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E DA GRAÇA
É Deus em última análise, quem convoca. É Ele que chama cada pessoa para
realizar aquilo a que toda humanidade é chamada, é Ele que chama cada um
individualmente para o que ele ou ela tem como vocação particular e, além e acima
disso, Ele chama homem e mulher, como tais, para algo especial.
Edith Stein afirma que na escolha da profissão, por exemplo, ocorrerá uma
divisão espontânea entre homem e mulher, uma vez a diferença das naturezas impõe
a presença de aptidões específicas. Nas áreas que predominam a força física, o
mulher precisam retornar ao relacionamento filial com Deus. Esta reaceitação como
filhos nos é garantida pela ação redentora de Cristo, contanto que cumpramos a nossa
parte. Mas, qual é a nossa parte? Viver pelas pela fé que vê em Jesus o caminho para
a salvação, confiando na verdade revelada por Ele e nos meios de salvação que Ele
oferece; pela esperança que confia firmemente na vida prometida por Ele; pelo amor
que procura achegar-se a Ele de todas as maneiras possíveis. No dia a dia, pela
meditação da vida de Cristo e de suas palavras o conheceremos cada vez melhor, na
Eucaristia almejaremos obter a união mais íntima com Ele e na Liturgia da Igreja
partilhamos de sua vida mística. Nesse caminho de salvação não há diferença entre
sexos. É o ponto de partida para ambos os sexos e para o relacionamento entre eles.
Segundo a ordem da redenção, toda alma é conquistada por Cristo para a vida
e todo aquele que é santificado pela união com Cristo, seja homem ou mulher, tem a
vocação para mediador. Quando uma mulher procura estar unida a Cristo, ela se
santifica, e passa a ser mediadora entre Cristo e o seu namorado ou esposo, seus
filhos, afilhados, amigos, pacientes, clientes e assim por diante. O mesmo se pode
dizer do homem que busca estar unido a Cristo, também ele passa a ser mediador
entre Cristo e a sua namorada ou esposa, seus filhos, colegas de trabalho, vizinhos,
etc. Deste modo, seja na vida profissional, matrimonial ou religiosa, pela graça de
Deus, homem e mulher podem viver em cooperação, de modo que ambos
desenvolvam seus dons a serviço de objetivos comuns pelo bem da humanidade e de
toda a criação.
Cristo representa o ideal da perfeição humana, por isso todos são chamados a
imitá-lo, de modo que sejamos elevados cada vez mais para além dos limites da
natureza. Por isso, verificamos em homens santos a suavidade e bondade feminina e
uma preocupação verdadeiramente maternal com as almas que lhe são confiadas, e
em mulheres santas encontramos coragem, proficiência e determinação masculina.