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02-Limites Consistencia
02-Limites Consistencia
Limites de Consistência
OBJETIVO
Apresentar aos alunos a forma de determinação dos limites de liquidez, plasticidade e contração.
Utilizar estes limites, além da umidade do solo, para a análise preliminar da consistência, resistência não-
drenada e compressibilidade de um solo argiloso saturado.
Equipamentos
Procedimento
1. Destorroar uma quantidade suficiente de material seco ao ar e passar na peneira no 40 e obter uma
amostra representativa de mais ou menos 250 g. Uma das maiores fontes de erro neste ensaio é a
presença de finos em torrões. Não se deve secar previamente o solo que em estufa, pois este
procedimento poderá reduzir os valores dos limites de consistência do material. Às vezes pode-se
deixar o material, quando se constata que é muito plástico, em contato com a água por 24 horas ou
mais, antes da realização do ensaio.
2. Checar a altura de queda da concha do aparelho de Casagrande (deve ser exatamente 1 cm + 0,1
mm). Use o bloco calibrador do cabo do cinzel para isto. Deve-se checar também as condições da
base do equipamento. A mesma deve apresentar-se em bom estado, dentro das especificações da
NBR 06459. Verifique as condições gerais do equipamento, como falhas, desníveis, parafusos frouxos
etc.
3. Coloca-se uma quantidade de solo seco ao ar, destorroado e peneirado dentro da cápsula de
porcelana (+ 70 g), adicione uma pequena quantidade de água (sempre se deve começar o ensaio
com o solo na condição mais seca para a mais úmida) homogeneizando bem para que a distribuição
de umidade na amostra seja uniforme. Outra fonte de erro importante do ensaio é a mistura ineficiente
da água ao solo, que provoca a existência de pontos de concentração de umidade e outros mais
secos. Quando o solo tiver consistência cremosa e cor uniforme pode-se fazer a primeira
determinação do número de golpes (a primeira determinação deve resultar mais ou menos 40 golpes).
4. Para a determinação do número de golpes coloca-se uma porção da pasta na concha do aparelho, tal
que a espessura de material apresente 1 cm no máximo. Com o cinzel apropriado faz-se a ranhura
padronizada dividindo a massa de solo em duas partes.
5. Girar a manivela com uma velocidade de 2 golpes/segundo e contar o número de golpes necessário
para que se feche a ranhura na parte central ao longo de 1 cm. A ranhura deve ser fechada por um
fluxo de solo e não pelo deslizamento entre solo e concha. Caso o número de golpes resulte em um
valor superior a 40, desta primeira determinação, retirar uma porção de mais ou menos 20 g de
material e separar para a posterior determinação do LP.
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Limites de Consistência
6. Tomar uma porção de solo, da parte onde se verificou o fechamento da ranhura, para determinação
da umidade da primeira determinação.
7. Retirar a amostra da concha, misturar com o restante que ficou na cápsula de porcelana e adicionar
mais um pouco de água de forma que o número de golpes resultante seja menor que o anterior.
8. Repetir os itens 4, 5 e 6 de forma a se obter um número de 5 determinações com números de golpes
variando entre um máximo de 50 e um mínimo de 15.
OBS: A Norma Brasileira, também apresenta procedimento de ensaio utilizando amostra sem
secagem prévia, desde que a amostra apresente umidade tal que permita a obtenção do 1°
ponto de ensaio.
Cuidados
Deve-se assegurar de que a concha esteja bem limpa e seca antes de cada determinação.
O tempo de tomada de cada amostra e a pesagem da mesma deve ser minimizado ao máximo para
evitar perdas de umidade por secagem ao ar. Caso isto não seja possível deve-se proteger as amostras
tampando as cápsulas ou substituindo as cápsulas de alumínio pelo sistema de vidros de relógio.
Não se deve deixar o solo dentro da concha por longos períodos de tempo pois isto pode fazer
aumentar a adesão entre o solo e a concha prejudicando a contagem do número de golpes.
Para o caso de uma das determinações feitas em laboratório resultar exatamente 25 golpes, não se
deve tomar este como sendo o LL do solo, desconsiderar as outras determinações ou interromper o ensaio pois
pode haver algum erro de contagem, pesagem, mistura não adequada da amostra etc.
Cálculos
b) Obter na reta o teor de umidade correspondente a 25 golpes. Este será o LL (limite de liquidez) do
solo.
LIMITE DE PLASTICIDADE
Equipamentos
Procedimento
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Limites de Consistência
OBS: A Norma Brasileira, também apresenta procedimento de ensaio utilizando amostra sem
secagem prévia, desde que a amostra apresente umidade natural acima do LP.
Resultado
O LP será a média das umidades dos cilindros considerados, em no mínimo três determinações, onde
a diferença entre o maior e o menor valor determinado deve ser no máximo 5 %.
Equipamentos
Procedimento
1. Ao final do ensaio de LL tomar uma pequena parte do solo homogeneizado para aquele ensaio. A
amostra estará então com umidade muito superior ao LL e, conseqüentemente, com consistência
mole.
2. Determinar o volume da cápsula de contração (V1), enchendo-a com mercúrio, removendo o excesso
por pressão da placa de vidro com pinos contra a face superior da cápsula, e medindo o volume de
mercúrio que a encheu na proveta graduada de 25 cm3;
3. Moldar uma pequena pastilha de solo, com a amostra separada no item 1 e com auxílio de uma
cápsula de contração.
4. Deixar a pastilha secar ao ar até que a cor escureça e posteriormente em estufa. Este procedimento é
para que a pastilha não trinque por secagem muito rápida;
5. Pesar a pastilha de solo, obtendo-se P1;
6. Colocar a cápsula de vidro cheia de mercúrio dentro da cápsula de porcelana limpa;
7. Colocar a pastilha de solo seca sobre o mercúrio e mergulhar a mesma com o auxílio da placa com
pinos, que deve ficar faceando o topo da cápsula de vidro sem bolhas de ar presas.
8. Pesar o mercúrio deslocado pela amostra e calcular o volume da pastilha com o peso específico do
mercúrio, obtendo-se V2.
Cálculos
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Limites de Consistência
CONCLUSÃO FINAL
Com os resultados dos ensaios de limites de consistência, aliados a observações de campo (através
de boletins de sondagens), além da umidade e da granulometria do material, pode-se fazer uma avaliação
preliminar das características de compressibilidade e resistência de um solo saturado. Esta avaliação é feita
utilizando-se correlações já desenvolvidas por vários autores entre as propriedades índice (w, LL, IP etc) e
parâmetros de solo como cv, Cc, φ, su e outros. Porém, a aplicação de parâmetros obtidos a partir de correlações
em projetos de engenharia de solos e fundações deve ser cuidadosa, criteriosa e responsável, pois pode levar a
erros grosseiros e problemas sérios de estabilidade e recalques.
Os alunos devem apresentar, dentro do possível, a avaliação das propriedades do solo ensaiado,
utilizando tabelas e análises das apostilas de Mecânica dos Solos I e II e do livro de G.F. Sowers. Outras
bibliografias também podem ser usadas.
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