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06/09/2021

OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


(OVACE)

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CARDIOVERSAO E DESFIBRILACAO

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Desfibrilador Externo Automático em Hospitais?

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Desfibrililador Externo Automático (DEA)


Dispositivo eletrônico que analisa o ritmo
cardíaco e, se necessário, aplica um choque
elétrico, conhecido como desfibrilação,no
coração de uma pessoa que sofreu uma
parada cardíaca (FV ou TV).

O objetivo do choque é corrigir um dos distúrbios elétricos


anormais mencionados anteriormente e restabelecer um ritmo cardíaco
normal.
Desfibrilação
- 1 choque 200J ⇒ reiniciar compressões torácicas imediatamente (30:2)

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Conduta
• O2 suplementar + acesso IV Cardioversão Sincronizada
• Monitorização de Cardioversor
• Aparelho- SYNC
• Ajustes
• Sedação e Analgesia nos conscientes
• Pás com gel condutor-Tórax
• Avisar a equipe em voz alta
• SHOCK
– Equipamento de intubação
• Pré-medicação
Morfina/FentanilouMidazolam/Propofol

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Cardiversão Química:
Adenosina:
• Bloqueador AV;
• Elimina aproximadamente 90% das arritmias de reentrada;
• Dose: 6mg em bolus IV rápido, se não reverteu repetir 12mg
e mais 12mg;
• Não eliminará a FA e o Flutter atrial, mas lentifica a condução.

Amiodarona:
• Utilizada em taquicardias para controle da frequência nas
arritmias atriais rápidas;
• Pode produzir vasodilatação e hipotensão;
• Dose: infusão rápida 150mg IV em 10 min
infusão lenta 360mg IV em 6 horas
Manutenção 540mg IV em 18 horas

Cardiversão Química:
Sulfato de Magnésio:
• Indicado apenas para presença de Torsão de
Pontes ou hipomagnesemia;
• A administração rápida pode provocar queda
da PA;
• Usar com cautela se IR;
• Dose: 1-2g (2-4ml de solução a 50%) diluídos
em 10ML de SG5%, em bolus IV.

Diltizem (bloqueadores do canal de Ca):


• Controle da frequência Ventricular mais lenta na FA e
Flutter atrial;
• Prever queda na PA, como resultado da vasodilatação
periférica;
• Dose: 15-20mg IV, lento.

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Cardiversão Química:

Digoxina:
• Torna a resposta ventricular mais lenta na FA ou
Flutter atrial;
• Evitar CVE, apenas se risco de vida, usar energias
mais baixas;
• Dose: ataque 10-15 mcg/kg.

b-bloqueadores:
• Para reverter a um RS ou tornar mais lenta a resposta
ventricular em pacientes com TSV;
• São agentes de segunda linha após Adenosina, Diltiazem,
ou derivados Digitálicos;
• Pode causar hipotensão severa.

Onda P – Despolarização (contração) do átrio

- -
- - -
+ + +
-
+ +
+
-
+

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SEGMENTO PR -Despolarização do Nó AV e Feixe de His

COMPLEXO QRS - Despolarização dos Ventrículos

- +
+
- + + +
- + + -
-
- -

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SEGMENTO ST - Despolarização Completa Ventricular

-
+
+ + + -
-
- + +-
+ +
- -+ + -
-
-

ONDA T - Repolarização dos Ventrículos

-
-
+ - -
+ + - - - +
+ +
+

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Arritmias
Quando o ritmo cardíaco não é originado no Nó Sinusal denominamos arritmia cardíaca

Quando o nó sinusal comanda mas com batimentos irregulares..

Esta pode ser caracterizada por ritmos excessivamente rápidos (taquicardia), lentos
(bradicardia) ou apenas irregulares.

Qual é o ritmo?

Taquicardia Sinusal

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Taquicardia Sinusal

Conduta:
• Sempre orientado para a causa de base
• Hipovolemia: hidratação
• Febre: tratamento da infecção
• Hipertiroidismo: ajuste hormonal
• etc...

Não tratar taquicardia sinusal com antiarrítmico ou choque!!!

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Qual é o ritmo?

Fibrilação Atrial

Fibrilação Atrial  Múltiplos circuitos de


reentrada nas
aurículas

 Ingesta de alcool
 Cirurgia torácica ou cardiaca
 Choque elétrico
 IAM
Pericardite
Moicardite
Embolia Pulmonar
Hipertireoidismo
Distúrbios metabólicos

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Fibrilação Atrial

Frequência: dependente da condução átrio- ventricular (alta ou baixa


resposta)
Ritmo: Irregular (Intervalo RR variável)
Onda P: não visível (atividade atrial caótica)
Intervalo PR: não pode ser mensurado
Complexo QRS: normalmente estreito

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FA grossa

Ondas “f" de voltagem > do que 1 mm


Nota se a irregularidade dos complexos QRS
FA fina

Ondas “f" de voltagem < do que 0,5


mm
Baixa taxa de resposta ventricular
FA sem ondas F

Linha isoelétrica, ondas f não identificáveis


O diagnóstico de FA só e possível pela irregularidade de apresentação dos complexos QRS

Fibrilação Atrial

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Fibrilação Atrial

Fibrilação Atrial
• Conduta:
• Paciente estável: controle de resposta ventricular
Amiodarona 150mg/Sf0,9%100ml em 30min
Reavaliar. Amiodarona Continuo. Pesquisar causas

• Paciente instável: cardioversão elétrica

• Critérios de instabilidade clínica:


• Dor precordial
• Desconforto respiratório
• Hipotensão com sinais de choque
• Rebaixamento do nível de consciência

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Qual é o ritmo?

Flutter Atrial

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Flutter Atrial

Frequência: Atrial de 250–350bpm (300bpm)


Ritmo: regular
Onda P: Não visível. Presença de ondas F. Aspecto típico "em dentes
de serra“  Ocorre na presença de cardiopatias:
Intervalo PR: não pode ser mensurado.  Doença das coronárias
Complexo QRS: normalmente estreito. Hipertensão
Cor pulmonale
Doença Valvar reumática

Flutter Atrial

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Flutter Atrial

Qual é o ritmo?

Taquicardia Paroxística Supraventricular

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Taquicardia Paroxistica Supraventricular

Frequência: elevada em repouso (150-250bpm)


Ritmo: Regular
Onda P: antes, dentro ou após QRS (escondida)
Complexo QRS: estreito (normalmente < 0,10s)

Taquicardia por Reentrada Nodal


Via do Paciente

• Conduta
• Manobra vagal
• Massagem de seio carotídeo
• Adenosina Adenosina

• Inicial: 6mg bolus rápido Torneira


de 3 vias

• Repetir mais 2 doses de 12mg s/n Solução


Salina

• Manter registro eletrocardiográfico

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Taquicardia Paroxistica Supraventricular

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Taquicardias Ventriculares:

• Taquicardia Ventricular Monomórfica;


• Taquicardia Ventricular Polimórfica;
• Torção de Pontas;
• Fibrilação Ventricular.

Taquicardia ventricular Monomórfica:

• A velocidade do impulso é mais lenta ao redor das áreas de


lesão, infarto ou isquemia ventricular;

• Estas áreas também servem como fonte de impulsos


ectópicos;

• Fenômeno de reentrada e rápidas despolarizações repetitivas.

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Características da Taquicardia ventricular


Monomórfica no ECG:

 Frequência: ventricular > 100bpm;


 Ritmo: não se percebe atividade atrial, apenas ventricular regular;
 PR: não existe;
 Ondas P: raramente vistas;
 QRS: largo e bizarro, com onda T ampla, de polaridade oposta ao QRS.

Manifestações Clínicas
 Pode ser assintomática;
 Sintomas de DC diminuído;
 A TV sustentada e não tratada pode evoluir para TV
instável e FV.

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Etiologias comuns

 Um evento isquêmico agudo, com área de “irritabilidade


ventricular”, que conduzem a ESV;
 Intervalo QT prolongado induzido por fármacos
(antidepressivos, digoxina).

Terapia Recomendada

Função Cardíaca preservada: Disfunção Cardíaca:


Antiarrítmicos parenterais Amiodarona;
CVE , se persistir.

TV sem Pulso = PCR:


 Tratar como FV

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Cuidados de Enfermagem
• Identificar a arritmia e documentá-la através de um traçado
eletrocardiográfico;

• Examinar o paciente, checando o nível de consciência, pulso e perfusão


(ABCD), se há comprometimento da eficácia circulatória, e perguntar se
está sentindo precordialgia ou dispnéia

• Controlar a frequência de pulso e a PA;

• Preparar para CVE ou CVQ.

Taquicardia ventricular Polimórfica:

● A condução do impulso se torna mais lenta ao redor de múltiplas


áreas de lesão, infarto ou isquemia ventricular;
● Estas áreas também servem como fonte de impulsos ectópicos e
múltiplas áreas do ventrículo;
● Fenômeno de reentrada e rápidas despolarizações repetitivas.

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Características da Taquicardia ventricular Polimórfica


no ECG:

 Frequência: ventricular > 100bpm;


 Ritmo: apenas ventricular regular;
 PR: não existe;
 Ondas P: raramente vistas;
 QRS: Variação inconsistente nos complexos QRS.

Manifestações Clínicas

 TV polimórfica assintomática é RARA;


 Sintomas de DC diminuído;
 Rápida evolução para FV ou TV sem pulso.

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Etiologias comuns

 Um evento isquêmico agudo, com área de “irritabilidade


ventricular”, que conduzem a ESV;
 Intervalo QT prolongado induzido por fármacos
(antidepressivos, digoxina).

Terapia Recomendada

Função Cardíaca preservada: Disfunção Cardíaca:


Antiarrítmicos parenterais Amiodarona;
CVE , se persistir.

TV sem Pulso = PCR:


 Tratar como FV

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Cuidados de Enfermagem
• Identificar a arritmia e documentá-la através de um traçado
eletrocardiográfico;

• Examinar o paciente, checando o nível de consciência, pulso e perfusão


(ABCD), se há comprometimento da eficácia circulatória, e perguntar se
está sentindo precordialgia ou dispnéia;

• Controlar a frequência de pulso e a PA;

• Preparar para CVE ou CVQ;

Torção de Pontas:

 O intervalo QT é anormalmente longo;


 Leva ao aumento do período refratário relativo do ciclo
cardíaco;
 Aumenta a probabilidade de que ocorra um foco irritável
(ESV) na onda T.

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Características da Torção de Pontas no ECG:

 Frequência atrial: não se pode determinar a freqüência atrial;


 Frequência ventricular: 150-250 complexos/min;
 Ritmo: apenas ventricular irregular;
 PR: não existe;
 Ondas P: raramente existem;
 QRS: apresentam o clássico padrão “fusiforme-nodal”.

Manifestações Clínicas

 Sintomas de DC diminuído;
 É incomum a torsades assintomática, torsades
sustentada, ou torsades estável;
 Tende à deterioração súbita para FV ou TV sem pulso.

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Etiologias comuns

 Ocorrem mais comumente com intervalo QT prolongado,


devido a muitas causas:
 Intervalo QT prolongado induzido por fármacos
(antidepressivos, digoxina);
 Alterações eletrolíticas e metabólicas (hipomagnesemia
é o protótipo);
 Eventos isquêmicos agudos.

Terapia Recomendada

Função Cardíaca preservada: Disfunção Cardíaca:


Antiarrítmicos parenterais CVE , se persistir.
(Sulfato de Magnésio)

Ausência de Pulso = PCR:


 Tratar como FV

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Cuidados de Enfermagem
• Identificar a arritmia e documentá-la através de um traçado
eletrocardiográfico;

• Examinar o paciente, checando o nível de consciência, pulso e perfusão


(ABCD), se há comprometimento da eficácia circulatória, e perguntar se
está sentindo precordialgia ou dispnéia;

• Controlar a frequência de pulso e a PA;

• Preparar para CVE ou CVQ.

Fibrilação Ventricular:

• Ventrículos consistem em áreas de miocárdio


normal alternadas com áreas de miocárdio
isquêmico, com lesão ou infartado conduzindo a
um padrão caótico de despolarização
ventricular.

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Características da Fibrilação Ventricular no ECG:

 Complexo QRS/ frequência: incapaz de determinar. Ondas P,


QRS ou T irreconhecíveis;
 Ritmo: indeterminado, padrão de deflexões apiculadas
ascendentes e descendentes;
 Amplitude: medida do pico ao vale, em geral, é usada
subjetivamente para descrever FV como fina ou grosseira.

Manifestações Clínicas
 Pulso desaparece;
 Colapso, inconsciência;
 Início de morte reversível.

PCR

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Etiologias comuns

 SCA que levam à isquemia de áreas do miocárdio;


 TV estável a instável, não tratada;
 ESV com fenômeno R sobre T;
 Anormalidades eletrolíticas ou ácido básico que
prolongam o período refratário relativo;
 Eletrocussão, hipóxia, entre outras causas.

Extra Sístole Ventricular

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Qual é o ritmo?

Bloqueios Atrioventriculares

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Bradicardia Sinusal

Frequência: < 60bpm


Ritmo: regular (sinusal)
Intervalo PR: < 0,20s
Onda P: sinusal (Uma P precede cada QRS)
Complexo QRS: estreito

Bloqueios Atrioventriculares

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Bloqueios de Ramo
Bloqueios de Ramo ou Tronculares
• Afetam o ramos direito ou o ramo esquerdo;
• Caracterizam-se por alterar os aspectos morfológicos e a duração do
QRS.

Fonte: google imagens

Bloqueios Atrioventriculares

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Bloqueios Atrioventriculares

Bloqueios Atrioventriculares

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Bloqueios Atrioventriculares

Bloqueios Atrioventriculares

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Qual é o ritmo?

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Ritmo sinusal

Bloqueio AV de 1° Grau

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Bloqueio AV de 2° grau tipo 1

Bloqueio AV de 2° Grau tipo 2

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BAVT

Extra sístole ventricular

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Flutter atrial

Fibrilação atrial

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Taquicardia ventricular monomórfica

Fibrilação Ventricular

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Desfibrilador Externo Automático


. Posicione o DEA
. Exponha o tórax
. Conecte e aplique as pás
. Interrompa a RCP e ligue o aparelho
. Não toque na vítima

O DEA estará analisando

Se a vítima estiver em FV ou TV – acima de 180


batimentos, DEA recomendará o choque

Como dar o choque com o DEA

1. Afastar todos de perto da vítima e comprimir o botão de “choque”.

2. Iniciar a RCP imediatamente após o choque (por 2 minutos).

3. Após 2 minutos de RCP o DEA analisa novamente, avidando: “Afaste-se !


Analisando”.

- Se a vítima estiver em FV ou TV o DEA recomendará um novo choque.


Iniciar a RCP imediatamente após o choque (por 2 minutos).

- Se a vítima estiver em assistolia o DEA recomendará reiniciar manobras de


RCP (por 2min).

4. Repita a operação.

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DEA – Considerações Especiais

• Água.

• Equipamento implantado (marcapasso).

• Alguém em contato com a vítima.

• Superfícies condutoras de eletricidade.

• Movimentação da vítima.

• Medicamento absorvido através da pele.

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Times de Reanimação e CT

• Como o foco é na compressão, enfatizar qualidade da técnica e minimizar


interrupções.

• Desfibrilação Manual (não automática): procedimento médico de


emergência – para arritmias sem onda R – com o sincronismo
desligado
• Monofásico: 360 J
• Bifásico – 1º choque
- exponencial truncado: 150-200 J
- retilíneo: 120 J
- na dúvida: 200 J
• Bifásico – 2º choque
- energia igual ou maior
• Retome a RCP imediatamente após o choque, inicie
pelas CT

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Posição de recuperação

Usada para pacientes com pulso, com respiração e inconsciente.

Objetivo: Evitar broncoaspiração. Reavaliar a cada 02 minutos

Síndromes Coronarianas Agudas

Isquemia ou necrose do músculo cardíaco,


consequente à má perfusão sanguínea do
miocárdio, devido a obstrução parcial ou total
de uma ou mais artérias coronárias.

Resuscitation. 67S1, S87-S96. 2015

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Aspectos Gerais

Síndromes Coronarianas Agudas (SCA)

Google imagens

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Síndromes Coronarianas Agudas

• Angina Estável;
• Angina Instável;
• Infarto Agudo do Miocárdio

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Angina Pectoris

É uma síndrome clínica caracterizada por


paroxismos de dor ou opressão na parte
anterior do tórax que surge em
consequência de um fluxo sanguíneo
coronário insuficiente e hipóxia do
miocárdio.

Resuscitation. 67S1, S87-S96. 2015

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Tipos:
• Angina Estável:
Hipofluxo coronariano,
geralmente
desencadeado por
esforço físico ou
estresse, com alívio em
repouso;

Tipos:

Angina Instável: Trombo


parcialmente oclusivo, produz
sintomas de isquemia que são
prolongados e podem ocorrer
mesmo em repouso;

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Infarto Agudo do Miocárdio

Morte celular no músculo cardíaco, resultante de


Variavel
isquemia geralmente ocasionada por oclusão > 30min
completa e irreversível de uma artéria coronária.

Resuscitation. 67S1, S87-S96. 2015

Fatores de Risco para SCA:


• Tabagismo
• DM (diabetes Mellitus)
• HAS (hipertensão arterial sistêmica)
• Dislipidemia (colesterol alto)
• Obesidade abdominal
• Sedentarismo
• Estresse
• AF (antecedentes familiares)

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Manejo do paciente com SCA


• Estabelecer o diagnóstico de modo rápido;
• Estabelecer o risco de complicações;
• Promover o tratamento o mais cedo possível,
priorizando a terapia de reperfusão coronariana;
• Fornecer atenção integral ao paciente em local
apropriado para responder às possíveis complicações.

Área de Necrose X Tempo:

Tempo é músculo!!

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Sinais X Sintomas:
• Dor com ou sem irradiação;
• Sudorese;
• Pele úmida e viscosa;
• Hipotensão;
• Ansiedade;
• Dispnéia;
• Palidez acentuada;
• Náuseas;
• Taquicardia / Bradicardia.

Dor
Dor de origem isquêmica:
 Precordial – associada a desconforto;
 “Pressão, aperto, queimação, peso”;
 Sinal de Levine: “punho no centro do peito”;
 Início gradual e progressivo;
 Constante ( não muda com posição ou respiração
forçada);
 Difusa.

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Dor Típica X Não típica


Anamnese Provável Isquemia Dissecção Aguda de
Aorta
Caráter da dor Opressão / Peso Dilacerante / ”Que rasga”
Constrição /
Queimação
Localização da Sub-esternal / Itinerante / Irradiação a
Dor Hemitórax E / Em faixa, no tórax / dorso
Ambos braços Ombros / Região
Interescapular
Desencadeantes Exercício / Emoção Nenhum
Tempo frio / Pós Refeições
Melhora Repouso / Nitratos Não
Antecedentes HAS / DM / Tabagismo / DLP HAS

Objetivos do tratamento:
• Recanalizar o vaso
• Proteger o miocárdio
• Tratar complicações
• Reabilitar

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Abordagem Inicial
• Monitorização (PA, ECG, Sat O2) e acesso venoso
• MONABCH: morfina, oxigênio, nitrato, AAS, betabloqueador,
clopidrogel e heparina
• História e HF direcionados:
- Características da dor / Fatores de risco
- Exame Cardíaco e pulmonar
- Pulsos periféricos
• Marcadores de necrose, coagulação, hemograma
• ECG 12 derivações
• RX tórax

Diagnóstico Enzimático

A lesão irreversível da célula


miocárdica faz com que liberem
proteínas (na sua maioria enzimas)
na circulação que podem ser
medidas por reações específicas;

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Marcadores de Necrose

ECG nas SCA Onda T

Complexo QRS Segmento ST

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Desvios do segmento ST

Localização da Lesão

A localização do infarto é
baseada na presença de
alterações no ECG.

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Correlação do ECG com as regiões do coração

• Lateral alta: D1 e aVL

• Inferior: D2, D3 e aVF

• Anterior: V3 e V4

• Septal: V1 e V2

• Lateral: V5 e V6

Eletrocardiograma 1:

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Dor Torácica
sugestiva de isquemia

ECG de 12 derivações

Supra S-T ou bloqueio Infra S-T ou T invertida ECG não Diagnóstico


de ramo esquerdo ECG suspeito sem alteração S-T ou T
novo

Marcadores Séricos Elevados ?


Sim Não

IAM com IAM sem Angina


supra supra Instável

AI / IAM sem supra

• Tratamento inicial;
• Codigo IAM
• Estratificação de Risco: Baixo a Moderado;
• Internação na UCO, observar evolução.

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Tratamento:
• Morfina IV
• Oxigênio – 4L/Min
• Nitroglicerina SL ou Nitrato
• Aspirina 200mg
• b-Bloqueador
• Clopidogrel
• Heparina

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Cuidados de Enfermagem:

Oxigênioterapia
• Alteração da ventilação / perfusão;
• A administração de O2 limita a extensão da lesão.

Cuidados de Enfermagem
• Conforto na instalação do cateter de oxigênio ou
máscara.

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Analgesia e Sedação
• Diminui a hiperatividade adrenergica;
• Diminui o consumo de O2 pelo miocárdio.

Sulfato de Morfina: 2 a 4mg,


repetir 2 a 8 mg cada 5 – 15 min, S/N

Cuidados de Enfermagem
• Atenção para queda da PAS < 90mmHg;
• Atentar para náusea, sonolência e RNC.

Nitratos
• Diminui o retorno venoso;
• Diminui pré-carga e consumo de O2;
• Diminui dor de isquemia;
• Dilata as artérias coronárias.

Cuidados de Enfermagem

• Atenção para PAS < 90 mmHg, limitar queda da PAS: 10% se


normotenso e 30% se hipertenso;
• Sildenafil (24 a 48h)

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Betabloqueadores
• Diminui efeito deletério das catecolaminas;
• Diminui FC e PA diminuindo o consumo de Oxigênio e
desgaste miocárdico;

Metoprolol – 5mg IV lento, repetir após 5 min


(total 15mg)

Cuidados de Enfermagem
• Atenção para bradicardia e hipotensão.

Agentes Antiplaquetários
AAS / Clopidogrel /Antagonistas dos Receptores de
Glicoproteína IIB/IIIA
• Antiagregação plaquetária;
• Diminui mortalidade;
• Diminui reinfarto não fatal;
• Efeito aditivo ao fibrinolítico.
Cuidados de Enfermagem

• Atenção para presença de sangramento, Alergia.

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Antitrombínicos
Heparina não-fracionada / Heparina de Baixo Peso Molecular
• Inibe fator Xa e IIa (trombina);
• Diminui formação de trombo na placa rota;
• Diminui óbito e IAM não fatal.

Cuidados de Enfermagem
• Atenção para presença de sangramento.

Eletrocardiograma 2:

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Dor Torácica
sugestiva de isquemia

ECG de 12 derivações

Supra S-T ou bloqueio Infra S-T ou T invertida ECG não Diagnóstico


de ramo esquerdo ECG suspeito sem alteração S-T ou T
novo

Marcadores Séricos Elevados ?


Sim Não

IAM com IAM sem Angina


supra supra Instável

IAM com supra


• Tratamento inicial
• COD IAM
• Hemodinâmica ou Trombolíticos
• Internação na UCO
• Intervenções imediatas

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ECG com Supra ST

Classificação Killip

Classe Característica Mortalidade (30 dias)

I Ausência de ICC 6%
II Estertores bibasais/ 17%
terceira bulha
III Edema pulmonar 38%
IV Choque cardiogênico 61%

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Fibrinolíticos

• Diminuição importante da mortalidade;


• Diminui o tamanho do Infarto;
• Preserva a função ventricular.

Fibrinolíticos
• Quando?
- Dor torácica sugestiva de IAM < 12h
- Supra de ST > ou = 1mm em 2 ou mais derivações contíguas
- BRE novo ou supostamente novo
- Sem limite de idade

Objetivo: porta-medicação < 30Min

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Fibrinolíticos
• Contra-indicações absolutas:
- AVC hemorrágico
- AVCi < 3 meses
- Neoplasia intracraniana
- Malformação artério-venosa
- Sangramento interno ativo (exceto menstruação)
- Trauma fechado de crânio ou de face < 3 meses
- Suspeita de dissecção de Ao

Fibrinolíticos
• Contra-indicações relativas:
- HAS > 180X110 mmHg e não controlável
- História de HAS grave mal controlada
- AVCi > 3 meses ou outras afecções cerebrais
- Uso atual de anticoagulantes (INR > 2-3)
- Sangramento interno recente (2-4 semanas)
- RCP prolongada (>10 min) e traumática
- Cirurgia de grande porte (<3 semanas)

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Fibrinolíticos

• Contra-indicações relativas:
- Punção vascular não compressível
- Gravidez
- Úlcera péptica ativa
- Uso de estreptoquinase > 5 dias ou alergia

Fibrinolíticos

• Estreptoquinase
- 1,5 milhões U IV em 1h
• Alteplase (t-PA)
- 15 mg IV em bolus
- 0,75 mg/Kg em 30 Min (máx 50mg)
- 0,50 mg/Kg em 1h (máx 35mg)

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Fibrinolíticos

• Tenecteplase (TNK)
- <60 kg - 30mg 80 a 90kg - 45mg
- 60 a 70kg - 35mg > 90kg - 50mg
- 70 a 80kg - 40mg

Cuidados de Enfermagem
Pré Administração

• Orientar o paciente;
• Coletar exames laboratoriais;
• Realizar ECG e Raio X;
• Manter decúbito elevado (30°);
• Monitorização Cardíaca e PA a cada 15 minutos;
• Puncionar 2 acessos periféricos;
• Avaliar a necessidade de SNG/SVD;
• Preparar a droga conforme prescrição médica.

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Cuidados de Enfermagem
Pós Administração

• Realizar ECG de controle;

• Manter decúbito elevado (30°);

• Repouso absoluto até 24h;

• Monitorização cardíaca contínua e PA a cada 15 minutos


por 2h, a cada 30 minutos por 6 h e a cada hora por 18 h;

• Avaliar permeabilidade do acesso venoso.

Cuidados de Enfermagem
Pós Administração

• Reavaliar possíveis complicações;

• Não realizar cateterização arterial ou venosa profunda até 24h;

• Não passar SVD até 30 minutos após a infusão;

• Evitar SNG até 24h, após infusão;

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Critérios de Sucesso
Devem estar presentes até 60 Minutos após o término da
infusão;
• do supra de ST > que 50%;
• arritmias de reperfusão (ESV);
• melhora da dor;
• pico precoce de CKMB.

Cineangiocoronariográfica

Tem como objetivo realizar uma


triagem para procedimentos de
revascularização: percutânea ou
cirúrgica.

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Angioplastia

• Preferível:
- Apresentação tardia (> 3 horas)
- Centro com experiência e suporte cirúrgico
- Intervalo porta-balão < 90 min
- Contra-indicação aos fibrinolíticos
- IAM de alto risco aos fibrinolíticos (ICC, Killip > ou = 3)
- Dúvida no diagnóstico

Angioplastia Balão

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Angioplastia STENT

Exemplo de Recanalização

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Cuidados de Enfermagem

Pré Procedimento

• Orientar o paciente quanto ao procedimento;

• Jejum mínimo de 08h;Não na emergência

• Realizar tricotomia de região inguinal D e E S/N;

• Realizar preparo renal.

Cuidados de Enfermagem
Pós Procedimento

• Manter repouso absoluto no leito por 24;

• Imobilizar membro manipulado de acordo com o tamanho do introdutor;

• Realizar controle de pulso e perfusão do membro manipulado;

• Monitorização cardíaca contínua e PA a cada 15 minutos por 2h, a cada 30 minutos


por 6 h e a cada hora por 18 h;

• Observar sinais de sangramento no local da punção;

• Coletar Marcadores de necrose a cada 6h.

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Principais complicações no IAM e pós tentativa de reperfusão


• ICCou Choque Cardiogênico;
• Arritmias;
• Dissecção da artéria coronariana;
• Sangramento (hematoma);
• Pseudo-aneurisma;
• Aneurisma de VE;
• Reestenose / Reinfarto / Isquemia;
• Complicações Mecânicas (CIV, Tamponamento, Disfunção ou
ruptura do músculo papilar).

Estudos

• Revelam que nas 3 primeiras horas de sintomas a recanalização


com ATC primária ou fibrinolíticos são equivalente;

• No entanto a ATC mostrou-se superior em relação a


mortalidade, reinfarto e AVE.

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Cirurgia de Revascularização Miocárdica

Deve ser considerada:


• ATC primária ou de resgate que são diagnosticados:
- Lesão de tronco da CE;
- Doença coronária triarterial difusa e não abordável por cateter
balão;
• Complicações mecânicas.

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