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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

NOME: GISELE GONÇALVES LEITE

A abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers estabelece uma ênfase na


qualidade da relação. As condições necessárias e suficientes de que fala Rogers
ao longo de sua obra, apontam para uma mudança de atitude na psicoterapia:
de uma relação centralizada no poder técnico do terapeuta, passa-se a
considerar a variável pessoal, a equação do indivíduo-ser-humano do terapeuta.

Analisem com base nos pressupostos teóricos da abordagem centrada na


pessoa, assim como no método aplicado por Rogers, as cinco atitudes do
Psicólogo centrado no cliente:

(1) Acolhida e escuta empática:

A postura de acolher, refere-se a respeitar os valores e direitos do outro e a como


me coloco diante deste, assumindo-o com suas experiências e angustias sem
julgamento e, com isso, possibilitar que o paciente se sinta à vontade e se
aproxime cada vez mais do terapeuta.

A escuta empática se caracteriza por compreender a mensagem a partir do


contexto do outro, se inserindo na realidade deste sujeito, respeitando suas
crenças e valores, estando verdadeiramente disponível ao assunto. Por vezes,
perdemos detalhes da conversa por conta de pequenas distrações e esses
detalhes, por vezes, são informações importantes que o outro gostaria de falar.

(2) Estar centrado no que é vivido pelo cliente e não nos fatos que ele
conta:

Está relacionado com entender o significado e o sentido do que foi vivenciado


pelo sujeito, oferecendo suporte e orientação conforme solicitado pelo paciente.
As vivencias são particulares e, o sentido dado a elas, também. Estar centrado
no que é vivido remete a compreender a intensidade do que ocorreu e gerou
para aquele sujeito. Os fatos complementam as vivencias e não devem ser
deixados de lado, entretanto, não devem ser a exclusividade do assunto.

(3) Interessar-se pela pessoa do cliente, não pelo problema em si mesmo,


aceitando os sentimentos, as atitudes e as experiências tanto positivas,
como negativas, agradáveis, como desagradáveis:

Problemas são fatos que todo mundo apresenta, entretanto, as vivencias são
pessoais. Deve-se remanejar o significado que foi empregado por si próprio e
dar espaço ao significado apresentado pelo outro, a partir do ponto de vista
deste, sendo possível assim, estar centrado no sujeito e em suas vivencias.

(4) Respeitar o cliente e manifestar-lhe uma consideração real, em lugar de


tentar mostrar-lhe a perspicácia do entrevistador ou sua dominação:

A Abordagem Centrada na Pessoa, defende que é o sujeito quem tem


conhecimento suficiente sobre si mesmo e quais objetivos são desejáveis
durante a terapia. Além disso, o terapeuta aprende a reconhecer no potencial do
seu paciente e acreditar que ele é capaz de sair da situação em que se encontra,
respeitando-o e tratando-o como único., sem imposições e julgamentos.

(5) Facilitar a comunicação e não fazer revelações:

Durante o processo terapêutico, é necessário que haja um esforço para manter


a capacidade de comunicação com o paciente em relação a sua vivencia. Assim,
abrindo espaço para que ele compartilhe livremente seus sentimentos, com
acolhimento e aceitação, sem encaixa-lo em nenhum tipo de classificação
psicológica.

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