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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA DA XX

DELEGACIA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.

Lucas Santos, brasileiro, solteiro, CPF XXX, portador da cédula de identidade n.º XXX –
SSP, residente na Rua Bartira, nº 386, CEP XXX, por seu procurador infra-assinado, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, expor e requerer a INSTAURAÇÃO DE
INQUÉRITO POLICIAL, com fulcro no art. 5º, § 3º, do CPP e nos fatos e fundamentos que
se seguem:

O requerente é advogado em escritório localizado à Rua Hungria, nº 976, Pinheiros,


CEP XXX. No dia 16 de fevereiro de 2020, às 09:00 hrs, o requerente, ao adentrar o local de
trabalho, foi surpreendido por homem caucasiano de altura e peso medianos, portando
camiseta branca e calça jeans e munido de arma de fogo.
O sujeito desconhecido, mediante grave ameaça à integridade física do ora requerente,
valendo-se de arma de fogo de uso proibido, subtraiu coisa alheia móvel, de propriedade de
Lucas Santos, para si, estipulada na quantia de R$300,00.00.
Diante do quadro supra exposto, mister destacar que a ação criminosa em comento se
enquadra na qualificadora do art. 157, §2-Bº (com redação dada pela Lei n. 13.964/2019), do
Código Penal. Não se pode olvidar a data em que os fatos ocorreram, isto é, após a entrada da
nova lei em vigência, em 23/01/2020, inviabilizando o eventual argumento de novatio legis in
pejus.
No que tange ao substrato fático-probatório, é sabido que o feito delituoso foi
registrado em câmeras de segurança alocadas no entorno do prédio comercial onde situa-se o
escritório do requerente, cujas filmagens foram mantidas sob sigilo. Ademais, afere-se a
existência de testemunhas oculares dos fatos narrados, na figura da recepcionista do edifício,
estando esta situada na comarca de Curitiba.
Isso posto, com base no art. 5º, II, requer seja instaurado inquérito policial, apurando-
se os fatos delitivos ora em apreço, com a seguinte remessa dos autos ao Ministério Público
para oferecimento da denúncia, nos termos do art. 24 do CPP.
Sugere-se, outrossim, a efetuação das diligências necessárias para obtenção de acesso
às filmagens supra mencionadas, a expedição de carta precatória dirigida à Comarca de
Curitiba para a realização da oitiva da testemunha ocular Carla Soares, recepcionista do
edifício onde se situa o escritório.

Termos em que, do processamento,


Pede deferimento.

São Paulo, 18 de fevereiro de 2020.

Rol de testemunhas:

1) Carla Soares, brasileira, solteira, de RG nº XXX, CPF XXX, residente à Rua XXX.

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