Você está na página 1de 2

Principais inovações do Estatuto da Juventude

O Estatuto da Juventude (lei 12.852/2013), sancionado pela


Presidência da República no último dia 5 de agosto, é a primeira lei
brasileira a reconhecer, expressamente, o direito à comunicação.
Apesar de termos em diversas normativas nacionais, internacionais
e na própria Constituição Federal elementos que integram tal
direito – como a liberdade de expressão, o acesso à informação, a
proibição da censura e dos monopólios e oligopólios de mídia –
essa é a primeira vez que a expressão “direito à comunicação”
aparece em um de nossos marcos legais.Fruto de um longo
processo de mobilização e de uma tramitação de quase 10 anos no
Congresso Nacional, o Estatuto assegura diversos direitos das e
dos jovens de 15 a 29 anos, além de definir princípios e diretrizes
para as políticas públicas de juventude. Uma das seções trata
especificamente do direito à comunicação e à liberdade de
expressão, definindo, no artigo 26, que “o jovem tem direito à
comunicação e à livre expressão, à produção de conteúdo,
individual e colaborativo e ao acesso às tecnologias de informação
e comunicação”.

As principais novidades do Estatuto


São o direito de estudantes a pagar meia passagem nos ônibus
interestaduais e direito a meia entrada em atividades culturais para
jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 salários
mínimos). Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40%
o percentual de ingressos vendidos com desconto, para ambos os
públicos. Os jovens de baixa renda e estudantes que estiverem
além deste percentual não terão o direito.

A promoção da participação social e política dos jovens é um tema


que está presente já no art. 2º (incisos II e III) que trata dos
princípios das políticas públicas de juventude. O parágrafo único
do art. 2º destaca ainda que a participação do jovem na vida em
sociedade é condição fundamental para sua emancipação. O art. 3º
que trata das diretrizes gerais das políticas de juventude reforça
esse princípio quando afirma que é preciso ampliar as alternativas
de inserção do jovem nos espaços decisórios. E é no art. 4º, do
Capítulo II – Dos Direitos dos Jovens, que o Estatuto deixa claro
que “O jovem tem direito à participação social e política e na
formulação, execução e avaliação das políticas públicas de
juventude”. O parágrafo único do art. 4º especifica em quatro
incisos o que se deve entender por participação juvenil:
I – a inclusão do jovem nos espaços públicos e
comu­nitários a partir da sua concepção como pessoa
ativa, livre, responsável e digna de ocupar uma posição
central nos processos políticos e sociais;
II – o envolvimento ativo dos jovens em ações de
políticas públicas que tenham por objetivo o próprio
benefício, o de suas comunidades, cidades e regiões e o
do país;
III – a participação individual e coletiva do jovem em
ações que contemplem a defesa dos direitos da
juven­tude ou de temas afetos aos jovens; e
IV – a efetiva inclusão dos jovens nos espaços públicos
de decisão com direito a voz e voto.

Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/estatuto-da-juventude/

Você também pode gostar