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Sistema reprodutor masculino

Ciclo de vida
A espécie humana reproduz-se sexuadamente com participação de indivíduos de sexos
diferente.
A recombinação genética assegura descendência com grande variabilidade.
O ciclo de vida é diplonte e a meiose pré-gamética.
Funções básicas:
✓ Génese de espermatozoides e seu armazenamento;
✓ Produção de secreções que, com os espermatozoides, formam o esperma;
✓ Transporte e libertação do esperma;
✓ Copulação.

➢ Morfologia e funções específicas:

Tipo Designação Função

Gónadas ou glândulas Testículos Produção de espermatozóides e de


sexuais hormonas
Vias genitais Epidídimios Armazenamento e maturação de
espermatozóides
Vias genitais Canais deferentes Condução dos espermatozóides e
receção do líquido seminal
Vias genitais Uretra Condução da urina e do esperna até
ao exterior
Glândulas anexas Próstata Secreções facilitadoras do
movimento dos espermatozóides
Glândulas anexas Vesículas seminais Secreções energéticas para nutrição
dos espermatozóides
Órgãos genitais externos Pénis Órgão sexual; expulsão de urina ou
de esperma
➢ Estrutura dos testículos

 Cada testículo divide-se em cerca de 250 lóbulos testiculares.


 Cada lóbulo possui 1 a 4 túbulos seminíferos enrolados e inseridos num tecido rico
em vasos sanguíneos.
 Os túbulos seminíferos convergem para uma zona de ligação ao epidídimo.

➢ Espermatogénese

Estrutura dos testículos e espermatogénese


A parede do túbulo seminífero é formada por:
▫ Células germinativas em diferentes fases de espermatogénese, que progride no
sentido centrípeto;
▫ Células de Sertoli, responsáveis pela coesão, proteção e nutrição das células
germinativas e pela coordenação da espermatogénese.
Gametogénese- conjunto de transformações que conduz à formação de gâmetas a partir
das suas células percursoras diplóides. Nos testículos designa-se espermatogénese.
Espermatogénese- processo de diferenciação das espermatogónias (2n) em
espermatozóides (n). Ocorre nos túbulos seminíferos.
Tem início na puberdade e é contínua ao longo da vida.
Fases da espermatogénese:
1º multiplicação: Formação de novas espermatogónias (46, XY) por mitoses sucessivas;
2º crescimento: formação de espermatócitos I (2n) pela síntese e acumulação de reservas
nutritivas e replicação do DNA;
3º maturação: formação de espermatócitos II pela divisão I e de espermatídeos pela
divisão II da meiose (23, X ou 23, Y)
4º diferenciação: conversão dos espermatídeos em espermatozóides (espermiogénese).

Espermiogénese/ Diferenciação

Na espermiogénese os espermatídeos, esféricos, transformam-se nos espermatozóides,


flagelados, com achatamento do núcleo, diferenciação do flagelo, eliminação do citoplasma
e rearranjo de organitos.
Os espermatozóides são libertados no lúmen do túbulo seminífero.
Morfologia e funcionamento dos espermatozóides:
Cabeça- Com o núcleo genético e o acrossoma, capuz formado por vesículas do complexo
de Golgi, contendo enzimas digestivas que permitirão perfurar a camada protetora do oócito
II, aquando a fecundação.
Peça intermédia- os contríolos, dispostos no polo oposto ao acrossoma, originam os
microtúbulos que constituem o flagelo. Concentração de mitocôndrias, fornecedoras de
energia (ATP) para os batimentos do flagelo.
Cauda- formada pelo flagelo, cujos batimentos impulsionam o espermatozóide.

Produção de testosterona
Entre os túbulos surgem células intersticiais ou de Leydig, onde ocorre a produção de
testosterona, hormona responsável pelos caracteres sexuais secundários e pela
espermatogénese.

Maturação dos espermatozóides


Os fluidos produzidos pelas células de Sertoli auxiliam a condução dos espermatozóides
dos túbulos seminíferos até aos epidídimos.
Nos epidídimos ocorre a síntese de nutrientes, hormonas e enzimas que auxiliam a
maturação dos espermatozóides.
Os espermatozóides que chegam aos epidídimos apresentam reduzida mobilidade, sendo
incapazes de participar na fecundação. Aqui tornam-se mais resistentes a variações de
temperatura e de pH.

Formação do esperma
Em caso de estímulo sexual as contrações do epidídimo conduzem os espermatozóides aos
vasos deferentes.
Das vesículas seminais provém o líquido seminal, de consistência espessa, (como muco,
proteínas, frutose,etc.), constituindo 60% do volume de esperma.
Da próstata provém o líquido prostático, pouco espesso, de aspeto leitoso (com ácido
cítrico, cálcio, enzimas, etc.). Com um pH de 6,5 é mais básico do que as secreções
vaginais, inibidoras da progressão dos espermatozóides.
As secreções das glândulas de Cowper ou bulbo-uretrais constituem um pequeno volume
de solução alcalina e mucóide, que neutraliza a acidez da uretra e lubrifica a extremidade
do pénis.
O estímulo sexual provoca uma resposta do sistema nervoso que resulta na ereção do
pénis, possível pela dilatação dos vasos sanguíneos, enchimento e expansão dos seus
tecidos esponjosos (corpos cavernosos).

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