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20/08/2018

Nutrição Funcional e Câncer:


Da Quimioprevenção ao tratamento

Doutoranda em Alimentos, Nutrição e Saúde (UFBA)


Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde (UFBA)
Residência em Nutrição Clínica (UFBA)
Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional (VP/Unicsul-SP)
Pós-Graduação em Fitoterapia Funcional (VP/UnicSul-SP)
Especialista em Fitoterapia (ASBRAN)
Docente dos Cursos de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional (VP/Unicsul-SP)
Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional
Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral
Graduação Ciências Biológicas (UFBA)
Nutricionista (UNEB)

AICR, 2018.

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Epidemiologia e Fatores de
Risco

Globocan 2012

 14,1 milhões de novos


casos de câncer;

 8,2 milhões de mortes;

 32,6 milhões de
pessoas vivendo com
câncer (dentro de 5
anos de diagnóstico)

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É esperado que a carga


global de câncer exceda
20 milhões de novos
casos anualmente até
2025.

As projeções apontam
que mortes por câncer
aumentarão para
13 milhões em 2030.

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10 tipos de câncer mais


incidentes no Brasil
estimados para 2018 por
sexo, exceto pele não
melanoma.

Fatores íntrinsecos:
Idade, genética, gênero

Fatores extrinsecos:
Ambiente físico, químico,
biológico, sócio-cultural,
estilo de vida
AICR, 2018.

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Fumo Obesidade

Padrão alimentar
Alimentos contaminados
(micotoxinas, agrotóxicos,
Sedentarismo metais pesados)

Agentes infeciosos
Stress
(HPV, Virus B e C, H. pylori)

Radiação ionizantes e Poluição ambiental


ultravioletas (água, solo e ar)

Abuso do álcool Drogas farmaceûticas

Poluição ambiental Obesidade

Bergander L., 2005.

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Bolinhas laranjas – alergênicos! Vermelho – deve evitar!

XENOBIÓTICOS

www.proteste.org.br

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www.proteste.org.br

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O que será que nossos


pacientes estão
comendo????

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Xenobióticos

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Dossiê ABRASCO

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International Service for the Acquisition of Agri-biotech applications

Alteração do
padrão de
metilação do
DNA

Estudo avaliou dano e metilação global do


DNA, metilação de p16 e p53 em células
mononucleares de sangue periférico
humano expostas ao glifosato.

Observaram redução da metilação global


do DNA e aumento da metilação do p53.

Glifosato pode induzir dano ao DNA em


leucócitos e causar metilação em DNA de
células humanas.

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E conseguimos ver isso na prática clínica...

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Epigenética e Câncer

Epigenética no
câncer

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Epigenética no
câncer

Micro RNAs

Família de RNAs não codificadores

Podem regular a expressão de 30% do genoma humano

Por meio de ligações ao RNA mensageiro, interferindo na


estabilidade ou tradução desses

Podem ter como alvo enzimas envolvidas na metilação do DNA


e modificações pós-traducionais de histonas

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Micro RNAs

Família de RNAs não codificadores que podem regular a expressão de


30% do genoma humano por meio de ligações ao RNA mensageiro,
interferindo na estabilidade ou tradução desses.
Podem ter como alvo enzimas envolvidas na metilação do DNA e
modificações pós-traducionais de histonas.

Carcinogênese

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Células “iniciadas” sofrem


Células expostas ao
efeito dos Multiplicação
efeito dos
oncopromotores. descontrolada e
carcinógenos que
Transformação maligna irreversível. Câncer já
provcam
LENTA E GRADUAL. instalado e aparecimento
modificações
Processo pode ser de sintomas.
gênicas.
interrompido!
Quant Imaging Med Surg 2015

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Microambiente Tumoral e
Metabolismo da célula
tumoral

Warburg Effect

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Imunologia e Câncer

Inflamação crônica é
fator de risco para
desenvolvimento de
diversos tipos de
Câncer!

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Ativação persistente do eixo HPA na resposta ao estresse


crônico pode alterar resposta imune

Altos níveis de cortisol foram associados com aumento da


inflamação e redução da sobrevivência das pacientes.

Ativação persistente do eixo HPA na resposta ao estresse


crônico pode alterar resposta imune

Altos níveis de cortisol foram associados com aumento da


inflamação e redução da sobrevivência das pacientes.

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Quimioprevenção do Câncer

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Fitoquímicos
são
moduladores
Epigenéticos

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Macro e micronutrientes p/ biossíntese de


componente celulares

Compostos Retinóides B9 essencial p/


fenólicos replicação DNA

X Stop G1

Vit A, D,
B9, Q10,SE
reparam
DNA
Polifenóis, vaniloides, licopeno, organosulfurados,
isotiocianatos promovem apoptose
AICR, 2007

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FD FD

Modificações
Estresse oxidativo Nrf2
epigenéticas

FD

Genes
supressores
Inflamação de Câncer

FD
FD

Carcinogênese

Iniciação Promoção Progressão

Minha cara
quando vai falar
da dieta....

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CANCER-
FIGHTING
FOODS

Top Foods

Curcumina

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Brassicas

FOOD

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Resveratrol

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Romã

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Romã

Ácido Elágico

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Romã e seus componentes interferem nos múltiplos


processos biológicos envolvendo crescimento
tumoral, angiogênese e metástase de câncer de
próstata.

Compostos da romã (ácido elágico e punicalaginas)


apresentam forte efeito mutagênico e
antiproliferativo.

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Carotenóides

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Antioxidante

Modulação
Inibição de IGF-1 imune

Redução de
VEGF Inibição NFkB

Inibição de
Redução das
receptores de
CDKs
andrógenos

Apoptose -
Inibe ciclo
Ativação de
celular
caspases e
redução de Bcl2

Inibe crecimento –
Suprime
telomerases

Concentrações de α e β-caroteno, licopeno


risco de Ca de mama.

Concentrações de carotenoides
recidivas de Ca e morte (RR:0,32)

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Ingestão de
carotenoides
risco de Ca colo
retal.

Redução de
77%

α e β caroteno
Licopeno

Molho de tomate funcional


opção 1:
- 1Kg de tomate orgânico batido com 1 cenoura, tempero verde,
cebola e alho a gosto;
- Levar ao fogo baixo até ficar vermelho, desliga o fogo despois de
pronto e adiciona:
- 50ml de suco de uva integral
- Tempero verde
- Pimenta preta
- Açafrão
- Cebola Roxa
- 80ml do Chá da casca da romã

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Molho funcional opção 2:

-1Kg de melancia - Bater melancia, cenoura, ½


com entrecasca cebola, metade do tempero
-1/2 cenoura verde.
-1 Cebola pequena - Refogar alho picado em 1
-1 dente de alho colher de sopa de azeite.
-Tempero verde - Cozinhar em fogo baixo até
(coentro, salsa, reduzir. Desligar o fogo e
manjericão, acrescentar ½ cebola ralada,
cebolinha, etc) tempero verde picado,
-Açafrão açafrão, gengibre e pimentas
-Pimenta a gosto.
-Gengibre
-Azeite de oliva

Estratégias para uma Dieta


Anticâncer

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Reduz níveis de IGF-1 e


insulina

WORLD CANCER
RESEARCH FUND. Food,
nutrition,
physical activity, and the
prevention of cancer: a glocal
perspective. Washigton:
AICR, 2007.

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Até 500g/sem

Mín 400g/dia

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PREVENÇÃO DO CA DE MAMA

30797 mulheres na pós-menopausa com idade entre 50-76 anos


sem histórico de Ca de mama foram acompanhadas por 6,7 anos.

Risco de Ca foi reduzido em 60% nas mulheres que seguiram pelo


menos 5 das recomendações em comparação com quem não
seguiu nenhuma.

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Coorte de 14,9 anos


45.149 adultos

Dietas com elevada CG ou IG


aumentam risco para
diversos tipos de câncer por
afetar IGF-1.

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Estudo Padrão infl. Padrão Anti-infl.


173.230 participantes carnes vinho,
processadas, café,
grãos refinados, chás,
bebidas vegetais,
gaseificadas folhosos e frutas.

Dieta infamatória associada com


Dieta inflamatória suprimi resposta alto risco de subtipos de ca
imune adaptativa anti-tumor e coloretal com pequena ou
contribui para câncer. nenhuma reação linfocitária
peritumoral.

Tratamento do Câncer
Pensando no paciente oncológico....

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TIPOS DE TRATAMENTO:

CIRURGIA

Principal tratamento curativo para o câncer, principalmente para tumores


sólidos. Possui finalidade curativa (tratamento radical com margem de
segurança) ou finalidade paliativa (redução do tumor, controlar sintomas
melhorando sobrevida e qualidade de vida do paciente).

QUIMIOTERAPIA
Utilizado com finalidade curativa ou paliativa, permite um tratamento
sistêmico. Pode ser uma droga isolada ou combinada a outras.
- Curativa
-Adjuvante
-Neoadjuvante
- Paliativa

Front. Pharmacol. 8:109, 2017

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TIPOS DE TRATAMENTO:

RADIOTERAPIA
Aplicação de feixes ionizantes (raios X e γ) para destruir células
tumorais. Tratamento local ou regional. Pode ser:
- Curativa
- Remissiva (pré-operatória)
- Profilática (pós-operatória)
- Paliativa

HORMONIOTERPIA

IMUNOTERAPIA

Antes de qualquer coisa....

1) Qual o Câncer que seu paciente tem?

2) Qual o estadiamento dele?

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Alterações metabólicas do câncer

CÉLULAS TUMORAIS

 Produção Fator Indutor de


de Citocinas Pró-inflamatórias Proteólise (PIF)
IL-1, IL-6,TNF-a
 Fator Mobilizador
De Lipídios (FML)
Iniciada
 Apetite
Resposta Protéica
de Fase Aguda
( PCR)

 Ingestão de  Gasto Alteração no


metabolismo de  Massa
Alimentos Energético Muscular
em Repouso macronutrientes

PERDA DE PESO INDUZIDA PELO CÂNCER - CAQUEXIA

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Nutrientes que inibem a


lipólise e proteólise.....

Omega 3

Revisão sistemática com estudos em pacientes em tratamento


oncológico. Doses de EPA e/ou DHA de 600mg a 3,6g . Há efeitos
benéficos da suplementação de w-3 em pacientes submetidos a QT
e/ou RxT, sendo a preservação da composição corporal mais evidente.

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Omega 3 é seguro e tem efeito positivo nos resultados clínicos e


sobrevida de pacientes com câncer de pâncreas. Observado em
estudos redução do gasto energético e aumento do peso com aumento
na sobrevida.

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BCAA

Valina, leucina e isoleucina estão diminuídos em situações


de estresse hipercatabólico e na caquexia do câncer

HMB (β-hidroxi-β-metilbutirato - metabólito da leucina)


poderia reduzir a proteólise, pelo maior efeito na
recuperação de MM

Mas voltando ao seu paciente....

Qual o estadiamento dele? Vamos


discutir?

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Supelmentação com Whey (40g) durante 12 semanas aumentou níveis


de GSH, status nutricional e imunidade dos pacientes em QT.

“Dietas que matam o


câncer...”

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Dieta cetogênica

Dieta restrita em Carboidratos e com alto teor de gordura.

Efeitos metabólicos:
Indução de cetose, acidemia, secreção reduzida de insulina, IGF-1, citocinas
inflamatórias e inibição da atividade do mTOR.

Alguns tipos descritos:


1. Clássica (90% LIP, 7% PTN e 3%CHO)
2. TCM (70% LIP, 10% PTN e 20%CHO)
3. Dieta de Atkins modificada (70 % LIP, 25% PTN, 5%CHO)
4. Baixo índice glicêmico (40%LIP, 28%PTN, 27% CHO)

Dieta cetogênica é segura mas não tem atividade clínica


significativa quando utilizada com agente único no glioma
recorrente. Mais estudos são necessário!

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Metanálise com 59 estudos. É necessário mais investigações


para avaliar segurança e eficácia deste regime dietético.

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Dieta Vegetariana e Câncer

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Temas a se discutir.....

Soja no câncer

 Isoflavona presente na soja e subprodutos fermentados;

Genisteína induziu apoptose em cél de ca de cólon devido a


inibição de NFkB e aumento da expressão de Bax e redução de
Bcl2.

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Soja e Câncer de mama

Genisteína e daidzeína podem estimular crescimento de tumor de mama e antagonizar


efeito do tamoxifeno. Mulheres com câncer de mama atual ou passado devem estar
cientes do risco de crescimento tumoral potencial quando tomar produtos de soja.

Metanálise com 35 estudos. A ingestão de isoflavonas da soja pode diminuir o risco de Ca


de mama para as mulheres pré e pós-menopausadas nos países asiáticos. No entando, para
as mulheres dos países acidentais não há nenhuma evidência para sugerir associação.

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140 mulheres com Ca de mama inicial foram randomizadas para grupo intervenção
(supl de proteína da soja) ou controle por 7 a 30 dias do diagnóstico até a cirurgia.

Observou-se uma superexpressão de genes que impulsionam o ciclo de proliferação


celular e vias. Estudo levanta preocupações que naquelas pacientes que receberam soja
pode afetar negativamente a expressão do genes no Ca de mama.

MODULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA

Estudo de coorte com 49.121 japonesas que foram acompanhadas


por 12 anos.

Não foi observado evidências de uma associação protetora entre


ingestão de isoflavonas ou alimentos com soja e risco de câncer de
endométrio.

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Leite e Câncer

Alto índice insulinêmico: PTN do soro (20%) promovem liberação


de GIP e incretinas intestinais – secreção e liberação de insulina

 Aumento nos níveis de IGF-1:


Caseína (80%) estimula liberação de IGF-1

Fonte de estrogênios
O leite é rico em estrogênios (estradiol, estrona e estriol).
Cerca de 75% da ordenha do leite é feita na fase de gestação em que
esses hormônios estão elevados, resultando em alta concentração no
leite

Níveis elevados de insulina e IGF-1 estimulam vias indutoras de


mecanismos envolvidos no surgimento de neoplasias!!!

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A composição do leite funciona de forma sinérgica


para a ativação do mTORC1
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Agora eu tenho certeza!!!


Nunca mais prescrevo leite!!!!

NUTRIÇÃO E CÂNCER
LEITE E CÂNCER:
Por que o leite
de hoje é
diferente do de
antigamente???? Para produzir mais leites vacas
recebem BST (somatotropina
bovina recombinante). Este
estimula o aumento dos níveis
de IGF-1 nas células epiteliais
mamárias, resultando em sua
http://www.imotion.com.br/image
ns/data/media/24/1248vaca.jpg

secreção no leite.

NÃO se deve se restringir qualquer tipo de alimento da


dieta sem antes considerar a complexidade da
fisiopatogenia, objetivos e conversar com o paciente !!
PASCHOAL, V. et al. Nutrição Clínica Funional: Câncer. São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda.,2012. 552p.

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E o tal do glúten Camila???

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Estudo de técnicas
para identificar
presença de
proteínas expressas
em transgênicos.

Suplementações de
vitaminas, minerais,
antioxidantes e compostos
bioativos no câncer

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Não há nenhuma evidência de que antioxidantes melhoram


toxicidades terapêuticas ou que causariam danos à terapia do
câncer, exceto em fumantes submetidos a radioterapia.

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NUTRIÇÃO E CÂNCER
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E MINERAIS ANTIOXIDANTES

Suplementações de
aminoácidos no câncer

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Glutamina

Algumas células cancerosa têm preferência por glutamina


como fonte de energia!!! A glutamina e glicose são
semelhantes em relação ao processo de proliferação
celular.

Myc Aé glutamina
um protoncogene
desempenha e maior
papelregulador
importantedanaproliferação celular.
tumorigênese. Estimula
Ela pode induzircaptação
maior de
glutamina. Myc
absorção dese liga diretamente
glicose pelas células aos promotores,
tumorais. estimulando
Metabolismo a expressão
de glutamina e glicosede genes
são
do metabolismo
regulados de forma coordenada de glutamina.realizam reprogramação
(células cancerígenas
Glutamina émetabólica)
crítica para células Myc
– proliferação trasnformadas!!
celular.

Glutamina

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Alterações
oncogenéticas
do metabolismo
das células
neoplásicas
pode envolver
glicólise e
glutaminólise.

Aplicações
terapêuticas

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Quando suplementar?

A administração de imunonutrientes mostra-se benéfica no período pré-


operatório, sendo associado à manutenção do estado nutricional e diminuição
de complicações no pós-operatótio!!

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17 pcts com Ca de pâncreas avançado receberam:


8g de curcumina/dia + Gemcitabine.

5 pcts Dose reduzida Mais


11 pcts:
descontinuaram para 4g/d estudos
1: resposta parcial
em 2 sem por em 2 pcts são
4: doença estável
desconforto e por queixas
6: progressão tumoral necessários.
dor abdominal abdominais

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40 pcts com Ca de próstata Foi observado redução da atividade


da SOD e aumento da capacidade
antioxidante plasmática.
20 receberam
3g curcumina/dia
durante a Radioterapia Após 3 meses, NÃO houve diferença
entre os 2 grupos.

Microbiota e câncer

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Microbiota e Câncer

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20/08/2018

Respostas ótimas à terapia do câncer requerem uma microbiota saudável,


que medeia seus efeitos por meio da modulação de funções celulares no
microambiente tumoral.

IMPORTÂNCIA DA DESFECHO DO
MICROBIOTA TRATAMENTO

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Vitamina D e câncer

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VITAMINA D E CÂNCER

Estudos mostram que 1,25(OH)2D3 influencia a transcrição de uma


grande número de genes, principalmente em relação ao controle da
apoptose. (B)

Baixos níveis de vitamina D tornam os tecidos mais sensíveis a eventos


pró-carcinógenos. A vitamina D não é capaz de erradicar células
tumorais, entretanto, pode ser usada como coadjuvante no tratamento
do câncer. Acredita-se que altas doses de vitamina D sejam necessárias
para reais benefícios serem observados, embora isso pode aumentar
efeitos adversos. (B)

Evidências laboratoriais indicam que o calcitriol gera uma resposta


biológica que resulta na inibição do progresso neoplásico. No entanto,
em grande escala, estudos clínicos são necessários para confirmar os
benefícios do uso de vitamina D em neoplasias. (B)

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FIELDMAN, D et al. The role of vitamina D in reduzing cancer risk and progression. Nature Reviews Cancer; 2014; vol 14:342-357.

Efeitos Colaterais do
tratamento

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Monilíase Oral

Candida albicans – fungo causador, encontrado normalmente na


mucosa oral, gastrointestinal e vaginal de indivíduos saudáveis;

 Alteração do equilíbrio entre hospedeiro e fungo aumento da


virulência e evolução para condição parasitária;

 Formação de placas brancas e aveludadas na língua e cavidade oral,


podendo se estender à mucosa esofágica (pode acompanhar dor e
ulceração)

Óleo de coco

- Alta concentração de AG saturados (TCM), principalmente ácido láurico;

- O ácido láurico é transformado em monolaurina – atividade antifúngica


(destruição da capa lipídica);

- Estudo sugeriu atividade antifúngica semelhante ao fluconazol

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Óleo de orégano

- Orégano – altas concentrações de compostos fenólicos (α-terpineol, γ-


terpineol, carvacrol e timol);

- Atividade antioxidante, antibacteriana e antifúngica;

- No óleo de orégano destaca-se o carvacrol e timol – atividade inibitória do


fungo;

Óleo de cravo

- Contém o composto bioativo eugenol, que possui efeito antimicrobiano e


antifúngico;

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Mucosite Oral

 Complicação comum em QT e RxT;

 Relata-se que mais de 90% dos pacientes em QT + RxT desenvolvem


mucosite oral severa;

 Geralmente surge 7 a 10 dias após QT e a recuperação entre 14 a 21


dias e em RxT surge mais tarde e apresenta curso mais crônico;

 PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES:

- Modificação da consistência da dieta de acordo com o grau de mucosite;


- Consumir alimentos em temperatura ambiente, fria ou gelada;
- Evitar alimentos picantes, duros, secos e difícil deglutição;
- Preferir alimentos macios e úmidos;
- Diminuir o sal

Camomila (Matricaria Chamomila L.)


- Propriedades anti-inflamatórias, antiespasmódicas, antipéptica e
antibacteriana;

- Muito utilizada como solução para enxágue bucal, apesar de haver


poucos estudos comprovando efeito

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Glutamina

- Bochechos com glutamina;

- Estudos demonstram redução da duração e intensidade da mucosite:

(16g em 240 ml 4x dia)

(2g de glutamina)

10g de glutamina em 1000ml de água e bochechos


antes da radioterapia.

Houve redução do grau 3 e 4 da mucosite.

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Geléia Real e
Propolis

Estudo demonstrou que a


geléia real (3g ao dia de
geléia orgânica durante
radiação) foi efetiva na
redução da mucosite
induzida por quimio e
radioterapia em pacientes
com câncer de cabeça e
pescoço.

Propolis a 30%, 5ml como enxaguante bucal por 60 segundos a


cada 8 horas por 7 dias.

Artepilina C, crisina, apigenina, narigenina,


kampferol, quercetina

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Náuseas e Vômitos

 Principais Orientações:

- Conscientizar o paciente da necessidade de comer;


- Aumentar fracionamento, reduzindo volume;
- Dar preferência a alimentos mais secos;
- Evitar jejum;
- Mastigar ou chupar gelo 30 minutos antes das refeições (gelos de água batido
com gengibre e gotas de limão);
- Pensar no tempo de esvaziamento gástrico;
- Evitar alimentos muito doces;
- Evitar beber líquido junto com refeições;
- Elevar cabeceira da cama (45º) durante e após refeições;
- Preferir ambientes arejados

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Diarréia

 Principais Orientações:

- Conscientizar paciente da necessidade de comer;


- Aumentar fracionamento e reduzir volume;
- Avaliar a necessidade de restrição de lactose, sacarose, glúten, cafeína e
teína;
- Considerar o uso de pré, pró ou simbiótico;
- Orientar paciente a evitar alimentos flatulentos e hiperosmolares;
- Dieta pobre em fibra insolúvel e adequada em solúvel;
- Reposição com isotônico (água de coco)

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Obstipação

 Principais Orientações:

- Conscientizar paciente da necessidade de comer;

- Orientar alimentos ricos em fibras e com características laxantes;

- Considerar uso de pré, pró ou simbiótico;

- Considerar a utilização de módulo de fibra mista;

- Estimular ingestão hídrica conforme recomendações

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20/08/2018

Take Home Message

Como deve ser a dieta antes, durante e após o


tratamento??

Take Home Message

Fase do diagnóstico – dieta que minimize estresse, alimentos que auxiliem


na indução de apoptose, retirar xenobióticos, padrão dietético que melhore
pH sanguíneo;

Fase pré-operátória – realizar imunomodulação 5 a 7 dias antes do


procedimento, utilizar alimentos que auxiliem na cicatrização, reduzir
alimentos que possam aumentar fungos e bactérias (açúcar refinado, leite),
dieta com baixa carga glicêmica

ATENÇÃO: Se o paciente já estiver fazendo uso de ômega 3 previamente,


suspender nesse período pré-operatório (anticoagulante), mas se não
estava, considerar a possibilidade de oferecer em dose mínima, para
auxiliar na imunomodulação!

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Take Home Message

Fase pós-operatória – prescrever alimentos que auxiliem na


cicatrização, anti-inflamatórios, alimentos com proteína de alto valor
biológico, reduzir sal;

 Fase da pré-quimioterapia – Fornecer alimentos ricos em


nutrientes que auxiliem metabolismo hepático, evitar café, carne
vermelha, sal;

 Fase da quimioterapia – não fazer dieta destox, evitar alimentos


que dificultam a digestão, baixo índice glicêmico (corticóides), cuidar
da hidratação, atuar de acordo com eventos adversos que paciente
apresentar;

Take Home Message

 Fase radioterapia – evitar alimentos de difícil digestão, atuar de


acordo com os efeitos adversos apresentados pelo paciente, cuidar
da hidratação

 Pós-tratamento – Fornecer alimentos antioxidantes, utilizar


alimentos que auxiliem no metabolismo hepático, alimentos com
baixa carga glicêmica, adequação do peso e quando paciente estiver
liberado pela equipe médica, estimular a prática de atividade física

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OBRIGADA!

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