções irregulares, e muito vascularizadas, que se invaginam na cavidade ventricular
para formar o plexo coróide do IV ventrículo, que tem em conjunto a forma de um T, cujo braço
vertical é duplo.

Mesencéfalo

Situa-se entre a ponte e o cérebro, do qual é sperado por um plano que liga os corpos mamilares,
pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessadopelo aqueduto cerebral. A parte do
mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo; ventralmente tem-se os dois
pedúnculos cerebrais, que, por sua vez, dividem-se em uma parte dorsal, predominantemente celular,
o tegmento, e outra ventral, formada de fibras longitudinais, a base do pedúnculo. O tegmento é
separado da base pela substância negra, formada por neurônios que contém melanina.
Correspondendo à substância negra na superfície do mesencéfalo existem dois sulcos longitudinais:
sulco lateral do mesencéfalo e sulco medial do pedúnculo cerebral. Eles marcam na superfície o limite
entre base e tegmento. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor.

O tecto do mesencéfalo apresenta quatro eminências arredondadas, os colículos superiores e


inferiores (corpos quadrigêmeos), separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na
parte anterior do ramo longitudinal da cruz aloja-se o corpo pineal, que pertence ao diencéfalo.
Caudalmente a cada colículo inferior emerge o nervo troclear, único dos pares cranianos que emerge
dorsalmente, que contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre a ponte e o mesencéfalo.
Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, através de
um feixe superficial de fibras nervosas que constitui seu braço. Assim, o colículo inferior se liga ao
corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior, e o colículo superior liga-se ao corpo
geniculado lateral pelo braço do colículo superior, o qual tem parte de seu trajeto escondido entre o
pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial.

Os pedúnculos cerebrais aparecem, ventralmente, como dois grandes feixes de fibras que surgem na
borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro.
Delimitam-se, assim, a fossa interpeduncular, cujo fundo apresenta pequenos orifícios para a
passagem de vasos, e é denominada substância perfurada posterior.

OBS: Considerações sobre a estrutura do tronco encefálico: existem vária diferenças entre a estrutura
da medula e a do tronco encefálico, embora ambos pertençam ao sistema nervoso segmentar. Uma
delas é a fragmentação longitudinal e transversal da substância cinzenta no tronco encefálico,
formando-se assim os núcleos dos nervos cranianos. Estes núcleos correspondem a determinadas
áreas de substância cinzenta da medula e constituem a chamada subtância cinzenta homóloga à da
medula. Por outro lado existem muitos núcleos no tronco encefálico que não têm substância cinzenta
na medula e que constituem a substância cinzenta própria do tronco encefálico. A fragmentação das
colunas cinzentas ao nível do tronco encefálico se deve, em parte, ao aparecimento de um grande
número de fibras de direção transversal, pouco freqüentes na medula. Outra diferença entre a
estrutura da medula e do tronco encefálico é a presença, ao nível deste, de uma rede de fibras e
corpos de neurônios, a formação reticular, que preenche o espaço situado entre os núcleos e os
tractos mais compactos. Ela tem uma estrutura intermediária entra a substância branca e cinzenta.

Estrutura do mesencéfalo

É constituído por uma porção dorsal, o tecto do mesencéfalo, e outra ventral, maior, os pedúnculos
cerebrais, separados pelo aqueduto cerebral, que percorre longitudinalmente o mesencéfalo e é
circundado por uma espessa camada de substância cinzenta, a substância cinzenta central ou
periaquedutal. Em cada pedúnculo cerebral distinguem-se uma parte ventral, a base do pedúnculo,
formada por fibras longitudinais e uma parte dorsal, o tegmento do mesencéfalo, cuja estrutura se
assemelha à parte correspondente da ponte. Separando o tegmento da base tem-se a substância
negra.

Tecto do mesencéfalo

É constituído por quatro eminências, os colículos superiores, relacionados com os órgãos da visão, e
os colículos inferiores, relacionados com a audição.

 Colículo superior: é formado por uma série de camadas superpostas constituídas


alternadamente por substância branca e cinzenta, sendo que a camada mais profunda
confunde-se com a substância cinzenta central. Dentra suas conexões estão: fibras da retina
(que os atingem pelo tracto óptico e braço do colículo superior); fibras do córtex occipital (que
os atingem pela radiação óptica e braço do colículo superior); fibras que formam o tracto
tecto-espinhal (terminam fazendo sinapse com neurônios motores da medula cervical). São
importantes para certos reflexos que regulam os movimentos dos olhos no sentido vertical,
sendo que existem fibras que os ligam aos núcleos do nervo oculomotor, situado
ventralmente no mesencéfalo.
 Colículo inferior: difere do superior estruturalmente pois é constituído por uma massa bem
delimitada de substância cinzenta, o núcleo do colículo inferior, que recebe fibras auditivas do
lemnisco lateral e manda fibras ao corpo geniculado medial através do braço do colículo
inferior. Algumas fibras cruzam de um colículo para outro formando a comissura do colículo
inferior.

Área (ou núcleo) pré-tectal

É uma área de limites puco definidos, situada na extremidade rostral dos colículos superiores no
limite do mesencéfalo com o diencéfalo. Relaciona-se com o controle reflexo das pupilas.

Base do pedúnculo cerebral

É formada por fibras descendentes dos tractos córtico-espinhal, córtico-nuclear e córtico-pontino, que
formam um conjunto compacto, tendo localizações precisas na base do pedúnculo cerebral, sabendo-
se inclusive a localização das fibras córtico-espinhais responsáveis pela motricidade de cada partes
do corpo.

Tegmento do mesencéfalo

É uma continuação do tegmento da ponte, apresentando substâncias branca e cinzenta além de


formação reticular.

Substância cinzenta homóloga (núcleo dos nervos cranianos)

No tegmento do mesencéfalo estão os núcleos pares cranianos III, IV e o núcleo do tracto


mesencefálico que continua da ponte e recebe informações propioceptivas que entram pelo nervo
trigêmeo.

a. núcleo do nervo troclear: situa-se ao nível do colículo inferior, ventralmente à substância


cinzenta central e dorsalmente ao fascículo longitudinal medial. Suas fibras saem da sua face
dorsal, contornam a substância cinzenta central, cruzam com as do lado oposto e eergem do
véu medular superior, caudamente ao colículo inferior. É o único nervo que sai dorsalmente e
cujas fibras decussam antes de emergirem do SNC. O nervo troclear inerva o músculo
oblíquo superior.
b. núcleo do nervo oculomotor (ou complexo oculomotor): situa-se ao nível do colículo superior
e está intimamente relacionado com o fascículo longitudinal medial. Pode ser funcionalmente
dividido em duas partes: somática e visceral. A somática contém os neurônios motores
(subnúcleos) responsáveis pela Inervação dos músculos retos superior, inferior, medial e
levantador da pálpebra, sendo que suas fibras, que podem atravessar o núcleo rubro,
emergem na fossa interpeduncular, constituindo o nervo oculomotor. A parte visceral é
chamada de núcleo de Edinger-Westphal e contém neurônios pré-ganglionares, cujas fibras
fazem sinapses no gânglio ciliar e estão relacionadas com a Inervação dos músculos ciliar e
esfíncter da pupila. Estas fibras pertencem ao parassimpático craniano e controlam o reflexo
do diâmetro da pupila em resposta a diferentes intensidades de luz.

Substância cinzenta própria do mesencéfalo

Situam-se dois núcleos relacionados com a atividade motora somática: o núcleos rubro e a
substância negra.

Núcleo rubro (ou vermelho)

Fibras do pedúnculo cerebelar superior envolvem o núcleo rubro e vão penetrando à medida que
sobem, mas grande parte delas termina no tálamo. Na estrutura do núcleo rubro distinguem-se uma
parte parvicelular, que contém neurônios pequenos, e outra magnocelular, que contém neurônios
grandes. Recebe fibras do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral e dá Origem ao tracto
rubro-espinhal, através do qual influencia os neurônios motores da medula, responsáveis pela
Inervação da musculatura distal dos membros. O núcleo rubro liga-se também ao colplexo olivar
inferior através das fibras rubro-olivares, que integram o circuito rubro-olivo-cerebelar.

Substância negra

Situada entre o tegmento e a base do pedúnculo cerebral, a substância negra é um núcleo compacto
formado por neurônios que contêm melanina. Uma característica importante da maioria dos neurônios
da substância negra é que eles utilizam como neurotransmissore a dopamina, ou seja, são neurônios
dopaminérgicos. Faz conexões com o corpo estriado nos dois sentidos, através de fibras nigro-
estriatais e estriato-nigrais, sendo as primeiras dopaminérgicas. Degenerações dos neurônios
dopaminérgicos da substância negra causam uma diminuição de dopamina no corpo estriado,
provocando graves perturbações motoras que caracterizam a síndrome de Parkinson.

Substância branca

A maioria dos feixes descendentes do mesencéfalo percorrem o pedúnculo cerebral enquanto as


fibras descendentes percorrem o tegmento e representam a continuação que sobem da ponte: quatro
lemniscos (medial, lateral, espinhal e trigeminal) e o pedúnculo cerebelar superior. Este ao nível do
colículo inferior cruza com o do lado opsoto na decussação do pedúnculo cerebelar superior e sobe
envolvendo o núcleo rubro. A nível do colículo inferior, os quatro lemniscos aparecem agrupados em
uma só faixa na parte lateral do tegmento, onde, em uma suqüencia médio-lateral, se dispõem os
lemniscos medial, espinhal, trigeminal e lateral. Este último pertencente às vias auditivas, termina no
núcleo do colículo inferior, enquanto os demais sobem e aparecem a nível do colículo superior em
uma faixa disposta lateralmente ao núcleo rubro. Nesse nível nota-se também o braço do colículo
inferior, cujas fibras termianm no corpo geniculado medial.

FORMAÇÃO RETICULAR

É uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferente separados por
uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. A formação reticular tem
uma estrutura intermediária entre a substância branca e a cinzenta. No tronco encefálico preenche
todos os espaços não preenchidos pelos tractos, fascículos e núcleos de estrutura mais compacta.

Não tem uma estrutura homogênea, podendo-se delimitar grupos mais ou menos bem definidos de
neurônios, que constituem os núcleos da formação reticular.

 núcleos da rafe: trata-se de um conjuto de oito núcleos, dentre os quais um dos mais
imposrtantes é o nucleus raphe magnus, que se dispõe ao longo da linha mediana (rafe
mediana) em toda extensão do tronco encefálico. Os núcleos da rafe contêm neurônios ricos
em serotonina;
 locus ceruleus: este núcleo apresenta célualas ricas em noradrenalina;
 substância cinzenta periaquedutal, ou central: é considerada um núcleo da formação reticular
importante na regulação da dor;
 área tegmentar ventral: situada na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medialmente à
substância negra, contám neurônis ricos em dopamina.

Do ponto de vista citoarquitetural, a formação reticular pode ser dividida em uma zona
magnocelular,de células grandes e uma zona parvocelular, de células pequenas. A zona magno
celular dá Origem às vias ascendentes e descendentes longas e pode ser considerada a zona
efetuadora da formação reticular.

Conexões da formação reticular


Além de receber impulsos que entram pelos nervos cranianos, ela mantém relações nos dois sentidos
com o cérebro e a medula:

 conexões com o cérebro: a formação reticular projeta fibras para tod o córtex cerebral, por via
talâmica e extratalâmica. Projeta-se também para outras áreas do diencéfalo. Pos outro lado,
várias áreas do córtex cerebral, do hipotálamo e do sistema límbico enviam fibras
descendentes à formação reticular;
 conexões com o cerebelo;
 conexões com a medula: dois grupos principais de fibras ligam a formação reticlar à medula,
as fibras rafe-espinhais e as fibras do tracto retículo-espinhal. Por outro lado a formação
reticular recebe informações provenientes da medula através das fibras espino-reticulares;
 conexões com os núcleos dos nervos cranianos

Funções da formação reticular

A formação reticular influencia quase todos os setores do SNC. Suas principais funções são:

 controle da atividade elétrica cortical; sono e vigília;

A formação rticular é capaz de ativar o córtex cerebral a partir do SARA, sistema ativador reticular
ascendente. A Ação se faz através de conexões da formação reticular com os núcleos inespecíficos
do tálamo. A formação reticular contém mecanismos capazes de regular o sono de maneira ativa. O
sono, do ponto de vista eletroencefalográfico, não é homogêneo, comportando vários estágios. Entre
estes está o sono paradoxal (REM), assim denominado porque embora o indivíduo se encontre
profundamente adormecido, seu traçado eletroencefalográfico é dessincronizado, semelhante ao do
indivíduo acordado. Durante o sono paradoxal há um relaxamento muscular e os olhos se movem
rapidamente e é nessa fase que ocorrem os sonhos. O sono paradoxal é ativamente desencadeado a
partir de grupos neuronais situados na formação reticular, entre os quais o locus ceruleus.

 controle eferente da sensibilidade;

Sabe-se que até certo ponto o SN é capaz de selecionar informações sensoriais que lhe chegam,
eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras, fenômeno chamado de atenção
seletiva.isto se faz por um mecanismo ativo envolvendo fibras eferentes ou centrífugas capazes de
modular a passagem dos impulsos nervosos nas vias aferentes específicas. Esse controle eferente
da sensibilidade se faz principalente por fibras originadas na formação reticular, como as fibras que
inibem a penetração no SNC de impulsos dolorosos, caracterizando as vias de analgesia.

 controle da motricidade somática;

A formação reticular tem influencia sobre neurônios motores medulares, ativando-os ou os inibindo
através do tracto córtico-espinhal. Aferências das áreas motoras do córtex cerebral, através da via
córtico-retículo-espinhal, controlam a motricidade voluntária dos músculos axiais e apendiculares
proximais. Aferências do cerebelo enquadram-se nas funções exercidas por ele, como regulação
automática do equilíbrio, do tônus e da postura, agindo também sobre os mesmos grupos
musculares.

 controle do SNA;

O sistema límbico e o hipotálamo são os dois centro supra-segmentares mais importantes para o
controle do SNA e têm projeções para a formação reticular, a qual, por sua vez, liga-se a neurônios
pré-ganglionares do SNA, estabelecendo assim o principal mecanismo de controle da formação
reticular sobre esse sistema.

 controle neuroendócrino;
Estímulos elétricos da formação reticular do mesencéfalo causam a liberação de ACTH e do
hormônio antidiurético.

 integração de reflexos; centro respiratório e vasomotor.

APLICAÇÃO CLÍNICA

Conceitos

Alterações da motricidade

 paresia: diminuição da força muscular;


 plegia (paralisia): ausência total de força impossibilitando o movimento;

Obs.: quando esses sintomas atingem todo um lado do corpo têm-se hemiparesia ou hemiplegia.

 tonia: estado de permanente tensão que se encontra o músculo normal em repouso;

Obs.: hipertonia (aumento), hipotonia (diminuição), atonia (ausência completa).

 flexia: relaciona-se com os reflexos;

Obs.: arreflexia (ausência), hiporreflexia (diminuição), hiper-reflexia (aumento).

 paralisias flácidas: paralisias com hipotonia e hiporreflexia. (síndrome do neurônio motor


inferior).
 paralisias espásticas: paralisias com hipertonia e hiper-reflexia. (síndrome do neurônio motor
superior).

Alterações da sensibilidade

 anestesia: desaparecimento total de uma ou mais modalidades de sensibilidade. Perda da


sensibilidade tátil.
 analgesia: perda da sensibilidade dolorosa.
 hipoestesia: diminuição da sensibilidade.
 hiperestesia: aumento da sensibilidade.
 parestesia: aparecimento de sensações espontâneas sem estimulação. (formigamento)
 algias: dores em geral.

Lesões da medula

Coluna anterior

Ocorre freqüentemente na poliomielite, cujo vírus destrói especificamente os neurônos motores da


coluna anterior. Neste caso aparece a síndrome do neurônio motor inferior no território muscular
correspondente à área da medula que foi lesada. Quando a lesão se dá nos neurônios responsáveis
pelos movimentos respiratórios, pode haver morte por insuficiência respiratória.

Tabes dorsalis

Conseqüência da neurosífilis, ocorre lesão das raízes dorsais, especialmente da divisão medial
destas, que contém as fibras formadoras dos fascículos grácil e cuneiforme, que são destruídos.
Como conseqüência têm-se a perda da propiocepção consciente (perda do sentido de posição e de
movimento), perda do tato epicrítico (perda da discriminação tátil) e perda da sensibilidade vibratória
e da esterognosia.

Hemissecção da medula

Produz a síndrome de Brown-Séquard, cujos sintomas mais característicos, que resultam da


interrupção dos principais tractos, são:

 sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão (tracto não cruzados da medula):
paralisia espástica (tracto córtico-espinhal lateral) e perda da propiocepção consciente e do
tato epicrítico (fascículos grácil e cuneiforme);
 sintomas que se manifestam do lado oposto ao lesado (tracto cruzados): perda da
sensibilidade térmica e dolorosa (tracto espino-talâmico lateral), diminuição do tato
protopático e da pressão (tracto espino-talâmico anterio).

Siringomielia

Trata-se de uma doença na qual há formação de uma cavidade no canal central da medula, levando à
destruição na substância cinzenta intermédia central e da comissura branca, que interrompe os
tractos espino-talâmicos laterais, quando se cruzam ventralmente ao canal. Ocorre perda da
sensibilidade térmica e dolorosa de ambos os lado (dissociação sensitiva).

Transecção de medula

Imediatamente após a secção completa da medula, o paciente entra em estado de choque espinhal,
que se caracteriza pela perda absoluta da sensibilidade, dos movimentos e do tônus nos músculos
inervados pelos segmentos medulares situados abaixo da lesão. Há ainda retenção de urina e fezes.

Compressão da medula por tumor

Um tumor que se desenvolve no canal vertebral pode pouco a pouco comprimir a medula de fora para
dentro, resultando uma sintomatologia variável conforme aposição do tumor.

Um tumor que se desenvolve dentro da medula comprime-a de dento para fora, causando
perturbações motoras por lesão do tracto córtico-espinhal lateral. Há também perda da sensibilidade
térmica e dolorosa por compressão do tracto espino-talâmico lateral.

Cordotomia

É realizada em casos de dor resistente a medicamentos. O processo consiste em secção cirúrgica do


tracto espino-talâmico lateral acima e do ladoopsto ao processo doloroso. Haverá perda de dor e de
temperatura. Em casos de dor visceral é feita a cirurgia bilateral.

Lesões do bulbo

 lesão da base do bulbo (hemiplegia cruzada com lesão do hipoglosso)

Compromete a pirâmide (tracto córtico-espinhal) causando hemiparesia do lado oposto ao lesado e


podendo causar hemiplegia se a lesão se estender dorsalmente; e o nervo hipoglosso, que causa
paralisia dos músculos da metade da língua situada do lado lesado (com hipotrofia).

 síndrome da artéria cerebelar posterior

Esta artéria é ramo da vertebral e irriga a parte dorsolateral do bulbo. Lesões desta região decorrem
freqüentemente de trombose da artéria. Estruturas e sintomas: pedúnculo cerebelar médio –
incoordenação de movimentos na metade do corpo situada do lado lesado; tracto espinhal do
trigêmeo e núcleo – perda da sensibilidade térmica e dolorosa na metade da face situada do lado da
lesão; tracto espino-talâmico lateral – perda da sensibilidade térmica e dolorosa na metade do corpo
situada do lado oposto ao da lesão; núcleo ambíguo – perturbações da deglutição e da fonação por
paralisia dos músculos da faringe e da laringe.

Lesões da ponte

 lesão do nervo facial

Resultam em paralisia total dos músculos da expressão facial da metade lesada. Resulta desvio da
comissura labial para o lado normal, vazamento de saliva pelo ângulo da boca do lado lesado,
pálpebra aberta predisposta a lesões e infecções. O doente não consegue soprar, assoviar,
pestanejar e nem enrrugar o lado correspondente da testa.

 paralisia facial periférica: lesão do neurônio motor inferior do facial; são homolaterais e
atingem toda uma metade da face.

 paralisia facial central, ou suprenuclear: lesão do neurônio motor superior do facial. (ex. lesão
do tracto córtico-nuclear); são contralaterais e atingem os músculos da metade inferior da
face.

 lesão da base da ponte

Compromete o tracto córtico-espinhal (hemiparesia do lado oposto ao lesado) e fibras do nervo


abducente (paralsisa do músculo reto lateral do mesmo lado da lesão), resultando em hemiplegia
cruzada. O doente passa a ter diplopia pois passa a ver duas imagens em um objeto e estrabismo
convergente pois há desvio do bulbo ocular em direção medial por Ação do músculo reto medial não
contrabalançada pelo reto lateral.

 lesão ao nível da emergência do nervo trigêmeo

Comprometem o tracto córtico-espinhal (hemiplegia do lado oposto com síndrome do neurônio


superior) e fibras do nervo trigêmeo (perturbações motoras – paralisia da musculatura mastigadora do
lado da lesão com desvio da mandíbula para o lado paralisado – perturbações sensitivas – anestesia
da face do mesmo lado da lesão), determinando quadro de hemiplegia cruzada com lesão do
trigêmeo. Se a lesão se estender ao lemnisco medial pode ocorrer perda da propiocepção consciente
e do tato epicrítco do lado oposto ao lesado.

Lesões do mesencéfalo

 lesão da base do pedúnculo cerebral

Compromete o tracto córtico-espinhal (hemiparesia do lado oposto) e as fibras do nervo oculomotor


(paralisia dos músculos retos superior, inferior e medial, diplopia, estrabismo divergente, ptose
palpebral – queda da pálpebra, midríase – Inervação parassimpática lesada).

 lesão do tegmento do mesencéfalo

Compromete o nervo oculomotor, o núcleo rubro e os lemniscos medial, espinhal e trigeminal,


resultando em:

 nervo oculomotor: paralisia dos músculos retos superior, inferior e medial, diplopia,
estrabismo divergente, ptose palpebral – queda da pálpebra, midríase – Inervação
parassimpática lesada.
 lemniscos: anestesia da metade do corpo, inclusive da cabeça.
 núcleo rubro: tremores anormais do lado opsto à lesão.
 

NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS

Coluna eferente somática

Todos os núcleos desta coluna dispõem-se de cada lado próximo ao plano mediano. Eles originam
fibras para a Inervação dos músculos estriados miotômicos do olho e da língua

 parte somática do núcleo do oculomotor (mesencéfalo): origina fibras que inervam todos os
músculos extrínsecos do olho, com exceção do reto lateral e oblíquo superior;
 núcleo troclear (mesencéfalo): origina fibras que inervam o músculo oblíquo superior;
 núcleo do abducente (ponte): origina fibras que inervam o músculo reto lateral;
 núcleo do hipoglosso (bulbo): origina fibras que inervam os músculos da língua.

Coluna eferente visceral especial

Nos núcleos deta coluna estão os neurônios pré-ganglionares do parassimpático craniano.

 núcleo de Edinger-Westphal (mesencéfalo): origina fibras pré-ganglionares para o gânglio


ciliar (através do nervo oculomotor), de onde saem fibras pós-ganglionares para o músculo
ciliar e esfíncter da pupila;
 núcleo lacrimal (ponte): origina fibras pré-ganglionares que saem pelo nervo intermédio e,
após trajeto pelos nervos petroso maior e do canal pterigóideo, chegam ao gânglio
pterigopalatino, onde têm Origem fibras pós-ganglionares para a glândula lacrimal;
 núcleo salivatório superior (ponte/bulbo): origina fibras pré-ganglionares que saem pelo nervo
intermédio e ganham o nervo lingual através do nervo corda do tímpano. Pelo nervo lingual
chegam ao gânglio submandibular, de onde saem fibras pós-ganglionares que inervam as
glândulas submandibular e sublingual;
 núcleo salivatório inferior (bulbo): origina fibras pré-ganglionares que saem pelo nervo
glossofaríngeo e chegam ao gânglio ótico, pelos nervos timpânico e petroso menor. Do
gânglio ótico saem fibras pós-ganglionares que chegam à parótida pelo nervo aurículo-
temporal, ramo do mandibular;
 núcleo dorsal do vago (bulbo): origina fibras pré-ganglionares que saem pelo nervo vago e
terminam fazendo sinpse em um grande número de pequenos gânglios nas paredes das
vísceras torácicas e abdominais.

Coluna eferente visceral especial

Dá Origem a fibras que inervam os músculos de Origem branquiomérica.

 núcleo motor do trigêmeo (ponte): dá Origem a fibras que saem pela raiz motora do trigêmeo,
ganham o ramo mandibular e termianm inervando os músculos derivados do primeiro arco
branquial, ou seja, os músculos da mastigação, o milo-hióideo e o ventre anterior do
digástrico;
 núcleos do facial (ponte): origina fibras que pelo nervo facial vão à musculatura mímica e ao
ventre posterior do digástrico, todos derivados do segundo arco branquial;
 núcleo ambíguo (bulbo): origina fibras que inervam os músculos da laringe e da faringe,
saindo pelos nervos glossofaríngeo, vago e raiz craniana do acessório. As fibras que
emergem pele raiz espinhal do acessório originam-se na coluna anterior dos cinco primeiros
segmentos cervicais da medula e inervam os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.
 

Coluna aferente somática geral

Os núcleos desta coluna recebem fibras que trazem grande parte da sensibilidade somática geral da
cabeça. É a única coluna que se estende ao longo de todo o tronco encefálico, continuando-se
caudalmente sem interrupção com a substância gelatinosa da medula.

 núcleo do tronco mesencefálico do trigêmeo (mesencéfalo e ponte): recebe impulsos


propioceptivos originados em receptores situados nos músculos da mastigação e estrínsecos
do olho. Também chegam fibras originadas em receptores dos dentes e do periodonto, que
são importantes para a regulação reflexa da força da mordida. Os neurônios do núcleo do
tracto mesencefélico são grandes e sensitivos, e estão dentro do SNC;
 núcleo sensitivo principal (ponte): recebe as fibras da raiz sensitiva do nervo trigêmeo e
continua-se caudamente com o núcleos do tracto-espinhal;
 núcleo do tracto espinhal do trigêmeo (ponte, bulbo e medula): as fibras sensitivas que
entram pelo nervo trigêmeo agrupam-se e um tracto, o tracto espinhal do nervo trigêmeo, que
acompanha o núcleo em toda sua extensão, tornando-se cadavez mais fino em direção
caudal, à medida que as fibras vão terminando (o mesmo acontece com o núcleo do tracto
mesencefálico, que é acompanhado por fibras ascendentes, que se reúnem no tracto
mesencefálico).

Admite-se que as fibra que terminam exclusivamente no núcleo sensitivo principal levam impulsos de
tracto epicrítico. As que terminam exclusivamente no núcleo do tracto espinhal e têm trajeto
descendente levam impulsos de dor e temperatura. Já as que se bifurcam e terminam nos dois
núcleos seriam relacionadas com pressão e tato protopático.

Coluna aferente somática especial

Nesta coluna estão localizados os dois núcleos cocleares, ventral e dorsal, e os quatro núcleos
vestibulares: superior, inferior, medial e lateral.

Coluna aferente visceral

É formada por um único núcleo, o núcleo do tracto solitário, situado no bulbo. Nele chegam fibras
trazendo a sensibilidade visceral, geral e especial (gustação), que entram pelos nervos facial ,
glossofaríngeo e vago. Estas fibras são os prolongamentos centrais de neurônios sensitivos situados
nos gânglios geniculado, inferior do vago e inferior do glossofaríngeo. Antes de terminarem no núcleo,
as fibras têm trajeto descendente no tracto solitário.

 
Conexões dos núcleos dos nervos cranianos

Conexões supra-segmentares

Para que os impulsos aferentes que chegam aos núcleos sensitivos dos nervos cranianos possam
tornar-se conscientes, é necessário que sejam levados ao tálamo e daí a áreas específicas do córtex
cerebral. As fibras ascendentes encarregadas de fazer a ligação entre estes núcleos e o tálamo
agrupam-se do seguinte modo:

 lemnisco trigeminal: liga os núcleos sensitivos do trigêmeo ao tálamo;


 lemnisco lateral: conduzem impulsos auditivos dos núcleos cocleares ao colículo inferior, de
onde vão ao corpo geniculado medial, parte do tálamo;
 fibras vestíbulo-talêmicas: ligam os núcleos vestibulares ao tálamo;
 fibras solitário-talâmicas: ligam o núcleo do tracto solitário ao tálamo.

Os neurônios situados nos núcleos motores dos nervos cranianos estão sob controle do sistema
nervoso supra-segmentar, graças a um sistema de fibras descendentes, entre as quais se destacam
as que constituem o tracto córtico-nuclear, que liga as áreas motoras do córtex cerebral aos
neurônios motores situados nos núcleos das colunas eferente somática e eferente visceral especial,
permitindo a realização de movimentos voluntários pelos músculos estriados inervados por nervos
cranianos. Os núcleos da coluna eferente visceral geral, ou seja, os núcleos de parte craniana do
sistema parassimpático, recebem influência do sistema nervoso supra-segmentar, especialmente do
hipotálamo, através de vias diretas ou envolvendo a formação reticular.

Conexões reflexas

Existem muitas conexões entre os neurônios dos núcleos sensitivos dos nervos cranianos e os
neurônios motores (e pré-ganglionares) dos núcleos das colunas eferente. Estas conexões são muito
importantes para um grande número de arco reflexos que se fazem ao nível do tronco encefálico. As
fibras para estas conexões podem passar através da formação reticular ou do fascículo longitudinal
medial, que é o fascículo de associação do tronco encefálico.

 Reflexo mandibular ou mentual;

Percutindo-se o mento de cima para baixo, estando a boca entreaberta, a respota consiste no
fechamento brusco da boca por Ação dos múscylos matigadores, em especial do masseter. As vias
aferentes e eferente se fazem pelo trigêmeo. Envolve apenas dois neurônios, um do núcleo
mesencefálico e outro do núcleos motor do trigêmeo.

 Reflexo corneano ou corneopalpebral;

Tocando-se ligeiramente a córnea, determina-se o fechamento dos dois olhos por contração bilateral
da parte palpebral do músculo orbicular do olho. O impulso aferente passa pelo ramo oftálmico do
trigêmeo, gânglio trigeminal e raiz sensitiva do trigêmeo, chegando ao núcleo sensitivo principal e
núcleo do tracto espinhal deste nervo. Fibras cruzadas e não cruzadas originadas nestes núcleos
conduzem os impulsos aos núcleos do facial dos dois lados, de tal modo que a resposta motora se
faz pelos dois nervos faciais, resultando fechamento dos dois olhos. Este reflexo constitui mecanismo
de proteção contra corpos estranhos que caem no olho, condição em que ocorre também aumento do
lacrimejamento. É diminuído nos estados de coma ou nas anestesias profundas.

 Reflexo lacrimal;

O toque da córnea ou a presença de um corpo estranho no olho causa um aumento da secração


lacrimal. Trata-se de mecanismo de proteção do olho, especialmene porque é acompanhado do
fechamento da pálpebra. A via aferente é idêntica a do reflexo corneano. Contudo, as conexões
centrais se fazem com o núcleo lacrimal, de onde saem fibras pré-ganglionares pelo nervo intermédio,
através doa quais o impulso chega ao gânglio pterigopalatino e daí à glândula lacrimal. É um exemplo
de reflexo somatovisceral.

 Reflexo de piscar;

Quando um objeto é rapidamente jogado diante do olho ou quando faz-se um rápido movimento como
se fosse tocar o olho de uma pessoa com a mão, a pálpebra se fecha. A resposta é reflexa e não
pode ser inibida voluntariamente. Fibras aferentes da retina vão ao colículo superior (através do nervo
óptico. tracto óptico e braço do colículo superior), de onde saem fibras para o núcleo do nervo facial.
Pelo nervo facial o impulso chega ao músculo orbicular do olho, determinando o piscar da pálpebra.
Se o estímulo for muito intenso, impulsos do tecto vão aos neurônios motores da medula através do
tracto tecto-espinhal, havendo uma resposta motora que pode fazer com que o indivíduo,
reflexamente, proteja o olho com a mão.

 Reflexo de movimentação dos olhos por estímulos vestibulares;

Este reflexo tem por finalidade manter a fixação do olhar em um objeto que interessa, quando esta
fixação tende a ser rompida por movimentos do corpo ou da cabeça. Os receptores para este reflexo
são as cristas dos canais semicirculares do ouvido interno, onde existe um líquido, a endolinfa. Os
movimentos da cabeça causam movimento da endolinfa dentro dos canais semicirculares e este
movimento determina deslocamento dos cílios das células sensoriais das cristas. Isto estimula os
prolongamentos periféricos dos neurônios do gânglio vestibular, originando impulsos nervosos que
seguem pela porção vestibular do nervo vestíbulo-coclear, através do qual atingem os núcleos
vestibulares. Destes núcleos saem fibras que ganham o fascículo longitudinal medial e vão
diretamente aos núcleos do III, IV e VI pares cranianos, determinando movimento do olho em sentido
contrário ao da cabeça.

Nistagmo: quando se roda rapidamente uma pessoa, há um estímulo exagerqdo das cristas dos
canais laterais, causado pelo movimento da endolinfa, que continua a girar dentro dos canais, mesmo
depois de a pessoa estar parada. Neste caso os olhos desviam-se para um lado até o máximo de
contração dos músculos retos, voltam-se rapidamente à posição anterior para logo iniciarem novo
desvio. Esse movimento oscilatório dos olhos chama-se nistagmo.

 Reflexo fotomotor direto;

Quando o olho é estimulado com um feixe de luz, a pupila deste olho contrai-se em virtude do
seguinte mecanismo: o impulo nervoso originado na retina é conduzido pelo nervo óptico, quiasma
óptico e tracto óptico, chegando ao corpo geniculado lateral. Entretanto esta fibras não fazem
sinapses no corpo, mas ganham o braço do colículo superior, terminando em neurônios da área pré-
tectal. Daí saem fibras que terminam fazendo sinapse com os neurônios do núcleo de Edinger-
Westphal. Deste núcleos saem fibras pré-ganglionares que pelo III par vão ao gânglio ciliar, de onde
saem fibras pós-ganglinares que terminam no músculo esfíncter da pupila, determinando sua
contração. O reflexo pode ser abolido em lesões da retina, do nervo óptico ou do nervo oculomotor.

 Reflexo consensual;

Estimulando-se a retina de um olho com um jato de luz observa-se a contração da pupila do lado
oposto. O impulso nervoso cruza o plano mediano no quiasma óptico e na comissura posterior, neste
caso através de fibras que, da área pré-tectal de um lado, cruzam para o núcleo de Edinger-Westphal
do lado oposto.

 Reflexo do vômito;

Pode ser desencadeado por várias causas, sendo mais freqüentes as que resultam de irritação da
mucosa gastrointestinal. A irritação desta mucosa estimula visceroceptores aí existentes, originando
impulsos aferentes que, pelas fibras aferenter viscerais do vago, chegam ao núcleo do tracto solitário.
Daí saem fibras que levam impulsos ao centro do vômito, situado na formação reticular do bulbo.
Deste centro saem fibras que se ligam às áreas responsáveis pelas respostas motoras que vão
desencadear o vômito. Estas fibras são:

 fibras para o núcleo dorsal do vago – de onde os impulsos, pelas fibras pré-ganglionares do
vago, após sinapse em neurônios pós-ganglionares situados na parede do estômago,
chegam a este órgão, aumentando sua contração e determinando a avertura do cárdia;
 fibras que pelo tracto retículo-espinhal chegam à coluna lateral da medula – daí saem fibras
simpáticas pré-ganglionares que, pelos nervos esplâncnicos, chegam aos gânglios celíacos.
Fibras pós-ganglionares originadas nestes gânglios levam impulsos ao estômago,
determinando o fechamento do piloro;
 fibras que pelo tracto retículo-espinhal chegam à medula cervical onde se localizam os
neurônios motores, cujos axônios constituem o nervo frênico. Os impulsos nervosos que
seguem pelo nervo frênico vão determinar a contração do diafragma;
 fibras que pelo tracto retículo-espinhal chegam aos neurônios motores da medula onde se
originam on nervos tóraco-abdominais. Estes inervam os músculos da parede abdominal,
cuja contração aumenta a pressão intra-abdominal;
 fibras para o núcleo do hipoglosso – cuja Ação resulta na protusão da língua.

NERVOS CRANIANOS
Componentes aferentes

 fibras aferentes somáticas gerais: originam-se em exterocepstores e propioceptores,


conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e propiocepção;
 fibras aferentes somáticas especiais: originam-se na retina e no ouvido interno relacinando-se
com a visão, audição e equilíbrio;
 fibras aferente viscerais gerais: originam-se em visceroceptores e conduzem impulsos
relacionados com a dor visceral;
 fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e olfatórios,
considerados viscerais por estarem localizados em sistemas viscerais (digestivo e
respiratório).

Componentes eferentes

 fibras eferentes somíticas, ou somáticas: inervam os músculos estriados esqueléticos


somíticos (miotômicos);
 fibras eferentes braquiais, ou viscerais especiais: inervam os músculos estriados esqueléticos
branquiais;
 fibras eferentes viscerais, ou viscerais gerais: inervam os músculos lisos, cardíaco e
glândulas. Pertencem à divisão parassimpática do SNA e terminam em gânglios viscerais, de
onde os impulsos são levados à diversas estruturas viscerais. São, pois, fibras pré-
ganglionares.

Obs.: o ventre anterior do músculo digástrico (derivado do primeiro arco branquial) é inervado pelo
trigêmeo e o ventre posterior (derivado do segundo arco branquial) é inervado pelo facial.

Nervo olfatório, I

 Origem aparente no encéfalo: bulbo olfatório;

 Origem aparente no crânio: lâmina crivosa do osso etmóide;

 fibras: aferentes viscerais especiais;

 função: sensitivo; conduz impulsos olfatórios.

Nervo óptico, II
 Origem aparente no encéfalo: quiasma óptico;

 Origem aparente no crânio: canal óptico;

 fibras: aferentes somáticas especiais;

 função: sensitivo; conduz impulsos visuais.

Nervo oculomotor, III

 Origem aparente no encéfalo: sulco medial do pedúnculo cerebral;

 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior;

 fibras: eferente somíticas e eferentes branquiais;

 função: motor; inerva os músculos levantador da pálpebra, reto superior, reto inferior, reto
medial e oblíquo superior (somíticos) e ciliar e esfíncter da pupila (lisos – branquiais).

Nervo troclear, IV

 Origem aparente no encéfalo: véu medular superior;

 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior;

 fibras: eferentes somíticas;

 função: motor; inerva o músculo oblíquo superior.

Nervo trigêmeo, V

 Origem aparente no encéfalo: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio;

 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior (oftálmico); forame redondo (maxilar);
forame oval (mandibular);

 fibras: aferentes somáticas gerais (raízes sensitivas) e eferentes braquiais (raiz motora);
 gânglios: trigeminal, que dá os três ramos – oftálmico, maxilar e mandibular;

Função

 sensitivo; responsável pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça; conduz
impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) e propiceptivos.

 motor; inerva os músculos da mastigação, o milo-hióide e o ventre anterior do digástrico.

Nevralgia: crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo. Exige tratamento
cirúrgico – termocoagulação – destruindo-se as fibras sensitivas.
 

Nervo abducente, VI

 Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino;

 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior;

 fibras: eferentes somíticas;

 função: motor; inerva o músculo reto lateral.

Nervo facial, VII

 Origem aparente no encéfalo: raiz motora (nervo facial propriamente dito) e raiz sensitiva
(nervo intermédio); sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VI;

 Origem aparente no crânio: forame estilomastóideo;

 fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais (nervo intermédio) e eferentes
branquiais e viscerais (nervo facial);

 gânglios: geniculado, sensitivo, no joelho externo do nervo facial.

Função: misto;

 gustação nos 2/3 anteriores da língua (aferente visceral especial);

 inerva a parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole (aferente visceral
geral);

 inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático geral);

 Inervação pré-ganglionar das glândulas submandibular, sublingual (terminam no gânglio


submandibular) e lacrimal (nervo petroso maior, do canal pterigóideo e gânglio pterigopalatino
(eferente visceral);

 Inervação dos músculos da mímica, estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico (eferente


branquial).

Nervo vestíbulo-coclear, VIII

 Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VII;

 Origem aparente no crânio: penetra no osso temporal, pelo meato acústico interno, mas não
sai do crânio;

 fibras: aferentes somáticas especiais;

Função: sensitivo
 parte vestibular; conduz impulsos relacionados com o equilíbrio;
 parte coclear; conduz impulsos relacionados com a audição.

Nervo glossofaríngeo, IX

 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo;

 Origem aparente no crânio: forame jugular;

 fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais e eferentes branquiais e


viscerais;

 gânglios: possui dois, um superior, ou jugular, e um inferior, ou petroso, formados por


neurônos sensitivos.

Função: misto

 gustação no 1/3 posterior da língua (aferente visceral especial);


 Inervação do 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpo
carotídeos (aferente visceral geral);
 inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático geral);
 fibras parassimpáticas terminam no gânglio ótico e dele saem fibras do nervo aurículo-
temporal que inerva a glândula parótida (eferente visceral );
 inerva o músculo constrictor da faringe e o músculo estilofaríngeo (eferente branquial).

Nervo vago, X

 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior caudalmente ao IX;

 Origem aparente no crânio: forame jugular;

 fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais e eferentes branquiais e


viscerais;

 gânglios: possui dois, um superior, ou jugular, que origina as fibras sensitivas somáticas, e
outro inferior, ou nodoso, que origina as fibras sensitivas viscerais.

Função: misto

 gustação na epiglote (aferente visceral especial);


 Inervação de parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais
(aferente visceral geral);
 Inervação de parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático
geral);
 Inervação parassimpática das vísceras e abdominais (eferente visceral);
 Inervação de músculos da faringe e da laringe (eferente branquial).

Nervo acessório, XI
Origem aparente no encéfalo:

 raiz craniana; sulco lateral posterior do bulbo caudalmente ao X;


 raiz espinhal; medula;

Origem aparente no crânio: forame jugular;

Fibras: eferentes viscerais especiais e gerais;

Função: misto

 ramo interno; une-se ao vago; inerva os músculos da laringe através do nervo laríngeo
recorrente (especiais) e as vísceras torácicas (gerais) juntamente com fibras vagais;
 ramo externo; inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio (especiais).

Nervo hipoglosso, XII

 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral anterior do bulbo, anteriormente à oliva;

 Origem aparente no crânio: canal do hipoglosso;

 fibras: eferentes somíticas;

 função: motor; inerva a musculatura extrínseca e intrínseca da língua

Inervação da língua

Nervo trigêmeo: é responsável pela sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 2/3
anteriores;

Nervo facial: é responsável pela sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores;

Nervo glossofaríngeo: é responsável pela sensibilidade geral e gustativa no terço posterior;

Nervo hipoglosso: é responsável pela motricidade.

Obs.: o nervo trigêmeo chega à língua através do ramo lingual do nervo mandibular. O nervo corda do
tímpano, ramo do facial, anastomosa-se com o nervo lingual e chega, assim, à língua.

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